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O Leão Ferido - Mia Sheridan

29 de setembro de 2016

Título: O Leão Ferido - Signos do Amor #3
Autora: Mia Sheridan
Editora: Arqueiro
Gênero: NA/Romance
Ano: 2016
Páginas: 240
Nota: ★★☆☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse:Cada livro da coleção Signos do Amor é inspirado nas características de um signo do Zodíaco. Esta história se baseia na mitologia de Leão e fala sobre as segundas chances que a vida nos dá.
Leo se apaixonou por Evie quando os dois ainda eram crianças, no lar adotivo temporário em que viviam. No futuro difícil que parecia guardado para ele, a única certeza de seu coração era que nada jamais o afastaria daquela garota.
Mas, na adolescência, ele foi adotado e teve que se mudar para outra cidade. Durante oito anos eles ficaram afastados contra a vontade e, nesse tempo, Leo precisou superar muitos obstáculos – sobretudo os problemas criados pela mãe adotiva – para se tornar o homem que merecesse Evie e pudesse finalmente buscá-la.
O reencontro, porém, não foi fácil e Leo teve que se esforçar para se reaproximar de Evie, reconquistar seu amor e, com sua ajuda, deixar para trás toda a tristeza de uma infância de abandono.
Em O Coração do Leão, Evie narrou seu lado desse romance. Agora, em O Leão Ferido, é a vez de Leo contar tudo o que lhe aconteceu e revelar o desfecho dessa história de amor.

Resenha: O Leão Ferido, terceiro volume da série Signos do Amor, retrata a mesma história do segundo, mas sob o ponto de vista de Leo. O enredo, que no livro anterior já se mostrou muito raso e infrutífero, repete os mesmos acontecimentos.  Ao final, o ponto de vista de Leo não acrescenta nada relevante no que já foi previamente mostrado em O Coração do Leão.

Tentar dar voz aos homens nas narrativas sempre é um perigo, em vista que às vezes a autora não consegue passar a essência masculina de uma maneira plena. Em O Leão Ferido, Mia Sheridan deu a Leo a chance de narrar a história sob suas percepções. Se o livro anterior já foi aquém do desejado, esse consegue repetir o feito. O homem, que passou por um trauma na vida, tenta a todo custo reconquistar Evie. Entre tentativas e muitas investidas, o que ele deixa claro é uma total imaturidade. Ter ciúmes de um pavão (sim, um animal), temer que sua amada se machuque por andar de transporte público (alguém já morre por andar de ônibus?) e ser possessivo em relação com quem Evie pode ter ficado num passado, são algumas atitudes que vão entediando e não conseguem firmar uma imagem bacana para o protagonista.

Os diálogos e situações são os mesmos. O que já não havia surpreendido antes, não o faz agora. É como assistir um filme novamente, sempre antecipando o que vai acontecer em seguida. A diferença é que ele narra as coisas do seu modo - um jeito não muito cativante. Alto, sarado, bonito e bom de cama são bons atributos para um homem, mas o ponto de vista do Leo não tem nada mais interessante. O que o personagem apresenta é coerência, sem dúvida, já que entre um acontecimento e outro, ele mesmo se auto condena por ter atitudes imaturas e impensadas.

O Leão Ferido é o tipo de livro de extremos: você ama ou odeia. A tentativa de dar voz a Leo pode ter sido o que se tornou um tiro no pé de Mia Sheridan. O Coração de Leão consegue não ser tão cativante, mas mesmo assim seria mais aceitável se tivesse ficado apenas no ponto de vista da Evie. Os fatos continuam sendo os mesmos, e a percepção do conjunto todo não mudou. Ao final, há um epílogo digno de contos de fadas. A diferença é que em contos de fadas o expectador entra em contato com algo memorável e mágico e este livro, ao término, se mostrou completamente esquecível.

O Coração do Leão - Mia Sheridan

14 de agosto de 2016

Título: O Coração do Leão - Signos do Amor #2
Autora: Mia Sheridan
Editora: Arqueiro
Gênero: NA/Romance
Ano: 2015
Páginas: 208
Nota: ★★☆☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Cada livro da coleção Signos do Amor é inspirado nas características de um signo do Zodíaco. Esta história se baseia na mitologia de Leão e fala sobre as surpresas que a vida nos reserva.
Evie e Leo se conheceram ainda crianças, em um lar adotivo, e logo se tornaram grandes amigos. Com o tempo, a amizade se transformou em uma paixão avassaladora, e eles juraram ficar juntos para sempre.
Quando Leo foi inesperadamente adotado na adolescência e teve que se mudar para outra cidade, prometeu a Evie que entraria em contato com ela assim que chegasse lá e que voltaria para buscá-la quando ela fizesse 18 anos. Mas ele nunca mais deu notícias.
Oito anos depois, apesar das circunstâncias, Evie conseguiu dar a volta por cima. Tem um emprego, amigos e está feliz. Então, de repente, um homem chamado Jake Madsen surge em sua vida, alegando ter sido enviado por Leo para saber como ela está.
Evie não consegue evitar a atração que sente por esse homem sensual e misterioso. Mas será que ela pode confiar em um estranho? Ou será que ele está guardando um segredo sobre sua real ligação com Leo e os motivos que o levaram a sumir de sua vida anos atrás?.

Resenha: No segundo livro da série Signos do Amor conhecemos Evie e Leo, um casal que precocemente se apaixona e do mesmo modo é separado. Ambos passaram infâncias turbulentas em lares adotivos e quando Leo é adotado, a separação é inevitável. Para ajudar a superar essa dor, que quase se dissipou após longos anos, Jake aparece, supostamente enviado por Leo, para saber como a garota está. O homem misterioso guarda um segredo, que não surpreende quem lê, e aos poucos vai se mostrando para Evie. O Coração do Leão é, em suma, uma reprodução da história de Bree e Archer e não consegue trazer nada tão diferente.

A Voz do Arqueiro, o primeiro volume da série lançado aqui no Brasil, se mostrou uma história completamente apática e que não me conquistou. Agora, em O Coração do Leão, Mia continua não me fisgando como leitor. O grande erro começa com uma trama muito semelhante com tudo que ocorre entre Bree e Archer. A estrutura é basicamente a mesma: garota sofrida, rapaz com problemas, sexo, um final feliz. Tudo soa clichê, mas se estivesse envolto em um enredo mais original, com questões que realmente me tocassem e uma narrativa mais elaborada, acredito que poderia ser melhor. Até mesmo os personagens secundários, como um senhor de idade que ajuda Evie em suas questões pessoais, tem total semelhança com a idosa que realizou o mesmo papel com Bree. Em uma cena dentro de um carro, senti como se houvesse tido um "copiar e colar" de um livro ao outro. Faltou criatividade.

Quando se fala em romance, podemos imaginar diversas formas de amor. O que acontece em O Coração do Leão não convence e me fez refletir sobre diversos assuntos. Em um momento em que a imagem das mulheres se torna cada vez mais forte e independente, é muito estranho encontrar uma protagonista tão submissa e sem um pingo de personalidade. Ela é totalmente o oposto do que me faz admirar uma personagem que vai narrar tudo em primeira pessoa. Não é uma questão só de sexo, mas um conjunto todo. Jake diz à Evie que vai transar com ela sem camisinha e a moça simplesmente assente, mediante à palavra dele que está limpo e sem nenhum tipo de doença. Para mim é incompreensível. Existe uma personificação de homem rico, atraente e poderoso no gênero new adult que está bem enraizada, e Evie é o tipo de garota que aceita tudo calada, por mais absurdo que possa parecer, só para não perder a oportunidade de ficar com ele.

A sensação que a leitura passou foi sempre a de "ausência". Falta, em primeiro lugar, uma protagonista que seja feita de muito mais do que fragilidade. Evie, apesar de todos os traumas sofridos, confiou cegamente em um homem que a seguiu durante uma semana toda só porque ele era bonito. Polícia, pra quê? Assim como em A Voz do Arqueiro, aqui há mais uma vez situações que são resolvidas de uma maneira estranha e pouco convincente. Após uma breve pesquisa, pude constatar que a grande revelação, supostamente a surpresa da trama, não faz nenhum sentido no jeito que é mostrada.

O Coração de Leão deveria ser arrebatador, mas não funcionou para mim; tudo consegue ser ofuscado pelas falhas no caminho. Evie é bem "coração", passou por tudo na vida e venceu. Jake é o tipo de cara que se faz um porto seguro: bonito, atraente, confiante e cheio da grana. A relação entre os dois não mostra nada tão profundo; apenas sexo. Trazer muitos clichês e inserir num romance é aceitável, mas junto disso deve vir outros atributos. É como se a autora não quisesse sair de uma zona de conforto e tivesse escrito tudo em uma tarde de domingo. Não espero que algo que seja perfeito, pois até mesmo aqueles livros que amamos têm seus pequenos deslizes, mas Mia Sheridan escreveu uma história que faltou muito até mesmo para ser considerada boa para mim. Não há envolvimento real entre os personagens, não há um ápice de emoção em acontecimentos e nem mesmo uma estrutura bem definida de começo, meio e fim.

A Voz do Arqueiro - Mia Sheridan

8 de agosto de 2016

Título: A Voz do Arqueiro - Signos do Amor #1
Autora: Mia Sheridan
Editora: Arqueiro
Gênero: NA/Romance
Ano: 2015
Páginas: 336
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Cada livro da coleção Signos do Amor é inspirado nas características de um signo do Zodíaco. Baseado na mitologia de Sagitário, A voz do arqueiro é uma história sobre o poder transformador do amor.
Bree Prescott quer deixar para trás seu passado de sofrimentos e precisa de um lugar para recomeçar. Quando chega à pequena Pelion, no estado do Maine, ela se encanta pela cidade e decide ficar.
Logo seu caminho se cruza com o de Archer Hale, um rapaz mudo, de olhos profundos e músculos bem definidos, que se esconde atrás de uma aparência selvagem e parece invisível para todos do lugar. Intrigada pelo jovem, Bree se empenha em romper seu mundo de silêncio para descobrir quem ele é e que mistérios esconde.
Alternando o ponto de vista dos dois personagens, Mia Sheridan fala de um amor que incendeia e transforma vidas. De um lado, a história de uma mulher presa à lembrança de uma noite terrível. Do outro, a trajetória de um homem que convive silenciosamente com uma ferida profunda.
Archer pode ser a chave para a libertação de Bree e ela, a mulher que o ajudará a encontrar a própria voz. Juntos, os dois lutam para esquecer as marcas da violência e compreender muito mais do que as palavras poderiam expressar.
Resenha: E se existisse um romance que falasse sobre seu signo? Essa é a premissa da série Signos do Amor, da autora Mia Sheridan. Em seu primeiro volume, conhecemos Archer e Bree. Ele é mudo e passou por um grande trauma na infância. Ela, uma garota que veio de Ohio até a pequena Pelion, para se reestruturar após uma grande perda. Ambos lutam juntos para abandonar seus fantasmas no passado e seguir em frente. A Voz do Arqueiro tem como base o signo de Sagitário. Com a proposta de trazer um amor que incendeia, o livro não me acendeu nem mesmo uma fagulha, mas consegue cumprir seu papel.

Eu, que raramente pego algo do gênero para ler, decidi me arriscar na leitura que envolve os signos do horóscopo, mesmo não sendo fã de ascendências, previsões e afins. Um romance é uma construção de muitos elementos envolvendo somente dois personagens que precisam se complementar e trazer toda veracidade do que vivem para o leitor. Mia Sheridan criou em Bree e Archer um casal que vive um romance ardente e sem limites, mas que consegue ser muito raso e superficial.

O primeiro aspecto estranho do livro se dá logo no início, quando ambos se conhecem. Para mim, um amor não consegue nascer tão rapidamente e explodir como um vulcão daquele jeito. Há quem diga que A Voz do Arqueiro não é somente sobre sexo; mas é. O mercado editorial está sendo movido por esse gênero literário, então Mia Sheridan veio saciar mais leitoras com uma trama hot e cheia de paixão. O problema é que, em primeiro lugar, o rapaz é apenas mudo. Não é compreensível que uma relação venha tão carregada de pura pena. Ninguém é digno disso. Em segundo lugar, Bree tem umas crises de ansiedade que são colocadas de uma forma tão "ãh?" que ficou difícil engolir. A garota é a rainha do drama. Os dois, com seus 21 e 23 anos, poderiam facilmente ser confundidos com um casal de 15 anos no colegial. O sexo, como é esperado, está muito presente. A narrativa traz um requinte nessa parte, é bem colocada, mas nada surpreendente. Em mim, provocou apenas risos, o que foi bom e tornou a leitura mais divertida.

Alternando pontos de vistas entre Bree e Archer, as passagens de um para o outro ficaram muito mal colocadas. Os personagens secundários simplesmente apareciam e sumiam da história sem mais nem menos. Victoria Hale, a tia de Archer, teve um desfecho que deixa claro a pressa em terminar o livro. Assim como Anne e Natalie, que tiveram uma participação considerável e foram descartadas da trama. A Bree teve todo um problema psicológico que foi deixado sem uma boa explicação. Archer, felizmente, foi o único que teve uma evolução gradativa e algum aproveitamento.

Um aspecto muito interessante e também controverso é o fato da comunicação em libras feita entre o casal. Em uma breve pesquisa e conversa com uma amiga, pude entender basicamente o funcionamento desse meio de comunicação. Há regionalismos, ou seja, em cada lugar o deficiente tem uma forma de se expressar. Um surdo americano, por exemplo, não conseguiria se comunicar com um britânico, tendo em vista a regionalidade. Os surdos e mudos se comunicam através de conceitos, e não de palavras. Os diálogos entre Bree e Archer são muito extensos e trabalhados; seria impossível traduzir toda narrativa de Mia para libras do mesmo modo que está escrito, ou seja, um tradutor teria encontrar significados similares. E o mais estranho é que o rapaz passou a vida inteira sozinho e isolado e, de repente, com a chegada de uma forasteira, ele consegue desenvolver um vocabulário extenso e em duas semanas se expressar perfeitamente. Incrível, não é?

A Voz do Arqueiro é cheio de pontas soltas e algumas coisas ficaram a desejar. O romance é pouco convincente, cheio de pena e um sentimento que não se mostra real. A proposta do gênero New Adult, pelo que vivenciei, é de trazer amores avassaladores que, supostamente, devem arrebatar os leitores. A história de Bree e Archer é uma leitura que flui, mas foi incapaz de me fazer criar vínculos com o enredo. É imatura e por vezes subestima quem lê. Apesar de abordar um bom tema, que é o estresse pós-traumático, a autora pecou em vários aspectos, o que acabou apagando o brilho que o casal poderia ter. Ler esse livro não é uma total perda de tempo, mas cuidado: não vá com muita sede ao pote.