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Branco Como a Neve - Salla Simukka

13 de março de 2018

Título: Branco Como a Neve - Branca de Neve #2
Autora: Salla Simukka
Editora: Novo Conceito
Gênero: Suspense/Juvenil
Ano: 2017
Páginas: 224
Nota:★★★☆☆
Sinopse: Recuperando-se do terror que vivenciou nas mãos da máfia, Lumikki tem a chance de deixar a Finlândia, se livrando das roupas pesadas, das lembranças sombrias... e do perigo. Ela só quer ser uma garota normal, misturar-se à multidão de turistas e aproveitar as férias. Quando Lumikki conhece Zelenka, uma jovem misteriosa que alega ter o mesmo sangue que ela, as coincidências são inquietantes. Rapidamente ela se vê envolvida no mundo triste daquela mulher, descobrindo peças de um mistério que irá conduzi-la a uma seita secreta e aos mais altos escalões do poder corporativo. Para escapar dessa trama asfixiante, Lumikki não poderá fazer tudo sozinha. Não desta vez.

Resenha: Depois de ter vivido horrores com a máfia russa, Lumikki tem a chance de ir embora da Finlândia e ir para Praga para se recuperar da terrível experiência que teve após ter encontrado todo aquele dinheiro ensanguentado, ficar longe do perigo e voltar a ser a garota invisível que ela costumava ser. Porém, suas tão sonhadas férias não seriam como ela imaginou...
Quando Lumikki, por acaso, conhece a jovem - e enigmática - Zelenka e descobre que elas são irmãs, uma série de coincidências começam a surgir e a garota se vê envolvida num mistério acerca de uma seita secreta e perigosa e, diante disso, vidas poderão estar em risco...

Neste segundo volume da trilogia Branca de Neve, da autora finlandesa Salla Simukka, adentramos mais uma vez numa história com descrições ricas em meio a um cenário super instigante ao mesmo tempo em que acompanhamos uma protagonista um tanto quanto peculiar. Porém, diferente do primeiro volume, Branco Como a Neve evidencia o passado de Lumikki no que diz respeito à sua família, algo que ficou obscuro e mantido em segredo por todo o tempo. Não que a autora tenha dado todas as respostas para as questões levantadas, principalmente porque Lumikki está claramente perdida - e até curiosa - em meio a nova situação em que se encontra, tentando juntar peças de momentos de seu passado a fim de montar um quebra cabeças que mudaria sua vida pra sempre, mesmo que algo pareça estar bem estranho...
Lumikki, depois de tantas decepções e riscos que correu, se esforça para tentar acreditar nas pessoas que se aproximam dela, afinal, não é possível que todos sejam vilões e queiram lhe fazer mal, e dar uma chance a Zelenka não parece algo tão fora de alcance. Mas quanto mais ela se aproxima da meia-irmã, mais próxima fica dos segredos que cercam as ruas da cidade.

Paralelo a esse aprofundamento no que diz respeito a protagonista e os detalhes do seu passado, há a parte investigativa envolvendo um jornalista em busca de provas e maiores informações sobre a existência da dita seita secreta, e tal matéria seria o bastante para alavancar sua carreira de forma bem considerável, e essa investigação acaba fazendo com que ele se aproxime de Lumikki, tornando a vida da garota muito mais complicada ainda.

Enfim, um ponto bacana é que a parte do suspense e do caso é algo fechado. A situação que a protagonista viveu no primeiro livro teve o ciclo fechado, e nesse segundo ela se depara com outra diferente, porém envolvendo riscos a outras pessoas. Talvez o livro possa ser lido sem conhecimento do primeiro sem prejudicar em quase nada o entendimento.
Embora Lumikki tenha amadurecido devido às experiências que teve, não senti que a leitura desse livro tenha sido tão marcante assim, principalmente porque a impressão que tive é que a autora prefere detalhar alguns elementos pontuais do que trabalhar os personagens com profundidade, então não consegui me conectar ou sentir empatia por nenhum deles.

O enredo parece ter seguido por outro caminho e o final da história também foi bastante previsível, e isso acaba estragando qualquer surpresa que o leitor possa vir a ter. Então, assim como o primeiro, penso que seja um livro indicado pra quem quer começar a ler thrillers voltados ao público mais jovem e menos exigente.

Vermelho Como o Sangue - Salla Simukka

15 de fevereiro de 2015

Lido em: Janeiro de 2015
Título: Vermelho Como o Sangue - Branca de Neve #1
Autora: Salla Simukka
Editora: Novo Conceito
Gênero: Suspense/Juvenil
Ano: 2014
Páginas: 240
Nota: ★★☆☆☆
Sinopse: No congelante inverno do Ártico, Lumikki Andersson encontra uma incrível quantidade de notas manchadas de vermelho, ainda úmidas, penduradas para secar no laboratório de fotografia da escola. Cédulas respingadas de sangue.
Aos 17 anos, Lumikki vive sozinha, longe de seus pais e do passado que deixou para trás. Em uma conceituada escola de arte, ela se concentra nos estudos, alheia aos flashes, à fofoca e às festinhas dominadas pelos garotos e garotas perfeitos.
Depois que se envolve sem querer no caso das cédulas sujas de sangue, Lumikki é arrastada por um turbilhão de eventos. Eventos que se mostram cada vez mais ameaçadores quando as provas apontam para policiais corruptos e para um traficante perigoso, conhecido pela brutalidade com que conduz os seus negócios.
Lumikki perde o controle sobre o mundo em que vive e descobre que esteve cega diante das forças que a puxavam para o fundo. Ela descobre também que o tempo está se esgotando. Quando o sangue mancha a neve, talvez seja tarde demais para salvar seus amigos. Ou a si mesma.

Resenha: Vermelho como o Sangue é o primeiro volume da trilogia Branca de Neve escrita pela autora finlandesa Salla Simukka e publicado no Brasil pela Novo Conceito.

Lumikki é uma garota de 17 anos que mora sozinha num apartamento em Tampere, na Finlândia, tem um passado misterioso e estuda numa conceituada escola de artes. Lá, ela tenta passar despercebida ao máximo, como se não quisesse ser vista, não se envolve com os alunos populares e só quer estudar sem ser incomodada nem se preocupar com futilidades. Ela tem como "ritual" ir para o laboratório de fotografia aproveitar o escuro e o silêncio para refletir e para se concentrar antes das aulas. Lumikki é uma das raras estudantes que utilizam a sala e num dia que deveria ser como qualquer outro, ao entrar, ela se depara com muito dinheiro coberto de sangue e várias notas ainda molhadas penduradas no varal da câmara escura secando. A reação dela, por mais curiosa que tenha ficado, foi tentar fingir que não viu aquilo para não se envolver, mantendo segredo até que tudo se resolva, mas quando ela descobre a procedência da grana, as coisas podem sair um pouco do controle e ela se vê numa trama obscura e perigosa envolvendo corrupção e drogas, e agora vai precisar salvar a si mesma e aos seus colegas.

Narrado em terceira pessoa, os fatos da história se desenrolam fazendo leves referências a contos de fadas mas a trama em si não tem nada a ver. A narrativa é fácil e bastante ágil, exceto por alguns nomes de personagens que são escritos ou têm pronúncias diferentes das quais estou acostumada devido às origens. O cenário remete ao branco devido ao inverno rigoroso do local e, talvez, a intenção fosse que esse clima gelado criasse uma atmosfera fria e tensa durante a leitura. A história tem muita ação, mas nenhuma reviravolta que realmente surpreenda.
Lumikki sofreu algum trauma no passado. Ela é uma pessoa sozinha e gosta dessa condição, como se tivesse construído barreiras em voltas de si para afastar os outros e se proteger. Ela tem alguns flashbacks mas em vez de esclarecer, só confundem mais.

O problema do livro não é ele ser curto e direto. Acho que quanto mais diretos e sem enrolação os autores puderem ser ao criarem suas histórias, melhor. O problema é que não me conectei à história, ela simplesmente não me prendeu e fiquei incomodada com Lumikki, com apenas 17 anos, que antes demonstrava ser alguém invisível, e de repente se revela uma agente secreta cheia de habilidades incríveis, tanto para a espionagem quanto para luta. Ok, ela luta kickbox esporadicamente, mas não houve menções sobre treinamentos rigorosos no passado para que sua habilidade "ninja" se tornasse crível. Tentei entender os motivos de ela ser fechada e ter aversão a contato físico, mas as justificativas constantes sobre o desconforto de Lumikki ou qualquer outra coisa que ela estivesse fazendo só me irritaram. A impressão que tive foi que a autora tirou inspiração de "Lisbeth Salander" da trilogia Millennium, mas passou longe de montar alguém desse calibre...

Outra coisa é que é perceptível que a autora escreve bem no que diz respeito a descrever as coisas, mas parece que se perdeu em suas próprias ideias quando tira elementos do além e ao construir quem faz a história: Os personagens que compõe a trama são superficiais e também não me desceu a ideia de um grupinho de adolescentes terem "enganado" a máfia. Elisa, que é uma das garotas populares e ricas da escola, foi a única que me agradou devido a sua construção que convence melhor do que os demais. Elisa inclusive é importante na trama pois acaba por desencadear uma reação em Lumikki da qual acredito que nem ela mesma esperava, pois ao menor indício de uma amizade, mesmo que parece pareça ser bem improvável, ela se "rende".

O livro tem um final fechado então acredito que os próximos volumes sirvam para falar mais sobre Lumikki enquanto ela dá uma de ninja resolvendo algum outro problema em que se mete.
Acho que o mistério maior que ficou na história foi o fato de Lumikki ter um passado não revelado por completo, e por mais que pareça loucura minha, um dia ainda tenho intenção de ler os próximos livros da trilogia para saber sobre isso, só. Ela parece ter escapado de algo terrível e quero saber o que diabos aconteceu que a fez fugir, ter ido morar sozinha e ter feito todas as escolhas que fez até chegar onde chegou.

Falando da parte física do livro, só tenho elogios. A capa é muito linda e sugestiva. Há aplicação de verniz nos respingos de sangue. Os capítulos são curtos e divididos entre dias da semana, que vão de domingo a sexta-feira seguido por um epílogo 4 meses após os acontecimentos. A diagramação é simples, a revisão está ótima e não encontrei erros.

Para quem busca por uma história policial leve com um pouco de tensão e voltada para o público juvenil que não faz questão de muito aprofundamento e não se importa em ficar no escuro com um livro introdutório, Vermelho como o Sangue pode ser uma boa leitura. Não chega a ser um fiasco, mas também não deve ser lido com altas expectativas...