Novidades de Junho - Quadrinhos na Cia

3 de junho de 2023

A Caixa de Areia: Ou Eu era dois no meu quintal - Lourenço Mutarelli (12/06/2023)
Como que saídos de uma peça de Beckett ou de um sonho de Kafka, Kleiton e Carlton são duas figuras que passam suas vidas num carro dando voltas por um vasto deserto e divagando sobre a existência. Paralela a esta trama, acompanhamos o cotidiano de um personagem chamado Lourenço, um quadrinista que reflete sobre a passagem do tempo e busca desvendar um acontecimento misterioso: a razão de brinquedos perdidos de sua infância aparecerem, um após o outro, na caixa de areia de seu gato. Com esta trama ao mesmo tempo íntima e fantástica, com tons autoficcionais e filosóficos, o escritor premiado Lourenço Mutarelli nos leva em uma jornada cujo motor são o caráter movediço da realidade, do tempo e da representação. Publicada originalmente em 2006, A caixa de areia ganha uma nova edição e se afirma como um dos mais emblemáticos quadrinhos já produzidos no país.

Dragon Hoops: De pequenos passos a grandes saltos - Gene Luen Yang (23/06/2023)
Gene Luen Yang não tinha nenhum interesse especial por basquete ou por qualquer outro esporte quando começou a escrever este livro. O quadrinista estava à procura de um assunto para sua nova HQ quando ouviu falar do time de basquete da Bishop O'Dowd, escola onde leciona ciência da computação em Oakland, Califórnia.
Os Dragons da Bishop O'Dowd viviam naquele ano uma temporada extraordinária, com reais chances de vencerem o campeonato estadual. Depois de conhecer o técnico e os jovens astros da equipe, Gene percebe que a história deles (e do esporte em questão) é tão emocionante quanto qualquer coisa que ele tenha visto em uma página de quadrinhos! Ele sabe que tem que seguir este épico esportivo até o fim -- só não imagina o quanto a temporada irá mudar a sua vida também.

Novidade de Junho - Suma

Para o Trono - Wilderwood #2 - Hannah Whitten (20/06/2023)
Cumprindo seu destino como a Segunda Filha do reino de Valleyda, Red se entregou à floresta de Wilderwood, onde descobriu a verdade por trás das lendas. Com a ajuda do Lobo, ela conteve a ameaça dos Cinco Reis, mas o custo foi alto demais, e sua irmã Neve ficou presa na Terra das Sombras.
Perdida em um território desconhecido, Neve encontra um aliado improvável: Solmir, alguém com quem a Primeira Filha preferiria nunca mais ter contato. Juntos, os dois partem numa jornada perigosa em busca da Árvore do Coração, para enfim reivindicar os poderes sombrios dos deuses.


Novidade de Junho - Seguinte

A Queda do Patriarcado - Marta Breen e Jenny Jordahl (13/06/2023)
Desde a Antiguidade, nossa sociedade se organiza de forma patriarcal -- ou seja, o homem tem mais poder, ganha mais dinheiro e desfruta de mais privilégios. Aristóteles, Rousseau, Darwin, Freud... foram tantas as figuras célebres que reforçaram a desigualdade de gênero que fica até difícil eleger o maior machista de todos os tempos. Mas qual a origem desse sistema? Como ele se manteve? Quais estratégias já foram usadas para combatê-lo? E o que aconteceu com as mulheres que tentaram destruí-lo?
Com linguagem acessível e ilustrações bem-humoradas, as autoras revelam as formas que o machismo tomou ao longo dos séculos, o significado de conceitos como "olhar masculino" e "slut-shaming", e a importância das feministas -- de ontem e de hoje -- para derrubar, de uma vez por todas, o patriarcado.

Novidade de Junho - Paralela

Um Ex-Amigo - Mayra Cotta (20/06/2023)
A vida de Alma parece estar fluindo perfeitamente bem: ela é bem-sucedida, tem grandes amigas, um lar bem cuidado, está feliz vivendo no exterior e seu relacionamento de anos com um homem casado a deixa satisfeita.
Quando recebe uma ligação inesperada de um amigo do passado pedindo abrigo temporário em sua casa, tudo sai dos eixos. Alma fica dividida entre o senso de obrigação a alguém que já foi muito próximo -- mas com quem não tem contato há anos -- e o desconforto em reabrir uma porta ao passado. O contexto desse pedido de ajuda deixa a situação ainda mais complicada: o ex-amigo está sendo investigado por uma acusação de estupro.
Com os princípios confrontados na prática do dia a dia, Alma encontrará um breve respiro através da amizade de mulheres que prometem nunca abandoná-la.

Review - That Time You Killed Me

2 de junho de 2023

Título: That Time You Killed Me
Editora/Fabricante: Galápagos/Pandasaurus Game
Criador: Peter C. Hayward
Idade recomendada: 10+
Jogadores: 2
Nota:★★★★★
Descrição: “Certo, prontos para começar? Eu tenho que avisar, isso pode reavivar algumas memórias traumáticas. O tempo é complicado desse jeito – nem tudo é causa e efeito. É mais tipo... Causa e efeito borboleta. Só porque alguém morreu ontem não quer dizer que vai estar morto amanhã. Ou Ontem...”. That Time You Killed Me é um jogo narrativo que acontece no passado, no presente e no futuro. Como qualquer outro jogo que bagunça o fluxo do tempo, vocês devem jogar esse conteúdo em uma ordem estrita e inalterável. Prontos para viajar no tempo?

Depois de uns meses de espera, eis que finalmente chegou o tão esperado That Time You Killed Me, um jogo de tabuleiro para dois jogadores com tema de viagem no tempo. Basicamente a história é sobre duas pessoas que estão disputando o título de inventor da viagem no tempo, e pra provar quem inventou, um deles vai precisar ser apagado da história.

Através de três mini tabuleiros quadriculados que representam Passado, Presente e Futuro, os jogadores vão transitar por aí fazendo movimentos verticais ou horizontais, viajando no tempo, fazendo cópias de si mesmo e causando paradoxos com objetivo de esmagar e assassinar o adversário sem dó nem piedade em pelo menos duas linhas temporais.






O jogo é bastante divertido a começar pelo manual de regras. Ele vem com um bilhetinho e é cheio de notas e avisos engraçados - e desaforados - direcionados ao próprio jogador. Há vários níveis de dificuldade, e a orientação é ir jogando e descobrindo aos poucos qual é o próximo passo e o que mais vai aparecer pra dificultar nossa vida, e tudo vem naquele tom misterioso, como se fosse um enorme segredo a ser mantido até o último momento.



Começamos a jogar da forma mais básica, onde cada jogador tem 7 peões que transitam por aí, e um marcador de foco temporal que é usado pra indicar qual será a linha temporal de sua próxima jogada. Quando já tivermos entendido bem a mecânica do jogo e estivermos mais preparados, pulamos para o primeiro capítulo. Nele irão aparecer novas regras e novos elementos que vem nas caixinhas numeradas com orientações de que devem ser abertas de forma cronológica e vai até o quarto capítulo, e nessas caixinhas encontramos novos componentes que dão a possibilidade de plantar sementes que viram árvores, construir estátuas no tabuleiro, adestrar elefantes cor de rosa com chapeuzinhos, ganhar novas habilidades e desbloquear "conquistas", aumentando não só as quantidade de maneiras de matar o outro, como também o nível de dificuldade do jogo quando esses novos elementos com regras próprias, que podem inclusive se sobrepor às regras básicas e iniciais, são adicionados. Também há dicas no manual do que fazer com as peças de acordo com o nível de experiência dos jogadores para um nível de desafio ainda maior. Há um envelopinho secreto escondido debaixo do insert que "não deve ser aberto". Não é nada tããão importante assim, mas não tem como negar que é mais uma tática bem legal e engraçadinha pra manter o jogador curioso e imerso no suposto mistério que o jogo traz e nas descobertas graduais de cada nova "fase".

Ele me lembrou bastante o Santorini por ter essa pegada de xadrez abstrato e a necessidade por parte do jogador em bolar uma boa estratégia pra realizar os melhores movimentos e vencer a partida mas, como as regras permitem que os jogadores desfaçam movimentos desde que ainda não tenham mudado o marcador de foco de lugar, confesso que isso me deixava sempre muito confusa porque eu SEMPRE esquecia onde a peça estava inicialmente e acho que isso acaba atrapalhando não só os desatentos, mas os mais esquecidos como eu.



No mais, apesar de eu ter achado o nome do jogo um tanto complicado e nada chamativo (pelo menos aqui no Brasil), That Time You Killed Me é um excelente jogo de estratégia pra dois jogadores, com design e propostas super bacanas e diferentes, e que tem grande rejogabilidade devido aos elementos diferentes de cada nível e às mudanças nas regras de acordo com o que é inserido. Aqui em casa todo mundo curtiu e o jogo nunca pára numa partida só. Eu adorei.

Resumo do Mês - Maio

1 de junho de 2023

Esse mês eu passei o maior desgosto da minha vida em todo esse tempo de blog. A página do blog no Facebook foi roubada por um golpista e perdi o acesso a ela. Como se não bastasse, o ladrão, que queria dinheiro pra devolver a página, começou a fazer postagens com conteúdo adulto, nudez e links com vírus, e por mais que eu tenha denunciado e pedido pra várias pessoas me ajudarem denunciando também, o Facebook não fez nada a respeito. Dá última vez que consegui ver a página, porque agora nem consigo ver mais pois quando pesquiso aparece que a página não existe porque devo ter sido bloqueada, já tinha perdido milhares de curtidas e nem consigo mensurar esse prejuízo... Não consegui suporte nenhum pra recuperar, e o que me restou foi dar entrada num processo contra o Face pra resolver essa palhaçada na justiça. Já encaminhei todas as evidências do roubo pro advogado e agora é esperar.
Chega a ser inacreditável ter que passar por esse tipo de coisa. Tive que tirar o widget da página e o ícone dessa rede social infernal aqui no blog pra evitar que alguém ainda clique e vá pra lá, pois o vagabundo manteve o nome e a descrição da página pra fazer parecer que eu é quem estava postando aquele monte de merda nos stories (ou reels, não sei o nome daquilo pois já fazia um tempão que não estava atualizando lá pois perdi a paciência total com rede social).
Fiquei tão desorientada, com crises de ansiedade e pânico, nem dormir eu conseguia direito pensando como pude ter caído nisso, e pra ser sincera eu nem sei como consegui postar conteúdo aqui. Acho que foi lendo, assistindo série e jogando Red Dead Redemption II é que consegui me desligar um pouco dessa patifaria, e vou tentar manter essa rotina pra não surtar de vez.
Inclusive tenho que falar que eu tô acabada de tanto chorar com o final desse jogo, meupaiceleste, o que foi aquilo. Nunca mais vou me recuperar.


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