Review - Ishtar: Jardins da Babilônia

21 de setembro de 2022

Título: Ishtar - Jardins da Babilônia
Editora/Fabricante: Buró
Criadores: Bruno Cathalla e Evan Singh
Idade recomendada: 8+
Jogadores: 2-4
Nota:★★★★★
Descrição: Do premiado designer Bruno Cathala, Ishtar é um jogo no qual você faz o papel de um jardineiro com o objetivo de transformar o deserto nos Jardins Pendentes da Babilônia.
Para cumprir sua missão, você terá que plantar flores que, se bem colocadas, podem ajudá-lo a coletar pedras preciosas e assim ativar ações. Seja para comprar árvores (que bloquearão a conexão entre dois pontos de Flores, bem como para ganhar pontos) ou para comprar upgrades (como ganhar mais dois pontos por carta de árvore no final do jogo), colecionar pedras preciosas será crucial parte do jogo.
Pegue-as antes de seus oponentes, recrute aprendizes, envie-os para ganhar pontos nos bosques de flores que você criou, bloqueie os outros e pense cuidadosamente nos upgrades, se quiser se tornar o melhor jardineiro no final do jogo!

A história de Ishtar: Jardins da Babilônia já foi suficiente pra chamar minha atenção antes mesmo de eu saber como o jogo funcionava de verdade. A história, de forma bem resumida, gira em torno de um jardineiro que, ao ver o deserto sem vida, ficou tão triste que despertou a piedade da deusa Ishtar, que, comovida, usou as lágrimas dele pra criar fontes e levar água a esse deserto.

   

Basicamente fazemos o papel de jardineiros cuja missão é construir jardins sobre esse deserto, e, para isso, é preciso colocar peças de jardim no tabuleiro respeitando seu formato pra deixar tudo mais verde e bonito, controlar as fontes, expandir aquele território de acordo com o espaço disponível, recolher a joia dos espaços a serem cobertos, e usar essas joias pra pagar o preço das ações especiais que se pode ativar e ter algum benefício.

O jogo possui três tipos de tabuleiro diferentes: os tabuleiros individuais de jogador, o tabuleiro modular de deserto, e o tabuleiro de vasos com peças de vegetação e assistentes extras, que podem sem comprados posteriormente através da ativação de uma ação.

   

O manual é bem fácil de entender, e as regras sobre definições do que são jardins (o conjunto de peças de vegetação conectadas) e canteiros (os desenhos nas peças que contém folhas e flores que estão conectados), como é feita a colocações de peças (não é permitido ligar duas fontes através de um mesmo jardim e nem colocar peças sobre as escrituras sagradas) e assistentes (que colocados individualmente sobre um canteiro indica o controle que o jogador tem sobre ele), e como conseguir os bônus do tabuleiro individual pra melhorar a pontuação não tem muito segredo.
O jogo não promove confrontos diretos entre os jogadores, logo um canteiro controlado por um jogador não pode ser tomado por outro. A ideia é montar uma estratégia para criar um jardim ligado a uma fonte com o maior canteiro possível, restringindo os espaços disponíveis para que o oponente tenha mais dificuldades em colocar suas peças, ao mesmo tempo em que se coleta joias para comprar cartas de árvores, pontuar e ativar ações que trazem mais benefícios pro jogador.

   

Cada módulo de deserto traz vários espaços pra colocação de joias sendo que sempre haverá 7 joias roxas, 5 joias vermelhas e 3 joias brancas disponíveis pra serem coletadas. Sendo assim, cobrir os espaços vazios com vegetação, colecionar joias, plantar árvores e colocar os assistentes nos canteiros é bastante relaxante, e, por ter componentes muito bonitos, é muito bacana ver o jardim crescer e tomar forma, enchendo o tabuleiro de cor. Ao final, quando dois vasos de peças de vegetação se esgotarem, basta somar os pontos de acordo com cada ação realizada, e o jogador com a maior pontuação vence.

Todas as peças têm uma qualidade excelente, desde os meeples de madeira com cores bem vibrantes, e os cristais e as fontes de plástico. A gramatura das cartas e dos tabuleiros também é muito boa e fácil de manusear. O insert que acomoda os componentes dentro da caixa faz com que tudo caiba direitinho nos espaços sem que fiquem saindo do lugar.


Talvez o fato de o jogo não ter disputas mais agressivas, conquistas de território alheio ou qualquer tipo de conflito direto contra outro jogador, o jogo não agrade muito quem gosta de jogos que geram momentos mais calorosos e competitivos, mas pra quem procura um jogo mais fácil e tranquilo, que não é muito demorado, e que deixa qualquer um mais zen, é uma excelente pedida.

 

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