Promoção - Kit Férias

22 de junho de 2013


As tão esperadas Férias estão chegando e com ela vem muita coisa boa: descanso, passeios, boas leituras, mais tempo para dormir e ficar no computador, mas no finalzinho das férias é quase impossível não sentirmos uma espécie bem sutil de saudade da nossa rotina, coisa que em hipótese alguma gostamos de admitir, mas sentimos.
Pensando em todo esse "tempo livre" nós, dos blogs Cachola Literária, De Livro em Livro, Este Já Li, Leituras da Paty, Livros e Chocolate e Who's Thanny, pensamos em um Kit de Sobrevivência para que vocês pudessem curtir as Férias com muita leitura e diversão, afinal para quem gosta de ler, Ler é como Brincar! Serão 3 Kits Férias e vocês poderão escolher o que mais se identificarem e caso se identifiquem com todos, podem tentar a sorte, não é mesmo?
O nosso objetivo é que vocês possam se divertir ao ganharem livros que desejam ler.
Escolha seu Kit Férias e divirta-se!

*Para participar você só precisa residir ou ter endereço de entrega no Brasil e seguir os passos no formulário autoexplicativo do Rafflecopter.
A primeira entrada é livre, leve e solta, mas os formulários estão cheios de chances extras e vocês podem aproveitar e ir fundo para conquistarem seu Kit Férias, afinal ler nas férias é uma ótima opção sobretudo para quem não vai viajar!!!
Lembrem de ler os Terms and Conditions ao fim dos formulários, ok?

KIT FÉRIAS 1: Private (James Patterson) & Diablo III: A Ordem (Nate Kenyon)
KIT FÉRIAS 2: A Pousada Rose Harbor (Debbie Macomber) & Jardim de Inverno (Kristin Hannah)
KIT FÉRIAS 3: Conselho de Amiga (Siobhan Vivian) & Paperboy (Pete Dexter) 

Entrevista - Rachel Gibson

21 de junho de 2013

Bora dar uma espiada na entrevista exclusiva que a autora dos livros "Loucamente Sua" e "Simplesmente Irresistível", Rachel Gibson, deu para a Geração Editorial?

Quando e por que começou a escrever livros?
Comecei a escrever livros em 1989 quando a minha televisão quebrou. Não tinha muito que fazer, então decidi reescrever E o vento levou para matar o tempo. Depois que reescrevi o livro com um final feliz, deixei-o de lado e comecei a escrever um romance contemporâneo.
 
Você faz muitas pesquisas antes de escrever os seus livros?
Isso depende muito do livro. A série militar que atualmente estou escrevendo (o primeiro livro foi Rescue Me) exige muita pesquisa. Os livros de hockey – como See Jane Score e Any Man Of Mine, também demandou pesquisa, mas não tanta assim. Escrevi uma série baseada em escritores e não tive que fazer pesquisas.

Qual é a coisa mais interessante que encontrou durante a pesquisa dos seus livros? 
A mais interessante, e com certeza a mais memorável, foi quando eu falei com jogadores de hockey gostosões e suados no vestiário deles. Aquele dia eu levantei com o é direito!

Você se considera uma escritora de chick-lit? O que acha do gênero?
Não sou autora de chick-lit. Escrevo romances, mas adoro ler um bom chick-lit.

Qual é a melhor parte no seu trabalho como escritora?
Economia de tempo e de transporte. Saio da cama quando quero. Pego o bule de café e vou até o andar de cima onde está o meu escritório

Como você faz para que os seus livros sejam tão divertidos? Como mantem o frescor das cenas e diálogos engraçados, como é possível ver em Simplesmente Irresistível?
Nunca foi minha intenção sentar e escrever humor. As pessoas são engraçadas. A vida pode ser engraçada. Eu escrevo sobre pessoas e sobre a vida.

Por que machões e mocinhas em perigo são frequentes em seus enredos?
Por que machões? Por que não! Toda mulher tem um segredo, que não é tão secreto assim:  fantasia ser resgatada por um homem másculo que não tem escolha a não ser ficar loucamente apaixonado por ela. Não importa o quanto ele tente, ele não pode lutar contra isso...

Qual foi sua inspiração para criar Simplesmente Irresistível?
O jogador de hockey Mark Messier. Ele parece um homem primitivo com o capacete enfiado na cabeça. Mas, por alguma razão, o acho sexy.

Eu li em algum lugar que Simplesmente Irresistível é o livro que você mais se orgulha. Por quê? 
Simplesmente Irresistível foi o primeiro livro que vendi em 98, e que ainda vende bem 18 anos depois.

Os personagens principais são inspirados em pessoas reais?
Não, mais usei minha mãe como um personagem secundário quando escrevi Daisy's Back In Town.

Quais são suas expectativas em relação aos leitores brasileiros? Por que você acha que seus romances são tão amados por aqui?
Não tenho expectativas em relação aos meus leitores. Só espero que gostem do meu trabalho e  que possam “fugir” comigo por algumas horas. Acho que mulheres em todas as partes do mundo gostam de ler um bom romance.

Está trabalhando em algum livro no momento?
Estou escrevendo um romance ambientado em Nova Orleans, Louisiana. É bem sexy e picante, com direito a homens machões.

 



A Menina que Fazia Nevar - Grace McCleen

19 de junho de 2013

Lido em: Junho de 2013
Título: A Menina que Fazia Nevar
Autora: Grace McCleen
Editora: Paralela
Gênero: Religião/Literatura Estrangeira
Ano: 2013
Páginas: 312
Nota: ★★☆☆☆
Sinopse: Todos os dias se parecem na vida que Judith McPherson leva ao lado do pai. Eles têm uma rotina simples e reclusa, numa casa repleta de lembranças da mãe que ela nunca conheceu, e as únicas pessoas com quem convivem são os fiéis da igreja cristã a que pertencem. Judith não tem amigos na escola, onde é alvo de gozações, e para encontrar consolo se refugia no mundo de sucata que construiu em seu quarto. Lá, cada dia é um dia, e a vida pode ser incrivelmente feliz graças a sua imaginação. Basta acreditar que a Terra Gloriosa, como ela chama sua maquete, é realmente o paraíso prometido onde um dia vai viver ao lado da mãe. Aos dez anos, Judith vê o mundo com os olhos da fé, e onde os outros veem mero lixo, ela identifica sinais divinos e uma possibilidade de criar. Assim, constrói bonecos de pano e inventa para eles histórias felizes na Terra Gloriosa. O que nem Judith poderia imaginar é que talvez seu brinquedo seja mais do que uma simples maquete. Pelo menos é o que parece quando ela cobre a Terra Gloriosa de espuma de barbear e a cidade aparece coberta de neve na manhã seguinte. Um pequeno milagre, é assim que ela interpreta esse e outros sinais parecidos. Tão pequeno que muitas pessoas poderiam pensar que não passa de coincidência, mas Judith sabe que milagres nem sempre são grandes, e que reconhecê-los é um dom de poucas pessoas. Longe de ser benéfico, no entanto, esse poder traz consigo uma grande responsabilidade. Afinal, seria certo usar a Terra Gloriosa para se vingar de Neil Lewis, o colega que a maltrata todos os dias na escola? 

Resenha: Judith é uma garotinha de 10 anos que vive com o pai, é órfã de mãe e vive muito sozinha já que não tem amigos. Ela possui uma maquete, que chama de "Terra Gloriosa", onde construiu a cidade onde mora e os habitantes, projetando um tipo de paraíso, tudo feito de sucata e itens descartáveis, como forma de passar o tempo. Até que um dia Judith cobre a maquete com espuma branca, e para sua surpresa, a cidade amanhece coberta de neve. Judith associa o ocorrido a um milagre, acredita ter poderes "divinos" mas não imagina a responsabilidade que teria sobre suas ações.

O livro tem uma capa linda, foi muito bem escrito, teve uma revisão impecável e tem o tipo de narrativa que flui de forma fácil, que descreve todos os detalhes, emoções e características muito bem apesar de ser repetitivo em algumas descrições ou denominações. Não sou muito religiosa, mas às vezes gosto de ler livros que trazem histórias do gênero, que fazem refletir e pensar (ou reforçar a crença) que existe algo maior do que a gente, mas esse livro não me tocou, e muitas vezes me fez perder a paciência. Ele expõe uma história com detalhes delicados, tristes e até mesmo trágicos, que nos leva a pensar que se passamos por algo ruim a ponto de deixarmos de ter fé, é porque deve existir um motivo maior, mesmo que inexplicável, como forma de aprendizado ou castigo, pois Deus sabe o que faz com o destino de cada um, ou coisa do tipo. Porém, a forma de expor a fé aqui me agradou muito pouco, quase nada, principalmente quando levei a sinopse em consideração para optar por essa leitura, pois ela passa uma ideia totalmente diferente do que encontrei na história ao lê-la. Fico incomodada quando alguém tenta forçar a religião de forma exagerada, e o pai de Judith é exatamente daquele tipo que sai batendo na porta dos outros pra pregar a palavra e enfiar Deus goela abaixo do povo de forma incômoda e inconveniente. Testemunha de Jeová level hard.

Mas enfim... por mais que a história aborde o milagre da "Terra Gloriosa" e a questão da fé absoluta, que move montanhas, há muitas outras coisas que ficaram explícitas mas contadas de forma sutil, talvez para mascarar a gravidade do assunto, e que podem incomodar, e muito, aqueles que acham que há coisas desnecessárias, dispensáveis e exageradas na religião e/ou em alguns religiosos fanáticos.

Judith sofre bullying constantemente na escola nas mãos do intragável Neil Lewis (ele me lembrou o Nelson Muntz, personagem de Os Simpsons), pois como só fala de religião, não tem amigos e é considerada a esquisita da turma. Ela ainda é tratada com descaso pelo próprio pai, que concentrou a frustração e todas as energias que lhe restaram de forma fervorosa na religião, por ter perdido a esposa, que teve complicações no parto, e ter ficado incumbido de cuidar da filha sozinho. E talvez a vida dela poderia ter sido salva, mas a religião proíbe transfusão de sangue e nada pode ser feito. É pra morrer de ódio e desgosto desse tipo de "crença".

Judith cresceu acreditando que o pai não a ama pois a culpa pela mãe ter morrido é dela, e em vez do imbecil tratá-la com amor e carinho, é distante e faz com que o ambiente familiar fique extremamente tenso. A menina se encontra constantemente sozinha e deprimida, vive pra rezar, espera pelo Apocalipse a qualquer momento e passa a ter um amigo imaginário, que apesar de ser fruto de sua imaginação, é o próprio Deus que a leva a acreditar que todas as tragédias que acontecem na cidade é culpa dela e do poder que ela tem sobre sua maquete, e que ela ainda deve responder pelas escolhas que faz, como se fosse uma criminosa.

Fico pensando que tipo de gente tem coragem de abusar psicologicamente de uma criança inocente e indefesa a ponto de fazê-la sofrer tanto e ficar tão confusa quanto Judith fica aqui, sem saber a quem recorrer e o que fazer. É muito sofrimento, muita injustiça pra uma história só, com um tipo de fé abordada de forma que, pra mim, foi completamente inadequada. E fora que não faço ideia de qual foi a intenção da autora ou no que, ou como, ela acredita.

A única personagem que realmente me agradou foi a professora substituta da escola (e que esqueci o nome), pois ela tem senso e sabe discernir o certo do errado, procurando ser sempre justa e correta. E fora que ela é a única que vê que Judith tem problemas sérios, mas sempre é afastada pela menina.
Vou confessar que tive um pouco de dificuldade pra elaborar essa resenha, pois nem sempre é fácil falar do tema sem que alguém leve as coisas pra outro lado e não se sinta ofendido, mas nem sempre somos obrigados a concordar ou a acreditar naquilo que o outro acredita, e dependendo do nível de exagero, fica difícil até ter algum respeito por certas atitudes absurdas que são tomadas em nome de Deus.

No geral, é um livro que faz pensar, tanto pela questão da fé, dos milagres, da questão social, das injustiças do mundo e dos malefícios de tudo que é feito em excesso. Foi um livro que pra mim não funcionou muito bem, mas talvez pessoas com outro tipo de visão sobre o assunto vejam outro tipo de mensagem na história, ou aproveitem e absorvam melhor.

Entre o Amor e a Paixão - Lesley Pearse

18 de junho de 2013

Lido em: Junho de 2013
Título: Entre o Amor e a Paixão - Belle #2
Autora: Lesley Pearse
Editora: Novo Conceito
Gênero: Drama/Romance
Ano: 2013
Páginas: 512
Nota: ★★★★☆
Sinopse: "Uma mulher dividida entre o compromisso e o calor de um relacionamento passado." No início da Primeira Guerra, Jimmy, o marido de Belle Reilly, é levado para as trincheiras mortais do norte da França e Belle percebe que não pode ficar de braços cruzados quando tantos estão sacrificando suas vidas. Armada de coragem e boa vontade, ela se torna voluntária como motorista da Cruz Vermelha, também na França.Então, enquanto cumpre seu dever humanitário, um trágico acidente lhe coloca frente a frente com Etienne — o homem que fez parte de seu passado e a quem nunca esqueceu completamente.Dividida entre a paixão proibida por Etienne e a lealdade e o amor por Jimmy, Belle encontra-se em uma situação impossível. A confusão de seus sentimentos, misturada à escuridão da mais brutal das guerras, a levará a sucumbir para sempre, ou a força da vida será maior e a conduzirá, finalmente, à verdadeira felicidade?
Resenha: Londres, meados de 1914. Belle finalmente se sente em paz, feliz em seu casamento com Jimmy, dona de sua loja de chapéus em Blackheath, e esperando seu primeiro filho. Tudo parceria perfeito, já que após tanto sofrimento ela merecia ser feliz. Só que a Primeira Guerra Mundial trouxe consequências gravíssimas para sua família. Belle insistira para que Jimmy não se alistasse, mas ele, como homem, viu que aquilo era seu dever com o país. Entre o amor e a paixão dá continuidade a tortuosa jornada de Belle e a vários problemas que se abateram sobre a população da Inglaterra durante a guerra. O ressurgimento de um antigo amor coloca a protagonista no meio de um embate em seu coração e a dúvida de quem deve ser o escolhido.

A grande dúvida que pairava em minha mente era: Belle precisava ter continuação? Tudo foi tão bem enlaçado no livro anterior, que continuar a mesma história foi um passo arriscado para Lesley. E mesmo assim eu mergulhei de cabeça na nova etapa da vida de todos os personagens. No final, pude constatar que Entre o amor e a paixão é um livro totalmente desnecessário e que só tirou o brilho do seu antecessor.

Um dos primeiros agravantes da história é a quantidade de páginas. 512. Se você me perguntar: "Mas não foi necessário?" Sim, em partes. A Lesley tem o dom de fazer narrativas perfeitas, mesmo em uma quantidade de páginas assim. O problema é que a história toda é carregada de desgraças, sofrimento e muita tristeza. Não precisava disso. A visão que eu tive com o final de Belle foi a melhor possível, até o favoritei. Ler essa sequência me deixou triste e decepcionado.

A personalidade de Belle Cooper continua impecável, e não é à toa que a autora disse não querer se despedir dela e por isso escreveu uma história sequente. Ela continua destemida, forte e inteligente. Creio que isso me fez gostar um pouco do livro, já que aprecio muito personagens principais tão fortes. A narrativa em terceira pessoa deu uma visão ampla do que ocorreu na guerra. Palmas para Lesley. É muito bom ver o cuidado que ela tem na composição de cada página, e a pesquisa feita em diversas fontes. Jimmy ganhou mais profundidade, já que ele se alistou no exército para lutar pelo seu país. O garoto, que se tornou um homem, continua fofo, atencioso e tudo aquilo que conhecemos anteriormente. Porém, a autora conseguiu distorcer um pouco a personalidade dele, o que me deixou frustrado. Sem contar as provações terríveis pelas quais ele passa.

Infelizmente, Lesley acabou a imagem brilhante que tinha deixado em Belle. A personagem sofreu tanto no último livro e mostrou que conseguiu superar, não havia motivos para repetir a dose. Alguns leitores me disseram: Mas e a guerra? E tudo que aconteceu depois? Isso não interessa. Se tem algo que eu faço ao terminar a leitura, é pensar por mim mesmo o que vem depois. Por isso, imaginei Belle feliz com sua loja de chapéus, casada com Jimmy e morando com Mog e Garth. Creio também que se houvesse a substituição dos personagens e alguns trechos, teríamos outro livro, outra trama para ser desenvolvida, e assim seria muito melhor. Não estranhem a classificação do livro como "Muito bom". É impossível negar que Pearse sabe como desenvolver tudo, desde narrativa até o encerramento da trama. Mas o fato é que Entre o amor e a paixão fez a imagem magnífica que Belle teve se dissolver pelo ralo.