Hi, povo! Junho foi o mês da glória! Hahahahaha! Isso porque os livros que comprei esse mês além de terem sido poucos, ainda custaram MUITO BARATO, meudeusdocéu, jesuiscristinho! Comprei 3 livros na livraria (Uma Vez, Memória da Água e Ladrão de Sonhos) que me custariam mais de 100 fucking reais no preço normal, mas paguei só 2 reais! Alegria define /*fazendo dancinha estranha*/
Bora espiar o que chegou!
O Bicho-da-Seda - Robert Galbraith
Lido em: Junho de 2015
Título: O Bicho-da-Seda - Cormoran Strike #2
Autor: Robert Galbraith
Editora: Rocco
Gênero: Romance Policial
Ano: 2014
Páginas: 464
Nota: ★★★★☆
Resenha: O Bicho-da-Seda é o segundo volume da série Cormoran Strike escrita por J.K. Rowling sob pseudônimo de Robert Galbraith, e publicado no brasil pela Editora Rocco.
Mesmo que seja o segundo volume e haja poucas menções ao caso investigado no primeiro livro, O Chamado do Cuco, o livro é independente e a resenha está livre de spoilers.
O cenário da história continua sendo Londres, e algum tempo depois de ter solucionado o caso da modelo Lula Landry e estar mais estabelecido financeiramente, o detetive Strike é contratado para investigar o desaparecimento de Owen Quine, um escritor conhecido no meio editorial por seu temperamento difícil. A esposa acredita que ele possa ter apenas se afastado, como já havia feito outras vezes, mas devido ao tempo que se passou ela acha que alguma coisa de errado aconteceu e quer que Strike descubra o que houve e o traga de volta.
Strike descobre que um manuscrito do escritor desaparecido, o Bombix mori (nome científico do bicho-da-seda) que apontava coisas sobre pessoas influentes do meio editorial que poderiam ter as vidas destruídas caso o romance fosse publicado, logo, muitos não hesitariam em querer silenciá-lo de uma vez por todas. Porém, Owen é encontrado morto de forma chocante e bizarra e Strike adentra numa corrida contra o tempo para descobrir quem o matou e porquê.
O livro é narrado em terceira pessoa e flui muito bem até as 100 primeiras páginas, mas após isso o desenvolvimento do mistério é muito, muito lento. O trabalho investigativo, por mais que tenha muitos detalhes, beira a exaustão e as conclusões que o Strike tira não são compartilhadas com o leitor de forma imediata. Talvez a intenção tenha sido exatamente esta, pois nem sempre as pistas coletadas são, de fato, úteis e podem atrasar o trabalho de investigação (ou tirar o foco do leitor a fim de confundí-lo) fazendo com que muito tempo seja perdido mas que ainda assim precisam ser analisadas por fazer parte do serviço. Não afirmo com todas as letras que seja este o caso pois prefiro deixar que o leitor tire as próprias conclusões, mas acredito que quando as coisas vem em excesso dessa forma se tornam um pouco cansativas em vez de intrigantes.
Como sempre, a construção dos personagens é brilhante, pois eles vão se revelando aos poucos, deixando que o passado tenha uma forte ligação com atitudes que tomam no presente. As descrições dos cenários de Londres, seus bares, restaurantes, pubs e afins também são ricamente detalhadas e consegue ambientar bem o leitor aos locais.
Strike leva o que faz muito a sério e continua sendo rabugento, mas por ser incrivelmente perspicaz consegue cativar a simpatia dos leitores. Um ponto bacana é que por mais estereotipado que ele seja no que diz respeito a profissão (ele usa sobretudo, fuma, tem o nome pregado na porta do escritório, vive duro e etc) ele soa como alguém muito real, pois às vezes se deixa tomar por pensamentos pessoais inquietantes sobre família ou outros casos menores com que lida. Por mais que ele tenha foco, ele se preocupa com outras coisas não demonstrando ser um "robô".
Achei bastante adequado, e até mesmo divertido, que a Scotland Yard, a polícia de Londres, odeia que Strike se intrometa em seus assuntos, principalmente por ele ter desvendado o crime de Lula no primeiro livro quando a polícia havia declarado - e insistido - que a morte da modelo teria sido suicídio. Strike também não tem a menor paciência com a polícia por considerar a investigação dos encarregados óbvia e superficial e se irrita com o "trabalho" deles.
A assistente de Strike, Robin, também tem papel fundamental na história. Ela é inteligente e eficiente e ainda ganha um destaque maior por ter a vida aprofundada quando anuncia um noivado com Matthew, por quem é possível criar uma antipatia imensa, principalmente porque ele odeia o trabalho de Robin e todos sabem que esse trabalho investigativo é uma de suas maiores paixões.
E ainda sobre Robin, acho genial que ela seja parceira de Strike e que não haja nenhum envolvimento romântico entre os dois, o que prova que homens e mulheres podem trabalhar juntos e em sincronia sem um envolvimento maior ou segundas intenções, mas ainda assim sinto que há algo neles que parece não estar totalmente esclarecido, como se o futuro ainda reserve qualquer coisa para eles, ainda que não tenha a ver com amor.
É um livro bastante complexo se comparado ao primeiro e cada capítulo apresenta um novo obstáculo para o detetive reunir vários fatos, que a princípio parecem não ter ligação alguma, a fim de descobrir a verdade sobre o crime.
Assim como Galbraith inseriu temas polêmicos no primeiro livro, em O Bicho-da-Seda assuntos tão delicados quanto não ficam de fora. O machismo é bastante apontado, assim como a sexualidade e a orientação sexual dos indivíduos. A realidade de novos escritores e o que têm de engolir ao adentrar no mundo editorial que mais parece uma máfia também é criticada, o que faz com que o leitor pense que publicar um livro não é tão simples quanto parece se o contato certo não existir. Até a questão das críticas negativas e sinceras através de resenhas foi abordada e considerei a forma com que esse meio literário foi explorado como bastante cruel e sujo.
O final é bastante corrido, talvez pra compensar a forma arrastada da investigação, mas obviamente surpreende pois o assassino é quem menos esperamos. Só achei que, ao final do livro, a forma como as provas foram reunidas e apresentadas para identificar o criminoso "excluíram" o leitor da investigação, além de ter sido bastante exagerada, mas ainda assim, satisfatória.
Título: O Bicho-da-Seda - Cormoran Strike #2
Autor: Robert Galbraith
Editora: Rocco
Gênero: Romance Policial
Ano: 2014
Páginas: 464
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Quando o romancista Owen Quine desaparece, sua esposa apela ao detetive particular Cormoran Strike. No início, ela pensa apenas que o marido se afastou por alguns dias - porque ele já fez isso antes - e quer que Strike o encontre e o traga para casa.
Mas, à medida que Strike investiga, fica claro que há mais no desaparecimento de Quine do que percebe a mulher. O romancista acabara de concluir um manuscrito retratando de forma venenosa quase todos que conhece. Se o romance for publicado, destruirá a vida de muitos. Muita gente, portanto, pode querer silenciá-lo.
Quando Quine é encontrado brutalmente assassinado em circunstâncias bizarras, começa uma corrida contra o tempo para entender a motivação de um assassino impiedoso, um assassino diferente de qualquer outro que Strike já viu.
Romance policial que se lê compulsivamente, com guinadas a cada virada de página, O Bicho-da-Seda é o segundo livro de Robert Galbraith numa série muito aclamada apresentando Cormoran Strike e sua decidida jovem assistente Robin Ellacott.
Resenha: O Bicho-da-Seda é o segundo volume da série Cormoran Strike escrita por J.K. Rowling sob pseudônimo de Robert Galbraith, e publicado no brasil pela Editora Rocco.
Mesmo que seja o segundo volume e haja poucas menções ao caso investigado no primeiro livro, O Chamado do Cuco, o livro é independente e a resenha está livre de spoilers.
O cenário da história continua sendo Londres, e algum tempo depois de ter solucionado o caso da modelo Lula Landry e estar mais estabelecido financeiramente, o detetive Strike é contratado para investigar o desaparecimento de Owen Quine, um escritor conhecido no meio editorial por seu temperamento difícil. A esposa acredita que ele possa ter apenas se afastado, como já havia feito outras vezes, mas devido ao tempo que se passou ela acha que alguma coisa de errado aconteceu e quer que Strike descubra o que houve e o traga de volta.
Strike descobre que um manuscrito do escritor desaparecido, o Bombix mori (nome científico do bicho-da-seda) que apontava coisas sobre pessoas influentes do meio editorial que poderiam ter as vidas destruídas caso o romance fosse publicado, logo, muitos não hesitariam em querer silenciá-lo de uma vez por todas. Porém, Owen é encontrado morto de forma chocante e bizarra e Strike adentra numa corrida contra o tempo para descobrir quem o matou e porquê.
O livro é narrado em terceira pessoa e flui muito bem até as 100 primeiras páginas, mas após isso o desenvolvimento do mistério é muito, muito lento. O trabalho investigativo, por mais que tenha muitos detalhes, beira a exaustão e as conclusões que o Strike tira não são compartilhadas com o leitor de forma imediata. Talvez a intenção tenha sido exatamente esta, pois nem sempre as pistas coletadas são, de fato, úteis e podem atrasar o trabalho de investigação (ou tirar o foco do leitor a fim de confundí-lo) fazendo com que muito tempo seja perdido mas que ainda assim precisam ser analisadas por fazer parte do serviço. Não afirmo com todas as letras que seja este o caso pois prefiro deixar que o leitor tire as próprias conclusões, mas acredito que quando as coisas vem em excesso dessa forma se tornam um pouco cansativas em vez de intrigantes.
Como sempre, a construção dos personagens é brilhante, pois eles vão se revelando aos poucos, deixando que o passado tenha uma forte ligação com atitudes que tomam no presente. As descrições dos cenários de Londres, seus bares, restaurantes, pubs e afins também são ricamente detalhadas e consegue ambientar bem o leitor aos locais.
Strike leva o que faz muito a sério e continua sendo rabugento, mas por ser incrivelmente perspicaz consegue cativar a simpatia dos leitores. Um ponto bacana é que por mais estereotipado que ele seja no que diz respeito a profissão (ele usa sobretudo, fuma, tem o nome pregado na porta do escritório, vive duro e etc) ele soa como alguém muito real, pois às vezes se deixa tomar por pensamentos pessoais inquietantes sobre família ou outros casos menores com que lida. Por mais que ele tenha foco, ele se preocupa com outras coisas não demonstrando ser um "robô".
Achei bastante adequado, e até mesmo divertido, que a Scotland Yard, a polícia de Londres, odeia que Strike se intrometa em seus assuntos, principalmente por ele ter desvendado o crime de Lula no primeiro livro quando a polícia havia declarado - e insistido - que a morte da modelo teria sido suicídio. Strike também não tem a menor paciência com a polícia por considerar a investigação dos encarregados óbvia e superficial e se irrita com o "trabalho" deles.
A assistente de Strike, Robin, também tem papel fundamental na história. Ela é inteligente e eficiente e ainda ganha um destaque maior por ter a vida aprofundada quando anuncia um noivado com Matthew, por quem é possível criar uma antipatia imensa, principalmente porque ele odeia o trabalho de Robin e todos sabem que esse trabalho investigativo é uma de suas maiores paixões.
E ainda sobre Robin, acho genial que ela seja parceira de Strike e que não haja nenhum envolvimento romântico entre os dois, o que prova que homens e mulheres podem trabalhar juntos e em sincronia sem um envolvimento maior ou segundas intenções, mas ainda assim sinto que há algo neles que parece não estar totalmente esclarecido, como se o futuro ainda reserve qualquer coisa para eles, ainda que não tenha a ver com amor.
É um livro bastante complexo se comparado ao primeiro e cada capítulo apresenta um novo obstáculo para o detetive reunir vários fatos, que a princípio parecem não ter ligação alguma, a fim de descobrir a verdade sobre o crime.
Assim como Galbraith inseriu temas polêmicos no primeiro livro, em O Bicho-da-Seda assuntos tão delicados quanto não ficam de fora. O machismo é bastante apontado, assim como a sexualidade e a orientação sexual dos indivíduos. A realidade de novos escritores e o que têm de engolir ao adentrar no mundo editorial que mais parece uma máfia também é criticada, o que faz com que o leitor pense que publicar um livro não é tão simples quanto parece se o contato certo não existir. Até a questão das críticas negativas e sinceras através de resenhas foi abordada e considerei a forma com que esse meio literário foi explorado como bastante cruel e sujo.
O final é bastante corrido, talvez pra compensar a forma arrastada da investigação, mas obviamente surpreende pois o assassino é quem menos esperamos. Só achei que, ao final do livro, a forma como as provas foram reunidas e apresentadas para identificar o criminoso "excluíram" o leitor da investigação, além de ter sido bastante exagerada, mas ainda assim, satisfatória.
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Romance
Graceling - Kristin Cashore
29 de junho de 2015
Lido em: Maio de 2015
Título: Graceling: O Dom Extraordinário - Sete Reinos #1
Autora: Kristin Cashore
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Tradutor: Chico Lopes
Gênero: Fantasia/YA
Ano: 2011
Páginas: 496
Nota: ★★★★★
Resenha: Graceling é o primeiro volume da trilogia Sete Reinos escrita pela autora americana Kristin Cashore e publicado no Brasil pelo selo Jovens Leitores da Editora Rocco.
Pelos Sete Reinos há pessoas especiais que nascem marcadas com heterocromia (um olho de cada cor) indicando que possuem algum tipo de Dom e sendo chamados de Gracelings.
Seus dons podem se manifestar das mais diversas maneiras quando atingem determinada idade da infãncia, desde algo completamente inútil como ter a habilidade de subir em árvores, até algo incrível como lutar ou correr.
Kasta descobriu, aos oito anos de idade, que possui o Dom de matar, logo, seu tio, o rei de Middluns, decidiu usufruir desse poder a fim de punir qualquer um que vier a desagradá-lo. Alguns anos se passaram e Kasta continua sendo forçada a servir o rei e por toda a extensão dos Sete Reinos ela é conhecida por ser uma assassina habilidosa e temível. Mas ainda assim, mesmo que esteja presa nessa vida que detesta, ela usa de seu Dom para, em segredo, fazer justiça com as próprias mãos.. Então, numa missão de resgate, ela acaba conhecendo o príncipe do reino de Lienid, Po, e acaba se envolvendo num mistério responsável por mudar sua vida e a dos Sete Reinos...
Narrado em terceira pessoa com foco principal na protagonista, Kasta, a história de Graceling é bastante fácil e fluída por mais que tenha muitos detalhes acerca da mitologia que a autora criou e alguns trechos que soaram um pouco confusos sendo necessário relê-los. O ritmo é lento em alguns pontos mas no geral é muito bom, e a cada novo acontecimento o leitor fica ansiando pelo próximo.
O conceito dos Gracelings foi fantástico e gostei muito da forma como suas características foram criadas de forma a tornar os personagens inesquecíveis. Juro que morri de pena dos Gracelings com dons inúteis e de como seus destinos podem ser tristes, enquanto os outros com dons imensuráveis são aproveitados e obrigados a servirem o rei, muitas vezes contra suas vontades, como é o caso de Katsa.
Katsa é uma das melhores personagens femininas já criadas. Ela é corajosa, forte e não faz o estilo donzela indefesa. Mesmo jovem, é uma assassina nata, que age em vez de pensar. E por estar cansada e insatisfeita de servir o tio, sentindo repulsa por ser obrigada a torturar pessoas, muitas vezes, inocentes, e por ter essa má fama que faz com que seja temida, Katsa quer sua liberdade. Ela tem pouquíssimos amigos e durante a história, com todos os acontecimentos e as pessoas que se envolve, ela acaba tendo uma evolução pessoal e um amadurecimento muito convincentes. Um ponto bacana é que por trás desse status de assassina existe uma garota comum, que tem seus medos e defeitos e isso a torna mais humana em vez de uma máquina de matar.
O príncipe Po é lindo, bondoso e gentil, mas também muito corajoso e forte. Por ter o Dom da luta, fica perceptível o quanto ele e Katsa possuem afinidade, mas essa afinidade não significa que Katsa vá dar confiança pra ele logo de cara. Ele esconde um segredo que faz com que ele tenha uma ligação com Katsa além de conseguir enxergá-la de uma forma que mais ninguém pode e acredito que independente de qualquer coisa que eles tenham passado e como precisam lidar com o que enfrentam, eles se completam.
O amor que surge é sólido, tem química, e vemos como é difícil para Katsa levar seus sentimentos quando sua vontade inicial era nunca se envolver emocionalmente com ninguém, e isso faz com que ela cresça bastante como personagem.
La pela metade do livro entra em cena Bitterblue, a princesa de Monsea, que no começo se apresenta bastante tímida, mas com o desenrolar das coisas se torna bastante destemida e se revela uma grande lutadora, mesmo que tenha tido que enfrentar maus bocados.
Um ponto a ser destacado é que a autora aborda um tema bastante importante sobre a opressão que as mulheres de forma geral sofrem num ambiente machista que acredita que elas devem servir e obedecer, logo, a ideia de mostrar que as mulheres podem ser tão fortes quanto os homens se faz presente aqui. A criação de uma protagonista que não tem interesse em se casar ou ter filhos e que aparece constantemente cercada por armas e matando as pessoas foge desse estereótipo de mulher delicada e indefesa que costumamos ver nesse cenário é medieval.
Por mais que um interesse romântico surja entre Katsa e Po, fiquei bastante impressionada em como esse romance foi desenvolvido pois foram pouquíssimas as vezes em que vi o personagem masculino deixando de tomar frente ou assumindo o papel da garota da qual ele se importa. Po daria tudo de si por ela, mas ele sabe que Katsa é forte e capaz e não faz o trabalho que é destinado a ela, mesmo que ela tenha sido muito rude com ele por diversas vezes. Torço bastante para que ela possa ceder e enxergar o que está a sua frente, deixando de ser relutante.
Acho que alguns pontos da história poderiam ser mais enxugados, como as várias viagens a cavalo que parecem estarem alí só pra ocuparem espaço quando os personagens vão cavalgando e cavalgando pra lugar nenhum, e até mesmo a forma como os bichos são maltratados, mas mesmo tendo ficado um pouco incomodada com isso, não desgostei da história.
A capa é linda, tanto pela imagem da espada quanto pelo trabalho gráfico dado a ela. O título é dourado e, assim como a espada, é em alto relevo. As páginas são brancas, há o mapa dos Sete Reinos no início do livro, a fonte tem um tamanho agradável e encontrei poucos erros de revisão.
Se você gosta de livros fantásticos, com personagens únicos e bem construídos que buscam pela sobrevivência e por respostas em suas jornadas, recomendo muito Graceling.
O segundo livro, Fogo, já foi lançado pela Rocco. O terceiro, Bitterblue, ainda não foi lançado no Brasil.
Título: Graceling: O Dom Extraordinário - Sete Reinos #1
Autora: Kristin Cashore
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Tradutor: Chico Lopes
Gênero: Fantasia/YA
Ano: 2011
Páginas: 496
Nota: ★★★★★
Sinopse: Por toda extensão dos sete reinos há pessoas com habilidades especiais conhecidas como Dons. Um Dom pode ter um valor imensurável ou ser algo totalmente inútil. Pode fazer de alguém veloz como o vento ou capaz de prever o tempo, ou simplesmente hábil em subir em árvores altas ou a falar de trás pra frente. Nossa heroína chama-se Katsa. Seu Dom é matar.
Em um mundo no qual os Gracelings - os nascidos com alguma habilidade extraordinária - são rechaçados ou explorados, a jovem Katsa é forçada a utilizar o Dom que tanto despreza para punir e torturar qualquer um que desagrade seu tio, o rei Randa, soberano do reino Middluns.
Quando o destino a coloca diante do príncipe Po, um Graceling da isolada ilha de Lienid com o Dom para o combate quase tão impressionante quanto o dela, Katsa não faz ideia do quanto sua vida está prestes a mudar.
Ela nunca poderia imaginar que se tornaria amiga de alguém como ele.
Ela nunca poderia imaginar que o Dom Extraordinário de matar pudesse esconder outra verdade... Ou mesmo que, em uma terra distante, pudesse haver alguma força capaz de destruir todos os sete reinos apenas com palavras.
Resenha: Graceling é o primeiro volume da trilogia Sete Reinos escrita pela autora americana Kristin Cashore e publicado no Brasil pelo selo Jovens Leitores da Editora Rocco.
Pelos Sete Reinos há pessoas especiais que nascem marcadas com heterocromia (um olho de cada cor) indicando que possuem algum tipo de Dom e sendo chamados de Gracelings.
Seus dons podem se manifestar das mais diversas maneiras quando atingem determinada idade da infãncia, desde algo completamente inútil como ter a habilidade de subir em árvores, até algo incrível como lutar ou correr.
Kasta descobriu, aos oito anos de idade, que possui o Dom de matar, logo, seu tio, o rei de Middluns, decidiu usufruir desse poder a fim de punir qualquer um que vier a desagradá-lo. Alguns anos se passaram e Kasta continua sendo forçada a servir o rei e por toda a extensão dos Sete Reinos ela é conhecida por ser uma assassina habilidosa e temível. Mas ainda assim, mesmo que esteja presa nessa vida que detesta, ela usa de seu Dom para, em segredo, fazer justiça com as próprias mãos.. Então, numa missão de resgate, ela acaba conhecendo o príncipe do reino de Lienid, Po, e acaba se envolvendo num mistério responsável por mudar sua vida e a dos Sete Reinos...
Narrado em terceira pessoa com foco principal na protagonista, Kasta, a história de Graceling é bastante fácil e fluída por mais que tenha muitos detalhes acerca da mitologia que a autora criou e alguns trechos que soaram um pouco confusos sendo necessário relê-los. O ritmo é lento em alguns pontos mas no geral é muito bom, e a cada novo acontecimento o leitor fica ansiando pelo próximo.
O conceito dos Gracelings foi fantástico e gostei muito da forma como suas características foram criadas de forma a tornar os personagens inesquecíveis. Juro que morri de pena dos Gracelings com dons inúteis e de como seus destinos podem ser tristes, enquanto os outros com dons imensuráveis são aproveitados e obrigados a servirem o rei, muitas vezes contra suas vontades, como é o caso de Katsa.
Katsa é uma das melhores personagens femininas já criadas. Ela é corajosa, forte e não faz o estilo donzela indefesa. Mesmo jovem, é uma assassina nata, que age em vez de pensar. E por estar cansada e insatisfeita de servir o tio, sentindo repulsa por ser obrigada a torturar pessoas, muitas vezes, inocentes, e por ter essa má fama que faz com que seja temida, Katsa quer sua liberdade. Ela tem pouquíssimos amigos e durante a história, com todos os acontecimentos e as pessoas que se envolve, ela acaba tendo uma evolução pessoal e um amadurecimento muito convincentes. Um ponto bacana é que por trás desse status de assassina existe uma garota comum, que tem seus medos e defeitos e isso a torna mais humana em vez de uma máquina de matar.
O príncipe Po é lindo, bondoso e gentil, mas também muito corajoso e forte. Por ter o Dom da luta, fica perceptível o quanto ele e Katsa possuem afinidade, mas essa afinidade não significa que Katsa vá dar confiança pra ele logo de cara. Ele esconde um segredo que faz com que ele tenha uma ligação com Katsa além de conseguir enxergá-la de uma forma que mais ninguém pode e acredito que independente de qualquer coisa que eles tenham passado e como precisam lidar com o que enfrentam, eles se completam.
O amor que surge é sólido, tem química, e vemos como é difícil para Katsa levar seus sentimentos quando sua vontade inicial era nunca se envolver emocionalmente com ninguém, e isso faz com que ela cresça bastante como personagem.
La pela metade do livro entra em cena Bitterblue, a princesa de Monsea, que no começo se apresenta bastante tímida, mas com o desenrolar das coisas se torna bastante destemida e se revela uma grande lutadora, mesmo que tenha tido que enfrentar maus bocados.
Um ponto a ser destacado é que a autora aborda um tema bastante importante sobre a opressão que as mulheres de forma geral sofrem num ambiente machista que acredita que elas devem servir e obedecer, logo, a ideia de mostrar que as mulheres podem ser tão fortes quanto os homens se faz presente aqui. A criação de uma protagonista que não tem interesse em se casar ou ter filhos e que aparece constantemente cercada por armas e matando as pessoas foge desse estereótipo de mulher delicada e indefesa que costumamos ver nesse cenário é medieval.
Por mais que um interesse romântico surja entre Katsa e Po, fiquei bastante impressionada em como esse romance foi desenvolvido pois foram pouquíssimas as vezes em que vi o personagem masculino deixando de tomar frente ou assumindo o papel da garota da qual ele se importa. Po daria tudo de si por ela, mas ele sabe que Katsa é forte e capaz e não faz o trabalho que é destinado a ela, mesmo que ela tenha sido muito rude com ele por diversas vezes. Torço bastante para que ela possa ceder e enxergar o que está a sua frente, deixando de ser relutante.
Acho que alguns pontos da história poderiam ser mais enxugados, como as várias viagens a cavalo que parecem estarem alí só pra ocuparem espaço quando os personagens vão cavalgando e cavalgando pra lugar nenhum, e até mesmo a forma como os bichos são maltratados, mas mesmo tendo ficado um pouco incomodada com isso, não desgostei da história.
A capa é linda, tanto pela imagem da espada quanto pelo trabalho gráfico dado a ela. O título é dourado e, assim como a espada, é em alto relevo. As páginas são brancas, há o mapa dos Sete Reinos no início do livro, a fonte tem um tamanho agradável e encontrei poucos erros de revisão.
Se você gosta de livros fantásticos, com personagens únicos e bem construídos que buscam pela sobrevivência e por respostas em suas jornadas, recomendo muito Graceling.
O segundo livro, Fogo, já foi lançado pela Rocco. O terceiro, Bitterblue, ainda não foi lançado no Brasil.
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Promoção - Vango: Entre o Céu e a Terra
28 de junho de 2015
Oie, gente!
Em parceria com a Editora Melhoramentos o blog trouxe uma promoção bem legal valendo um exemplar do livro Vango: Entre o Céu e a Terra + marcador para vocês!
Para concorrer é super fácil! Basta seguir as regrinhas e preencher o formulário abaixo!
Termos e Condições:
- Ter endereço de entrega em território nacional;
- Comentar esta postagem deixando email válido pra contato (é por ele que irei avisar o ganhador do resultado da promo);
- Perfis fakes ou exclusivos pra promoções não serão aceitos. Caso constatado, o ganhador será desclassificado sem aviso prévio;
- Não nos responsabilizamos por danos ou extravios por parte dos correios, nem por um segundo envio em caso de devolução por erro nos dados informados ou entrega sem sucesso;
- Após o resultado o ganhador será comunicado por email. O prazo para responder com os dados é de até 48 horas, caso contrário um novo sorteio será realizado. Em caso de falta de resposta por parte do ganhador, o sorteio será refeito por no máximo 3 vezes. Caso ninguém responda em tempo hábil, o sorteio será cancelado e o livro será utilizado em futuras promoções;
- A única entrada obrigatória é comentar a postagem deixando email de contato, mas há diversas outras entradas que dão mais chances para o participante ganhar quando cumpridas. Caso o ganhador seja sorteado com uma entrada extra que não tenha sido cumprida, este será desclassificado e será feito novo sorteio;
- O envio dos livros será feito em até 45 dias úteis após recebimento dos dados do ganhador.
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Boa sorte!!
Meu Romeu - Leisa Rayven
27 de junho de 2015
Lido em: Junho de 2015
Título: Meu Romeu - Starcrossed #1
Autora: Leisa Rayven
Editora: Globo Livros
Gênero: NA/Romance
Ano: 2015
Páginas: 408
Nota: ★★★★★♥
Resenha: Meu Romeu, primeiro volume da série Starcrossed, publicado no Brasil pela Globo Livros, é o primeiro romance New Adult da autora australiana Leisa Rayven.
Cassandra Taylor é atriz e está prestes a estrelar um espetáculo na Broadway realizando um grande sonho, mas o que ela não esperava era que seu ex namorado, Ethan Holt, que no passado destruíra seu coração, seria seu par romântico novamente na peça. Esse reencontro revira o passado e faz com que Cassie precise lidar com as lembranças do que viveu ao lado de Ethan seis anos atrás quando se conheceram e ela ainda era uma estudante de teatro e os dois iriam protagonizar a peça Romeu e Julieta.
Cassia jamais havia sentido nada tão forte e intenso por ninguém, e nenhum outro rapaz mexeu tanto com ela quando Holt, mas quanto mais ela tentava se aproximar, mais ele parecia resistir em mantê-la afastada.
Agora Ethan quer o perdão de Cassie e voltou para a vida dela com força total, mas ela irá relutar até o fim para evitar ser magoada mais uma vez... Resta saber se a química entre os dois irá ser despertada e se ela irá se libertar do que reprimiu durante o tempo em que ficaram separados...
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Cassie, a história se intercala entre o presente e o passado onde ela conta como conheceu Ethan e quais as sensações que ele era capaz de provocar nela.
A história tem várias passagens sensuais e picantes, mas não considerei como sendo necessariamente eróticas pois o sexo propriamente dito é algo que Cassie anseia e fantasia com todas as suas forças mas parece ser algo impossível e inalcançável para a coitada.
A Cassie de seis anos atrás era a típica moça de família, virgem, dedicada e estudiosa, mas ao conhecer Ethan começa a ter a sexualidade despertada de uma forma bastante intensa mas muito frustrante, mesmo que ela lide com isso com bastante humor. Escrever em seu diário que o pênis de Ethan deve ser tão lindo a ponto de ganhar prêmios dá uma ideia de como seus pensamentos são cômicos. E mais cômico ainda é quando Ethan lê essas barbaridades... Isso que eles têm vai além das encenações no palco, e as coisas começam a sair fora de controle a medida que eles convivem juntos, estudam juntos e vão se envolvendo e tendo mais intimidade um com o outro. A química se faz presente no palco mas não pode ser contida nos bastidores, não tem jeito...
Ethan é gato, sarado, gostoso, faz o estilo bad-boy e não quer se envolver por já ter tido uma decepção amorosa no passado e isso fez com que ele deixasse de acreditar no amor. Ele se comporta de forma hostil na maioria das vezes, mas enquanto a história se desenrola, partes de seu passado começam a vir a tona e suas ações começam a fazer mais sentido, principalmente quando um pouco do relacionamento que ele tem com a família é explorado, e o melhor disso é que Cassie o compreende, respeita seu espaço e se torna um porto seguro.
Passado o tempo em que ficaram separados, mesmo que não tenha havido uma explicação do que houve para que Holt fosse embora, o leitor se depara com versões bem diferentes dos protagonistas. Cassie se tornou uma mulher fria e sem o menor apego emocional pelos caras com quem se envolve justamente por receio de se decepcionar. Já Ethan quer uma segunda chance, mas reparar algo quebrado é difícil. Uma vez que a confiança é perdida o que resta é pouco para recuperá-la. Ainda há mágoa, raiva e decepção, mas no fundo talvez exista um sentimento maior que pode nunca ter acabado e por isso, talvez, seja possível recomeçar e construir algo novo...
Os personagens secundários foram todos bem construídos, desde os amigos da faculdade até a família de Ethan. No passado o círculo de amizade se resume a jovens que curtem bebendo e fumando, pensando em sexo e aproveitando a vida como pessoas comuns fazem. No presente Cassie convive com um colega de quarto, Tristan, gay e que faz o estilo zen, mas quando o assunto é proteger a amiga de furadas, ele não hesita em ajudá-la.
Elissa é a irmã de Ethan e ela se torna amiga de Cassie desde os tempos do colégio. Ela também tem um papel bem legal na história e parece que o terceiro livro será sobre ela.
Os diálogos também são bem construídos e estruturados e a autora conseguiu dar uma voz bem convincente aos personagens pois cada um tem sua própria forma de falar. Às vezes é possível saber quem está falando alguma coisa por algum termo utilizado sem que haja necessidade de mencionar o nome do personagem. Ethan é desbocado, vive falando palavrões e xingando tudo e todos e isso evidenciou bastante seu estilo bad-boy.
A capa é linda, super chamativa e provocativa e já dá ideia de como Holt tem o dom da pegada. A continuação da imagem dos dois está na orelha do livro. A diagramação é simples e a fonte é diferenciada quando Cassie escreve em seu diário ou lê os emails que recebe de Ethan. Encontrei alguns erros de revisão e algumas frases mal construídas (talvez devido a tradução, que inclusive foi muito bem adaptada), mas nada que tenha tanta interferência a ponto de atrapalhar a leitura.
Confesso que fico receosa quando pego um livro desse gênero para ler pois logo imagino que o romance vai cair no clichê e que os personagens vão contracenar cafonices sexuais que me fazem revirar os olhos de tanta preguiça, mas me surpreendi bastante com o que encontrei em Meu Romeu.
A autora tem uma capacidade sem igual de inserir uma carga emocional muito intensa nos personagens quando o assunto diz respeito a tensão sexual que eles vivenciam enquanto equilibra a história com cenas hilárias que além de evidenciar a personalidade deles, ainda faz o leitor rir e se divertir muito.
A escrita é ótima, empolgante e muito fluída, as descrições são detalhadas, feitas na medida certa e com uma intensidade perfeita, e somando isso ao enredo super cativante, posso afirmar que Meu Romeu mexeu muito comigo e juro que não me envolvia assim com um livro há bastante tempo, tanto pelo lado romântico quanto pelo lado engraçado. O romance desenvolvido manteve a conexão intensa ao longo dos anos que se passaram, e é daquele tipo que deixa marcas indeléveis e brechas para pensarmos que se marcou tanto é porque não acabou, de fato, e que existem pendências a serem resolvidas. Ninguém esquece uma pessoa tentando substituí-la por outra ou tentando se livrar dela no fundo de um copo. Resta aos envolvidos não serem orgulhosos e darem uma chance se for algo que valha a pena...
O melhor livro New Adult que li até agora e recomendo para quem quer se deixar levar por sentimentos intensos (e picantes) que se misturam numa história divertida, sensível, engraçada, com personagens únicos e inesquecíveis. Leisa Rayven ganhou mais uma fã.
Ansiosa pela continuação Broken Juliet, ainda não publicado no Brasil.
Título: Meu Romeu - Starcrossed #1
Autora: Leisa Rayven
Editora: Globo Livros
Gênero: NA/Romance
Ano: 2015
Páginas: 408
Nota: ★★★★★♥
Sinopse: Cassie está prestes a realizar o grande sonho: estrelar um espetáculo na Broadway. O que ela não esperava era ter que enfrentar o reencontro com o ex-namorado, que será novamente protagonista ao seu lado, em uma peça cheia de romance e cenas quentes. Trabalhar com Ethan traz o passado à tona, e lembra a Cassie que o que existe entre eles vai muito além de simples química.
Resenha: Meu Romeu, primeiro volume da série Starcrossed, publicado no Brasil pela Globo Livros, é o primeiro romance New Adult da autora australiana Leisa Rayven.
Cassandra Taylor é atriz e está prestes a estrelar um espetáculo na Broadway realizando um grande sonho, mas o que ela não esperava era que seu ex namorado, Ethan Holt, que no passado destruíra seu coração, seria seu par romântico novamente na peça. Esse reencontro revira o passado e faz com que Cassie precise lidar com as lembranças do que viveu ao lado de Ethan seis anos atrás quando se conheceram e ela ainda era uma estudante de teatro e os dois iriam protagonizar a peça Romeu e Julieta.
Cassia jamais havia sentido nada tão forte e intenso por ninguém, e nenhum outro rapaz mexeu tanto com ela quando Holt, mas quanto mais ela tentava se aproximar, mais ele parecia resistir em mantê-la afastada.
Agora Ethan quer o perdão de Cassie e voltou para a vida dela com força total, mas ela irá relutar até o fim para evitar ser magoada mais uma vez... Resta saber se a química entre os dois irá ser despertada e se ela irá se libertar do que reprimiu durante o tempo em que ficaram separados...
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Cassie, a história se intercala entre o presente e o passado onde ela conta como conheceu Ethan e quais as sensações que ele era capaz de provocar nela.
A história tem várias passagens sensuais e picantes, mas não considerei como sendo necessariamente eróticas pois o sexo propriamente dito é algo que Cassie anseia e fantasia com todas as suas forças mas parece ser algo impossível e inalcançável para a coitada.
A Cassie de seis anos atrás era a típica moça de família, virgem, dedicada e estudiosa, mas ao conhecer Ethan começa a ter a sexualidade despertada de uma forma bastante intensa mas muito frustrante, mesmo que ela lide com isso com bastante humor. Escrever em seu diário que o pênis de Ethan deve ser tão lindo a ponto de ganhar prêmios dá uma ideia de como seus pensamentos são cômicos. E mais cômico ainda é quando Ethan lê essas barbaridades... Isso que eles têm vai além das encenações no palco, e as coisas começam a sair fora de controle a medida que eles convivem juntos, estudam juntos e vão se envolvendo e tendo mais intimidade um com o outro. A química se faz presente no palco mas não pode ser contida nos bastidores, não tem jeito...
Ethan é gato, sarado, gostoso, faz o estilo bad-boy e não quer se envolver por já ter tido uma decepção amorosa no passado e isso fez com que ele deixasse de acreditar no amor. Ele se comporta de forma hostil na maioria das vezes, mas enquanto a história se desenrola, partes de seu passado começam a vir a tona e suas ações começam a fazer mais sentido, principalmente quando um pouco do relacionamento que ele tem com a família é explorado, e o melhor disso é que Cassie o compreende, respeita seu espaço e se torna um porto seguro.
Passado o tempo em que ficaram separados, mesmo que não tenha havido uma explicação do que houve para que Holt fosse embora, o leitor se depara com versões bem diferentes dos protagonistas. Cassie se tornou uma mulher fria e sem o menor apego emocional pelos caras com quem se envolve justamente por receio de se decepcionar. Já Ethan quer uma segunda chance, mas reparar algo quebrado é difícil. Uma vez que a confiança é perdida o que resta é pouco para recuperá-la. Ainda há mágoa, raiva e decepção, mas no fundo talvez exista um sentimento maior que pode nunca ter acabado e por isso, talvez, seja possível recomeçar e construir algo novo...
Os personagens secundários foram todos bem construídos, desde os amigos da faculdade até a família de Ethan. No passado o círculo de amizade se resume a jovens que curtem bebendo e fumando, pensando em sexo e aproveitando a vida como pessoas comuns fazem. No presente Cassie convive com um colega de quarto, Tristan, gay e que faz o estilo zen, mas quando o assunto é proteger a amiga de furadas, ele não hesita em ajudá-la.
Elissa é a irmã de Ethan e ela se torna amiga de Cassie desde os tempos do colégio. Ela também tem um papel bem legal na história e parece que o terceiro livro será sobre ela.
Os diálogos também são bem construídos e estruturados e a autora conseguiu dar uma voz bem convincente aos personagens pois cada um tem sua própria forma de falar. Às vezes é possível saber quem está falando alguma coisa por algum termo utilizado sem que haja necessidade de mencionar o nome do personagem. Ethan é desbocado, vive falando palavrões e xingando tudo e todos e isso evidenciou bastante seu estilo bad-boy.
A capa é linda, super chamativa e provocativa e já dá ideia de como Holt tem o dom da pegada. A continuação da imagem dos dois está na orelha do livro. A diagramação é simples e a fonte é diferenciada quando Cassie escreve em seu diário ou lê os emails que recebe de Ethan. Encontrei alguns erros de revisão e algumas frases mal construídas (talvez devido a tradução, que inclusive foi muito bem adaptada), mas nada que tenha tanta interferência a ponto de atrapalhar a leitura.
Confesso que fico receosa quando pego um livro desse gênero para ler pois logo imagino que o romance vai cair no clichê e que os personagens vão contracenar cafonices sexuais que me fazem revirar os olhos de tanta preguiça, mas me surpreendi bastante com o que encontrei em Meu Romeu.
A autora tem uma capacidade sem igual de inserir uma carga emocional muito intensa nos personagens quando o assunto diz respeito a tensão sexual que eles vivenciam enquanto equilibra a história com cenas hilárias que além de evidenciar a personalidade deles, ainda faz o leitor rir e se divertir muito.
A escrita é ótima, empolgante e muito fluída, as descrições são detalhadas, feitas na medida certa e com uma intensidade perfeita, e somando isso ao enredo super cativante, posso afirmar que Meu Romeu mexeu muito comigo e juro que não me envolvia assim com um livro há bastante tempo, tanto pelo lado romântico quanto pelo lado engraçado. O romance desenvolvido manteve a conexão intensa ao longo dos anos que se passaram, e é daquele tipo que deixa marcas indeléveis e brechas para pensarmos que se marcou tanto é porque não acabou, de fato, e que existem pendências a serem resolvidas. Ninguém esquece uma pessoa tentando substituí-la por outra ou tentando se livrar dela no fundo de um copo. Resta aos envolvidos não serem orgulhosos e darem uma chance se for algo que valha a pena...
"- Às vezes, gostar de alguém não tem nada a ver com o que você quer e tudo a ver com o que você precisa."
- Pág. 114
"O amor é assim. Não mais pertencer a si mesma. Ser transportada do que você conhece para o que você sente."
- Pág. 211
"Ele me beija sem pudor, apaixonadamente, e eu sinto que, depois de dar tantos passos para trás, estamos enfim seguindo adiante. Em direção a quê, eu não faço ideia, mas só saber que ele está aberto à experiência é melhor do que qualquer sensação que já tive."
- Pág. 247
O melhor livro New Adult que li até agora e recomendo para quem quer se deixar levar por sentimentos intensos (e picantes) que se misturam numa história divertida, sensível, engraçada, com personagens únicos e inesquecíveis. Leisa Rayven ganhou mais uma fã.
Ansiosa pela continuação Broken Juliet, ainda não publicado no Brasil.
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Romance,
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Novidades de Junho - Companhia das Letras
26 de junho de 2015
Do que é feita uma garota - Caitlin Moran
O Gigante Enterrado - Kazuo Ishiguro
Tudo que é - James Salter
Ai! Que Preguiça! - O Brasil em 39 poemas fabulosos & alegóricos - Rodolfo Guttilla
De um Caderno Cinzento - Paulo Mendes Campos
Nora Webster - Colm Tóibín
O Primeiro Homem Mau - Miranda July
Agora Aqui Ninguém Precisa de Si - Arnaldo Antunes
O Diário de Guantánamo - Mohamedou Ould Slahi
Imagine a voz de Sylvia Plath em Grease, com trilha de My Bloody Valentine e Velvet Underground. Um romance de formação hilário, sobre como é difícil se tornar alguém “Wolverhampton, em 1990, parece uma cidade a que algo terrível aconteceu.” Talvez tenha acontecido de fato. Talvez seja Margaret Thatcher, talvez seja a vergonha que Johanna Morrigan passou num programa da TV local aos catorze anos. Nossa protagonista decide então se reinventar como Dolly Wilde — heroína gótica, loquaz e Aventureira do Sexo, que salvará a família da pobreza com sua literatura. Aos 16 anos, ela está fumando, bebendo, trabalhando para um fanzine de música, escrevendo cartas pornográficas para rock stars, transando com todo tipo de homem e ganhando por cada palavra que escreve para destruir uma banda. Mas e se Johanna tiver feito Dolly com as peças erradas? Será que uma caixa de discos e uma parede de pôsteres bastam para se fazer uma garota?
O Gigante Enterrado - Kazuo Ishiguro
Uma terra marcada por guerras recentes e amaldiçoada por uma misteriosa névoa do esquecimento. Uma população desnorteada diante de ameaças múltiplas. Um casal que parte numa jornada em busca do filho e no caminho terá seu amor posto à prova - será nosso sentimento forte o bastante quando já não há reminiscências da história que nos une?
Épico arturiano, o primeiro romance de Kazuo Ishiguro em uma década envereda pela fantasia e se aproxima do universo de George R. R. Martin e Tolkien, comprovando a capacidade do autor de se reinventar a cada obra. Entre a aventura fantástica e o lirismo, "O gigante enterrado" fala de alguns dos temas mais caros à humanidade: o amor, a guerra e a memória.
Tudo que é - James Salter
James Salter, um dos maiores autores da literatura americana atual, retorna ao romance depois de 35 anos Tudo que é explora o curso de uma vida num mundo em transformação. Depois de participar da Segunda Guerra Mundial como soldado no Japão, Philip Bowman retorna aos Estados Unidos para recomeçar a vida. Pelas décadas seguintes, acompanhamos sua carreira, seu casamento e divórcio. Novas relações amorosas aparecem — a mais significativa delas marcada por uma traição que Bowman vinga de forma particularmente cruel. Este não é um livro de grandes mistérios ou acontecimentos marcantes. É uma história sobre as pequenas coisas da vida — o teste para qualquer grande escritor. Depois de 35 anos sem publicar um romance, Salter mostra por que é considerado um dos maiores nomes da literatura americana atual.
Ai! Que Preguiça! - O Brasil em 39 poemas fabulosos & alegóricos - Rodolfo Guttilla
A leveza e graciosidade do texto que nos convida a um passeio – poético e instrutivo – pela História do Brasil De Cabral aos protestos de junho de 2013, do Marechal Deodoro à Tropicália, de Getúlio Vargas ao Golpe de 1964: os mais variados aspectos e capítulos da vida brasileira são capturados com leveza pela poesia de Rodolfo Guttilla. Seu livro é uma jornada lírica e graciosa por nossa história. Leitores de todas as idades irão se cativar por essa mistura muito bem-feita de poesia e comentário social. Tomando de empréstimo como título a famosa frase de Macunaíma, de Mário de Andrade, o livro de Guttilla tem como principais inspirações a obra do autor modernista e os poemas de José Paulo Paes (1926-1998), que tratava de assuntos brasileiros com uma graça que influencia os autores mais jovens até hoje.
De um Caderno Cinzento - Paulo Mendes Campos
Pela primeira vez em livro, textos que apresentam o talento de um de nossos maiores cronistas Polivalente por excelência, Paulo Mendes Campos espraiou seus textos — crônicas, aforismos, poemas, pequenos textos de observação social — em jornais e revistas durante décadas. Todos com a impressão digital de um grande autor: a graça delicada, a prosa leve e fluente, a cultura compartilhada sem pose. Reunidos pela pesquisadora Elvia Bezerra, os 53 textos desta edição permaneceram inéditos em livro até agora. Embora possam ser classificados como crônicas, os escritos variam da forma “clássica” ao aforismo, criando um mosaico delicioso e instrutivo sobre o Brasil e os brasileiros. Completo, o conjunto é um convite à diversão e ao encantamento pela palavra escrita.
Nora Webster - Colm Tóibín
Ambientado na Irlanda, este romance apresenta a formidável Nora Webster. Viúva aos quarenta anos, com quatro filhos e pouco dinheiro, Nora perdeu o amor de sua vida, Maurice, o homem que a resgatou do mundo acanhado em que foi criada. E agora ela teme ser arrastada de volta para esse universo. Ferida, determinada, inclinada à discrição numa comunidade onde todos querem saber da vida de todos, Nora afunda na própria dor e fecha os olhos ao sofrimento dos filhos. Mas ainda assim ela tem momentos de impressionante empatia e bondade, e quando volta a cantar, depois de décadas, encontra um consolo, uma causa, um porto-seguro – ela mesma. Nora Webster é uma obra-prima de construção de personagem e ponto máximo na obra de um escritor no auge da carreira.
O Primeiro Homem Mau - Miranda July
Cheryl é uma mulher reclusa e vulnerável. Ela é obcecada por Phillip, um sujeito galanteador e membro do conselho da empresa em que trabalha — uma organização que treina mulheres para autodefesa. Cheryl acredita que eles já fizeram amor em muitas vidas — mas ainda precisam consumar o ato nesta encarnação. Quando seus chefes pedem a ela que hospede brevemente Clee, a filha do casal, uma garota egoísta e cruel de 21 anos, seu mundo vira de cabeça para baixo. Mas é ela que traz Cheryl para a realidade e se torna o amor de sua vida. Lírico, engraçado, cheio de obsessões sexuais e amor maternal, este romance confirma Miranda July como uma voz espetacularmente original da cultura contemporânea.
Agora Aqui Ninguém Precisa de Si - Arnaldo Antunes
“Recuerde”, diz a placa imperativa em espanhol, enquanto o retrovisor do automóvel mostra o que já ficou no passado. “Eu tenho uma coleção de esquecimentos/ e apenas duas mãos pra ver o mundo”, lamenta o “super-homem submisso” que não alcança o ritmo dos acontecimentos. Resta observar coisas mínimas como uma formiga ou imensas como o universo e seus astros.
O tempo e o espaço, a insignificância e a morte são os principais temas deste volume de inéditos de Arnaldo Antunes, que oscilam entre o humor e a desilusão. Alternando poemas em verso e visuais, fotografias e “prosinhas”, a obra é marcada pela pluralidade, pelo registro pop e pela sonoridade, tão próprios ao artista, que assina também o projeto gráfico. Um diálogo sensível e desafiante com o homem contemporâneo.
O Diário de Guantánamo - Mohamedou Ould Slahi
O primeiro relato feito de dentro de Guantánamo retrata o clima de terror e paranoia que ameaça a democracia contemporânea Desde 2002, Mohamedou Slahi está preso no campo de detenção da Baía de Guantánamo, em Cuba. No entanto os Estados Unidos nunca o acusaram formalmente de um crime. Um juiz federal ordenou sua libertação em março de 2010, mas o governo americano resistiu à decisão e não há perspectiva de libertá-lo. Três anos depois de sua prisão, Slahi deu início a um diário em que conta sua vida antes de desaparecer sob a custódia americana, o processo interminável de interrogatório e seu cotidiano como prisioneiro em Guantánamo. Seu diário não é apenas um registro vívido de um erro da Justiça, mas um livro de memórias denso, multifacetado, aterrorizante, sombrio e autoirônico.
A lição do amigo - Cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade - Carlos Drummond de Andrade
Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade se conheceram em 1924, durante viagem do paulista a Minas Gerais. Mário já era uma figura de proa do movimento modernista, ao passo que o mineiro ainda não havia estreado em livro. A correspondência entre os dois poetas tomaria corpo pelos vinte anos seguintes, até as vésperas da morte de Mário, em 1945.
As cartas, reunidas pelo próprio Drummond, são o testemunho luminoso de uma amizade entre dois autores fundamentais do Brasil. Entre conversas sobre a natureza da poesia, o dia a dia mais prosaico e comentários sobre o que é ser artista no Brasil, os dois poetas travam, com afeto e inteligência, uma conversa que ilumina e emociona.
Novidades de Junho - Paralela
After - Depois do Desencontro - After #3 - Anna Todd
Tijucamérica - Uma chanchada fantasmagórica - José Trajano
Esperança - Mary Jordan
Meu Passado Me Condena - Tati Bernardi
Depois do Desencontro - Tessa passa pelo momento mais difícil de sua vida. Enquanto luta para crescer na carreira com a qual sempre sonhou, seu mundo é virado de ponta-cabeça: a inesperada aparição de seu pai e uma traição imperdoável a deixam mais fragilizada do que nunca. Hardin — com seus beijos viciantes, seu toque incendiário e seu charme de bad boy — seria o único capaz de fazê-la esquecer das dificuldades, mas até ele se vira contra Tessa quando descobre o segredo que ela vem guardando. Se este casal intenso e apaixonado já vivia por um fio antes, agora os obstáculos são maiores do que nunca. Depois do desencontro, essa história de amor sobreviverá?
Quem, Eu? - Uma Avó, Um Neto, Uma Lição de Vida - Fernando Aguzzoli
Em 2013, Fernando Aguzzoli abriu mão do emprego e dos estudos para cuidar de sua avó Nilva, diagnosticada com Alzheimer. Da convivência dos dois surgiram momentos divertidíssimos, histórias e confidências que o neto resolveu compartilhar em uma página criada no Facebook. Alimentada diariamente por Fernando com posts, fotos e vídeos, a página comoveu centenas de pessoas e conquistou milhares de fãs. Assim surgiu o livro Quem, eu?, que chega agora em nova edição revista e ampliada, com uma reunião de todos os momentos vividos entre os dois, além de entrevistas com profissionais para ajudar outras famílias que enfrentam esse mesmo obstáculo. As memórias de Fernando são uma verdadeira lição de vida, e prometem muitas risadas e momentos emocionantes.
Tijucamérica - Uma chanchada fantasmagórica - José Trajano
Depois de décadas na fila, o América do Rio recebe uma ajuda sobrenatural para voltar a seus tempos de glória. Todo fã de futebol tem um time dos sonhos, uma escalação ideal para a equipe perfeita. Mas e quando os grandes craques ficaram no passado e os torcedores já não conhecem mais o sabor da vitória? É o caso do mitológico América, time-símbolo do bairro da Tijuca, que há décadas não levanta uma taça e nem mesmo um copinho que o seja. Neste divertido e inusitado livro, José Trajano vai contar com uma ajuda sobrenatural para trazer de volta a alegria para o gramado do Campos Sales. Munido de um verdadeiro exército de videntes, mágicos, gurus e pais de santo, Trajano faz renascer a maior seleção do América de todos os tempos. O resultado é uma chanchada fantasmagórica que traz de volta para os dias de hoje uma época que tanto marcou -- e segue marcando - a cidade maravilhosa.
Esperança - Mary Jordan
Os fatos chocantes por trás do sequestro de três garotas na cidade de Cleveland Ariel Castro, um motorista de ônibus escolar, enganou Amanda, Gina DeJesus e Michelle Knight para que entrassem em sua casa, onde as manteve acorrentadas por anos. Ao longo da década seguinte, as garotas sofreram abusos sexuais e psicológicos e foram ameaçadas de morte. Em Esperança, Amanda Berry e Gina DeJesus descrevem uma história de tormenta inimaginável com base em suas memórias e no diário mantido por Amanda. Com a ajuda dos premiados repórteres Mary Jordan e Kevin Sullivan, elas narram a história completa por trás das manchetes – incluindo detalhes nunca antes revelados sobre a vida e motivações de Castro –; um relato assombroso, mas inspirador, de duas mulheres cuja coragem, inocência e fé permitiram que sobrevivessem e voltassem para suas famílias.
Meu Passado Me Condena - Tati Bernardi
Fábio Porchat e Miá Mello estão de volta em situações inéditas e divertidíssimas, fruto do humor aguçado dos textos de Tati Bernardi “Discordo que a Tati Bernardi seja a voz de uma geração. Não há ninguém no mundo tão patologicamente franco nem francamente engraçado. Ela é uma só. Não aceite imitações: Tati é a voz de uma geração composta unicamente por ela mesma”. GREGÓRIO DUVIVIER Meu passado me condena foi sucesso no cinema (mais de 3,5 milhões de espectadores) e no teatro (mais de cem mil pessoas) e agora, em forma de livro, traz de volta Fábio e Miá em histórias inéditas, marcadas pela sinceridade desconcertante costumeira. Enquanto chocam um ao outro, o leitor se diverte com este livro que reúne ainda os melhores momentos dos dois na peça. Tudo isso fruto do texto inteligente, bem-humorado e cheio de personalidade de Tati Bernardi.
Promoção - Na Companhia de Assassinos
25 de junho de 2015
Oie, pessoal! Em parceria com a Suma de Letras, os blogs Livros e Chocolate e Todas as Coisas do Meu Mundo se uniram para trazer uma promoção de arrasar pra vocês!
Para comemorar o lançamento de O Retorno de Izabel, o segundo volume da série Na Companhia de Assassinos (e porque nós amamos muito o primeiro livro, A Morte de Sarai, a achamos que todo mundo também devia ler ♥), vamos sortear os dois volumes para dois ganhadores! Isso mesmo! Cada ganhador leva pra casa os 2 livros já lançados!
E para participar é super fácil, confira as regrinhas abaixo:
Termos e Condições:
- Ter endereço de entrega em território nacional;
- Comentar esta postagem deixando email válido pra contato (é por ele que vamos avisar o ganhador do resultado da promo);
- Perfis fakes ou exclusivos pra promoções não serão aceitos. Caso constatado, o ganhador será desclassificado sem aviso prévio;
- Não nos responsabilizamos por danos ou extravios por parte dos correios, nem por um segundo envio em caso de devolução por erro nos dados informados ou entrega sem sucesso;
- Após o resultado os ganhadores serão comunicados por email. O prazo para responder com os dados é de até 48 horas, caso contrário um novo sorteio será realizado. Em caso de falta de resposta por parte do ganhador, o sorteio será refeito por no máximo 3 vezes. Caso ninguém responda em tempo hábil, o sorteio será cancelado;
- A única entrada obrigatória é comentar a postagem deixando email de contato, mas há diversas outras entradas que dão mais chances para o participante ganhar quando cumpridas. Mas caso o ganhador seja sorteado com uma entrada extra que não tenha sido cumprida, este será desclassificado e será feito novo sorteio;
- O envio dos livros será feito pela Editora Suma de Letras em até 45 dias úteis após recebimento dos dados dos ganhadores;
a Rafflecopter giveaway
Boa sorte!!!
Charlie Brown e a Grande Abóbora de Halloween - Charles M. Schulz
Lido em: Junho de 2015
Título: Charlie Brown e a Grande Abóbora de Halloween
Autor: Charles M. Schulz
Ilustrações: Paige Braddock
Editora: Companhia das Letrinhas
Gênero: História em Quadrinhos
Ano: 2014
Páginas: 32
Nota: ★★★★★
Resenha: Em Charlie Brown e a Grande Abóbora de Halloween, as crianças se preparam para comemorar o tradicional Dia das Bruxas fantasiados de fantasmas enquanto batem de porta em porta brincando de Travessuras ou Gostosuras. Snoopy não parece estar interessado na brincadeira por ter achado outra muito mais legal, e Linus resolve se esconder num pé de abóbora à espera da Grande Abóbora.
Das tirinhas pra animação, e agora uma adaptação em forma de livrinho infantil, de um lado os adultos têm a oportunidade única de relembrar as aventuras de uma das turminhas mais famosas do mundo, enquanto do outro ladoas crianças poderão conhecer um pouquinho desses personagens tão queridos.
Assim como as crianças esperam pelo Papai Noel no Natal, ou como esperam pelo Coelhinho da Páscoa, a ideia aqui foi criar a Grande Abóbora, uma figura que representasse o Halloween e mexesse com a cabecinha delas dando a ilusão de que há algo de mágico nesses eventos comemorativos que só aparecem num determinado período da noite em que elas não podem ver. E é mais do que comum que as crianças queiram ficar acordadas esperando a visita especial, que claro, não existe, mas que por terem esperanças e acreditar, continuam esperando e mantendo a fé de que um dia conseguirão ver.
O autor também não deixa de fazer referência à Primeira Guerra Mundial, da qual participou, colocando Snoopy fantasiado de às e brincando de algo que considera ser mais interessante do que pedir doces de porta em porta.
É uma historinha curta mas que provoca uma enorme nostalgia e com certeza vale a pena conferir independente da idade do leitor!
Título: Charlie Brown e a Grande Abóbora de Halloween
Autor: Charles M. Schulz
Ilustrações: Paige Braddock
Editora: Companhia das Letrinhas
Gênero: História em Quadrinhos
Ano: 2014
Páginas: 32
Nota: ★★★★★
Sinopse: É Halloween! Tempo de bruxas, fantasmas, almas penadas e... da Grande Abóbora! Linus tem certeza de que este ano ela finalmente vai aparecer e, como de costume, se esconde no pé de abóbora mais autêntico que encontra, à espera do misterioso ser.
Mas o tempo passa e, além do resto da tuma - que anda de um lado para o outro em busca de travessuras e gostosuras -, ninguém mais parece estar por alí. Ou melhor: quase ninguém...
Resenha: Em Charlie Brown e a Grande Abóbora de Halloween, as crianças se preparam para comemorar o tradicional Dia das Bruxas fantasiados de fantasmas enquanto batem de porta em porta brincando de Travessuras ou Gostosuras. Snoopy não parece estar interessado na brincadeira por ter achado outra muito mais legal, e Linus resolve se esconder num pé de abóbora à espera da Grande Abóbora.
Das tirinhas pra animação, e agora uma adaptação em forma de livrinho infantil, de um lado os adultos têm a oportunidade única de relembrar as aventuras de uma das turminhas mais famosas do mundo, enquanto do outro ladoas crianças poderão conhecer um pouquinho desses personagens tão queridos.
Assim como as crianças esperam pelo Papai Noel no Natal, ou como esperam pelo Coelhinho da Páscoa, a ideia aqui foi criar a Grande Abóbora, uma figura que representasse o Halloween e mexesse com a cabecinha delas dando a ilusão de que há algo de mágico nesses eventos comemorativos que só aparecem num determinado período da noite em que elas não podem ver. E é mais do que comum que as crianças queiram ficar acordadas esperando a visita especial, que claro, não existe, mas que por terem esperanças e acreditar, continuam esperando e mantendo a fé de que um dia conseguirão ver.
O autor também não deixa de fazer referência à Primeira Guerra Mundial, da qual participou, colocando Snoopy fantasiado de às e brincando de algo que considera ser mais interessante do que pedir doces de porta em porta.
É uma historinha curta mas que provoca uma enorme nostalgia e com certeza vale a pena conferir independente da idade do leitor!
Feliz Dia dos Namorados, Charlie Brown - Charles M. Schulz
24 de junho de 2015
Lido em: Maio de 2015
Título: Feliz Dia dos Namorados, Charlie Brown
Autor: Charles M. Schulz
Ilustrações: Paige Braddock
Editora: Companhia das Letrinhas
Gênero: História em Quadrinhos
Ano: 2014
Páginas: 32
Nota: ★★★★★
Resenha: Essa capa romântica passa uma imagem fofa, mas o conteúdo não é tão meigo assim. Charlie Brown, nosso protagonista inseguro e medroso, poderia ter várias acompanhantes pro baile, menos a única que ele quer: a Garotinha Ruiva. Chegando o Dia dos Namorados, começa aquele burburinho de escrever cartões pra paquera.
Muitas meninas da turma de Charlie escrevem e entregam bilhetes pra ele, mas não adianta, o coração dele bate mais forte pela menina que sequer sabe quem ele é. E aí, mandar a carta pelo correio? Comprar bombom e entregar? Convidar pra dançar? Leia e confira o que ele vai aprontar dessa vez.
Histórias com Charlie Brown como protagonista tendem a ser um balde de água fria nas expectativas. O menino treme, engasga, vacila, se esconde... como vai arranjar namorada assim? Mas também, quem nunca passou pela situação de estar prestes a falar com a paixonite? Dá nervoso mesmo!
O legal dessa história é que vemos todos os personagens da turma, com suas personalidades bem distintas. Vale a pena ler, mas deixe o romantismo em casa.
Título: Feliz Dia dos Namorados, Charlie Brown
Autor: Charles M. Schulz
Ilustrações: Paige Braddock
Editora: Companhia das Letrinhas
Gênero: História em Quadrinhos
Ano: 2014
Páginas: 32
Nota: ★★★★★
Sinopse: O Dia dos Namoraos está chegando e Charlie Brown tem muitas pretendentes. Mas mesmo com a Patty Pimentinha e a Marcie no pé dele, Charlie Brown não vai perder a chance de se declarar para o seu eterno e platônico amor: a Menininha Ruiva.
Será que o melhor é mandar uma caixa de bombons para ela? Ou entregar um cartão pessoalmente? ele também pode tentar um telefonema, uma piscadinha na escola, ou até investir num abraço... Não. Pensando bem, a melhor solução é chamá-la para dançar no Baile do Dia dos Namorados!
Agora é só criar coragem...
Resenha: Essa capa romântica passa uma imagem fofa, mas o conteúdo não é tão meigo assim. Charlie Brown, nosso protagonista inseguro e medroso, poderia ter várias acompanhantes pro baile, menos a única que ele quer: a Garotinha Ruiva. Chegando o Dia dos Namorados, começa aquele burburinho de escrever cartões pra paquera.
Muitas meninas da turma de Charlie escrevem e entregam bilhetes pra ele, mas não adianta, o coração dele bate mais forte pela menina que sequer sabe quem ele é. E aí, mandar a carta pelo correio? Comprar bombom e entregar? Convidar pra dançar? Leia e confira o que ele vai aprontar dessa vez.
Histórias com Charlie Brown como protagonista tendem a ser um balde de água fria nas expectativas. O menino treme, engasga, vacila, se esconde... como vai arranjar namorada assim? Mas também, quem nunca passou pela situação de estar prestes a falar com a paixonite? Dá nervoso mesmo!
O legal dessa história é que vemos todos os personagens da turma, com suas personalidades bem distintas. Vale a pena ler, mas deixe o romantismo em casa.
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Resenha
É hora da escola, Charlie Brown - Charles M. Schulz
23 de junho de 2015
Lido em: Maio de 2015
Título: É hora da escola, Charlie Brown
Autor: Charles M. Schulz
Ilustrações: Nick e Peter Lobianco
Editora: Companhia das Letrinhas
Gênero: História em Quadrinhos
Ano: 2014
Páginas: 32
Nota: ★★★★★
Resenha: Quem nunca se preocupou com a volta às aulas? Por medo ou ansiedade, todos nós já vivemos isso um dia. E pra Charlie Brown o fim das férias é um grande problema. Ele é um menino muito, muito inseguro, principalmente porque é péssimo em esportes. Pensando em melhorar sua confiança, Charlie se inscreve pra um concurso de soletrar. E se você já conhece esse garotinho, já imagina no que deu, né?
Não sei se é porque eu tô com olhar da pedagogia politicamente correta, mas achei o final meio pra baixo. Se eu terminei o livro sem entender o que a história queria passar, imagina um leitor mirim. A história só faz sentido se você já está ambientado ao universo do Snoopy, sabendo que cada personagem tem características próprias e marcantes (pra saber um pouco mais, leia este post). Mas, se você não sabe que Charlie Brown é medroso e Lucy é azeda, além de não entender nada pode até se confundir e tirar uma lição errada. Então não recomendo entregar esse livro nas mãos de uma criança que não conheça a turminha.
A editora teve a preocupação em adaptar o original para a realidade brasileira. No desenho que mostra o calendário fazendo referência ao fim das férias, aparece 29 de janeiro com uma imagem de praia. E na parte em que Charlie estuda para o concurso, aparecem questões como M antes P e B e casa com S ou Z.
O livro pode ser um bom retorno ao passado, mas não é uma boa opção pra quem está começando a ler Peanuts.
Título: É hora da escola, Charlie Brown
Autor: Charles M. Schulz
Ilustrações: Nick e Peter Lobianco
Editora: Companhia das Letrinhas
Gênero: História em Quadrinhos
Ano: 2014
Páginas: 32
Nota: ★★★★★
Sinopse: Charlie Brown está preocupado: as férias estão acabando e a volta às aulas é inevitável.
Mas com a ajuda de Lucy, sua psiquiatra de plantão, de repente ele se sente muito seguro - tanto que logo no primeiro dia de escola se candidata para um concurso de soletrar. Afinal, por que ele não seria capaz? É claro que pode ganhar! Ele só precisa se lembrar: é o N que vem antes do P e do B? Ou o M? "Casa" se escreve com Z ou com S?
Pobre Charlie Brown!...
Resenha: Quem nunca se preocupou com a volta às aulas? Por medo ou ansiedade, todos nós já vivemos isso um dia. E pra Charlie Brown o fim das férias é um grande problema. Ele é um menino muito, muito inseguro, principalmente porque é péssimo em esportes. Pensando em melhorar sua confiança, Charlie se inscreve pra um concurso de soletrar. E se você já conhece esse garotinho, já imagina no que deu, né?
Não sei se é porque eu tô com olhar da pedagogia politicamente correta, mas achei o final meio pra baixo. Se eu terminei o livro sem entender o que a história queria passar, imagina um leitor mirim. A história só faz sentido se você já está ambientado ao universo do Snoopy, sabendo que cada personagem tem características próprias e marcantes (pra saber um pouco mais, leia este post). Mas, se você não sabe que Charlie Brown é medroso e Lucy é azeda, além de não entender nada pode até se confundir e tirar uma lição errada. Então não recomendo entregar esse livro nas mãos de uma criança que não conheça a turminha.
A editora teve a preocupação em adaptar o original para a realidade brasileira. No desenho que mostra o calendário fazendo referência ao fim das férias, aparece 29 de janeiro com uma imagem de praia. E na parte em que Charlie estuda para o concurso, aparecem questões como M antes P e B e casa com S ou Z.
O livro pode ser um bom retorno ao passado, mas não é uma boa opção pra quem está começando a ler Peanuts.
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Resenha
Amigos para Sempre - Charles M. Schulz
22 de junho de 2015
Lido em: Maio de 2015
Título: Amigos para Sempre
Autor: Charles M. Schulz
Ilustrações: Nick e Peter Lobianco
Editora: Companhia das Letrinhas
Gênero: História em Quadrinhos/Infantil
Ano: 2014
Páginas: 32
Nota: ★★★★★
Resenha: Esse senhor de meia idade é amado por muita gente ao redor do mundo. Snoopy atravessou gerações e agora veste uma roupagem nova nessa edição da Companhia das Letrinhas.
Amigos para sempre contém tirinhas em um formato adaptado, com desenhos em alta qualidade e frases soltas no meio da página. A fonte usada chega a descombinar do estilo do desenho, mas torna-se a melhor opção considerando o público-alvo e a necessidade de utilização de letra de imprensa "normal" na fase de alfabetização.
O texto é bem simples, de fácil entendimento para crianças, mas tocante para todas as idades. Com narrativas e diálogos curtos, cada pequena história traz uma situação de amizade vivida por nós no dia a dia. Medo, insegurança, proteção, zoação, tudo isso é retratado. E o título encerra a lição do texto, um resumo bem claro do que será encontrado nas próximas páginas.
Vontade de pegar o Snoopy e o Woodstock e levar pra casa! ♥
Título: Amigos para Sempre
Autor: Charles M. Schulz
Ilustrações: Nick e Peter Lobianco
Editora: Companhia das Letrinhas
Gênero: História em Quadrinhos/Infantil
Ano: 2014
Páginas: 32
Nota: ★★★★★
Sinopse: Além de muito inteligente, Snoopy é um companheiro exemplar. Parceiro, compreensivo, leal... E não era para menos: ao lado de um dono tão carinhoso, não é muito difícil ser o melhor amigo do homem.
Nestas pequenas histórias inspiradas nas mais clássicas tirinhas de Schulz, você vai se divertir com as lições de camaradagem dadas por Snoopy e toda a turma - e descobrir por que Charlie Brown e seu cachorro serão amigos para sempre.
Resenha: Esse senhor de meia idade é amado por muita gente ao redor do mundo. Snoopy atravessou gerações e agora veste uma roupagem nova nessa edição da Companhia das Letrinhas.
Amigos para sempre contém tirinhas em um formato adaptado, com desenhos em alta qualidade e frases soltas no meio da página. A fonte usada chega a descombinar do estilo do desenho, mas torna-se a melhor opção considerando o público-alvo e a necessidade de utilização de letra de imprensa "normal" na fase de alfabetização.
O texto é bem simples, de fácil entendimento para crianças, mas tocante para todas as idades. Com narrativas e diálogos curtos, cada pequena história traz uma situação de amizade vivida por nós no dia a dia. Medo, insegurança, proteção, zoação, tudo isso é retratado. E o título encerra a lição do texto, um resumo bem claro do que será encontrado nas próximas páginas.
Vontade de pegar o Snoopy e o Woodstock e levar pra casa! ♥
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Resenha
O Desafio - Rachel Van Dyken
21 de junho de 2015
Lido em: Junho de 2015
Título: O Desafio - Aposta #2
Autor: Rachel Van Dyken
Editora: Suma de Letras
Gênero: Romance
Ano: 2015
Páginas: 360
Nota: ★★★★★♥
Resenha: O Desafio é continuação de A Aposta, mas com foco em outro casal. Então se você não leu o primeiro é melhor não ler esse, a não ser que queira descobrir com quem Kacey fica (se bem que é tão óbvio que não faz muita diferença, mas ok, tá avisado!).
Jake arrebatou meu coração com seu jeito moleque já no prólogo de A Aposta. Quando cresceu, se revelou um galinha safado, mas mesmo assim torci por ele. Fato é que comecei a leitura sabendo que ele seria preterido pela Kacey (mas formariam um lindo casal) e imaginando quando ia tomar tendência. A resposta está aqui.
Lembram da Vovó Nadine? Ela tá pior do que nunca! A missão cupido agora tem como foco o neto mais novo, e ela decidiu que o par ideal pra ele seria Char, a melhor amiga de Kacey. E é aí que surge o desafio: quem conseguirá arrumar alguém pra Jake? Vovó ou Travis e Kacey? O casal está seguro de que encontrará alguma amiga solteira pra apresentar ao garanhão, mas Vovó veio com artilharia pesada.
Há um "detalhe" no relacionamento Jake/Char que pode fazer toda a diferença. Eles cresceram e estudaram juntos, ela tem uma quedinha por ele desde sempre... e eles já dormiram juntos! Não bastasse ter errado com a melhor amiga na adolescência, repetiu a besteira com Char, se aproveitando de uma bebedeira. No dia seguinte, a tratou como se fosse qualquer outra, e isso refletiu num problemão no trabalho dela, que preza pela imagem já que está em frente às câmeras.
Quase um ano depois, enfrentando uma crise no emprego, Char precisa passar por mais uma prova de fogo: ser madrinha do casamento de Kacey e Travis ao lado de Jake. E ele está vivendo uma situação inusitada, porque foi demitido da empresa da família e agora vai ter que se virar pra convencer Vovó a admiti-lo novamente. Pra piorar, entra em cena Jace, um senador gatíssimo amigo de Travis, que fará de tudo para atrair a atenção de Char. É nesse cenário de preparativos pra uma festa de casamento que tudo acontece. Já viu que a chance de confusão é grande, né?
Me identifiquei muito com Char pelos seus problemas de autoestima. Todo o lance de se achar gorda, ser excessivamente criticada pela família e comparada à irmã perfeita... E fora a pressão de ter que provar que é uma boa profissional, sofrer ameaças do chefe... Fui muito solidária ao sofrimento dela, até por isso entendi seu receio ao dar uma outra chance ao cara por quem sempre foi apaixonada, mas já destruiu seu coração.
Ao mesmo tempo que vivi o drama de Char, acompanhei o processo de transformação emocional e psicológica de Jake. Ele teve que se despir de preconceitos e aceitar que precisaria abrir mão de liberdades para viver um amor. E pra homem isso é mais complicado, ainda mais quando se trata de um com pouca responsabilidade e muito dinheiro.
Curioso foi que, apesar de ser o livro do playboy que pega geral, eu fui conquistada pelo romance, e não pelas cenas hot. Em A Aposta eu fiquei assanhadinha, já O Desafio me deixou romântica. Gostei do foco que a autora deu no conflito interno de ambos os personagens. Ela querendo acreditar que ele mudou, ele fingindo que ela era só mais uma enquanto seu coração estava sendo dominado... Um jogo de gato e rato que envolvia sentimentos e muita tensão sexual.
E a autora não abandonou o Travis e Kacey; o foco era outro, mas vimos o desenrolar da história dos 2 até a festa de casamento. E agora pudemos conhecer melhor o Sr. e Sra. Titus, mas eles nem se comparam à Vovó Nadine, que está mais espevitada do que nunca.
O casal da capa não é o mesmo da original, mas eu preferi mil vezes a nossa. Diagramação e revisão mantêm o padrão apresentado no primeiro livro.
Já quero O Risco, o último livro da trilogia que contará a história de Jace e Beth. Só pelo final de O Desafio, já dá pra ver que será mais uma comédia patrocinada e armada pela Vovó. Ô velhinha danada! Com uma dessas perto, ninguém precisa apelar pra Santo Antônio.
Rachel Van Dyken entrando pra lista de autoras preferidas fácil. Espero que a Suma traga outras séries dela pro Brasil logo. E eu vou querer todas!
Título: O Desafio - Aposta #2
Autor: Rachel Van Dyken
Editora: Suma de Letras
Gênero: Romance
Ano: 2015
Páginas: 360
Nota: ★★★★★♥
Sinopse: Jake Titus é rico demais, bonito demais e arrogante demais: qualidades que, anos antes, fizeram Char Lynn viver com ele a melhor noite de sua vida — e em seguida a pior manhã, quando ele a dispensou. Agora terão que se reencontrar no casamento de Kacey, a melhor amiga dos dois. Seria uma situação estranha, mas suportável... Se vovó Nadine não tivesse sido desafiada a uni-los.
Como padrinho e dama de honra dos noivos, Jake e Char têm que passar cada vez mais tempo juntos. Ele é um galinha mimado, e ela é uma garota maluca. Então por que não conseguem resistir um ao outro?
Quando Jake para de se comportar como um babaca e começa a agir como o homem que Char sempre teve esperança de que ele pudesse ser, fica cada vez mais difícil lembrar que ele já a magoou. E agora Jake vê nela tudo que sempre quis — só precisa fazer Char acreditar nisso.
O desafio é a continuação de A aposta, da autora best-seller do New York Times Rachel Van Dyken.
Resenha: O Desafio é continuação de A Aposta, mas com foco em outro casal. Então se você não leu o primeiro é melhor não ler esse, a não ser que queira descobrir com quem Kacey fica (se bem que é tão óbvio que não faz muita diferença, mas ok, tá avisado!).
Jake arrebatou meu coração com seu jeito moleque já no prólogo de A Aposta. Quando cresceu, se revelou um galinha safado, mas mesmo assim torci por ele. Fato é que comecei a leitura sabendo que ele seria preterido pela Kacey (mas formariam um lindo casal) e imaginando quando ia tomar tendência. A resposta está aqui.
Lembram da Vovó Nadine? Ela tá pior do que nunca! A missão cupido agora tem como foco o neto mais novo, e ela decidiu que o par ideal pra ele seria Char, a melhor amiga de Kacey. E é aí que surge o desafio: quem conseguirá arrumar alguém pra Jake? Vovó ou Travis e Kacey? O casal está seguro de que encontrará alguma amiga solteira pra apresentar ao garanhão, mas Vovó veio com artilharia pesada.
Há um "detalhe" no relacionamento Jake/Char que pode fazer toda a diferença. Eles cresceram e estudaram juntos, ela tem uma quedinha por ele desde sempre... e eles já dormiram juntos! Não bastasse ter errado com a melhor amiga na adolescência, repetiu a besteira com Char, se aproveitando de uma bebedeira. No dia seguinte, a tratou como se fosse qualquer outra, e isso refletiu num problemão no trabalho dela, que preza pela imagem já que está em frente às câmeras.
Quase um ano depois, enfrentando uma crise no emprego, Char precisa passar por mais uma prova de fogo: ser madrinha do casamento de Kacey e Travis ao lado de Jake. E ele está vivendo uma situação inusitada, porque foi demitido da empresa da família e agora vai ter que se virar pra convencer Vovó a admiti-lo novamente. Pra piorar, entra em cena Jace, um senador gatíssimo amigo de Travis, que fará de tudo para atrair a atenção de Char. É nesse cenário de preparativos pra uma festa de casamento que tudo acontece. Já viu que a chance de confusão é grande, né?
Me identifiquei muito com Char pelos seus problemas de autoestima. Todo o lance de se achar gorda, ser excessivamente criticada pela família e comparada à irmã perfeita... E fora a pressão de ter que provar que é uma boa profissional, sofrer ameaças do chefe... Fui muito solidária ao sofrimento dela, até por isso entendi seu receio ao dar uma outra chance ao cara por quem sempre foi apaixonada, mas já destruiu seu coração.
Ao mesmo tempo que vivi o drama de Char, acompanhei o processo de transformação emocional e psicológica de Jake. Ele teve que se despir de preconceitos e aceitar que precisaria abrir mão de liberdades para viver um amor. E pra homem isso é mais complicado, ainda mais quando se trata de um com pouca responsabilidade e muito dinheiro.
Curioso foi que, apesar de ser o livro do playboy que pega geral, eu fui conquistada pelo romance, e não pelas cenas hot. Em A Aposta eu fiquei assanhadinha, já O Desafio me deixou romântica. Gostei do foco que a autora deu no conflito interno de ambos os personagens. Ela querendo acreditar que ele mudou, ele fingindo que ela era só mais uma enquanto seu coração estava sendo dominado... Um jogo de gato e rato que envolvia sentimentos e muita tensão sexual.
E a autora não abandonou o Travis e Kacey; o foco era outro, mas vimos o desenrolar da história dos 2 até a festa de casamento. E agora pudemos conhecer melhor o Sr. e Sra. Titus, mas eles nem se comparam à Vovó Nadine, que está mais espevitada do que nunca.
O casal da capa não é o mesmo da original, mas eu preferi mil vezes a nossa. Diagramação e revisão mantêm o padrão apresentado no primeiro livro.
Já quero O Risco, o último livro da trilogia que contará a história de Jace e Beth. Só pelo final de O Desafio, já dá pra ver que será mais uma comédia patrocinada e armada pela Vovó. Ô velhinha danada! Com uma dessas perto, ninguém precisa apelar pra Santo Antônio.
Rachel Van Dyken entrando pra lista de autoras preferidas fácil. Espero que a Suma traga outras séries dela pro Brasil logo. E eu vou querer todas!
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Aposta,
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Romance,
Suma de Letras
A Aposta - Rachel Van Dyken
20 de junho de 2015
Título: A Aposta - Aposta #1
Autor: Rachel Van Dyken
Editora: Suma de Letras
Gênero: Romance
Ano: 2014
Páginas: 288
Nota: ★★★★★♥
Resenha: Quando li a sinopse, pensei que seria mais um clássico caso de triângulo amoroso de uma mulher tendo que escolher entre 2 homens lindos e ricos. Ok, foi quase isso, mas teve alguma coisa que talvez eu nem consiga explicar direito, mas que me conquistou de jeito.
Kacey cresceu com a família Titus, mas era muito mais próximo do filho mais novo, Jake. O mais velho, Travis, era aquele implicante, que enchia o saco pra perturbar mesmo. Mesmo assim, os irmãos acabaram fazendo uma aposta: um milhão de dólares (coisa de criança mesmo, né? zero noção de dinheiro) praquele que casasse com Kacey.
As famílias se adoravam e conviviam muito bem, até que um acidente interrompeu essa amizade. Jake e Kacey, que já eram melhores amigos, ficaram ainda mais próximos com o passar da idade. Mas sempre tem aquela fase em que álcool e hormônios não combinam muito bem. Numa dessas bebedeiras, a amizade vai além, mas não passa de uma noite; assim que tudo acaba, Jake vai embora, deixando uma Kacey arrasada e traumatizada.
Quatro anos depois, Jake está com a vida bem complicada. Prestes a perder a presidência da empresa da família e vendo a avó doente, resolve fingir que vive muito bem e está prestes a se casar. E a única pessoa a quem pode pedir o favor de ser sua noiva por um fim de semana é sua grande (ex) amiga. Se isso fosse vida real, por mais que o coração de Kacey balançasse, ela iria dizer não, só que é livro, livro precisa de história, e você já sabe o que vai acontecer, né? Lá estão os 2 embarcando no avião rumo ao encontro da família que foi tão importante, mas se transformou apenas em boas lembranças.
Como SEMPRE torço pro cara errado, sabia que meu coração ia bater mais forte por aquele que ela não escolhe, mas logo no comecinho percebi o rumo que a história ia tornar e não levei um baque muito grande. Na verdade, nem chego a considerar como um triângulo, pois já era previsível a escolha de Kacey, mas fiquei curiosa pra saber os caminhos que a autora ia percorrer até chegar lá. E foi isso que fez a diferença.
Não rolou aquele climão de disputa entre irmãos, tudo foi evoluindo de forma natural, colocando o leitor na pele dos três e nos fazendo entender tudo que aconteceu no passado e como estavam seus pensamentos do presente. A narrativa em 3ª pessoal foi mais imparcial, o que dividiu meu coração entre o canalha e o certinho, principalmente porque ambos já tinham traumatizado Kacey - um na infância e outro na adolescência -, mas também mexiam com seus sentimentose com outras partes do corpo também.
O livro até tem cenas picantes, mas não chega a ser considerado hot, digamos que é a cereja do bolo. E é legal porque, como tem sentimento por trás de tudo, não fica aquela coisa vazia, é uma entrega mútua, uma vontade de agradar o outro e aproveitar o momento ao máximo. Ah, sou romântica mesmo e gostei de ler um livro em que a autora se preocupa em mostrar os personagens fazendo amor, e não sexo.
Destaque mais que especial pra vovó Nadine, que foi inspirada na avó da autora. De longe a melhor das personagens, que conferiu humor à narrativa. Uma senhora de 85 anos que tem a vida sexual mais ativa que eu. E o melhor: não tem papas na língua nem pudor algum, fala o que tiver que falar, causando altos constrangimentos que me fizeram gargalhar durante a leitura.
A Suma fez um bom trabalho mantendo a capa, mas fazendo uma edição muito melhor que a originalparece eu mexendo no Paint, tem misericórdia!. Gostei do casal, bem próximo do que eu imaginei. A revisão está bem boa. Só achei a fonte um pouco grande demais, podia ter diminuído um tiquinho e economizado páginas.
No fim, percebi que não sei explicar por que esse livro ganhou um espaço tão grande no meu coração. Não consigo achar um motivo pra falar pra você: leia, é imperdível. Mas, se serve de argumento, eu devorei o livro em um dia e fiquei suspirando durante a leitura e após terminá-la.
Ah! Esse livro faz parte de uma trilogia. Os próximos livros têm outros casais como protagonistas, então cada um tem sua história fechada. Pode ler sem medo de precisar esperar pela continuação, mas mantenha a ordem pra evitar spoilers.
Mesclando romance, conflitos pessoais, bom humor e uma pitada de pimenta, Rachel Van Dyken escreveu um livro despretensioso, que não tem nada demais, mas surpreende pela maneira como cativa o leitor.
Autor: Rachel Van Dyken
Editora: Suma de Letras
Gênero: Romance
Ano: 2014
Páginas: 288
Nota: ★★★★★♥
Sinopse: Kacey deveria ter fugido assim que ouviu essas palavras do milionário Jake Titus. O amigo de infância que Kacey não via há anos é hoje um dos homens mais poderosos e cobiçados de Seattle. E ele precisa de um favor dela: que ela finja ser sua noiva em uma viagem para visitar a avó Nadine, que está muito doente. Kacey aceita sem hesitar, afinal, o que poderia acontecer em apenas quatro dias? Mas o que ela não esperava era reencontrar Travis, o irmão mais velho de Jake, Quando mais novo, ele adorava perturbar Kacey: já incendiou uma boneca, colocou uma cobra em seu saco de dormir. Por isso, recebeu dela o apelido de “Satã”. Mas depois de tantos anos, Kacey se vê diante de um homem lindo, por quem se apaixona no momento em que vê o seu sorriso. O que ela não sabe, no entanto, é que os dois irmãos haviam feito uma aposta quando eram meninos: quem se casasse com Kacey receberia um milhão de dólares. Em “A Aposta”, da autora best-seller do New York Times Rachel Van Dyken, Kacey terá que descobrir qual dos irmãos é o cara certo e fazer sua escolha. Essa é a única certeza que lhe resta.
Resenha: Quando li a sinopse, pensei que seria mais um clássico caso de triângulo amoroso de uma mulher tendo que escolher entre 2 homens lindos e ricos. Ok, foi quase isso, mas teve alguma coisa que talvez eu nem consiga explicar direito, mas que me conquistou de jeito.
Kacey cresceu com a família Titus, mas era muito mais próximo do filho mais novo, Jake. O mais velho, Travis, era aquele implicante, que enchia o saco pra perturbar mesmo. Mesmo assim, os irmãos acabaram fazendo uma aposta: um milhão de dólares (coisa de criança mesmo, né? zero noção de dinheiro) praquele que casasse com Kacey.
As famílias se adoravam e conviviam muito bem, até que um acidente interrompeu essa amizade. Jake e Kacey, que já eram melhores amigos, ficaram ainda mais próximos com o passar da idade. Mas sempre tem aquela fase em que álcool e hormônios não combinam muito bem. Numa dessas bebedeiras, a amizade vai além, mas não passa de uma noite; assim que tudo acaba, Jake vai embora, deixando uma Kacey arrasada e traumatizada.
Quatro anos depois, Jake está com a vida bem complicada. Prestes a perder a presidência da empresa da família e vendo a avó doente, resolve fingir que vive muito bem e está prestes a se casar. E a única pessoa a quem pode pedir o favor de ser sua noiva por um fim de semana é sua grande (ex) amiga. Se isso fosse vida real, por mais que o coração de Kacey balançasse, ela iria dizer não, só que é livro, livro precisa de história, e você já sabe o que vai acontecer, né? Lá estão os 2 embarcando no avião rumo ao encontro da família que foi tão importante, mas se transformou apenas em boas lembranças.
Como SEMPRE torço pro cara errado, sabia que meu coração ia bater mais forte por aquele que ela não escolhe, mas logo no comecinho percebi o rumo que a história ia tornar e não levei um baque muito grande. Na verdade, nem chego a considerar como um triângulo, pois já era previsível a escolha de Kacey, mas fiquei curiosa pra saber os caminhos que a autora ia percorrer até chegar lá. E foi isso que fez a diferença.
Não rolou aquele climão de disputa entre irmãos, tudo foi evoluindo de forma natural, colocando o leitor na pele dos três e nos fazendo entender tudo que aconteceu no passado e como estavam seus pensamentos do presente. A narrativa em 3ª pessoal foi mais imparcial, o que dividiu meu coração entre o canalha e o certinho, principalmente porque ambos já tinham traumatizado Kacey - um na infância e outro na adolescência -, mas também mexiam com seus sentimentos
O livro até tem cenas picantes, mas não chega a ser considerado hot, digamos que é a cereja do bolo. E é legal porque, como tem sentimento por trás de tudo, não fica aquela coisa vazia, é uma entrega mútua, uma vontade de agradar o outro e aproveitar o momento ao máximo. Ah, sou romântica mesmo e gostei de ler um livro em que a autora se preocupa em mostrar os personagens fazendo amor, e não sexo.
Destaque mais que especial pra vovó Nadine, que foi inspirada na avó da autora. De longe a melhor das personagens, que conferiu humor à narrativa. Uma senhora de 85 anos que tem a vida sexual mais ativa que eu. E o melhor: não tem papas na língua nem pudor algum, fala o que tiver que falar, causando altos constrangimentos que me fizeram gargalhar durante a leitura.
A Suma fez um bom trabalho mantendo a capa, mas fazendo uma edição muito melhor que a original
No fim, percebi que não sei explicar por que esse livro ganhou um espaço tão grande no meu coração. Não consigo achar um motivo pra falar pra você: leia, é imperdível. Mas, se serve de argumento, eu devorei o livro em um dia e fiquei suspirando durante a leitura e após terminá-la.
Ah! Esse livro faz parte de uma trilogia. Os próximos livros têm outros casais como protagonistas, então cada um tem sua história fechada. Pode ler sem medo de precisar esperar pela continuação, mas mantenha a ordem pra evitar spoilers.
Mesclando romance, conflitos pessoais, bom humor e uma pitada de pimenta, Rachel Van Dyken escreveu um livro despretensioso, que não tem nada demais, mas surpreende pela maneira como cativa o leitor.
Quantas pessoas poderiam dizer isso de fato? Que, pela vida toda, a única pessoa com quem queriam passar a eternidade nunca havia mudado nem hesitado. Ela. Sempre fora ela. E ele ia lhe mostrar o quanto a amava.
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Aposta,
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A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard
19 de junho de 2015
Título: A Rainha Vermelha - A Rainha Vermelha #1
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Gênero: Distopia/Jovem Adulto/Fantasia
Ano: 2015
Páginas: 422
Nota: ★★★★★♥
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Resenha: A Rainha Vermelha é o primeiro livro de uma trilogia de mesmo nome escrito pela autora Victoria Aveyard e publicado no Brasil pela Editora Seguinte.
O mundo já não é mais o mesmo. O ano é 320 da Nova Era e a sociedade é dividida pelo sangue que corre nas veias dos cidadãos. De um lado estão os vermelhos, que nasceram em condições precárias, miseráveis e vivem para servir. Do outro lado, estão os prateados, que são a elite e se destacam por terem desenvolvido poderes especiais (e algumas vezes terríveis) de manipulação ou controle e, assim, detém o poder sobre os primeiros sendo superiores em todos os sentidos.
Há um sistema político onde a monarquia de Norta dita as leis e o reino vive em uma guerra constante. Por mais que existam soldados prateados ou gladiadores que lutem exibindo seus poderes nas arenas de Efemérides, os vermelhos são os enviados à linha de frente para serem usados como iscas e escudo humano na guerra.
Em meio a este cenário, conhecemos Mare Barrow, uma vermelha que mora no vilarejo de Palafitas e que está prestes a atingir a maioridade e ser enviada ao front. Ela vem de uma família simples e é a quarta de cinco irmãos. Seus três irmãos mais velhos já foram enviados à guerra por não terem conseguido arranjar um emprego fixo antes de completar dezoito anos, e a mais nova, Gisa, tem um emprego como aprendiz de costureira no castelo e é um exemplo do que os pais gostariam que Mare seguisse. Ela odeia os prateados por tudo o que são e por tudo o que fazem contra os vermelhos e não pode fazer nada pra mudar isso. O que Mare faz frequentemente pra ajudar no sustento da família é cometer roubos, e isso é uma vergonha para os seus pais.
Mare cultiva uma amizade fiel com Kilorn desde a infância. Ele também está pra completar dezoito anos e é aprendiz de pescador. A vida dele parece estar garantida longe da guerra, mas as circunstâncias tomam outro rumo quando a situação muda de cenário após uma reviravolta do destino e Mare se encontra com um trabalho no palácio real e descobre ser dona de um poder que jamais imaginou que pudesse ter...
Devido ao grande sucesso da obra seguido pela sua adaptação cinematográfica, as expectativas estavam nas alturas, e tive um pouco de receio ao saber que a história tinha elementos já conhecidos e que, de certa forma, lembravam outras, como X-Men, Jogos Vorazes, As Crônicas de Gelo e Fogo e até A Seleção. Meu medo era me deparar com uma história nada original e que poderia cair em clichês, mas a autora conseguiu construir um enredo super convincente num cenário fantástico e presenteou os leitores com algo incrível e surpreendente, mesmo que já visto. O livro, com certeza, superou as expectativas e se tornou um dos melhores que já li.
Com uma escrita fluída, fácil e completamente viciante, A Rainha Vermelha é uma fantasia épica - e até escura - com um leve toque de distopia contemporânea voltado ao público jovem adulto. Não acredito que possa ser classificado inteiramente como uma distopia pois há uma monarquia e, obviamente, os súditos devem obedecer as leis impostas pelo rei. Inclusive são os prateados que, até então, disputam o poder entre si e buscam por alianças a fim de fortalecer a si próprios através de casamentos arranjados e combinações de poderes.
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista da protagonista, acompanhamos a saga de Mare, que se encontra numa situação difícil envolvendo questões políticas e pessoas poderosas cujas intenções, além de não serem muito claras, nunca são confiáveis. Mare descobre ser mais especial do que pensa quando, na Prova Real, um evento no palácio onde jovens se apresentam para o príncipe herdeiro em busca de se tornarem a futura rainha, ela descobre possuir poderes, e isso a coloca numa posição delicada e muito perigosa pois é algo jamais visto e que poderá por abaixo o sistema de controle do reino. A rainha quer mantê-la sob vigilância constante para descobrir mais sobre o que houve.
Paralelamente a isso, um grupo rebelde intitulado Guarda Escarlate composto por vermelhos luta por liberdade usando de violência contra os prateados. Mas atacar a elite é um ato imperdoável e eles não irão deixar isso barato tornando a ação da trama frenética e um enorme clima de tensão no ar.
Sobre o romance, não vou negar que não exista, mas o foco não é este e fiquei super agradecida em não encontrar nada que pudesse considerar meloso ou que desviasse a atenção dos personagens que estão num conflito de uma complexidade sem tamanho e não poderiam perder tempo com isso. A questão envolve muito mais confiança do que preocupações com quem ficar ou não ficar, principalmente por Mare estar num lugar onde qualquer um pode trair qualquer um.
Mare vive uma mentira num mundo que pra ela era desconhecido, em meio a pessoas que nunca são quem parecem ser, mas ainda assim precisa continuar com isso a fim de proteger sua família além de ajudar os vermelhos a serem tratados como iguais enquanto luta para derrubar a desigualdade.
A autora caracterizou os personagens de forma genial. Os prateados, por possuírem o sangue desta cor, tem a aparência fria, e combinando isso com a posição hierárquica em que eles se encontram além das Casas que ocupam, tudo fez muito mais sentido e se tornou bastante crível. Seus superpoderes tem classificações de acordo com o que podem fazer, então nos deparamos com "Murmuradores" (telepatas que podem controlar e ler mentes alheias), "Ninfoides" (manipulam a água), "Verdes" (controlam a vegetação), "Clonadores" (se multiplicam), "Magnetrons" (controlam e manipulam metais), "Curandeiros" e etc... Podemos perceber uma enorme referência a X-Men e não pude deixar de "identificar" poderes de alguns personagens já conhecidos e bem famosos nesta história mas que, considerando personalidade e objetivos, seguem por um caminho totalmente diferente usando seus poderes para outros propósitos.
Já os vermelhos são a escória, são escravizados, desumanizados, e representam o povo oprimido e sofredor que está em busca da liberdade que parece impossível ter.
A capa dá ideia do que a história nos reserva e, mesmo que seja aparentemente simples, é cheia de significado e nos permite supor onde a protagonista poderá chegar em sua trajetória...
A Rainha Vermelha é uma história recheada de violência e conspirações, que faz o leitor refletir sobre a inversão de valores, o preconceito e a opressão que alguns enfrentam, mas retrata uma verdadeira luta pelo autoconhecimento e pela superação a fim de atingir objetivos importantes e realmente dignos de se alcançar.
Já entrou para os favoritos e resta aguardar os próximos livros ansiosa...
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Gênero: Distopia/Jovem Adulto/Fantasia
Ano: 2015
Páginas: 422
Nota: ★★★★★♥
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.
Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?
Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe — e Mare contra seu próprio coração.
Resenha: A Rainha Vermelha é o primeiro livro de uma trilogia de mesmo nome escrito pela autora Victoria Aveyard e publicado no Brasil pela Editora Seguinte.
O mundo já não é mais o mesmo. O ano é 320 da Nova Era e a sociedade é dividida pelo sangue que corre nas veias dos cidadãos. De um lado estão os vermelhos, que nasceram em condições precárias, miseráveis e vivem para servir. Do outro lado, estão os prateados, que são a elite e se destacam por terem desenvolvido poderes especiais (e algumas vezes terríveis) de manipulação ou controle e, assim, detém o poder sobre os primeiros sendo superiores em todos os sentidos.
Há um sistema político onde a monarquia de Norta dita as leis e o reino vive em uma guerra constante. Por mais que existam soldados prateados ou gladiadores que lutem exibindo seus poderes nas arenas de Efemérides, os vermelhos são os enviados à linha de frente para serem usados como iscas e escudo humano na guerra.
Em meio a este cenário, conhecemos Mare Barrow, uma vermelha que mora no vilarejo de Palafitas e que está prestes a atingir a maioridade e ser enviada ao front. Ela vem de uma família simples e é a quarta de cinco irmãos. Seus três irmãos mais velhos já foram enviados à guerra por não terem conseguido arranjar um emprego fixo antes de completar dezoito anos, e a mais nova, Gisa, tem um emprego como aprendiz de costureira no castelo e é um exemplo do que os pais gostariam que Mare seguisse. Ela odeia os prateados por tudo o que são e por tudo o que fazem contra os vermelhos e não pode fazer nada pra mudar isso. O que Mare faz frequentemente pra ajudar no sustento da família é cometer roubos, e isso é uma vergonha para os seus pais.
Mare cultiva uma amizade fiel com Kilorn desde a infância. Ele também está pra completar dezoito anos e é aprendiz de pescador. A vida dele parece estar garantida longe da guerra, mas as circunstâncias tomam outro rumo quando a situação muda de cenário após uma reviravolta do destino e Mare se encontra com um trabalho no palácio real e descobre ser dona de um poder que jamais imaginou que pudesse ter...
Devido ao grande sucesso da obra seguido pela sua adaptação cinematográfica, as expectativas estavam nas alturas, e tive um pouco de receio ao saber que a história tinha elementos já conhecidos e que, de certa forma, lembravam outras, como X-Men, Jogos Vorazes, As Crônicas de Gelo e Fogo e até A Seleção. Meu medo era me deparar com uma história nada original e que poderia cair em clichês, mas a autora conseguiu construir um enredo super convincente num cenário fantástico e presenteou os leitores com algo incrível e surpreendente, mesmo que já visto. O livro, com certeza, superou as expectativas e se tornou um dos melhores que já li.
Com uma escrita fluída, fácil e completamente viciante, A Rainha Vermelha é uma fantasia épica - e até escura - com um leve toque de distopia contemporânea voltado ao público jovem adulto. Não acredito que possa ser classificado inteiramente como uma distopia pois há uma monarquia e, obviamente, os súditos devem obedecer as leis impostas pelo rei. Inclusive são os prateados que, até então, disputam o poder entre si e buscam por alianças a fim de fortalecer a si próprios através de casamentos arranjados e combinações de poderes.
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista da protagonista, acompanhamos a saga de Mare, que se encontra numa situação difícil envolvendo questões políticas e pessoas poderosas cujas intenções, além de não serem muito claras, nunca são confiáveis. Mare descobre ser mais especial do que pensa quando, na Prova Real, um evento no palácio onde jovens se apresentam para o príncipe herdeiro em busca de se tornarem a futura rainha, ela descobre possuir poderes, e isso a coloca numa posição delicada e muito perigosa pois é algo jamais visto e que poderá por abaixo o sistema de controle do reino. A rainha quer mantê-la sob vigilância constante para descobrir mais sobre o que houve.
Paralelamente a isso, um grupo rebelde intitulado Guarda Escarlate composto por vermelhos luta por liberdade usando de violência contra os prateados. Mas atacar a elite é um ato imperdoável e eles não irão deixar isso barato tornando a ação da trama frenética e um enorme clima de tensão no ar.
Sobre o romance, não vou negar que não exista, mas o foco não é este e fiquei super agradecida em não encontrar nada que pudesse considerar meloso ou que desviasse a atenção dos personagens que estão num conflito de uma complexidade sem tamanho e não poderiam perder tempo com isso. A questão envolve muito mais confiança do que preocupações com quem ficar ou não ficar, principalmente por Mare estar num lugar onde qualquer um pode trair qualquer um.
Mare vive uma mentira num mundo que pra ela era desconhecido, em meio a pessoas que nunca são quem parecem ser, mas ainda assim precisa continuar com isso a fim de proteger sua família além de ajudar os vermelhos a serem tratados como iguais enquanto luta para derrubar a desigualdade.
A autora caracterizou os personagens de forma genial. Os prateados, por possuírem o sangue desta cor, tem a aparência fria, e combinando isso com a posição hierárquica em que eles se encontram além das Casas que ocupam, tudo fez muito mais sentido e se tornou bastante crível. Seus superpoderes tem classificações de acordo com o que podem fazer, então nos deparamos com "Murmuradores" (telepatas que podem controlar e ler mentes alheias), "Ninfoides" (manipulam a água), "Verdes" (controlam a vegetação), "Clonadores" (se multiplicam), "Magnetrons" (controlam e manipulam metais), "Curandeiros" e etc... Podemos perceber uma enorme referência a X-Men e não pude deixar de "identificar" poderes de alguns personagens já conhecidos e bem famosos nesta história mas que, considerando personalidade e objetivos, seguem por um caminho totalmente diferente usando seus poderes para outros propósitos.
Já os vermelhos são a escória, são escravizados, desumanizados, e representam o povo oprimido e sofredor que está em busca da liberdade que parece impossível ter.
A capa dá ideia do que a história nos reserva e, mesmo que seja aparentemente simples, é cheia de significado e nos permite supor onde a protagonista poderá chegar em sua trajetória...
A Rainha Vermelha é uma história recheada de violência e conspirações, que faz o leitor refletir sobre a inversão de valores, o preconceito e a opressão que alguns enfrentam, mas retrata uma verdadeira luta pelo autoconhecimento e pela superação a fim de atingir objetivos importantes e realmente dignos de se alcançar.
Já entrou para os favoritos e resta aguardar os próximos livros ansiosa...
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A Menina Que Brincava Com Fogo - Stieg Larsson
18 de junho de 2015
Lido em: Junho de 2015
Título: A Menina Que Brincava Com Fogo - Millennium #2
Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Ficção Policial
Ano: 2009
Páginas: 611
Nota: ★★★★★♥
Resenha: A Menina que Brincava com Fogo, é o segundo livro da série Millennium. Stieg Larsson, falecido logo após entregar o manuscrito da saga de Lisbeth Salander, criouuma incrível aventura sobre um jornalista metido a detetive, Mikael Blomkvist, e uma garota excepcional.
A continuação de Os Homens que Não Amavam as Mulheres traz Lisbeth com um papel maior de protagonista, junto com Mikael. O caso dos Vanger se encerrou dando lugar a um dilema da própria Salander: ela agora é acusada de um triplo assassinato. É com esse pano de fundo que a trama começou a se desenrolar (ou seria enrolar?) e prender a atenção de quem lê.
O livro pode ser separados em duas partes: no começo o ritmo é lento, bem introdutório, conduzindo o leitor a relembrar alguns fatos do volume anterior e as férias de Lisbeth por alguns lugares do mundo. Logo após, a bomba dos assassinatos cai diretamente sobre Salander e a partir disso a trama ganha um ritmo semelhante ao que o volume antecessor teve no final.
O tema central gira em torno do abuso sexual contra a mulher. Tanto no primeiro quanto no segundo temos, em diferentes situações, retratos do sofrimento das figuras femininas e a busca por justiça. Stieg criou nos protagonistas figuras de heroísmo e perspicácia. Não só em Mikael ou Lisbeth; mas também em Erika, Bublanski, Sonja, Malu, Mimmi Wu e outros. Dessa mesma forma ele teve a habilidade para criar vilões bem convincentes. A Menina que Brincava com Fogo tem um abismo que separa seus protagonistas: aqueles nos quais devemos nos espelhar e uns que detém um caráter duvidoso e atitudes tampouco humanas.
A prosa de Larsson é fabulosa. A narrativa é sempre crucial para tornar um livro atrativo, até porque mais de seiscentas páginas não são lidas de uma vez só. Mas Stieg, na construção do texto, criou um dinamismo que torna a leitura agradável e cheia de mistérios que motivam a ir a diante para descobrir o que acontecerá com Lisbeth. Perto do final, principalmente, os capítulos começam a ficar mais curtos e mostram situações diferentes de maneira rápida e eficaz. É bem clichê dizer isso, mas chega a um momento que se tornou impossível largar a leitura.
A protagonista é uma "diva", a seu próprio modo. Lisbeth tem um quê de malícia, é inteligente ao extremo e deixa clara suas intenções: quem com o ferro fere, com fogo será queimado. Estamos tão acostumado com mais fragilidade partindo de personagens femininas que é surpreendente como Stieg personificou tanta força nessa moça. Salander tem fibra e coragem de sobra. É pouco óbvio que ela fosse mostrar algum tipo de vulnerabilidade ao logo da série, mas ela o faz. Assim, o sentimento de torcida pela garota só aumenta.
Toda livraria deveria vir com um cartaz em algum lugar advertindo o visitante a comprar a trilogia Millenium. A Menina que Brincava com Fogo é incrível, sendo ainda melhor que o primeiro. O sucesso de vendas é merecido e ler uma obra como esta é gratificante a qualquer leitor. As últimas páginas trazem a certeza que esta é uma das histórias mais inesquecíveis e bem escritas da literatura contemporânea.
Título: A Menina Que Brincava Com Fogo - Millennium #2
Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Ficção Policial
Ano: 2009
Páginas: 611
Nota: ★★★★★♥
Sinopse: Nada é o que parece ser nas histórias de Larsson. A própria Lisbeth parece uma garota frágil, mas é uma mulher determinada, ardilosa, perita tanto nas artimanhas da ciberpirataria quanto nas táticas do pugilismo, que sabe atacar com precisão quando se vê acuada. Mikael Blomkvist pode parecer apenas um jornalista em busca de um furo, mas no fundo é um investigador obstinado em desenterrar os crimes obscuros da sociedade sueca, sejam os cometidos por repórteres sensacionalistas, sejam os praticados por magistrados corruptos ou ainda aqueles perpetrados por lobos em pele de cordeiro. Um destes, o tutor de Lisbeth, foi mor-to a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados: um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres. A arma usada nos crimes - um Colt 45 Magnum - não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela apenas está esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça a seu modo. Mas ele também sabe que precisa encontrá-la o mais rapidamente possível, pois mesmo uma jovem tão talentosa pode deparar-se com inimigos muito mais formidáveis - e que, se a polícia ou os bandidos a acharem primeiro, o resultado pode ser funesto, para ambos os lados.
Resenha: A Menina que Brincava com Fogo, é o segundo livro da série Millennium. Stieg Larsson, falecido logo após entregar o manuscrito da saga de Lisbeth Salander, criouuma incrível aventura sobre um jornalista metido a detetive, Mikael Blomkvist, e uma garota excepcional.
A continuação de Os Homens que Não Amavam as Mulheres traz Lisbeth com um papel maior de protagonista, junto com Mikael. O caso dos Vanger se encerrou dando lugar a um dilema da própria Salander: ela agora é acusada de um triplo assassinato. É com esse pano de fundo que a trama começou a se desenrolar (ou seria enrolar?) e prender a atenção de quem lê.
O livro pode ser separados em duas partes: no começo o ritmo é lento, bem introdutório, conduzindo o leitor a relembrar alguns fatos do volume anterior e as férias de Lisbeth por alguns lugares do mundo. Logo após, a bomba dos assassinatos cai diretamente sobre Salander e a partir disso a trama ganha um ritmo semelhante ao que o volume antecessor teve no final.
O tema central gira em torno do abuso sexual contra a mulher. Tanto no primeiro quanto no segundo temos, em diferentes situações, retratos do sofrimento das figuras femininas e a busca por justiça. Stieg criou nos protagonistas figuras de heroísmo e perspicácia. Não só em Mikael ou Lisbeth; mas também em Erika, Bublanski, Sonja, Malu, Mimmi Wu e outros. Dessa mesma forma ele teve a habilidade para criar vilões bem convincentes. A Menina que Brincava com Fogo tem um abismo que separa seus protagonistas: aqueles nos quais devemos nos espelhar e uns que detém um caráter duvidoso e atitudes tampouco humanas.
A prosa de Larsson é fabulosa. A narrativa é sempre crucial para tornar um livro atrativo, até porque mais de seiscentas páginas não são lidas de uma vez só. Mas Stieg, na construção do texto, criou um dinamismo que torna a leitura agradável e cheia de mistérios que motivam a ir a diante para descobrir o que acontecerá com Lisbeth. Perto do final, principalmente, os capítulos começam a ficar mais curtos e mostram situações diferentes de maneira rápida e eficaz. É bem clichê dizer isso, mas chega a um momento que se tornou impossível largar a leitura.
A protagonista é uma "diva", a seu próprio modo. Lisbeth tem um quê de malícia, é inteligente ao extremo e deixa clara suas intenções: quem com o ferro fere, com fogo será queimado. Estamos tão acostumado com mais fragilidade partindo de personagens femininas que é surpreendente como Stieg personificou tanta força nessa moça. Salander tem fibra e coragem de sobra. É pouco óbvio que ela fosse mostrar algum tipo de vulnerabilidade ao logo da série, mas ela o faz. Assim, o sentimento de torcida pela garota só aumenta.
Toda livraria deveria vir com um cartaz em algum lugar advertindo o visitante a comprar a trilogia Millenium. A Menina que Brincava com Fogo é incrível, sendo ainda melhor que o primeiro. O sucesso de vendas é merecido e ler uma obra como esta é gratificante a qualquer leitor. As últimas páginas trazem a certeza que esta é uma das histórias mais inesquecíveis e bem escritas da literatura contemporânea.
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