Último mês do ano sempre é corrido, e geralmente bem magrinho, mas até que a caixinha foi bastante boa. Chegou livro de novembro então acabou ficando mais cheia do que pensei. E claro, com alguns pops que me dei de presente de natal. Não foram muitos, já que tive bastante gasto com as comemorações de fim de ano e o niver da Vivi, mas pelo menos tô conseguindo diminuir minha wishlist gigante de Harry Potter.
Bora ver o que chegou:
Na Telinha - Venom
30 de dezembro de 2018
Título: Venom (Venom)
Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Riz Ahmed
Ano: 2018
Duração: 1hr 52min
Classificação: +14
Nota: ★☆☆☆☆☠
Quem é fã ou conhece a história de Homem-Aranha sabe que um dos seus inimigos mortais é Venom, o simbionte alienígena que precisa de um corpo hospedeiro para sobreviver na Terra.
A primeira aparição do vilão nesse universo foi em forma de "traje", e ao ser usado por Peter Parker não só potencializou seus poderes de aranha, como também começou a afetar sua personalidade, o tornando bastante violento. Quando Parker, enfim, consegue se livrar desse traje vivo, o alienígena encontra refúgio no corpo de Eddie Brock, um jornalista falido e amargurado que culpa Peter por todos os fracassos e problemas de sua vida. Basicamente, a história é essa: Brock, agora com os poderes de Venom, quer se vingar e aniquilar o Homem-Aranha.
Mas o que acontece quando a produtora decide estabelecer um universo que gira em torno de um super herói, sem o dito super herói?
Em Venom, a origem dos simbiontes se dá a partir de um pouso forçado onde esses seres, até então desconhecidos, começam a procurar o hospedeiro ideal enquanto causam diversas mortes por onde passam. Enquanto um conseguiu escapar, outros foram capturados e mantidos num laboratório para fins de pesquisas científicas. Tais pesquisas levaram Carlton Drake, o criador da Fundação Vida, a fazer testes dos simbiontes com humanos, o que resultava em suas mortes por não serem compatíveis. E quando o jornalista fracassado Eddie Brock decide investigar o que anda acontecendo nessa corporação nefasta e antiética, acaba se fundindo ao alienígena por acidente, se tornando Venom. Ele lida com o parasita que é um tipo de "voz interior", que além de não sair de sua cabeça, ainda controla seus atos e afeta seu comportamento e o que restou de sua vida social.
Com essa premissa, fica claro que a origem de Venom, assim como o que causou o fracasso e a amargura de Eddie Brock, precisaram ser modificadas para que não existisse nenhuma ligação com o Aranha, mas o problema não chega a ser somente esse. Além das explicações científicas para a condição de sobrevivência serem totalmente furadas e questionáveis, o roteiro é cheio de buracos e conveniências toscas que impedem uma coerência narrativa.
Como se tudo isso não fosse o suficiente, a cena pós-crédito ainda sugere que o bendito filme terá uma continuação envolvendo outro super vilão ainda pior do que o próprio Venom: Carnage (Carnificina), e sinceramente, depois dessa experiência horrível, não é um filme que eu vá assistir se estiver em sã consciência. Pra quem gosta de cenas de ação avulsas e que causam um pouco de empolgação, sem que o filme tenha uma história que convença, pode ser um excelente entretenimento, mas pra quem espera o mínimo de fidelidade com o original ou coerência narrativa, é decepção na certa.
Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Riz Ahmed
Ano: 2018
Duração: 1hr 52min
Classificação: +14
Nota: ★☆☆☆☆☠
Sinopse: San Francisco, Estados Unidos. Eddie Brock (Tom Hardy) é um jornalista investigativo, que tem um quadro próprio em uma emissora local. Um dia, ele é escalado para entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed), o criador da Fundação Vida, que tem investido bastante em missões espaciais de forma a encontrar possíveis usos medicinais para a humanidade. Após acessar um documento sigiloso enviado à sua namorada, a advogada Anne Weying (Michelle Williams), Brock descobre que Drake tem feito experimentos científicos em humanos. Ele resolve denunciar esta situação durante a entrevista, o que faz com que seja demitido. Seis meses depois, o ainda desempregado Brock é procurado pela dra. Dora Skirth (Jenny Slate) com uma denúncia: Drake estaria usando simbiontes alienígenas em testes com humanos, muitos deles mortos como cobaias.
Quem é fã ou conhece a história de Homem-Aranha sabe que um dos seus inimigos mortais é Venom, o simbionte alienígena que precisa de um corpo hospedeiro para sobreviver na Terra.
A primeira aparição do vilão nesse universo foi em forma de "traje", e ao ser usado por Peter Parker não só potencializou seus poderes de aranha, como também começou a afetar sua personalidade, o tornando bastante violento. Quando Parker, enfim, consegue se livrar desse traje vivo, o alienígena encontra refúgio no corpo de Eddie Brock, um jornalista falido e amargurado que culpa Peter por todos os fracassos e problemas de sua vida. Basicamente, a história é essa: Brock, agora com os poderes de Venom, quer se vingar e aniquilar o Homem-Aranha.
Mas o que acontece quando a produtora decide estabelecer um universo que gira em torno de um super herói, sem o dito super herói?
Em Venom, a origem dos simbiontes se dá a partir de um pouso forçado onde esses seres, até então desconhecidos, começam a procurar o hospedeiro ideal enquanto causam diversas mortes por onde passam. Enquanto um conseguiu escapar, outros foram capturados e mantidos num laboratório para fins de pesquisas científicas. Tais pesquisas levaram Carlton Drake, o criador da Fundação Vida, a fazer testes dos simbiontes com humanos, o que resultava em suas mortes por não serem compatíveis. E quando o jornalista fracassado Eddie Brock decide investigar o que anda acontecendo nessa corporação nefasta e antiética, acaba se fundindo ao alienígena por acidente, se tornando Venom. Ele lida com o parasita que é um tipo de "voz interior", que além de não sair de sua cabeça, ainda controla seus atos e afeta seu comportamento e o que restou de sua vida social.
Com essa premissa, fica claro que a origem de Venom, assim como o que causou o fracasso e a amargura de Eddie Brock, precisaram ser modificadas para que não existisse nenhuma ligação com o Aranha, mas o problema não chega a ser somente esse. Além das explicações científicas para a condição de sobrevivência serem totalmente furadas e questionáveis, o roteiro é cheio de buracos e conveniências toscas que impedem uma coerência narrativa.
Venom cumpre com o papel de explorar um personagem icônico a fim de faturar nas bilheterias, e acredito que tenha conseguido isso com eficácia, mas só. Acredito que para que o filme se tornasse um pouco mais fiel ao personagem, já que não pôde ser fiel à história original, seria necessário cenas de ação com mais violência, daquelas bem viscerais, levando em consideração a natureza do vilão, mas foi uma coisa que não pôde ser feita devido a baixa classificação indicativa do longa. É pra se pensar que perderam uma oportunidade enorme de fazer algo digno desse vilão comedor de cabeças, pois se fosse +18 poderia ser algo bem próximo a Deadpool, mas passou muito longe...
Dessa forma, a voz estilo "Optimus Prime" de Venom soou forçada e clichê demais; as cenas interrompidas por dramas pessoais ou explicações óbvias deixam o filme fragmentado, como se fosse um trailer gigante; as tentativas de se fazer piadas desconexas com questões aleatórias para amenizar o que deveria ser brutal não funcionam; o dilema enfrentado pelo protagonista, assim como a forma como ele se comporta, ao aceitar o simbionte controlando seu corpo é tratado com superficialidade; e a ideia absurda de que eles, ao estarem conectados nessa fusão perfeita, se tornaram grandes amigos que devem combater o perigo - quando o perigo deveria ser eles - é inacreditável. Só faltou eles darem as mãos e saírem saltitando pela cidade cantando We Are the Champions. Os efeitos especiais também são exagerados e destoam dos filmes do gênero envolvendo o mesmo universo, e a experiência visual acaba sendo pura poluição.
Além da breve aparição infalível do mestre Stan Lee (RIP), a atuação do maravilhoso Tom Hardy conseguiu salvar um pouco dessa decepção cinematográfica, mas não posso negar que o homem, embora seja intenso e flexível, interpreta alguém cuja personalidade é afetada e cheia de paranoias, e em vários momentos parece estar perdido no próprio papel, como se não conseguisse definir a própria identidade devido a construção desordenada de seu personagem.
Dessa forma, a voz estilo "Optimus Prime" de Venom soou forçada e clichê demais; as cenas interrompidas por dramas pessoais ou explicações óbvias deixam o filme fragmentado, como se fosse um trailer gigante; as tentativas de se fazer piadas desconexas com questões aleatórias para amenizar o que deveria ser brutal não funcionam; o dilema enfrentado pelo protagonista, assim como a forma como ele se comporta, ao aceitar o simbionte controlando seu corpo é tratado com superficialidade; e a ideia absurda de que eles, ao estarem conectados nessa fusão perfeita, se tornaram grandes amigos que devem combater o perigo - quando o perigo deveria ser eles - é inacreditável. Só faltou eles darem as mãos e saírem saltitando pela cidade cantando We Are the Champions. Os efeitos especiais também são exagerados e destoam dos filmes do gênero envolvendo o mesmo universo, e a experiência visual acaba sendo pura poluição.
Além da breve aparição infalível do mestre Stan Lee (RIP), a atuação do maravilhoso Tom Hardy conseguiu salvar um pouco dessa decepção cinematográfica, mas não posso negar que o homem, embora seja intenso e flexível, interpreta alguém cuja personalidade é afetada e cheia de paranoias, e em vários momentos parece estar perdido no próprio papel, como se não conseguisse definir a própria identidade devido a construção desordenada de seu personagem.
Como se tudo isso não fosse o suficiente, a cena pós-crédito ainda sugere que o bendito filme terá uma continuação envolvendo outro super vilão ainda pior do que o próprio Venom: Carnage (Carnificina), e sinceramente, depois dessa experiência horrível, não é um filme que eu vá assistir se estiver em sã consciência. Pra quem gosta de cenas de ação avulsas e que causam um pouco de empolgação, sem que o filme tenha uma história que convença, pode ser um excelente entretenimento, mas pra quem espera o mínimo de fidelidade com o original ou coerência narrativa, é decepção na certa.
Wishlist #62 - Funko Pop - The Hunger Games
27 de dezembro de 2018
Como fã da trilogia Jogos Vorazes (dos livros, por obséquio), é claro que os pops dessa franquia não poderiam faltar na lista de desejos infinita que tenho. Se por um lado fiquei feliz pelo set ser relativamente pequeno, por outro fiquei chateada por faltar personagens memoráveis, e pelos pops da Katniss valorizarem cada vez mais e andarem custando os olhos da própria cara, o que me faz não colocar a coleção na lista de prioridades. Mas não custa deixar aqui o registro de que quero esses cabeçudos lindos e fofineos.
Juntos Somos Eternos - Jeff Zentner
22 de dezembro de 2018
Título: Juntos Somos Eternos
Autor: Jeff Zentner
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Drama
Ano: 2018
Páginas: 344
Nota:★★★★★
Resenha: Com o ensino médio chegando ao fim, Dill, Travis e Lydia começam a pensar nas mudanças de suas vidas: dilemas com o curso a fazer na faculdade, e como suas escolhas vão afetar suas vidas começaram a surgir. Travis parece não querer sair do seu mundinho, Lydia tem sonhos de ir embora pra cidade grande, e Dill carrega um peso enorme por algo que ele não fez. Mas juntos, os três amigos vão ser capazes de se apoiarem para superar os problemas...
Quando eu peguei o livro e li a sinopse, já imaginei fui imaginando uma trama super clichê e previsível, mas me surpreendi quando me deparei com uma história sobre como três melhores amigos, muito unidos, deram conta de enfrentar e superar seus problemas.
A narrativa é em terceira pessoa com foco em Dill, Travis e Lydia, e começa de uma forma bem lenta e sem nada muito interessante acontecendo. A vida dos personagens vai sendo exposta devagar e por serem adolescentes comuns, com vidas aparentemente normais, é perfeitamente possível nos colocarmos em seus lugares. Até os dramas bem delicados de suas famílias começarem a surgir, e as coisas começarem a ficar mais difíceis e intensas.
Talvez eu tenha me conectado e me surpreendido com essa história por que uma das coisas que ela deixa bem claro é a importância da amizade, de manter os amigos verdadeiros por perto e como o apoio deles é importante. Sabe aquela sensação de sentir que tudo está dando errado, mas com amigos é mais fácil suportar? Foi o que senti enquanto estava lendo esse livro, e depois de pensar por algum tempo, passei a valorizar ainda mais os amigos que tenho.
Depois que o pai de Dill foi preso, o escândalo foi enorme e ele passou a ser rejeitado pela maioria dos colegas da escola, como se ele tivesse alguma culpa pelo que seu pai fez. Ele é um menino muito gentil e legal, mas é oprimido frequentemente pela mãe, uma fanática religiosa maluca que sempre o acusava de agir contra os ensinamentos e a vontade divina. Esses fatores acabaram sendo a causa do abalo psicológico de Dill.
Travis também enfrenta vários problemas com o pai, que é muito agressivo e abusivo, e isso faz com que ele procure refúgio em seus livros, como forma de sair dessa realidade que o machuca.
Lydia, diferente dos garotos, é uma blogueira de moda e seu sonho é fazer faculdade numa cidade grande. De início ela aparece como uma menina muito mimada, arrogante e cheia de vontades, como se achasse que ser "famosa" a colocasse num tipo de pedestal acima dos outros, mas com o desenrolar da trama e com a proximidade com Dill e Travis, ela começa a perceber o quanto estava sendo ridícula e começa a mudar.
Posso dizer que Juntos Somos Eternos foi um dos melhores livros que já li. É um livro com seus momentos repletos de dor, e sobre as verdades que evitamos e são difíceis de enfrentar (e em alguns momentos cheguei a chorar), mas a mensagem sobre amizade, esperança e sobre a existência de algo maior do que nós é linda, dá um quentinho no coração, arranca aquele sorriso discreto no cantinho da boca e fica na memória pra sempre.
Autor: Jeff Zentner
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Drama
Ano: 2018
Páginas: 344
Nota:★★★★★
Sinopse: Dill não é um garoto popular na escola - e não é culpa dele. Depois de seu pai se envolver em um escândalo, o garoto se tornou alvo de piadas dos colegas e passou a ser evitado pela maioria das pessoas na cidadezinha onde mora. Felizmente, ele pode contar com seus melhores amigos, Travis e Lydia, que se sentem tão excluídos ali quanto ele. Assim que os três começam o último ano do ensino médio, mudar de vida parece um sonho cada vez mais distante para Dill. Enquanto Travis está feliz em continuar no interior e Lydia pretende fazer faculdade em uma cidade grande, Dill carrega o peso das dívidas que seu pai deixou para trás. Só que o futuro nem sempre segue nossos planos - e a vida de Dill, Travis e Lydia está prestes a mudar para sempre.
Resenha: Com o ensino médio chegando ao fim, Dill, Travis e Lydia começam a pensar nas mudanças de suas vidas: dilemas com o curso a fazer na faculdade, e como suas escolhas vão afetar suas vidas começaram a surgir. Travis parece não querer sair do seu mundinho, Lydia tem sonhos de ir embora pra cidade grande, e Dill carrega um peso enorme por algo que ele não fez. Mas juntos, os três amigos vão ser capazes de se apoiarem para superar os problemas...
Quando eu peguei o livro e li a sinopse, já imaginei fui imaginando uma trama super clichê e previsível, mas me surpreendi quando me deparei com uma história sobre como três melhores amigos, muito unidos, deram conta de enfrentar e superar seus problemas.
A narrativa é em terceira pessoa com foco em Dill, Travis e Lydia, e começa de uma forma bem lenta e sem nada muito interessante acontecendo. A vida dos personagens vai sendo exposta devagar e por serem adolescentes comuns, com vidas aparentemente normais, é perfeitamente possível nos colocarmos em seus lugares. Até os dramas bem delicados de suas famílias começarem a surgir, e as coisas começarem a ficar mais difíceis e intensas.
Talvez eu tenha me conectado e me surpreendido com essa história por que uma das coisas que ela deixa bem claro é a importância da amizade, de manter os amigos verdadeiros por perto e como o apoio deles é importante. Sabe aquela sensação de sentir que tudo está dando errado, mas com amigos é mais fácil suportar? Foi o que senti enquanto estava lendo esse livro, e depois de pensar por algum tempo, passei a valorizar ainda mais os amigos que tenho.
Depois que o pai de Dill foi preso, o escândalo foi enorme e ele passou a ser rejeitado pela maioria dos colegas da escola, como se ele tivesse alguma culpa pelo que seu pai fez. Ele é um menino muito gentil e legal, mas é oprimido frequentemente pela mãe, uma fanática religiosa maluca que sempre o acusava de agir contra os ensinamentos e a vontade divina. Esses fatores acabaram sendo a causa do abalo psicológico de Dill.
Travis também enfrenta vários problemas com o pai, que é muito agressivo e abusivo, e isso faz com que ele procure refúgio em seus livros, como forma de sair dessa realidade que o machuca.
Lydia, diferente dos garotos, é uma blogueira de moda e seu sonho é fazer faculdade numa cidade grande. De início ela aparece como uma menina muito mimada, arrogante e cheia de vontades, como se achasse que ser "famosa" a colocasse num tipo de pedestal acima dos outros, mas com o desenrolar da trama e com a proximidade com Dill e Travis, ela começa a perceber o quanto estava sendo ridícula e começa a mudar.
Posso dizer que Juntos Somos Eternos foi um dos melhores livros que já li. É um livro com seus momentos repletos de dor, e sobre as verdades que evitamos e são difíceis de enfrentar (e em alguns momentos cheguei a chorar), mas a mensagem sobre amizade, esperança e sobre a existência de algo maior do que nós é linda, dá um quentinho no coração, arranca aquele sorriso discreto no cantinho da boca e fica na memória pra sempre.
Romance Tóxico - Heather Demetrios
19 de dezembro de 2018
Título: Romance Tóxico
Autora: Heather Demetrios
Editora: Seguinte
Gênero: Romance/Jovem Adulto
Ano: 2018
Páginas: 416
Nota:★★★★★♥
Resenha: Grace tem dezessete anos e está no segundo ano do ensino médio. Depois que sua mãe se casou pela segunda vez, tudo começou a desandar. O Gigante, apelido que ela deu para o padrasto, é um homem agressivo e abusivo, e que faz da vida de todo mundo um inferno. Diante dessa condição, a mãe de Grace desenvolveu uma obsessão por limpeza e obriga as filhas a limparem a sujeiras que só ela enxerga, como se uma casa limpa a deixasse livre dos problemas que enfrenta com o marido. Sem poder enfrentar a mãe e o padrasto, Grace só quer ir embora de onde mora para ficar livre de tanto tormento e viver a vida que sempre sonhou. As únicas pessoas com quem Grace pode realmente contar, aquelas que fazem do seu dia algo melhor, são suas duas amigas, Nat e Lys.
Até que, depois de alguns acontecimentos, Grace se aproxima de Gavin, um cara cheio de charme e super popular na escola, mas mal sabia ela que esse envolvimento seria a última coisa de que ela precisava ter na vida, principalmente quando só queria ser feliz. Gavin é controlador, quer que Grace seja submissa, e escapar desse relacionamento vai ser uma tarefa quase impossível.
Antes de começar a resenha, pensei numa forma simples de tentar explicar a situação. Se jogarmos uma rã em água fervente, ela irá pular para escapar da morte... Mas se colocarmos ela na água fria e esquentarmos aos poucos, ela não se dará conta do que está acontecendo até ser tarde demais... E, basicamente, é isso que acontece com Grace em Romance Tóxico.
O livro começa pelo final, como se fosse uma carta para o namorado, onde Grace, depois de conseguir sair dessa situação desesperadora, explica como sua vida com a família era complicada, como foi conhecê-lo e se apaixonar por ele, e como ela conseguiu se livrar do inferno que foi esse relacionamento tão destrutivo. Então desde o início já sabemos que ela está livre, mas é a partir de sua visão crua dos fatos é que vamos descobrir como ela conseguiu.
A voz de Grace é muito real, a forma como ela expõe seus pensamentos e sentimentos é intensa e surpreendente, e é impossível não se colocar em sua pele e viver e sentir suas dores. A leitura, em alguns pontos, causa desconforto e angústia, a vontade é de tirar Grace das páginas para ajudá-la a ficar livre, mandando tanto o namorado manipulador quanto a família desestruturada que a trata como se ela não fosse digna de amor ou respeito, para o quinto dos infernos.
A forma como a autora desenvolve a trama faz com que seja possível qualquer um sentir empatia pela garota, e mesmo aquelas que nunca tiveram um relacionamento abusivo vão conseguir compreender bem como isso funciona, o que se passa na cabeça da vítima, e por que é tão difícil se livrar do namorado.
Por não ter amor em casa e se sentir inútil, Grace se apegou a quem lhe deu valor. O começo foi lindo, o romance parecia ser aqueles de novela, arrebatador, intenso, eterno... Até tudo ruir e a sensação ser a da dor na alma, e do gosto amargo que aquilo se tornou. A mensagem não é sutil, muito pelo contrário. Ela é clara o bastante para ajudar qualquer um a identificar e entender o problema, a perceber o quanto tudo está um caos quando pensamos ou temos esperança de que tudo está ou vai ficar bem.
Não tem como deixar de falar da amizade verdadeira e cheia de cumplicidade entre Grace, Nat e Lys. Se não fosse pelas amigas, ninguém sabe o que seria da vida de Grace nas mãos de Gavin. Elas são espirituosas e engraçadas, mas também complexas e determinadas. O que importa é que elas são as primeiras a perceberem a enorme cilada que a amiga caiu, e também as primeiras a lhe darem o apoio necessário pra que ela consiga escapar da prisão emocional que Gavin a colocou.
A história aborda o abuso em todos os seus aspectos, desde o emocional até o físico, passando por pensamentos e ameaças suicidas como forma de manipulação, o que torna a trama bastante pesada. Ela mostra como a maioria desses relacionamentos começa, de um jeito fofo, lindo, adorável, e mesmo que haja alguns pequenos alertas acerca de atitudes e do comportamento, eles são ignorados por serem "pequenos defeitos", que podem ser facilmente justificados e contornados com o tempo, mas não. E é inquestionável que esses elementos, embora terríveis, são essenciais para mostrar com fidelidade como funciona um relacionamento abusivo e destrutivo. O mais triste é que se pararmos pra pensar, se trocarmos os nomes dos personagens, é possível encontrar pessoas que conhecemos, como se fosse um retrato de suas próprias vidas tristes e complicadas. Sendo assim, é possível que alguém, estando num relacionamento do tipo, conscientemente ou não, se enxergue em Grace e compreenda que a catarse é tão possível quando necessária.
Como em todos os outros livros que abordam temas tão delicados como depressão, suicídio e abusos, a Editora Seguinte ainda disponibilizou nas últimas páginas, sites e telefones importantes para denúncias e pedidos de ajuda para esses casos. Então, se alguém precisar de ajuda, não hesite. As pessoas merecem ser felizes com pessoas que as completam, e não que as destroem.
Romance Tóxico não é uma leitura fácil e agradável, mas traz uma história tão brilhante quanto brutal. A trama real, arrebatadora e emocionante sobre como encontrar forças e coragem necessária para se libertar de um relacionamento abusivo é leitura mais do que indicada, é obrigatória.
Autora: Heather Demetrios
Editora: Seguinte
Gênero: Romance/Jovem Adulto
Ano: 2018
Páginas: 416
Nota:★★★★★♥
Sinopse: Grace quer sair de casa. Ela se sente sufocada pelo padrasto agressivo e pela mãe obsessiva, que a faz esfregar o chão até toda a poeira (que só ela enxerga) sumir. Quer ir embora da cidadezinha onde mora, na Califórnia, pequena demais para seus sonhos. Quer fugir da vida que leva e se tornar uma artista em Paris, uma diretora de teatro em Nova York… qualquer futuro que seja distante do medo e da solidão que sente.
Então ela se aproxima de Gavin: charmoso, talentoso e adorado por todos da escola. Quando os dois se apaixonam, Grace tem certeza de que aquele romance é bom demais para ser verdade. Mas as suas amigas enxergam um outro lado do garoto — controlador e perigoso —, que, com o tempo, vai transformar o relacionamento dos dois em uma prisão da qual Grace será incapaz de escapar sozinha.
Resenha: Grace tem dezessete anos e está no segundo ano do ensino médio. Depois que sua mãe se casou pela segunda vez, tudo começou a desandar. O Gigante, apelido que ela deu para o padrasto, é um homem agressivo e abusivo, e que faz da vida de todo mundo um inferno. Diante dessa condição, a mãe de Grace desenvolveu uma obsessão por limpeza e obriga as filhas a limparem a sujeiras que só ela enxerga, como se uma casa limpa a deixasse livre dos problemas que enfrenta com o marido. Sem poder enfrentar a mãe e o padrasto, Grace só quer ir embora de onde mora para ficar livre de tanto tormento e viver a vida que sempre sonhou. As únicas pessoas com quem Grace pode realmente contar, aquelas que fazem do seu dia algo melhor, são suas duas amigas, Nat e Lys.
Até que, depois de alguns acontecimentos, Grace se aproxima de Gavin, um cara cheio de charme e super popular na escola, mas mal sabia ela que esse envolvimento seria a última coisa de que ela precisava ter na vida, principalmente quando só queria ser feliz. Gavin é controlador, quer que Grace seja submissa, e escapar desse relacionamento vai ser uma tarefa quase impossível.
Antes de começar a resenha, pensei numa forma simples de tentar explicar a situação. Se jogarmos uma rã em água fervente, ela irá pular para escapar da morte... Mas se colocarmos ela na água fria e esquentarmos aos poucos, ela não se dará conta do que está acontecendo até ser tarde demais... E, basicamente, é isso que acontece com Grace em Romance Tóxico.
O livro começa pelo final, como se fosse uma carta para o namorado, onde Grace, depois de conseguir sair dessa situação desesperadora, explica como sua vida com a família era complicada, como foi conhecê-lo e se apaixonar por ele, e como ela conseguiu se livrar do inferno que foi esse relacionamento tão destrutivo. Então desde o início já sabemos que ela está livre, mas é a partir de sua visão crua dos fatos é que vamos descobrir como ela conseguiu.
A voz de Grace é muito real, a forma como ela expõe seus pensamentos e sentimentos é intensa e surpreendente, e é impossível não se colocar em sua pele e viver e sentir suas dores. A leitura, em alguns pontos, causa desconforto e angústia, a vontade é de tirar Grace das páginas para ajudá-la a ficar livre, mandando tanto o namorado manipulador quanto a família desestruturada que a trata como se ela não fosse digna de amor ou respeito, para o quinto dos infernos.
A forma como a autora desenvolve a trama faz com que seja possível qualquer um sentir empatia pela garota, e mesmo aquelas que nunca tiveram um relacionamento abusivo vão conseguir compreender bem como isso funciona, o que se passa na cabeça da vítima, e por que é tão difícil se livrar do namorado.
Por não ter amor em casa e se sentir inútil, Grace se apegou a quem lhe deu valor. O começo foi lindo, o romance parecia ser aqueles de novela, arrebatador, intenso, eterno... Até tudo ruir e a sensação ser a da dor na alma, e do gosto amargo que aquilo se tornou. A mensagem não é sutil, muito pelo contrário. Ela é clara o bastante para ajudar qualquer um a identificar e entender o problema, a perceber o quanto tudo está um caos quando pensamos ou temos esperança de que tudo está ou vai ficar bem.
Não tem como deixar de falar da amizade verdadeira e cheia de cumplicidade entre Grace, Nat e Lys. Se não fosse pelas amigas, ninguém sabe o que seria da vida de Grace nas mãos de Gavin. Elas são espirituosas e engraçadas, mas também complexas e determinadas. O que importa é que elas são as primeiras a perceberem a enorme cilada que a amiga caiu, e também as primeiras a lhe darem o apoio necessário pra que ela consiga escapar da prisão emocional que Gavin a colocou.
A história aborda o abuso em todos os seus aspectos, desde o emocional até o físico, passando por pensamentos e ameaças suicidas como forma de manipulação, o que torna a trama bastante pesada. Ela mostra como a maioria desses relacionamentos começa, de um jeito fofo, lindo, adorável, e mesmo que haja alguns pequenos alertas acerca de atitudes e do comportamento, eles são ignorados por serem "pequenos defeitos", que podem ser facilmente justificados e contornados com o tempo, mas não. E é inquestionável que esses elementos, embora terríveis, são essenciais para mostrar com fidelidade como funciona um relacionamento abusivo e destrutivo. O mais triste é que se pararmos pra pensar, se trocarmos os nomes dos personagens, é possível encontrar pessoas que conhecemos, como se fosse um retrato de suas próprias vidas tristes e complicadas. Sendo assim, é possível que alguém, estando num relacionamento do tipo, conscientemente ou não, se enxergue em Grace e compreenda que a catarse é tão possível quando necessária.
Como em todos os outros livros que abordam temas tão delicados como depressão, suicídio e abusos, a Editora Seguinte ainda disponibilizou nas últimas páginas, sites e telefones importantes para denúncias e pedidos de ajuda para esses casos. Então, se alguém precisar de ajuda, não hesite. As pessoas merecem ser felizes com pessoas que as completam, e não que as destroem.
Romance Tóxico não é uma leitura fácil e agradável, mas traz uma história tão brilhante quanto brutal. A trama real, arrebatadora e emocionante sobre como encontrar forças e coragem necessária para se libertar de um relacionamento abusivo é leitura mais do que indicada, é obrigatória.
Wishlist #61 - Funko Pop - Romeo & Juliet
18 de dezembro de 2018
Na onda dos lançamentos de Funko Pops de alguns dos filmes do Leonardo DiCaprio, nem preciso falar que quando os fofildos de Romeu e Julieta foram anunciados já entraram pra lista na mesma hora. O filme foi um dos que marcaram minha adolescência e até bateu aquela vontade de rever pra matar a saudade.
Vox - Christina Dalcher
17 de dezembro de 2018
Título: Vox
Autora: Christina Dalcher
Editora: Arqueiro
Gênero: Distopia
Ano: 2018
Páginas: 320
Nota:★★★★☆
Resenha: Quando um candidato da extrema direita conservadora é eleito nos EUA, o seu governo dita novas leis e todos aqueles que não seguem nenhuma religião ou fogem do padrão ideal de "puros", segundo a bíblia, perdem seus direitos e são punidos severamente. Homens começaram a substituir as mulheres em todos os tipos de cargos gradualmente, "para o bem do país".
Casamentos entre pessoas do mesmo sexo são anulados, os "rebeldes" são enviadas a campos de concentração para aprenderem a vontade de Deus, e as mulheres, além de serem obrigadas a desempenhar papeis domésticos e obedecerem aos homens, ainda foram limitadas a poder falar somente cem palavras por dia. Todas elas foram obrigadas a usar um dispositivo que conta as palavras ditas, e se o limite diário for ultrapassado, o preço a ser pago é doloroso... E ai de quem tentar se comunicar de outra forma. No começo algumas pessoas conseguiram fugir do país, mas agora é impossível. Os passaportes das mulheres foram cancelados, e a emissão de novos é proibida. Todos vivem como prisioneiros.
Nesse cenário distópico, Jean McClellan, que antes de tudo isso era uma renomada cientista da área de neurolinguística, é reduzida ao cargo de "esposa", cuja única tarefa na sociedade é ficar calada, cuidar da casa, dos quatro filhos, e servir ao marido, Patrick, que mesmo achando a situação absurda, nem se quisesse poderia se opor, principalmente por trabalhar no governo.
A vida é extremamente regrada, Jean vive em negação e começa a criar resistência contra seu marido e filhos devido a situação e, mesmo com todas as dificuldades, ela tenta proteger e ensinar a filha de apenas seis anos, Sonia, como viver nessa sociedade onde as mulheres não tem vez e nem voz, enquanto os homens, incluindo Patrick e seus outros três filhos homens, são superiores e livres para mandar e desmandar, apoiados pelas palavras da bíblia e do novo governo republicano e ultra conservador que chegou ao poder.
Até que um dia, o irmão do presidente sofre um acidente grave e Jean é convocada pelos federais. Por ser a única profissional da área capacitada, ela deveria retomar sua pesquisa pois a área do cérebro afetada no acidente foi justamente o objeto de estudo da doutora no passado. A ideia de trabalhar junto com aqueles que instauraram e apoiaram esse governo odioso é revoltante, mas ela certamente seria punida caso recusasse a "oferta". A partir daí, Jean, bastante desconfiada, consegue ter acesso às suas pesquisas outra vez, e encontra ali uma oportunidade para lutar por todos aqueles que foram silenciados, tendo a chance de mudar o destino dela e de toda a nação.
Com capítulos curtos e narrado em primeira pessoa, a leitura é bastante fluída e vamos nos envolvendo e conhecendo aos poucos o que o país se tornou, e como as mulheres passaram a ser oprimidas a partir da perspectiva de Jean. Acompanhamos seus pensamentos e reflexões sobre como o país era antes, assim como suas lembranças de sua amiga Jack, que ia a manifestações, concedia entrevistas, lutava como ninguém pelos direitos das mulheres e sempre fazia alertas sobre tudo que aconteceria caso o tal candidato fosse eleito presidente dos EUA. E quando Jean abriu os olhos para o enorme problema que recaiu sobre todos, o que antes para ela era exagero, sensacionalismo e até loucura por parte da amiga, se tornou real. Jean percebeu que Jack sempre teve razão, mas já era tarde demais. Ela inclusive se culpa por não ter feito sua voz valer, seja na rua ou na urna.
É impossível não se colocar no lugar de Jean, mesmo que alguns de seus pensamentos, a princípio, pareçam contraditórios. Temos acesso aos seus sentimentos e conflitos em relação ao seu marido e filhos, sentimentos estes que foram desencadeados a partir da nova condição social que ela odeia e foi obrigada a engolir, sem ter como ir contra o sistema. Aos poucos seus sentimentos por eles vão se tornando negativos, e a amargura e o desgosto por ver eles se tornando homens cada vez mais machistas só cresce. Assim, as atitudes e pensamentos de Jean são compreensíveis quando ela não tem voz dentro da própria casa e só lhe resta alimentar sua raiva e se remoer por dentro, principalmente quando vê seus filhos sendo doutrinados para se tornarem completos imbecis, sem poder fazer nada. Seu filho fez questão de cursar religião apenas pela chance de ganhar pontos extras, sem se dar conta da manipulação bem sutil que estava sofrendo. Num determinado momento ele pega o livro e lê para a mãe um trecho do qual ele concorda plenamente, com intenção de colocar ela em seu devido lugar:
Aproveitando o assunto, posso acrescentar que é inegável que essa eleição de 2018 no Brasil despertou um interesse maior nas pessoas sobre política, assim como também revelou o bom e o mau caráter de muitos, independente do candidato. Muitos utilizaram de discursos baseados em valores voltados ao conservadorismo e preceitos religiosos, como se qualquer movimento que fugisse dessa ideologia fosse errado, e, no livro, a autora mostra que o extremismo, principalmente o religioso, consegue deturpar ideias, usar minorias como massa da manobra, manipular as pessoas de que um lado é certo e o outro errado, e como essa questão dentro da política é perigosa. Uma coisa é política, outra coisa é religião, e elas jamais deveriam se misturar. Confesso que não penso que em nenhum momento o Brasil chegue uma situação tão crítica quanto a exposta no livro, mas a forma como a história foi desenvolvida acaba fazendo com que as pessoas reflitam sobre o momento atual, sobre suas escolhas, sobre seus valores, sobre as conquistas e os direitos que os movimentos atuais atingem, e sobre a liberdade de cada um.
A única ressalva que deixo é sobre o final. Tudo acaba sendo muito rápido e fácil de ser resolvido, o que além de gerar um pouco de descrença, ainda quebra o ritmo de tudo que aconteceu, e o impacto que deveria ser o grande clímax da trama acaba não acontecendo. Fechei o livro e pensei "ué?!".
No final das contas, Vox é uma leitura que não traz apenas reflexões sobre temas importantes da atualidade, mas mexe com nosso emocional a ponto de nos fazer reavaliar e questionar alguns conceitos e situações que fazem parte da sociedade atual.
Autora: Christina Dalcher
Editora: Arqueiro
Gênero: Distopia
Ano: 2018
Páginas: 320
Nota:★★★★☆
Sinopse: O governo decreta que as mulheres só podem falar 100 palavras por dia. A Dra. Jean McClellan está em negação. Ela não acredita que isso esteja acontecendo de verdade.
Esse é só o começo...
Em pouco tempo, as mulheres também são impedidas de trabalhar e os professores não ensinam mais as meninas a ler e escrever. Antes, cada pessoa falava em média 16 mil palavras por dia, mas agora as mulheres só têm 100 palavras para se fazer ouvir.
...mas não é o fim.
Lutando por si mesma, sua filha e todas as mulheres silenciadas, Jean vai reivindicar sua voz.
Resenha: Quando um candidato da extrema direita conservadora é eleito nos EUA, o seu governo dita novas leis e todos aqueles que não seguem nenhuma religião ou fogem do padrão ideal de "puros", segundo a bíblia, perdem seus direitos e são punidos severamente. Homens começaram a substituir as mulheres em todos os tipos de cargos gradualmente, "para o bem do país".
Casamentos entre pessoas do mesmo sexo são anulados, os "rebeldes" são enviadas a campos de concentração para aprenderem a vontade de Deus, e as mulheres, além de serem obrigadas a desempenhar papeis domésticos e obedecerem aos homens, ainda foram limitadas a poder falar somente cem palavras por dia. Todas elas foram obrigadas a usar um dispositivo que conta as palavras ditas, e se o limite diário for ultrapassado, o preço a ser pago é doloroso... E ai de quem tentar se comunicar de outra forma. No começo algumas pessoas conseguiram fugir do país, mas agora é impossível. Os passaportes das mulheres foram cancelados, e a emissão de novos é proibida. Todos vivem como prisioneiros.
Nesse cenário distópico, Jean McClellan, que antes de tudo isso era uma renomada cientista da área de neurolinguística, é reduzida ao cargo de "esposa", cuja única tarefa na sociedade é ficar calada, cuidar da casa, dos quatro filhos, e servir ao marido, Patrick, que mesmo achando a situação absurda, nem se quisesse poderia se opor, principalmente por trabalhar no governo.
A vida é extremamente regrada, Jean vive em negação e começa a criar resistência contra seu marido e filhos devido a situação e, mesmo com todas as dificuldades, ela tenta proteger e ensinar a filha de apenas seis anos, Sonia, como viver nessa sociedade onde as mulheres não tem vez e nem voz, enquanto os homens, incluindo Patrick e seus outros três filhos homens, são superiores e livres para mandar e desmandar, apoiados pelas palavras da bíblia e do novo governo republicano e ultra conservador que chegou ao poder.
Até que um dia, o irmão do presidente sofre um acidente grave e Jean é convocada pelos federais. Por ser a única profissional da área capacitada, ela deveria retomar sua pesquisa pois a área do cérebro afetada no acidente foi justamente o objeto de estudo da doutora no passado. A ideia de trabalhar junto com aqueles que instauraram e apoiaram esse governo odioso é revoltante, mas ela certamente seria punida caso recusasse a "oferta". A partir daí, Jean, bastante desconfiada, consegue ter acesso às suas pesquisas outra vez, e encontra ali uma oportunidade para lutar por todos aqueles que foram silenciados, tendo a chance de mudar o destino dela e de toda a nação.
Com capítulos curtos e narrado em primeira pessoa, a leitura é bastante fluída e vamos nos envolvendo e conhecendo aos poucos o que o país se tornou, e como as mulheres passaram a ser oprimidas a partir da perspectiva de Jean. Acompanhamos seus pensamentos e reflexões sobre como o país era antes, assim como suas lembranças de sua amiga Jack, que ia a manifestações, concedia entrevistas, lutava como ninguém pelos direitos das mulheres e sempre fazia alertas sobre tudo que aconteceria caso o tal candidato fosse eleito presidente dos EUA. E quando Jean abriu os olhos para o enorme problema que recaiu sobre todos, o que antes para ela era exagero, sensacionalismo e até loucura por parte da amiga, se tornou real. Jean percebeu que Jack sempre teve razão, mas já era tarde demais. Ela inclusive se culpa por não ter feito sua voz valer, seja na rua ou na urna.
É impossível não se colocar no lugar de Jean, mesmo que alguns de seus pensamentos, a princípio, pareçam contraditórios. Temos acesso aos seus sentimentos e conflitos em relação ao seu marido e filhos, sentimentos estes que foram desencadeados a partir da nova condição social que ela odeia e foi obrigada a engolir, sem ter como ir contra o sistema. Aos poucos seus sentimentos por eles vão se tornando negativos, e a amargura e o desgosto por ver eles se tornando homens cada vez mais machistas só cresce. Assim, as atitudes e pensamentos de Jean são compreensíveis quando ela não tem voz dentro da própria casa e só lhe resta alimentar sua raiva e se remoer por dentro, principalmente quando vê seus filhos sendo doutrinados para se tornarem completos imbecis, sem poder fazer nada. Seu filho fez questão de cursar religião apenas pela chance de ganhar pontos extras, sem se dar conta da manipulação bem sutil que estava sofrendo. Num determinado momento ele pega o livro e lê para a mãe um trecho do qual ele concorda plenamente, com intenção de colocar ela em seu devido lugar:
"'A mulher não deve ir às urnas, mas tem uma esfera própria, de incrível responsabilidade e importância. Ela é a guardiã do lar, nomeada por Deus... Ela deve ter total consciência de que sua posição de esposa e mãe, e de anjo do lar, é a tarefa mais santa, mais responsável e régia designada para os mortais; é descartar qualquer ambição de algo mais elevado, já que não existe nada tão elevado para os mortais.' Esse texto é do reverendo John Milton Williams. Está vendo? Você é uma rainha."
- Página 56
Um ponto que achei bastante reflexivo é acerca da luta pelas minorias. Antes Jean tinha uma posição importante e fazia pouco caso de quem lutava pelos direitos dos menos favorecidos, como Jack fazia. Agora ela se encontra na posição de minoria e não tem outra escolha a não ser se conformar e ficar calada. Dessa forma, ela não só serve de exemplo, mas também tem a chance de mostrar a realidade para as pessoas que estavam na mesma situação e que foram diminuídas como ela foi. É uma forma de mostrar que ela, como humana, tem suas falhas, mas que diante de uma situação dessas não é errado se arrepender para entender que é preciso mudar. E às vezes as pessoas só se dão conta disso quando a situação foge do controle e a bomba já explodiu.
Aproveitando o assunto, posso acrescentar que é inegável que essa eleição de 2018 no Brasil despertou um interesse maior nas pessoas sobre política, assim como também revelou o bom e o mau caráter de muitos, independente do candidato. Muitos utilizaram de discursos baseados em valores voltados ao conservadorismo e preceitos religiosos, como se qualquer movimento que fugisse dessa ideologia fosse errado, e, no livro, a autora mostra que o extremismo, principalmente o religioso, consegue deturpar ideias, usar minorias como massa da manobra, manipular as pessoas de que um lado é certo e o outro errado, e como essa questão dentro da política é perigosa. Uma coisa é política, outra coisa é religião, e elas jamais deveriam se misturar. Confesso que não penso que em nenhum momento o Brasil chegue uma situação tão crítica quanto a exposta no livro, mas a forma como a história foi desenvolvida acaba fazendo com que as pessoas reflitam sobre o momento atual, sobre suas escolhas, sobre seus valores, sobre as conquistas e os direitos que os movimentos atuais atingem, e sobre a liberdade de cada um.
A única ressalva que deixo é sobre o final. Tudo acaba sendo muito rápido e fácil de ser resolvido, o que além de gerar um pouco de descrença, ainda quebra o ritmo de tudo que aconteceu, e o impacto que deveria ser o grande clímax da trama acaba não acontecendo. Fechei o livro e pensei "ué?!".
No final das contas, Vox é uma leitura que não traz apenas reflexões sobre temas importantes da atualidade, mas mexe com nosso emocional a ponto de nos fazer reavaliar e questionar alguns conceitos e situações que fazem parte da sociedade atual.
Princesa das Cinzas - Laura Sebastian
14 de dezembro de 2018
Título: Princesa das Cinzas - Princesa das Cinzas #1
Autora: Laura Sebastian
Editora: Arqueiro
Gênero: Fantasia/Jovem Adulto
Ano: 2018
Páginas: 352
Nota:★★★☆☆
Resenha: Theodosia, ou Theo, é herdeira de Astrea, um reino mágico que fora próspero até a rainha ter sido assassinada. Além de ter presenciado a morte da mãe com apenas seis anos, ela ainda passou a viver como prisioneira quando o reino de Kalovaxia tomou Astrea da forma mais cruel e brutal que se possa imaginar. Os poucos que sobreviveram foram torturados, escravizados e perderam tudo, e mesmo depois de dez anos, Theo, não era apenas exibida como troféu ao segurar a coroa de cinzas nos eventos promovidos para que todos jamais se esquecessem da supremacia kalovaxiana, como também humilhada, abusada psicologicamente e punida na base da tortura, o que lhe rendeu inúmeras cicatrizes nas costas. Para sobreviver aos abusos, Theo criou uma nova identidade para si e se tornou Thora, a princesa das cinzas, uma garota submissa que aprendeu a conviver e aceitar sua condição de escrava em meio a tirania do Kaiser. Mas, quando ela é obrigada a fazer algo inimaginável e algumas pessoas do seu passado retornam, Theodosia percebe que pode haver uma centelha de esperança para todos, e não pode continuar sendo a submissa Thora. Ela decide que precisa fazer alguma coisa para assumir seu lugar como a rainha do fogo de Astrea, reerguendo seu reino e seu povo.
O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Theo, e embora a narrativa seja bastante fluída, é impossível não ler imaginando que Princesas das Cinzas foi construída com a base de outras histórias que existem por aí. Não que isso seja ruim, mas, pra quem já leu outros livros do gênero, não vai conseguir se desprender totalmente e vai ser inevitável não se lembrar de algumas situações vividas pelas demais protagonistas, e a própria capa já um grande indício disso aí. É aquela história da mocinha que perde tudo para alguém cruel e poderoso, todo mundo fica miserável mas em determinado momento ela precisa se "rebelar" e correr atrás do que lhe pertence para salvar a si mesma e o mundo.
Assim, a história vai se desenrolando com uma construção de mundo pobre e com personagens sem profundidade ou camadas, e isso acaba fazendo com que um leitor mais exigente não sinta empatia ou apego por nenhum deles, mesmo que autora tente forçar aquele sofrimento na tentativa de arrancar alguma piedade da gente, a trama acaba caindo naquele mais do mesmo e o resultado final é a de ter lido um livro que tinha potencial, mas que não chegou lá.
A pegada mais sombria em meio à fantasia foi uma ideia bem bacana, com guerras, luta por poder, dominação e tirania que causa aquela agonia e sensação de injustiça, mas mesmo que a leitura seja fluída, os acontecimentos maiores demoram muito pra acontecer devido às contantes e detalhadas recordações do passado de Theo. Entendo que seja importante expor tais acontecimentos para que a história possa ser melhor compreendida, e assim nos situarmos e entendermos o que, de fato, aconteceu para que o reino tenha chegado a esse estado crítico, mas também me peguei pensando em vários momentos em como pode uma criança de seis anos, que na época não entendia tão bem o que diabos estava acontecendo, dar tantos detalhes do que se passou, como foi feito. Talvez o ponto de vista de algum outro personagem ou a própria narrativa ser feita em terceira pessoa poderia ter resolvido isso e tornado tudo mais convincente e melhor.
Theo é uma protagonista meio complicada. Ela passou dez longos anos como mera observadora de todas as atrocidades que o kaiser cometia com o povo e com ela mesma, e não fazia NADA, era inclusive castigada pelos atos dos outros que ela não tinha nada a ver. Sua vida era só humilhação, surras e sofrimento. Então é meio difícil acreditar que alguém tão submissa e covarde se rebele, da noite pro dia, como se não houvesse amanhã. Se ela já tivesse aquela pontinha de rebeldia desde o início tudo bem, mas não. Pra mim a mudança foi rápida e drástica demais, e não houve algo que despertasse isso nela desde o começo para justificar o "agora vai". Como "heroína", ela tem pensamentos e atitudes questionáveis e até condenáveis, pois é frágil, indecisa e medrosa. Como alguém assim pode ter a responsabilidade de tomar decisões para o povo na situação desesperadora que eles se encontram? Boa coisa não pode dar...
A história também tem suas conveniências para facilitar a trama e um triângulo amoroso sem necessidade, e os demais personagens não são muito interessantes, pois além de serem construídos baseados nas mesmas fórmulas e estereótipos, não tiveram um desenvolvimento satisfatório o bastante para que eu me importasse com eles.
Enfim, Princesa das Cinzas não traz uma história inovadora e arrebatadora, mas pode ser, sim, um livro que proporciona alguns momentos de entretenimento pra quem gosta do gênero. O livro não é de todo ruim, tem seus momentos envolventes, com reviravoltas e magia, mas senti que a história carecia de mais explicações e os personagens serem um pouquinho mais complexos para que se tornassem mais sólidos. Pra quem gosta de histórias onde fica claro que a esperança é algo que não se deve perder jamais, é uma boa leitura, e espero que o próximo volume traga mais explicações e se aprofunde mais nos personagens para melhorar as coisas.
Autora: Laura Sebastian
Editora: Arqueiro
Gênero: Fantasia/Jovem Adulto
Ano: 2018
Páginas: 352
Nota:★★★☆☆
Sinopse: Theodosia era a herdeira do trono de Astrea quando seu reino foi invadido, deixando um rastro de destruição.
Dez anos depois, a princesa, órfã, prisioneira e subjugada, percebe que não lhe resta mais nada, a não ser lutar pela própria liberdade.
O passado, que por tanto tempo ficou enterrado, agora precisa vir à tona para mostrar a Theodosia os caminhos que poderão levá-la de volta ao trono.
Mas Theo conseguirá ser a rainha de que seu povo precisa? Ou será que anos de humilhações transformaram a herdeira da Rainha do Fogo em meras cinzas?
Resenha: Theodosia, ou Theo, é herdeira de Astrea, um reino mágico que fora próspero até a rainha ter sido assassinada. Além de ter presenciado a morte da mãe com apenas seis anos, ela ainda passou a viver como prisioneira quando o reino de Kalovaxia tomou Astrea da forma mais cruel e brutal que se possa imaginar. Os poucos que sobreviveram foram torturados, escravizados e perderam tudo, e mesmo depois de dez anos, Theo, não era apenas exibida como troféu ao segurar a coroa de cinzas nos eventos promovidos para que todos jamais se esquecessem da supremacia kalovaxiana, como também humilhada, abusada psicologicamente e punida na base da tortura, o que lhe rendeu inúmeras cicatrizes nas costas. Para sobreviver aos abusos, Theo criou uma nova identidade para si e se tornou Thora, a princesa das cinzas, uma garota submissa que aprendeu a conviver e aceitar sua condição de escrava em meio a tirania do Kaiser. Mas, quando ela é obrigada a fazer algo inimaginável e algumas pessoas do seu passado retornam, Theodosia percebe que pode haver uma centelha de esperança para todos, e não pode continuar sendo a submissa Thora. Ela decide que precisa fazer alguma coisa para assumir seu lugar como a rainha do fogo de Astrea, reerguendo seu reino e seu povo.
O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Theo, e embora a narrativa seja bastante fluída, é impossível não ler imaginando que Princesas das Cinzas foi construída com a base de outras histórias que existem por aí. Não que isso seja ruim, mas, pra quem já leu outros livros do gênero, não vai conseguir se desprender totalmente e vai ser inevitável não se lembrar de algumas situações vividas pelas demais protagonistas, e a própria capa já um grande indício disso aí. É aquela história da mocinha que perde tudo para alguém cruel e poderoso, todo mundo fica miserável mas em determinado momento ela precisa se "rebelar" e correr atrás do que lhe pertence para salvar a si mesma e o mundo.
Assim, a história vai se desenrolando com uma construção de mundo pobre e com personagens sem profundidade ou camadas, e isso acaba fazendo com que um leitor mais exigente não sinta empatia ou apego por nenhum deles, mesmo que autora tente forçar aquele sofrimento na tentativa de arrancar alguma piedade da gente, a trama acaba caindo naquele mais do mesmo e o resultado final é a de ter lido um livro que tinha potencial, mas que não chegou lá.
A pegada mais sombria em meio à fantasia foi uma ideia bem bacana, com guerras, luta por poder, dominação e tirania que causa aquela agonia e sensação de injustiça, mas mesmo que a leitura seja fluída, os acontecimentos maiores demoram muito pra acontecer devido às contantes e detalhadas recordações do passado de Theo. Entendo que seja importante expor tais acontecimentos para que a história possa ser melhor compreendida, e assim nos situarmos e entendermos o que, de fato, aconteceu para que o reino tenha chegado a esse estado crítico, mas também me peguei pensando em vários momentos em como pode uma criança de seis anos, que na época não entendia tão bem o que diabos estava acontecendo, dar tantos detalhes do que se passou, como foi feito. Talvez o ponto de vista de algum outro personagem ou a própria narrativa ser feita em terceira pessoa poderia ter resolvido isso e tornado tudo mais convincente e melhor.
Theo é uma protagonista meio complicada. Ela passou dez longos anos como mera observadora de todas as atrocidades que o kaiser cometia com o povo e com ela mesma, e não fazia NADA, era inclusive castigada pelos atos dos outros que ela não tinha nada a ver. Sua vida era só humilhação, surras e sofrimento. Então é meio difícil acreditar que alguém tão submissa e covarde se rebele, da noite pro dia, como se não houvesse amanhã. Se ela já tivesse aquela pontinha de rebeldia desde o início tudo bem, mas não. Pra mim a mudança foi rápida e drástica demais, e não houve algo que despertasse isso nela desde o começo para justificar o "agora vai". Como "heroína", ela tem pensamentos e atitudes questionáveis e até condenáveis, pois é frágil, indecisa e medrosa. Como alguém assim pode ter a responsabilidade de tomar decisões para o povo na situação desesperadora que eles se encontram? Boa coisa não pode dar...
A história também tem suas conveniências para facilitar a trama e um triângulo amoroso sem necessidade, e os demais personagens não são muito interessantes, pois além de serem construídos baseados nas mesmas fórmulas e estereótipos, não tiveram um desenvolvimento satisfatório o bastante para que eu me importasse com eles.
Enfim, Princesa das Cinzas não traz uma história inovadora e arrebatadora, mas pode ser, sim, um livro que proporciona alguns momentos de entretenimento pra quem gosta do gênero. O livro não é de todo ruim, tem seus momentos envolventes, com reviravoltas e magia, mas senti que a história carecia de mais explicações e os personagens serem um pouquinho mais complexos para que se tornassem mais sólidos. Pra quem gosta de histórias onde fica claro que a esperança é algo que não se deve perder jamais, é uma boa leitura, e espero que o próximo volume traga mais explicações e se aprofunde mais nos personagens para melhorar as coisas.
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Wishlist #60 - Funko Pop - Titanic
13 de dezembro de 2018
Já faz 84 anos... que eu espero esses pops, Jesus, me acuda!
Hoje a Funko anunciou mais popineos pra levar a gente à falência! Ninguém menos que o casal You jump, I jump, Jack e Rose, de Titanic!
Como que não põe na wishlist, gente? Como?
Titanic dispensa comentários, já tava na lista desde sempre, mas alguém pare a dona Funko!
Hoje a Funko anunciou mais popineos pra levar a gente à falência! Ninguém menos que o casal You jump, I jump, Jack e Rose, de Titanic!
Como que não põe na wishlist, gente? Como?
Titanic dispensa comentários, já tava na lista desde sempre, mas alguém pare a dona Funko!
Na Telinha - O Touro Ferdinando
12 de dezembro de 2018
Título: O Touro Ferdinando (Ferdinand)
Elenco: John Cena, Kate McKinnon, David Tennat, Gina Rodrigues, Bobby Cannavale, Anthony Anderson, Flula Borg, Daveed Diggs
Gênero: Animação/Fantasia
Ano: 2017
Duração: 1hr 48min
Classificação: Livre
Nota: ★★★☆☆
O Touro Ferdinando é um filme americano de animação baseado no livro infantil de 1936 The Story of Ferdinand, de Munro Leaf e Robert Lawson. Esse livro ficou mais conhecido depois que a Disney lançou o curta-metragem Ferdinand the Bull, em 1938.
Ambientado na Espanha, Ferdinando, desde muito pequeno aprendeu com o pai a nunca se interessar pela violência das touradas, e sempre preferiu uma vida pacata, curtindo o perfume das flores e descansando tranquilo debaixo de uma árvore, em vez das exibições sangrentas na arena. Por causa disso, ele era tratado como medroso e frouxo pelos outros novilhos, taxado de incapaz de cumprir com seu destino de "lutar até a morte". Até que um dia, enquanto esperava seu pai voltar de uma tourada, Ferdinando descobre que ele foi morto e, desesperado, consegue escapar da Casa dos Touros, local onde eles eram criados para, futuramente, serem escolhidos para participarem dessa atrocidade chamada de "espetáculo". Ele acaba indo parar numa pequena fazenda de flores, um verdadeiro paraíso. Lá ele se tornou o bichinho de estimação de Nina, uma garotinha muito fofa que vive com o pai e seu cachorro. Assim, com o passar do tempo, Ferdinando cresce e se torna um gigantesco e desastrado "touro doméstico". Ele sempre acompanhava Nina às feiras da cidade quando pequeno, mas, agora que cresceu, foi proibido de ir para não causar pânico e tumulto entre as pessoas devido ao seu tamanho. Porém, depois de desobedecer a ordem do pai de Nina para que ficasse em casa, Ferdinando vai à bendita feira e, por um mal entendido, todos acham que ele é um monstro descontrolado e furioso. Ele é capturado e levado ao lugar de onde havia fugido alguns anos atrás, a Casa dos Touros, onde, apesar de reencontrar seus colegas de infância, agora já adultos, acaba sendo afastado de sua família. Agora, Ferdinando irá conviver com o temor de ser escolhido entre os outros touros para participar das touradas, enquanto pensa em uma forma de tentar voltar pra casa, pois os que são fracos ou não servem para a briga vão pro abate, destino que ele não quer pra ele e pra nenhum dos seus amigos.
Embora seja divertida e sirva como entretenimento, pra mim, o pecado maior da animação é que a narrativa em si é desprovida de sofisticação e foi esticada além do necessário, incluindo reviravoltas para estender o tempo, sequências de perseguição que parecem não ter fim, e, até pra uma fantasia, tem situações impossíveis e exageradas (algumas inclusive já vistas em animações de peso da Disney) que não fariam muita diferença se não existissem. A impressão que fica é que não houve o menor equilíbrio, pois os elementos e estímulos visuais acabam superando a própria história, que é muito rasa e precisa recorrer a artifícios cômicos e repetições em demasia para tentar se sustentar. Um exemplo disso é um coelhinho aleatório que, literalmente, morre de medo em toda cena que aparece, e Ferdinando e seus amigos fazem de tudo pra ressuscitá-lo. Tudo isso acaba tornando o desenho um tanto cansativo, pelo menos se o público não for o infantil. Também senti falta de mais detalhes da cultura espanhola propriamente dita, que não se concentra apenas em touradas, pois personagens humanos com características físicas e típicas do lugar não significa muita coisa.
A diversidade fica com os personagens secundários, que são interessantes, engraçados e conseguem ser mais cativantes que o próprio protagonista, e todos eles, que anteriormente tinham algum preconceito pelo jeito de ser de Ferdinando, acabam aprendendo que, embora diferente e com outra visão, ele tem seu devido valor, mesmo que não tenha nascido para aquilo. Até o cachorro que Ferdinando conhece ao chegar na fazenda das flores acaba surpreendendo, pois ele é o oposto daquele estereótipo de lealdade e alegria canina. O mau humor dele é impagável, assim como seu ressentimento por ter perdido seu lugar pra outro animal.
Mesmo que tenha alguns pontos fracos, O Touro Ferdinando é uma animação mais do que indicada para crianças, por pregar o respeito às diferenças, à liberdade de escolha, à resiliência, à tolerância e a importância de sermos nós mesmos, através de um espetáculo visual cheio de fofura, fantasia e cenas hilárias.
Elenco: John Cena, Kate McKinnon, David Tennat, Gina Rodrigues, Bobby Cannavale, Anthony Anderson, Flula Borg, Daveed Diggs
Gênero: Animação/Fantasia
Ano: 2017
Duração: 1hr 48min
Classificação: Livre
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Ferdinando é um touro com um temperamento calmo e tranquilo, que prefere sentar-se embaixo de uma árvore e relaxar ao invés de correr por aí bufando e batendo cabeça com os outros. A medida que vai crescendo, ele se torna forte e grande, mas com o mesmo pensamento. Quando cinco homens vão até sua fazenda para escolher o melhor animal para touradas em Madri, Ferdinando é selecionado acidentalmente.
O Touro Ferdinando é um filme americano de animação baseado no livro infantil de 1936 The Story of Ferdinand, de Munro Leaf e Robert Lawson. Esse livro ficou mais conhecido depois que a Disney lançou o curta-metragem Ferdinand the Bull, em 1938.
Ambientado na Espanha, Ferdinando, desde muito pequeno aprendeu com o pai a nunca se interessar pela violência das touradas, e sempre preferiu uma vida pacata, curtindo o perfume das flores e descansando tranquilo debaixo de uma árvore, em vez das exibições sangrentas na arena. Por causa disso, ele era tratado como medroso e frouxo pelos outros novilhos, taxado de incapaz de cumprir com seu destino de "lutar até a morte". Até que um dia, enquanto esperava seu pai voltar de uma tourada, Ferdinando descobre que ele foi morto e, desesperado, consegue escapar da Casa dos Touros, local onde eles eram criados para, futuramente, serem escolhidos para participarem dessa atrocidade chamada de "espetáculo". Ele acaba indo parar numa pequena fazenda de flores, um verdadeiro paraíso. Lá ele se tornou o bichinho de estimação de Nina, uma garotinha muito fofa que vive com o pai e seu cachorro. Assim, com o passar do tempo, Ferdinando cresce e se torna um gigantesco e desastrado "touro doméstico". Ele sempre acompanhava Nina às feiras da cidade quando pequeno, mas, agora que cresceu, foi proibido de ir para não causar pânico e tumulto entre as pessoas devido ao seu tamanho. Porém, depois de desobedecer a ordem do pai de Nina para que ficasse em casa, Ferdinando vai à bendita feira e, por um mal entendido, todos acham que ele é um monstro descontrolado e furioso. Ele é capturado e levado ao lugar de onde havia fugido alguns anos atrás, a Casa dos Touros, onde, apesar de reencontrar seus colegas de infância, agora já adultos, acaba sendo afastado de sua família. Agora, Ferdinando irá conviver com o temor de ser escolhido entre os outros touros para participar das touradas, enquanto pensa em uma forma de tentar voltar pra casa, pois os que são fracos ou não servem para a briga vão pro abate, destino que ele não quer pra ele e pra nenhum dos seus amigos.
Embora seja divertida e sirva como entretenimento, pra mim, o pecado maior da animação é que a narrativa em si é desprovida de sofisticação e foi esticada além do necessário, incluindo reviravoltas para estender o tempo, sequências de perseguição que parecem não ter fim, e, até pra uma fantasia, tem situações impossíveis e exageradas (algumas inclusive já vistas em animações de peso da Disney) que não fariam muita diferença se não existissem. A impressão que fica é que não houve o menor equilíbrio, pois os elementos e estímulos visuais acabam superando a própria história, que é muito rasa e precisa recorrer a artifícios cômicos e repetições em demasia para tentar se sustentar. Um exemplo disso é um coelhinho aleatório que, literalmente, morre de medo em toda cena que aparece, e Ferdinando e seus amigos fazem de tudo pra ressuscitá-lo. Tudo isso acaba tornando o desenho um tanto cansativo, pelo menos se o público não for o infantil. Também senti falta de mais detalhes da cultura espanhola propriamente dita, que não se concentra apenas em touradas, pois personagens humanos com características físicas e típicas do lugar não significa muita coisa.
A diversidade fica com os personagens secundários, que são interessantes, engraçados e conseguem ser mais cativantes que o próprio protagonista, e todos eles, que anteriormente tinham algum preconceito pelo jeito de ser de Ferdinando, acabam aprendendo que, embora diferente e com outra visão, ele tem seu devido valor, mesmo que não tenha nascido para aquilo. Até o cachorro que Ferdinando conhece ao chegar na fazenda das flores acaba surpreendendo, pois ele é o oposto daquele estereótipo de lealdade e alegria canina. O mau humor dele é impagável, assim como seu ressentimento por ter perdido seu lugar pra outro animal.
Mesmo que tenha alguns pontos fracos, O Touro Ferdinando é uma animação mais do que indicada para crianças, por pregar o respeito às diferenças, à liberdade de escolha, à resiliência, à tolerância e a importância de sermos nós mesmos, através de um espetáculo visual cheio de fofura, fantasia e cenas hilárias.
O Jardim Esquecido - Kate Morton
10 de dezembro de 2018
Título: O Jardim Esquecido
Autora: Kate Morton
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance/Suspense
Ano: 2018
Páginas: 496
Nota:★★★★☆
Resenha: Este é mais um livro de Kate Morton que foi publicado inicialmente em 2009 pela Editora Rocco, sob o título de O Jardim Secreto de Elisa. Agora, uma nova edição foi relançada pela Editora Arqueiro como O Jardim Esquecido.
Após um acidente que mudou sua vida dez anos atrás, Cassandra, arrasada e sentindo muito solitária mais uma vez, precisa lidar com a morte recente de sua querida avó, Nell. O que ela não esperava era que o testamento deixado por Nell causasse uma reviravolta tão grande em sua vida. Cassandra herdou uma a mansão Blackhurst, em Londres, que está cercada de mistérios e segredos da avó, e agora ela decidiu partir pra lá, em busca de respostas sobre sua família, tendo um livro de contos de fadas escrito por Eliza Makepeace, e uma maleta, como únicas pistas.
Assim, vamos conhecendo um pouco mais de Cassandra, Nell e Eliza, três mulheres, ligadas pelo sangue ou por empatia, e muito parecidas, tanto em força quando em história de vida. Acompanhar suas vidas, saber o que passaram e o que perderam, e participar da busca individual por algo que foi tirado delas é uma jornada incrível.
A história é dividida em três partes, narrada em terceira pessoa, tem uma escrita bastante descritiva e alterna passado e presente entre a vida das personagens. O ritmo da trama é lento e vai sendo construído de forma gradual, onde os capítulos que fazem parte do passado vão preenchendo as lacunas e dando as devidas respostas no presente. É preciso um pouco de paciência até que as coisas começam a acontecer, de fato, pois a leitura acaba se arrastando em alguns momentos, mas é uma espera que vale a pena, mesmo que inicialmente possamos achar as personagens e suas atitudes tolas.
As personagens são muitíssimos bem construídas, com camadas e pontos de personalidade que as tornam pessoas interessantes, com quem sentimos empatia e podemos nos identificar. Elas são pessoas comuns, não têm nenhum atrativo grandioso que as destaque tanto assim, mas as histórias de vida delas são marcantes.
Eliza é aquela que não pensa nas consequências de suas escolhas, e mesmo que seja uma pessoa encantadora, ela coloca os outros em primeiro lugar e acaba não tomando as melhores decisões para si mesma. Nell não consegue se livrar dos fantasmas de seu passado. E Cassandra, embora tenha sofrido perdas irreparáveis, é a única que tem forças para seguir em frente e buscar po respostas.
Os demais personagens também são importantes para o desenvolvimento da história e das próprias protagonistas, principalmente os familiares que tiveram influência na construção da pessoa que cada uma delas se tornou. Os mistérios que cercam a família são bem intrigantes, e acompanhar o quanto elas foram marcadas por tantos segredos, preconceitos e tragédias faz com que o leitor fique preso na leitura, querendo que tudo se revele, e torcendo para que haja uma recompensa ao final.
Chega a ser complicado falar de um livro que tem histórias dentro da própria história e que funcionam como elo para conectar tudo em seus devidos lugares, onde a própria trama acerca do jardim acaba sendo mais um personagem tão importante quanto as demais, e a medida que a leitura avança, vamos cada vez mais admirando a forma como cada mulher enfrentou o mundo em épocas tão diferentes, e a imersão é tamanha que a sensação final é de vitória.
Leitura mais do que recomendada para quem curte se envolver numa trama complexa, e recheada de mistérios a serem desvendados.
Autora: Kate Morton
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance/Suspense
Ano: 2018
Páginas: 496
Nota:★★★★☆
Sinopse: Uma criança abandonada, um antigo livro mágico, um jardim secreto, uma família aristocrática, um amor negado. Em mais uma obra-prima, Kate Morton cria uma história fantástica que nos conduz por um labirinto de memórias e encantamento, como um verdadeiro conto de fadas.
Dez anos após um trágico acidente, Cassandra sofre um novo baque com a morte de sua querida avó, Nell. Triste e solitária, ela tem a sensação de que perdeu tudo o que considerava importante. Mas o inesperado testamento deixado pela avó provoca outra reviravolta, desafiando tudo o que pensava que sabia sobre si mesma e sua família.
Ao herdar uma misteriosa casa na Inglaterra, um chalé no penhasco rodeado por um jardim abandonado, Cassandra percebe que Nell guardava uma série de segredos e fica intrigada sobre o passado da avó.
Enchendo-se de coragem, ela decide viajar à Inglaterra em busca de respostas. Suas únicas pistas são uma maleta antiga e um livro de contos de fadas escrito por Eliza Makepeace, autora vitoriana que desapareceu no início do século XX. Mal sabe Cassandra que, nesse processo, vai descobrir uma nova vida para ela própria.
Resenha: Este é mais um livro de Kate Morton que foi publicado inicialmente em 2009 pela Editora Rocco, sob o título de O Jardim Secreto de Elisa. Agora, uma nova edição foi relançada pela Editora Arqueiro como O Jardim Esquecido.
Após um acidente que mudou sua vida dez anos atrás, Cassandra, arrasada e sentindo muito solitária mais uma vez, precisa lidar com a morte recente de sua querida avó, Nell. O que ela não esperava era que o testamento deixado por Nell causasse uma reviravolta tão grande em sua vida. Cassandra herdou uma a mansão Blackhurst, em Londres, que está cercada de mistérios e segredos da avó, e agora ela decidiu partir pra lá, em busca de respostas sobre sua família, tendo um livro de contos de fadas escrito por Eliza Makepeace, e uma maleta, como únicas pistas.
Assim, vamos conhecendo um pouco mais de Cassandra, Nell e Eliza, três mulheres, ligadas pelo sangue ou por empatia, e muito parecidas, tanto em força quando em história de vida. Acompanhar suas vidas, saber o que passaram e o que perderam, e participar da busca individual por algo que foi tirado delas é uma jornada incrível.
A história é dividida em três partes, narrada em terceira pessoa, tem uma escrita bastante descritiva e alterna passado e presente entre a vida das personagens. O ritmo da trama é lento e vai sendo construído de forma gradual, onde os capítulos que fazem parte do passado vão preenchendo as lacunas e dando as devidas respostas no presente. É preciso um pouco de paciência até que as coisas começam a acontecer, de fato, pois a leitura acaba se arrastando em alguns momentos, mas é uma espera que vale a pena, mesmo que inicialmente possamos achar as personagens e suas atitudes tolas.
As personagens são muitíssimos bem construídas, com camadas e pontos de personalidade que as tornam pessoas interessantes, com quem sentimos empatia e podemos nos identificar. Elas são pessoas comuns, não têm nenhum atrativo grandioso que as destaque tanto assim, mas as histórias de vida delas são marcantes.
Eliza é aquela que não pensa nas consequências de suas escolhas, e mesmo que seja uma pessoa encantadora, ela coloca os outros em primeiro lugar e acaba não tomando as melhores decisões para si mesma. Nell não consegue se livrar dos fantasmas de seu passado. E Cassandra, embora tenha sofrido perdas irreparáveis, é a única que tem forças para seguir em frente e buscar po respostas.
Os demais personagens também são importantes para o desenvolvimento da história e das próprias protagonistas, principalmente os familiares que tiveram influência na construção da pessoa que cada uma delas se tornou. Os mistérios que cercam a família são bem intrigantes, e acompanhar o quanto elas foram marcadas por tantos segredos, preconceitos e tragédias faz com que o leitor fique preso na leitura, querendo que tudo se revele, e torcendo para que haja uma recompensa ao final.
Chega a ser complicado falar de um livro que tem histórias dentro da própria história e que funcionam como elo para conectar tudo em seus devidos lugares, onde a própria trama acerca do jardim acaba sendo mais um personagem tão importante quanto as demais, e a medida que a leitura avança, vamos cada vez mais admirando a forma como cada mulher enfrentou o mundo em épocas tão diferentes, e a imersão é tamanha que a sensação final é de vitória.
Leitura mais do que recomendada para quem curte se envolver numa trama complexa, e recheada de mistérios a serem desvendados.
Top 10 #5 - Livros Para Presentear no Natal #natalcomarqueiro
3 de dezembro de 2018
O Natal já está aí batendo na nossa porta, e a preocupação com o que dar de presente para aquele amigo que tiramos no amigo secreto sempre aparece. Às vezes não sabemos o que dar de presente por não termos muita noção do gosto da pessoa, mas gente, livro sempre é um ótimo presente e que geralmente fica dentro do orçamento dessas brincadeiras.
Pelo blog ser parceiro da Editora Arqueiro, tivemos uma sugestão de post bem bacana para indicar 5 livros pro pessoal, mas, como aqui no blog eu faço é o Top 10 de vez em quando, vou fazer 10 indicações de livros ótimos e para todos os gostos!
Confira a seguir:
Romance de época
Quando Caroline Trent é sequestrada por engano por Blake Ravenscroft, não faz o menor esforço para se libertar das garras do agente perigosamente sedutor. Afinal, está mesmo querendo escapar do casamento forçado com um homem que só se interessa pela fortuna que ela herdou.
Blake a confundiu com a famosa espiã espanhola Carlotta De Leon, e Caroline não vai se preocupar em esclarecer nada até completar 21 anos, dali a seis semanas, quando passará a controlar a própria herança milionária. Enquanto isso, é muito mais conveniente ficar escondida ao lado desse sequestrador misterioso.
A missão de Blake era levar “Carlotta” à justiça, e não se apaixonar por ela. Depois de anos de intriga e espionagem a serviço da Coroa, o coração dele ficou frio e insensível, mas essa prisioneira se prova uma verdadeira tentação, que o desarma completamente.
Sci-fi/Aventura
Michael Crichton, autor da obra que deu origem ao lendário filme Jurassic Park, volta ao campo da paleontologia neste livro recém-descoberto, uma aventura emocionante ambientada no Velho Oeste durante a era de ouro da caça a fósseis.
Com ritmo perfeito e enredo brilhante, Dentes de Dragão é baseado na rivalidade entre personagens reais. Com uma pesquisa meticulosa e imaginação exuberante, será transformado em minissérie pelo canal National Geographic com a Amblin Television e a Sony Pictures.
Desde Jurassic Park, nunca foi tão perigoso escavar o passado.
Em 1876, no inóspito cenário do Oeste americano, os famosos paleontólogos e arquirrivais Othniel Marsh e Edwin Cope saqueiam o território à caça de fósseis de dinossauros. Ao mesmo tempo, vigiam, enganam e sabotam um ao outro numa batalha que entrará para a história como a Guerra dos Ossos.
Para vencer uma aposta, o arrogante estudante de Yale William Johnson se junta à expedição de Marsh. A viagem corre bem, até que o paranoico paleontólogo se convence de que o jovem é um espião a serviço do inimigo e o abandona numa perigosa cidade.
William, então, é forçado a se unir ao grupo de Cope e eles logo deparam com uma descoberta de proporções históricas. Mas junto com ela vêm grandes perigos, e a recém-adquirida resiliência de William será testada na luta para proteger seu esconderijo de alguns dos mais ardilosos indivíduos do Oeste.
Romance/Fantasia
Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros.
Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro escocês, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?
Suspense/Mistério
Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. "A Mulher Na Janela" é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.
Releitura
Kate Daltry é uma jovem de 23 anos que não costuma frequentar os salões da alta sociedade. Desde a morte do pai, sete anos antes, ela se vê praticamente presa à propriedade da família, atendendo aos caprichos da madrasta, Mariana. Por isso, quando a detestável mulher a obriga a comparecer a um baile, Kate fica revoltada, mas acaba obedecendo. Lá, conhece o sedutor Gabriel, um príncipe irresistível. E irritante. A atração entre eles é imediata e fulminante, mas ambos sabem que um relacionamento é impossível. Afinal, Gabriel já está prometido a outra mulher – uma princesa! – e precisa com urgência do dote milionário para sustentar o castelo. Ele deveria se empenhar em cortejar sua futura esposa, não Kate, a inteligente e intempestiva mocinha que se recusa a bajulá-lo o tempo todo. No entanto, Gabriel não consegue disfarçar o enorme desejo que sente por ela. Determinado a tê-la para si, o príncipe precisará decidir, de uma vez por todas, quem reinará em seu castelo. Um beijo à meia-noite é um conto de fadas inspirado na história de Cinderela. Com um estilo que combina graça, encanto e sedução, Eloisa James escreve uma narrativa envolvente, com direito a fada madrinha e sapatinho de cristal.
Policial/Thriller
O polêmico detetive William Fawkes, conhecido como Wolf, acaba de voltar à ativa depois de meses em tratamento psicológico por conta de uma tentativa de agressão. Ansioso por um caso importante, ele acredita que está diante da grande chance de sua carreira quando Emily Baxter, sua amiga e ex-parceira de trabalho, pede a sua ajuda na investigação de um assassinato. O cadáver é composto por partes do corpo de seis pessoas, costuradas de forma a imitar um boneco de pano.
Enquanto Wolf tenta identificar as vítimas, sua ex-mulher, a repórter Andrea Hall, recebe de uma fonte anônima fotografias da cena do crime, além de uma lista com o nome de seis pessoas – e as datas em que o assassino pretende matar cada uma delas para montar o próximo boneco. O último nome na lista é o de Wolf.
Agora, para salvar a vida do amigo, Emily precisa lutar contra o tempo para descobrir o que conecta as vítimas antes que o criminoso ataque novamente. Ao mesmo tempo, a sentença de morte com data marcada desperta as memórias mais sombrias de Wolf, e o detetive teme que os assassinatos tenham mais a ver com ele – e com seu passado – do que qualquer um possa imaginar.
Com protagonistas imperfeitos, carismáticos e únicos, aliados a um ritmo veloz e uma deliciosa pitada de humor negro, Boneco de Pano é o que há de mais promissor na literatura policial contemporânea.
Mistério
De onde viemos? Para onde vamos?
Robert Langdon, o famoso professor de Simbologia de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbao para assistir a uma apresentação sobre uma grande descoberta que promete "mudar para sempre o papel da ciência".
O anfitrião da noite é o futurólogo bilionário Edmond Kirsch, de 40 anos, que se tornou conhecido mundialmente por suas previsões audaciosas e invenções de alta tecnologia. Um dos primeiros alunos de Langdon em Harvard, há 20 anos, agora ele está prestes a revelar uma incrível revolução no conhecimento... algo que vai responder a duas perguntas fundamentais da existência humana.
Os convidados ficam hipnotizados pela apresentação, mas Langdon logo percebe que ela será muito mais controversa do que poderia imaginar. De repente, a noite meticulosamente orquestrada se transforma em um caos, e a preciosa descoberta de Kirsch corre o risco de ser perdida para sempre.
Diante de uma ameaça iminente, Langdon tenta uma fuga desesperada de Bilbao ao lado de Ambra Vidal, a elegante diretora do museu que trabalhou na montagem do evento. Juntos seguem para Barcelona à procura de uma senha que ajudará a desvendar o segredo de Edmond Kirsch.
Em meio a fatos históricos ocultos e extremismo religioso, Robert e Ambra precisam escapar de um inimigo atormentado cujo poder de saber tudo parece emanar do Palácio Real da Espanha. Alguém que não hesitará diante de nada para silenciar o futurólogo.
Numa jornada marcada por obras de arte moderna e símbolos enigmáticos, os dois encontram pistas que vão deixá-los cara a cara com a chocante revelação de Kirsch... e com a verdade espantosa que ignoramos durante tanto tempo.
Romance
Quinn Porter é um guitarrista de meia-idade que nunca conseguiu deslanchar na carreira. Enquanto aguardava sua grande chance na música, foi um marido e pai ausente, e jamais conseguiu estabelecer um vínculo afetivo com o filho, uma criança obcecada pelo Livro dos Recordes e algumas peculiares coleções.
Quando o menino morre inesperadamente, alguém precisa substituí-lo em sua tarefa de escoteiro: as visitas semanais à astuta Ona Vitkus, uma centenária imigrante lituana.
Quinn assume então o compromisso do filho durante os sete sábados seguintes e tenta ajudar Ona a obter o recorde de Motorista Habilitada Mais Velha. Através do convívio com a idosa, ele descobre aos poucos o filho que nunca conheceu, um menino generoso, sempre disposto a escutar e transformar a vida da sua inusitada amiga. Juntos, os dois encontrarão na amizade uma nova razão para viver.
Um Menino em Um Milhão é um livro sensível, poético e bem-humorado, formado por corações partidos e aparentemente sem cura, mas unidos por um elo de impressionante devoção pessoal.
Fantasia
Há quem diga que o feiticeiro mais poderoso de todos os tempos é um homem chamado Gavião. Este livro narra as aventuras de Ged, o menino que um dia se tornará essa lenda.
Ainda pequeno, o pastor órfão de mãe descobriu seus poderes e foi para uma escola de magos. Porém, deslumbrado com tudo o que a magia podia lhe proporcionar, Ged foi logo dominado pelo orgulho e a impaciência e, sem querer, libertou um grande mal, um monstro assustador que o levou a uma cruzada mortal pelos mares solitários.
Publicado originalmente em 1968, O feiticeiro de Terramar se tornou um clássico da literatura de fantasia. Ged é um predecessor em magia e rebeldia de Harry Potter. E Ursula K. Le Guin é uma referência para escritores do gênero como Patrick Rothfuss, Joe Abercrombie e Neil Gaiman.
Drama
Depois de quase um ano juntos, o poeta Matt Harrison acaba de romper com Katie Wilkinson. A jovem editora, que não tinha qualquer dúvida quanto ao amor que os unia, não consegue entender como um relacionamento tão perfeito pôde acabar tão de repente.
Mas tudo está prestes a ser explicado. No dia seguinte ao rompimento, Katie encontra um pacote deixado por Matt na porta de sua casa. Dentro dele, um pequeno volume encadernado traz na capa cinco palavras, escritas com uma caligrafia que ela não reconhece: “Diário de Suzana para Nicolas”.
Ao folhear aquelas páginas, Katie logo descobre que Suzana é uma jovem médica que, depois de sofrer um infarto, decidiu deixar para trás a correria de Boston e se mudar para um chalé na pacata ilha de Martha’s Vineyard. Foi lá que conheceu Matt. E lá nasceu o filho deles, Nicolas.
Por que Matt teria lhe deixado aquele diário? Agora, confusa e sofrendo pelo fim do relacionamento, é nas palavras de outra mulher que Katie buscará as respostas para sua vida.
O diário de Suzana para Nicolas é uma história de amor que se constrói ao virar de cada página. Cada revelação é mais uma nuance sobre seus personagens. Cada descoberta é um fio a mais a ligar vidas que o destino entrelaçou.
Resumo do mês - Novembro
1 de dezembro de 2018
Ok. Demorei um século pra poder organizar as postagens do mês passado no blog, até liberar este resumo, por motivos de "quase morri". Nunca vi uma única pessoa ter tanto azar e aparecer com tantas zigueziras igual eu nesse último mês. Dor de cabeça, dos nas costas, dor de garganta, estresse, conjuntivite, tombo escada abaixo... Cada dia era um troço diferente pra me deixar com o pé na cova. Quando não era alguma coisa pra me derrubar, era Ian me pondo louca, jogando água no meu teclado e me deixando sem poder mexer no bendito PC. Gente do céu... Quando é que essas crianças crescem e dão paz e sossego? Tá difícil isso daqui, viu... Socorro!
Postei tarde, mas eis o que teve no bloguito esse mês:
♥ Resenhas
- Os Portais da Casa dos Mortos - Steven Erikson
- Uma Coisa Absolutamente Fantástica - Hank Green
- A Missão Traiçoeira - Erin Beaty
- A Garota do Lago - Charlie Donlea
- Os Números do Amor - Helen Hoang
- O Destino de Tearling - Erika Johansen
- Uma Proposta e Nada Mais - Mary Balogh
- Um Acordo e Nada Mais - Mary Balogh
♥ Anota aí!
- Prequel, Sequel, Companion, Spin-off, Crossover, Cliffhanger, MacGuffin, Reboot, Remake...
♥ Wishlist
- Funkos de Tom & Jerry
- Funkos de The Jetsons
- Funkos de Peter Pan
♥ Caixa de Correio de Novembro
- Cheinha de popineos
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