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Arena 13 - Joseph Delaney

22 de agosto de 2016

Título: Arena 13 - Arena 13 #1
Autor: Joseph Delaney
Editora: Bertrand
Gênero: Fantasia/Distopia/Ação
Ano: 2016
Páginas: 320
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Leif tem uma única ambição: tornar-se o melhor lutador da famosa Arena 13. Lá, os espectadores apostam em qual lutador vai derramar sangue primeiro. E, em ajustes de contas, apostam em qual lutador vai morrer. Mas a região é aterrorizada por Hob, um ser maligno que se deleita torturando a população e exibe o seu poder devastador desafiando combatentes da Arena 13 a lutas até a morte quando bem entende. E isso é exatamente o que Leif quer, pois ele conhece bem os crimes de Hob. E, no cerne da sua ambição, arde o desejo de vingança. Leif procura revanche contra o monstro que destruiu a sua família. Mesmo que isso lhe custe a vida.
Resenha: Arena 13 é o primeiro volume da série homônima escrita pelo autor Joseph Delaney (o mesmo da série As Aventuras do Caça Feitiço) e publicado no Brasil pela Bertrand.

A Arena 13, em Gindeen, atrái todo tipo de gente: desde aqueles que almejam emoção ou aquele que procuram uma ótima oportunidade de ganhar dinheiro fácil sem ter que trabalhar pra isso. Lá é onde se travam as Trigladius, batalhas mais sangrentas já vistas entre humanos e Lacs, androides programados com uma linguagem controlada por humanos chamada Nym. Os Lacs são programados pelos seus mestres para obedecerem comandos de voz e movimentos, e estão ligados diretamente ao lutador para atuarem em sincronia. Humanos não podem usar armaduras para se protegerem e é obrigatório que haja um corte para que o sangue possa ser derramado. Essas competições possuem muitas regras, mas o mais importante é que elas sustentam apostas que levam as pessoas à Arena para serem espectadoras do que envolve, não só a vida e a morte, mas, a honra dos lutadores. Ao fim, basicamente, ganha quem desativar os Lacs dos oponentes e/ou matar seus rivais.

Leif é um garoto órfão cuja maior ambição é se tornar o melhor lutador da Arena 13, um lugar onde o objetivo principal do combate é cortar a carne humana para haver muito derramamento de sangue. Hob é um djinni, uma criatura cruel e maligna. Ele governa Midgard é o principal combatente que aterroriza a região e se deleita ao lutar até destruir seus oponentes.
Depois de participar de uma pequena batalha, Leif vence e consegue um bilhete azul premiado, e este bilhete corresponde ao seu ingresso aos treinamentos com o melhor. Seu objetivo inicial é ser um dos discípulos de Tyron, o maior e melhor modelador da linguagem Nym que poderia treiná-lo. Assim o garoto poderia vingar a destruição que Hob causou em sua família.

Antes mesmo dos capítulos serem iniciados, o autor apresenta as regras do combate na Arena, e é tudo tão violento e aterrorizante que o estômago chega a embrulhar. Narrado em primeira pessoa, acompanhamos Lief nessa jornada em meio a uma trama complexa e sangrenta, que tem como base o garoto que perde os pais para um vilão maligno e agora está em busca de vingança. Seria clichê se não fosse pela construção de mundo e criatividade do autor em inserir elementos que vão desde magia até uma tecnologia avançada que envolve programação, porém a utilização de referências de outras mitologias acabam tornando um pouco difícil a compreensão e a visualização desse universo.
Talvez por ser o primeiro livro da trilogia, Arena 13 é bastante introdutório e até mesmo didático, talvez para explicar e familiarizar o leitor com os termos malucos, ao funcionamento das batalhas e com o cenário criado pelo autor, mas ainda senti falta de outras explicações.

Os personagens são bem construídos mas não tão complexos quanto o universo propriamente dito. Cada um deles tem suas próprias motivações mas eles não são tão simpáticos a ponto de terem feito com que eu me apegasse a eles. Eu não consegui me afeiçoar a nenhum deles e nem mesmo a contrução dos relacionamentos entre cada um conquistou minha simpatia imediata.
O destaque maior pra mim é Kwin, filha de Tyron. Ela é destemida, age por impulso e faz o tipo rebelde sem causa. Mulheres não podem lutar, mas o sonho dela é batalhar nas Arenas. Senti que em vários momentos ela usava Lief ou só se comportava de forma intransigente para confrontar o pai, mas apesar de tudo confesso que ela é bem forte e tem espaço para ser melhor desenvolvida nos próximos livros.

Alguns pontos tornaram a leitura um pouco previsível, mas ainda assim instigante. A escrita também é muito boa e colaborou bastante para um envolvimento maior com a história.
A construção de mundo foi interessante e a impressão é que, embora seja algo futurístico devido aos lacs e a tecnologia excêntrica, a cultura segue os moldes medievais no que diz respeito a atmosfera e aos gladiadores sinistros que tornam as batalhas tão violentas. Mesmo que Lief ainda esteja em treinamento, é impossível não pensar no Coliseu, em Roma quando tais batalhas são mencionadas.

Durante a leitura é possível perceber alguns detalhes bem sutis que, posteriormente, se revelam verdadeiras surpresas. Algumas reviravoltas tornam a trama mais dinâmica e recheada de muita ação e suspense, mas devido a complexidade da história e a quantidade de detalhes a se lembrar, o livro acaba sendo um pouco difícil e requer atenção redobrada para que se possa compreender os fatos ao ponto de se envolver com os acontecimentos.
O livro é voltado ao público jovem que curte fantasia e games estilo RPG. O segundo volume, The Prey, já foi lançado em inglês.

A Prisão Mal-Assombrada - Joseph Delaney

8 de fevereiro de 2014

Lido em: Fevereiro de 2014
Título: A Prisão Mal-Assombrada
Autor: Joseph Delaney
Ilustrações: Scott M. Fisher
Editora: Bertrand Brasil
Gênero: Infantojuvenil/Terror
Ano: 2014
Páginas: 112
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: A história começa com a primeira noite do órfão Billy, de quinze anos, como guarda de uma sinistra prisão. Mas essa não é uma cadeia qualquer com prisioneiros comuns. Nela há celas mal-assombradas que não podem ser usadas, sussurros e gritos durante a noite. E o temido Poço da Bruxa. Billy é alertado a manter distância do prisioneiro que fica lá no fundo do poço. Mas quem poderia ser? O que poderia ser tão assustador?

Resenha: Escrito por Joseph Delaney (autor conhecido pela série As Aventuras do Caça-Feitiço), A Prisão Mal-Assombrada, lançado no Brasil pela Bertrand, conta a história de Billy Calder, um garoto órfão de quinze anos que consegue um emprego como guarda numa prisão misteriosa e bem sinistra onde teria que vigiar criminosos de todos os tipos. Mas a prisão, localizada num castelo afastado da aldeia e cercado pela floresta, carrega rumores estranhos sobre bruxas condenadas, assombrações e ataques misteriosos e inexplicáveis... Billy ouve falar sobre Netty Pescoçuda, uma antiga prisioneira que costuma aparecer na Praça da Execução por ter sido o local onde foi enforcada... Quando Billy descobre que Netty é um fantasma mal humorado, que tem costume de fazer barulho e causar pesadelos nos prisioneiros, e o emprego que conseguiu na prisão foi por ordem dela, o garoto, ao mesmo tempo que fica curioso para saber o motivo, fica apreensivo por não saber o real propósito de ter ido parar alí e ser o responsável pela ronda noturna...

A Prisão Mal-Assombrada possui uma narrativa bastante fácil e fluída, e mesmo sendo uma leitura voltada ao público infantojuvenil, tem um toque de terror e suspense bem intrigantes e que prendem o leitor, seja ele de qualquer idade. Por ser uma história curta contada de forma rápida e direta, lembra mais um conto (daqueles de terror contados em roda num acampamento), mas ainda assim os detalhes acerca do cenário sombrio, que foi inspirado no Castelo Lancaster, e dos personagens são descritos com bastante perfeição. O Poço da Bruxa, local existente na Prisão, era onde as mulheres acusadas de bruxaria eram mantidas até o julgamento ser feito, e, claro, o posterior enforcamento. E todo o suspense e mistério presentes na história envolvem esse Poço macabro...

Como o foco da história é o suspense em cima do novo emprego de Billy e o medo que ele tem de andar pelo castelo devido aos barulhos e coisas estranhas que se depara, a personalidade dos poucos personagens presentes na história não foi muito trabalhada. Emoções e demais atitudes são melhores visualizadas através das ilustrações, todas de encher os olhos, e algumas bastante perturbadoras!
Gostei da história no geral e me surpreendi com o final! Para quem curte histórias com um toque de terror contadas de forma rápida, vai curtir A Prisão Mal-Assombrada!