Novidade de Janeiro - Paralela

16 de janeiro de 2016

58 Listas (33 úteis e 25 nem tão úteis assim) - Manu Barem
“A gente nasce, cresce, lava louça a vida inteira e morre.” É por essas e outras que Manuela Barem se tornou não exatamente a voz, mas o conjunto de caracteres que definiu uma geração na internet.
Mais que as 33 listas úteis e as 25 não tão úteis assim do título, temos em mãos um registro de como se vive nestes anos 2010: do saudosismo analítico dos pagodes do início da adolescência à constatação irrefutável de que ficou ainda mais difícil terminar relacionamentos na era das redes sociais.
Este é um livro para a geração Y e para quem quer entender o que se passa na cabeça dessa gente que se aventura — mesmo que titubeante — nesta etapa da vida adulta absoluta, cheia de trabalho, amor, festas infantis, fakes no Twitter e chatices no Facebook.
Entre uma louça suja e outra, porém, dá para apreciar uma ciranda da música brasileira que prova aquilo que todos desconfiávamos, mas achávamos que pudesse ser só reflexo do excesso de Faustão na nossa cabeça: todos os artistas da MPB estão interligados. (Duvida? Veja na página 98.)
É a chance também de conhecer as leis mais absurdas do Brasil, 31 cidades brasileiras com nomes terminados em “lândia” e os motivos pelos quais os verões dos anos 1990, os últimos verões da história da humanidade totalmente desconectados, deixaram saudade.
E, honestamente, também dá para se reconhecer nas pequenas mentiras do WhatsApp, nas incontáveis dúvidas amorosas e, quem sabe, até no caça-palavras do Charlie Brown Jr.

Novidades de Janeiro - Seguinte

15 de janeiro de 2016

Steve Jobs: Insanamente Genial - Jessie Hartland
Com uma narrativa ágil e divertida, esta biografia em quadrinhos apresenta a figura rebelde e carismática de Steve Jobs para uma nova geração de leitores, além de cativar os fãs que vivem e respiram toda a tecnologia criada por ele: a Apple, a Pixar, os Macs, os iPods, os iPhones e muito mais.
 Jessie Hartland mostra como Jobs foi um visionário, sem deixar de lado os demônios que o acompanhavam. Destaca os sucessos meteóricos, os retrocessos devastadores e as inúmeras contradições que resultaram numa vida extraordinária e no legado de um homem insanamente genial.


A Sereia - Kiera Cass
Anos atrás, Kahlen foi salva de um naufrágio pela própria Água. Para pagar sua dívida, a garota se tornou uma sereia e, durante cem anos, precisa usar sua voz para atrair as pessoas para se afogarem no mar. Kahlen está decidida a cumprir sua sentença à risca, até que ela conhece Akinli. Lindo, carinhoso e gentil, o garoto é tudo o que Kahlen sempre sonhou. Apesar de não poderem conversar - pois a voz da sereia é fatal -, logo surge uma conexão intensa entre os dois. É contra as regras se apaixonar por um humano, e se a Água descobrir, Kahlen será obrigada a abandonar Akinli para sempre. Mas pela primeira vez em muitos anos de obediência, ela está determinada a seguir seu coração.

Coroa Cruel: Um conto da série A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard
Duas mulheres - uma vermelha e uma prateada - contam sua história e revelam seus segredos. Em “Canção da rainha”, você terá acesso ao diário da nobre prateada Coriane Jacos, que se torna a primeira esposa do rei Tiberias VI e dá à luz o príncipe herdeiro, Cal - tudo isso enquanto luta para sobreviver em meio às intrigas da corte. Já em “Cicatrizes de aço”, você terá uma visão de dentro da Guarda Escarlate a partir da perspectiva de Diana Farley, uma das líderes da rebelião vermelha, que tenta expandir o movimento para Norta - e acaba encontrando Mare Barrow pelo caminho.
O livro traz, ainda, um mapa de Norta e um trecho exclusivo de Espada de vidro, o segundo volume da série A Rainha Vermelha.


Novidades de Janeiro - Companhia das Letras

14 de janeiro de 2016

Uma História de Solidão - John Boyne
Odran Yates era um garoto tímido nascido na Irlanda dos anos 1950. O país tinha uma longa tradição católica, e as leis da Igreja moldavam a sociedade com rigor claustrofóbico. Filho de um pai alcoólatra, que morreu com a certeza de que era um grande ator, e de uma mãe que abandonara a carreira de aeromoça para cuidar da família, Odran abraçou o caminho eclesiástico como único destino possível.
Primogênito de um lar disfuncional, que se tornou sufocante após uma tragédia familiar, Odran obedece à mãe e vai estudar em um seminário, onde conhece Tom Cardle, de quem se torna amigo. Ao contrário de Odran, tímido, inocente e reservado, Tom era irritadiço e rebelde. Não fossem os maus-tratos constantes do pai, ele nunca teria nem sequer passado em frente a uma igreja. Já Odran concluiria mais tarde que o sacerdócio era realmente adequado à sua personalidade.
Antes de se formar e ainda muito jovem, Odran fora designado para uma missão no Vaticano: caberia a ele servir pontualmente o café da manhã e o leite noturno do sumo pontífice - durante um ano, sete dias por semana -, incumbência que cumpriu com o rigor e o silêncio de “um fantasma”, como descreveria.
Da ingenuidade dos primeiros anos de colégio à descoberta dos segredos mais bem guardados da Igreja, o padre Odran Yates descreve uma Irlanda repleta de contradições e ódio por trás de um projeto social baseado nos bons costumes. Vive a decadência de seu ofício, que, diante de tantas denúncias de abuso sexual, passa a ser visto com desconfiança.
Mais do que lidar com a vida sofrida daqueles que ama e as implicações políticas de seu trabalho, o padre Yates tenta fazer um acerto de contas com a própria consciência, depois de ter sido convencido de que era inocente demais para entender o que ocorria ao seu redor.

Kaos Total - Jorge Mautner
Para celebrar os 75 anos de Jorge Mautner, João Paulo Reys e Maria Borba selecionaram uma amostra de seu acervo inédito e uniram ao material à totalidade de suas letras, parte mais cultuada de sua obra. O volume abre com um explosivo caderno de imagens: as pinturas de Mautner, nunca publicadas em livro, de estética aparentemente naïf, mas que quando apreciadas com cuidado comprovam rigor na combinação das cores e formas. Em seguida, a compilação de letras. Pérolas como “Maracatu atômico”, “Lágrimas negras” e “Vampiro”, dispostas em ordem cronológica e por álbum, revelam a fecundidade do cancioneiro de Mautner, que desde os anos 1960 enriquece nossa cultura com sua inventividade. Algumas músicas, como “O rouxinol”, flertam com o universo infantil, enquanto outras exigem alto grau de abstração, como "Tempo sem tempo". Encerram o bloco canções inéditas. Os poemas trazem mais uma face pouco familiar do artista múltiplo. O que vemos é um jorro aparentemente incontido de sentimentos e palavras, orientado por rimas e ritmo. Ou então a concisão de um poema de um só verso: “E agora sobrou o nada”. Na seção de prosa poética, deparamos com alguma ficção, poemas narrativos e em verso livre, reflexões que passeiam com naturalidade por objetos tão variados quanto Freud, Bob Dylan e Schöenberg, além do programa do Partido Revolucionário do Kaos.
Os fragmentos finais trazem a radicalidade da criação mautneriana, mesclando ícones próprios como flechas de Oxóssi e claves de sol com os símbolos de nosso alfabeto. As múltiplas exclamações, que aparecem ao longo do livro, são ainda mais frequentes nos fragmentos: marcas da hipérbole que caracteriza o pensamento de Jorge.
O rastro do “filho do Holocausto” está em versos que tematizam a barbárie das guerras, da fome, da bomba atômica. Por outro lado, o amor singelo e o humor brincalhão trazem leveza a estas páginas. A riqueza não tem fim.
Como diriam os curadores, “sua obra é sua vida. O Kaos total, Jorge Mautner, nunca se encerra, está sempre vivo e em movimento”.

Como Curar Um Fanático - Amós Oz
O romancista Amós Oz cresceu na Jerusalém dividida pela guerra, testemunhando em primeira mão as consequências perniciosas do fanatismo. Em dois ensaios concisos e poderosos, o autor oferece uma visão única sobre a natureza do extremismo e propõe uma aproximação respeitosa e ponderada para solucionar o conflito entre Israel e Palestina. Ao final do livro há ainda uma contextualização ampla envolvendo a retirada de Israel da Faixa de Gaza, a morte de Yasser Arafat e a Guerra do Iraque.
A brilhante clareza desses ensaios, ao lado do senso de humor único do autor para iluminar questões graves, confere novo fôlego a esse antigo debate. Oz argumenta que o conflito entre Israel e Palestina não é uma guerra entre religiões, culturas ou mesmo tradições, mas, acima de tudo, uma disputa por território - e ela não será resolvida com maior compreensão, apenas com um doloroso compromisso.
Não se trata, argumenta Oz, de uma luta maniqueísta entre certo e errado, mas de uma tragédia no sentido mais antigo e preciso do termo: uma batalha entre o certo e o certo.
Sem temer a polêmica, o livro apresenta argumentos precisos favoráveis a uma solução que acomoda dois estados nacionais diferentes e também realiza um diagnóstico sutil sobre a natureza do fanatismo, calcada na predominância dos sentimentos sobre a reflexão.
Esclarecedor e inspirado, Como curar um fanático é uma voz de sanidade em meio à cacofonia das relações entre Israel e Palestina - voz que ninguém pode se dar ao luxo de ignorar.

Ponto de Fuga - Ana Maria Machado
Ponto de fuga, fruto da participação de Ana Maria Machado em eventos literários, reúne treze ensaios que mostram por que a escritora se tornou uma referência na literatura brasileira. Com mais de cem livros publicados nos últimos quarenta anos, ela não se limitou apenas ao ofício de escrever, mas dedicou boa parte de sua carreira a uma reflexão profunda e generosa a respeito dos leitores e da literatura, muitas vezes rompendo paradigmas sobre temas que pareciam consolidados. Sua obra já vendeu mais de 20 milhões de exemplares, ajudando a reposicionar o status da literatura infantil no país, e seus ensaios apontam um olhar para questões mais amplas, como as nuances do mercado editorial, o papel dos professores nas escolas, a literatura infantojuvenil e o despreparo dos professores nas redes de ensino. Engana-se, porém, quem acredita que sua crítica é desesperançosa ou pessimista. Como leitora apaixonada, Ana Maria prova, entre erros e acertos, que houve avanços importantes e que, mais do que abundância de recursos, o que está em jogo é a dificuldade de extinguir o espírito burocrático na formação do leitor.

Novidades de Janeiro - Leya

13 de janeiro de 2016

O Trono do Sol: A Magia da Aurora - O Ciclo Nessântico #3 - S. L. Farrell
Quinze anos após os acontecimentos de A magia do anoitecer, Nessântico está prestes a viver seu momento mais sombrio. A atual ocupante do Trono do Sol, a kraljica Allesandra se vê obrigada a engolir o orgulho e ceder o poder para o filho expatriado Jan - o hïrzg de Firenzcia e seu rival político - agora que a cidade está outra vez sob a ameaça dos tehuantinos, o mesmo inimigo que deixou um rastro de destruição sem precedentes pelo reino, há mais de uma década. Allesandra precisa das tropas de Jan, mas talvez a salvação da cidade também dependa da revolucionária experimentação científica realizada por Varina, agora líder dos numetodos, os hereges que provocaram um cisma na Fé de Concénzia. No encerramento de O Ciclo Nessântico, S. L. Farrell amarra as tramas iniciadas em A magia da alvorada e dá destino aos vários personagens que elaborou tão bem em três volumes marcados por uma rica construção de mundo, grandes batalhas mágicas e intrigas palacianas maquiavélicas, que arrebataram os fãs de literatura de fantástica.

A Vida Louca da MPB - Ismael Caneppele
Entre muitos comentários e olhares sobre a música popular brasileira, poucos atentam para a loucura de suas histórias. Buscando os detalhes pouco conhecidos das vidas conturbadas de artistas como Noel Rosa, Cazuza, Maysa e Vinicius de Moraes, este livro abre as portas para o lado obscuro, excêntrico e por vezes engraçado das vidas de dezessete figuras que não contemplaram qualquer barreira entre a música e o vício, que mergulharam de cabeça na vida e perpetuaram um testemunho tatuado em cifras que ainda não desapareceram de nossos ouvidos, mesmo depois de mortos.


A Torre - Danny O´Malley
“Querida você, o corpo que está usando costumava ser meu...” Assim começa a carta que acabou de encontrar no bolso do casaco. Encharcada pela tempestade que cai sobre o parque, ela ainda não sabe por que está cercada de cadáveres. Muito menos por que todos usam luvas de látex. Sem escolha, ela decide seguir as orientações deixadas nessa carta e encontra outras duas. Uma carta leva a outra e mais outra, e assim ela descobre seu nome: Myfanwy Thomas. E ainda que é uma Torre – uma agente secreta de alto escalão que trabalha para uma organização do Império Britânico responsável por combater eventos sobrenaturais. Mas há um traidor nessa organização. Um traidor que a quer ver morta. E que logo perceberá que Myfanwy ainda está viva. E sem memória. Enquanto luta para salvar sua vida, Myfanwy conhece pessoas misteriosas: um homem com quatro corpos, uma aristocrata que pode entrar em seus sonhos, crianças que se transformam em guerreiros mortais e uma conspiração que vai muito além do que poderia imaginar. Com personagens fascinantes e uma narrativa repleta de ação e rica em detalhes, este livro é um suspense fantástico que marca a estreia de Daniel O’Malley como autor.

Radical - Maajid Nawaz
Na língua inglesa, a palavra radical é usada quando se quer falar de algo extremo. Nas línguas latinas, pode, também, significar raiz, origem.  Em Radical, lançamento da LeYa, Maajid Nawaz faz uso dos dois significados, para descrever quem ele foi e quem ele agora é: ex-líder de uma organização islâmica fundamentalista, Nawaz agora está na linha de frente de uma missão pessoal para desvincular o Islamismo da severa ideologia politizada que ele outrora seguiu fielmente.
Nova York para amantes de cinema, de Barbara Boespflug e Beatrice Billon
Ao longo da história do cinema, cineastas renomados usaram a cosmopolita cidade de Nova York como pano de fundo para suas histórias. Muitas vezes, as locações escolhidas foram tão essenciais aos filmes que os lugares ficaram famosos no mundo todo. Quem não gostaria de visitar o Hotel Edison, palco de reviravoltas em O poderoso chefão? Ou de saborear um brunch no Bubby’s, onde Anne Hathaway comemora seu novo emprego no filme O diabo veste Prada? Ou de pedir o mesmo prato de Meg Ryan no Katz’s Delicatessen em Harry e Sally: feitos um para o outro? Nova York para amantes de cinema: um guia de endereços que inspiraram grandes filmes, lançamento da Casa da Palavra, é um roteiro não só para os fãs da sétima arte, como também para quem quer conhecer a cidade e seus cenários que embalaram grandes clássicos.