Sempre em Frente (Carry On) - Rainbow Rowell

7 de janeiro de 2021

Título:
 Sempre em Frente (Carry On) - Simon Snow #1
Autora: Rainbow Rowell
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem adulto/Romance
Ano: 2020
Páginas: 504
Nota:★★★★☆
Sinopse: Simon Snow é o Escolhido. Segundo as lendas, ele é o feiticeiro que garantirá a paz no Mundo dos Magos. Isso seria extraordinário se Simon não fosse desastrado, esquecido e um feiticeiro pouco habilidoso, incapaz de controlar seus poderes. Ele está no penúltimo ano da Escola de Magia de Watford, e, ao lado de sua melhor amiga Penelope e sua namorada Agatha, já se meteu nas mais variadas aventuras e confusões - algumas causadas por Baz, seu arqui-inimigo e colega de quarto, outras pelo Oco, um ser maligno que há tempos tenta acabar com Simon. Quando chega o novo ano letivo e Baz não aparece na escola, Simon suspeita que o garoto esteja tramando alguma coisa contra ele. As coisas começam a tomar um rumo ainda mais estranho quando o espírito da mãe de Baz, antiga diretora de Watford, aparece para Simon afirmando que quem a matou continua à solta. Quando Baz finalmente chega a Watford sob circunstâncias misteriosas, Simon não vê alternativa a não ser ajudá-lo a vingar a morte da mãe -- o que pode ser o primeiro passo para que verdades avassaladoras sobre o Mundo dos Magos sejam reveladas. E para que tudo mude entre os dois garotos.

Resenha: Depois de ter sido publicada pela Novo Século em 2016, a Seguinte adquiriu os direitos e agora republicou a obra com título traduzido e novo projeto gráfico pra capa. Pra quem leu o livro Fangirl, da mesma autora, teve um gostinho do universo mágico da saga Simon Snow, que seria o equivalente ao fenômeno Harry Potter para os leitores da vida real, através da fanfic de Cath.
Sendo assim, não se trata da fic escrita por Cath (que nem existe nessa história), nem a "obra original" que a inspirou, mas sim de como seria a história de Simon e Baz, os protagonistas da série Simon Snow, se Rainbow Rowell a tivesse escrito. Uma outra fic secundária, talvez? Confuso isso aqui... De qualquer forma, Sempre em Frente é o primeiro volume da trilogia Simon Snow.

Enfim, quando tinha onze anos, Simon Snow descobriu que não era apenas um simples órfão. Era o mais poderoso feiticeiro que já existiu. Segundo as lendas, Simon seria aquele que garantiria a paz no Mundo dos Magos, ele é o próprio Escolhido que iria derrotar Oco, o grande vilão que estava ficando cada vez mais poderoso. Sendo assim, ele ingressa na Escola de Magia de Watford, um lugar mágico onde ele iria aprender a ser o maior feiticeiro (e que se torna seu lugar preferido em todo mundo onde ele realmente se sente em casa), com direito a delícias de comer, uma melhor amiga chamada Penélope, uma namorada perfeita, Agatha... e Basilton Pitch, mais conhecido como Baz, um arqui-inimigo "vampiro" insuportável, que só existe pra infernizar sua vida (mesmo que ninguém acredite), sugar toda a alegria das situações, e com quem Simon era obrigado a dividir o quarto.

Diferente dos típicos protagonistas que embarcam na grande jornada do herói, Simon é irresponsável, super desastrado e suas habilidades com a magia são um total fracasso. Ele mal consegue controlar os próprios poderes e já se meteu em altas aventuras e enrascadas, muitas delas causadas por Baz. A história já começa no último ano de Simon em Waltford, as coisas estão mais capengas do que nunca, seu namoro com Agatha está uma bela porcaria, todo mundo acha que ele vai salvar o Mundo dos Magos quando ele se sente incapaz de tamanha responsabilidade, e quando ele suspeita que Baz está tramando alguma coisa cabeluda contra ele por ter sumido da escola, ele decide procurar saber o que diabos está acontecendo. Então, Simon é surpreendido pelo fantasma da antiga diretora de Watford, que também é a mãe de Baz, com a informação de que o responsável por sua morte continua a solta por aí. 

Sob circunstâncias mui misteriosas, Baz finalmente chega na bendita escola e Simon decide ajudá-lo a vingar a morte da mãe, e essa união não vai somente revelar as maiores verdades escondidas sobre o Mundo dos Magos, como também mudar tudo entre os dois garotos.

Com capítulos que se intercalam entre Simon, Baz, Penny e Agatha, sendo possível ter o ponto de vista de cada um deles sobre as situações que se encontram, a trama segue nesse premissa com toques hilários de bom humor, e os personagens não poderiam ser mais cativantes.
Embora a história tenha elementos já conhecidos e seja super similar a Harry Potter, ela tem seu próprio estilo e seguem por caminhos bem diferentes.

Simon e Baz tem personalidades super diferentes e conflitantes. Enquanto Simon é meio idiota, meigo e gentil, Baz faz aquele tipo que esmurra a cara de alguém com uma mão enquanto segura um bolinho intacto com a outra. Eles não tem nada a ver um com o outro, e a única coisa que tem em comum é o ódio recíproco... ou será que não?
Penny, a melhor amiga de Simon é uma daquelas personagens totalmente amassáveis, de tão fofa. Sua good vibe dá aquele quentinho no coração, e a amizade que ela tem com Simon é leve, boa e dá vontade de guardar num potinho.
Agatha é a namorada "perfeita", mas que está ali meio que servindo de enfeite, porque sua principal função é ter os requisitos mínimos pra ser estudante e saber o básico pra viver. Não fede nem cheira, e parece só existir pra despistar os leitores sobre a real essência de Simon, e dar aquela reviravolta que não tem nada de reviravolta, porque todo mundo sabe o que vai acontecer.

Talvez a única coisa que tenha me deixado meio cabisbaixa foi o fato de que alguns trechos, aparentemente importantes, são cortados, ficamos curiosos e naquela expectativa do que vem a seguir, mas o retorno sobre aquilo nunca vem.

No mais, a história emociona com seus personagens e com suas mensagens simples mas profundas, abordando o autoconhecimento e a descoberta da sexualidade de uma forma divertida, sutil, super envolvente e encantadora.

Fangirl - Rainbow Rowell

5 de janeiro de 2021

Título:
 Fangirl
Autora: Rainbow Rowell
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem adulto/Romance
Ano: 2020
Páginas: 464
Nota:★★★★☆
Compre: Amazon
Sinopse: Cath é fã de Simon Snow, uma série de livros que faz sucesso no mundo todo sobre um garoto feiticeiro. Mergulhar nessas histórias foi a única maneira que ela encontrou de lidar, junto com sua irmã gêmea, Wren, com a partida da mãe quando eram crianças. Desde então, a vida da garota se resume a ler, participar de fóruns sobre Simon Snow na internet, escrever fanfics, fazer cosplay dos personagens... Sempre ao lado da irmã. Mas agora Wren parece pronta para se distanciar do fandom de Simon Snow - e da própria Cath. Afinal, ela deixou bem claro que é hora de cada uma trilhar seu próprio caminho quando avisou que não queria dividir o mesmo quarto na faculdade. Pela primeira vez, Cath se vê sozinha -- e totalmente fora de sua zona de conforto --, e com uma colega de quarto mal-humorada que tem um namorado (bem fofo) que não sai do dormitório das duas. Para completar, ela também precisa se preocupar com o pai solitário e com sua professora de escrita literária, que abomina fanfics. Será que ela vai conseguir sobreviver a tantas mudanças e começar a viver a própria vida? E será que seguir em frente significa deixar Simon Snow para trás?

Resenha: Escrito por Rainbow Rowell e republicado pela Editora Seguinte (depois de ter saído pela Novo Século em 2014), Fangirl vai contar a história de Cath, que vai começar seu primeiro ano na faculdade junto com Wren, sua irmã gêmea. Para ela, desde que a mãe foi embora, Wren sempre foi seu porto seguro, mas na faculdade as coisas ficaram diferentes, e já começou quando Wren não quis dividir o quarto com Cath, justamente pra cortar isso e cada uma poder trilhar seu próprio caminho. Enquanto Cath é insegura, antisocial, quer focar nos estudos e continuar escrevendo sua fanfic baseada na série de fantasia que ela adora e acompanha tudo sobre, "Simon Snow" (um tipo de Harry Potter), que inclusive ajudou ela e a irmã a passarem pelo abandono da mãe, Wren quer aproveitar cada segundo dessa fase como se não houvesse amanhã, e isso não agrada Cath, que sente que está "perdendo" a irmã. Enquanto ela fica estudando e não tem vida amorosa, Wren frequenta altas festas e conhece um monte de gente interessante. As duas são totais opostos, até mesmo com o caso do pai, que precisa de cuidados médicos devido a sua instabilidade emocional, e enquanto Cath acha que deve cuidar do pai, Wren já acha que os profissionais que entendem do assunto é que devem ter essa responsabilidade.

Cath se vê sozinha, com uma colega de quarto sem um pingo de bom humor, e ainda tendo que lidar com uma professora que abomina fanfics, coisa que ela ama escrever. E agora? Como Cath vai lidar com a ideia de estar totalmente fora da sua zona de conforto?

O título do livro foi mantido no original, e só tenho que agradecer por isso, porque fico imaginando que se fosse traduzido seria algo como "Fanfiqueira" ou coisa do tipo. Não ia prestar, não... Narrado em terceira pessoa, a escrita é bem fluida, espirituosa e envolvente. Os capítulos se intercalam com trechos da fanfic de Cath, o que é uma forma do leitor conhecer mais sobre o que ela escreve, porém é possível ler o livro pulando todas as partes da fanfic sem que interfira na história, pois não há ligação nenhuma com a trama. Inclusive eu esperei que em algum momento as histórias se cruzassem de alguma forma para ter algum sentido ou mensagem, já que esses trechos estavam alí fazendo parte do livro, mas não. Achei que esse recurso cortou a narrativa sem que houvesse um propósito maior, e deixou a história mais arrastada do que devia.

Cath não é uma personagem que conquista o leitor logo de cara. Ela é bem chata com seus dilemas, não consegue expor o que a incomoda, a fixação com a irmã e a negação em aceitar que cada uma tem que ter a própria vida é esquisita, e ela ainda faz parecer que a timidez é a pior coisa que existe na face da Terra. Como a protagonista é Cath, Wren acaba não tendo tanto espaço assim, mas na grande maioria das vezes que aparece, é pra irritar com seu total egoísmo. Assim como as irmãs, os demais personagens da história possuem camadas e características bem construídas, e são capazes de conquistar o leitor, cada um a própria maneira.

Mesmo que Cath tenha seus defeitos e, por várias vezes, a vontade é de sacudi-la sem parar seja incontrolável, não nego que seu comportamento e personalidade são justificáveis dentro do contexto. Ela está num conflito interno consigo mesma acerca do novo. Estar em meio a tantas pessoas é estranho, a ideia de gostar de um garoto é assustadora, e pensar que está "perdendo" a irmã - e o pai - a deixa desolada. E pela idade da menina, é compreensível que seus sentimentos estejam a flor da pele e ela esteja confusa com tudo que anda acontecendo.

Sendo assim, Fangirl não é só uma história engraçadinha sobre uma garota que escreve fanfics da sua série preferida, mas sim uma história sobre insegurança e medo do que ela vai encontrar nessa nova fase de sua vida. É bem possível que várias pessoas se enxerguem em Cath, que acaba usando a escrita como válvula de escape para se esconder/se livrar de problemas que ela não sabe ou não quer enfrentar, como se aquilo fosse um tipo de "terapia" para lidar com a gravidade das coisas. E embora a história seja divertida, há a parte triste, que é tratada com bastante sutileza, sobre as rasteiras que todos estão suscetíveis a levar da vida, principalmente com a dificuldade em se lidar com sentimentos de não ser bom o bastante para qualquer coisa ou alguém.

No mais, mesmo que o desfecho não tenha sido inovador trazendo mudanças drásticas pra Cath, é um livro criativo sobre amadurecimento e aprendizado. Pra quem procura um livro bacana pra sair de uma ressaca literária ou só pra passar o tempo, recomendo.


Resumo do mês - Dezembro, tchau 2020!

1 de janeiro de 2021


Dezembro deve ter passado rápido pra poder pôr fim logo nesse 2020 infernal. O ano foi uma loucura, testou os limites de muita gente, e agora é esperar e torcer pra que em 2021 as coisas comecem a melhorar depois desse caos que ninguém nunca imaginou passar na vida.
Não dei conta de manter uma frequência de postagens como eu gostaria e nem de dar continuidade em várias coisas que comecei aqui no blog, o Desafio Literário foi um deles, mas não vou nem me condenar por isso, afinal, a cabeça tava em outro lugar e aposto que muita gente também ficou meio desesperado com tanta imprevisibilidade. O jeito é fazer as coisas adaptando tudo à essa realidade, e o que tiver que ser vai ser. Só quero ficar zen e manter a paz e espero que tudo dê certo. Já deu certo.

No mais, quero desejar um ano novo feliz e que, diferente do anterior, este seja repleto de esperanças, paz, saúde, tranquilidade, melhorias e conquistas.

Caixa de Correio #106 - A última do ano

31 de dezembro de 2020

Dando continuidade aos meus estudos acerca do Tarô e resgatando minhas origens, esse mês resolvi comprar mais livritchos para agregar o acervo. Então, em meio a livros de ficção que eu já queria faz tempo e me dei de presente de natal, também veio as novas aquisições. Não comprei muitos pops por motivos de falência, mas pelo menos foquei em HP e isso que importa.

No mais, espiem só o que recebi esse mês:

Wishlist #94 - Funko Pop - Queens Gambit

27 de dezembro de 2020

Quem assistiu a minisérie O Gambito da Rainha na Netflix e gostou, com certeza já quis sair por aí aprendendo a jogar xadrez depois de virar fã da Beth. Eu mal to jogando dama, imagina xadrez, mas não nego que já fiquei imaginando como seriam os popinhos da protagonista prodígio que tanto admirei. E pra minha felicidade, a Funko já anunciou os pops que vão ser lançados ano que vem, e eu, claro, já dei um jeito de colocar na wishlist. Espiem as Bethzinhas, que fofas.





Games - GRIS

21 de dezembro de 2020

Título: GRIS
Desenvolvedora: Nomada Studio
Plataforma: PC/Nintendo Switch
Categoria: Indie/Aventura
Ano: 2018
Classificação Indicativa: Livre
Nota: ★★★★★
Sinopse: Gris é uma jovem esperançosa, perdida em seu próprio mundo, que lida com uma dolorosa experiência.

Considerando algumas resenhas de games que fiz aqui no blog, acho que já deu pra perceber que gosto bastante de jogos de plataforma. E com este não foi diferente. Logo que bati o olho na thumb dele na Steam, já coloquei na minha lista de desejos sem nem saber direito do que se tratava. Fiquei encantada com o visual e afirmo com toda a certeza do mundo que valeu cada centavo investido. Com um design minimalista e toques delicados de aquarela, Gris foi umas das experiências mais intensas que tive com qualquer jogo nos últimos tempos e assim que finalizei tive que vir correndo aqui contar.

É difícil falar sobre um jogo quando a experiência com ele é tão pessoal e cada um é livre pra ter a própria interpretação do que vê, mas ainda posso afirmar que apesar de ser divertido e necessário usar a lógica para sair de alguns pontos particularmente difíceis, é impossível não lidar com um misto de emoções durante a jornada de Gris, principalmente quando entramos no tema da perda, do luto e da superação.



Gris é uma garota que, aparentemente, sofreu uma perda trágica e agora não está sabendo lidar com essa terrível situação. Ela está quebrada em milhões de pedaços, não tem mais forças, não tem mais voz, está perdida e se encontra num vazio total, sem vida e sem cor. Sendo assim, Gris vai abordar o luto e seus cinco estágios de uma forma tão sutil quanto sublime, por isso, se forem embarcar nessa (o que recomendo muito), preparem os lencinhos.



O cenário em si representa a própria mente e os sentimentos de Gris, e a medida que ela avança, vai mudando de cor, toma forma mas se quebra novamente, se afunda num abismo escuro e sombrio cada vez mais fundo, vira de cabeça pra baixo, mas sempre existe aquela luz, aquela estrela que está escondida em algum lugar que vai dar a ela forças e abrir o caminho, basta que ela se esforce pra encontrá-la e, assim, poder escapar dessa escuridão que está literalmente a engolindo. E enquanto Gris enfrenta alguns desafios, ela vai se recompondo enquanto adquire ou recupera habilidades que haviam sido perdidas nesse processo. O mais incrível é que às vezes ela precisa usar ou enfrentar exatamente aquilo que a assusta ou a persegue para conseguir superar um determinado desafio e conseguir avançar.



Sobre as mudanças de cores, é bem legal acompanhar os estágios pelos quais Gris está passando. O cenário começa cinza, que representa a negação, o vazio que ela sente pela perda sofrida. Logo em seguida muda para vermelho, a raiva, que lembra um deserto, árido e cheio de tempestades de areia que a empurram pra longe e tentam impedir que ela siga em frente. Nessa parte ela adquire uma habilidade nova que vai ajudá-la a enfrentar esse turbilhão de sentimentos sem se deixar ser levada pelo vendaval, e a cada nova fase, as cores associadas a sentimentos vão mudando e novas conquistas e habilidades vão sendo desbloqueadas.







Ela inclusive descobre a depressão, que é perfeitamente ilustrada por um oceano escuro, desconhecido e profundo onde ela mergulha. E cada vez mais que ela adentra a escuridão, parece que será cada vez mais difícil dela sair, mas ela percebe que tentar sozinha é muito difícil, e que sem ajuda e sem ter uma luz pra guiá-la, escapar dessa é impossível.



O intuito do jogo não é fazer com que a protagonista passe por perigos a ponto dela morrer ou coisa do tipo, mesmo que ela caia da maior altura que existe ou se enfie no buraco mais fundo ever. Não há nenhum fator aqui que faça com que Gris perca a vida ou fique presa sem ter como escapar, mesmo que a gente dê mil voltas, sempre vai ter uma saída, basta ter atenção pra resolver o quebra-cabeças. Talvez o ponto que não agrade tanto seja o fato de não haver muitos caminhos a serem explorados e o jogo ser bastante linear, ou seja, você vai pra frente, pra trás, pra cima ou pra baixo, o lugar onde se deve chegar sempre vai ser o mesmo, mas ainda assim, a arte faz com que todos os sentimentos dela sejam bastante evidentes e a jornada seja incrível.




Não dá pra deixar de falar da trilha sonora desse jogo. Sem ela eu tenho certeza que a experiência e a imersão não seriam as mesmas. As músicas se adaptam linda e perfeitamente ao cenário e vão se transformando conforme o progresso, e quando Gris finalmente recupera a voz e consegue cantar, minha gente, é difícil controlar as emoções...



Eu finalizei esse jogo emocionada, cheia de lágrimas nos olhos, tanto pela arte que passei contemplando durante essa jornada quanto pela forma sensível de superação de todas essas adversidades. E talvez essa experiência ainda seja mais intensa caso o jogador já tenha passado por algo do tipo. Em diversos momentos eu enxerguei a mim mesma e acredito que esse tenha sido o motivo de ter mexido tanto comigo.




Gris é uma obra de arte, a experiência é única, e a sensação que vai aflorar aqui vai fazer desse jogo algo simplesmente inesquecível.