Maio foi um mês bem bom, chegou muita coisa boa pra aproveitar e quase todas as minhas leituras estão em dia. Com os popinhos desse mês fechei o set de Friends, e essa é uma coleção que dá aquela sensação de zerar a vida. Dos pops de Harry Potter, ainda estou sonhando com o pop da Molly com A Toca, mas o preço está tão estratosférico e fora da minha realidade que talvez vai ser um pop que vai ficar de fora da coleção, pra minha tristeza. Sem condições de pagar quase 2 mil num único pop quando as coisas estão tão difíceis, principalmente porque preciso comprar algumas coisas aqui pra casa e esse dinheiro já compraria boa parte do que falta, a menos que eu parcele de mil vezes e fique um ano sem comprar mais nada, coisa que me deixaria arrasada, cá entre nós. Então, dos mais acessíveis, estou esperando o correio trazer o Patrono do Professor Lupin (junto com algumas princesas Disney), que é uma gracinha. E logo logo deve chegar o Patrono da Professora Minerva aqui no Brasil pra me fazer gastar mais um pouco, fora os outros lançamentos que estão por vir. Colecionador de Funko Pop de Harry Potter não tem um minuto de paz nesse car*lho.
Fechando a Saga dos Corvos, consegui o último volume dessa série e fiquei super feliz quando descobri que existe um deck de tarô inspirado nela, o The Raven's Prophecy Tarot. Mesmo que não seja um deck pra iniciantes como eu, é muito bonito, então tive que comprar pra coleção porque sim, e como pretendo ler ao longo do ano, vou trazendo as resenhas assim que possível e quem sabe algumas fotos das cartas junto.
Destruidor de Mundos - Destruidor de Mundos #1 - Victoria Aveyard
Ano após ano, Corayne assiste sua mãe, uma célebre pirata, partir para o alto-mar e desbravar todos os reinos de Todala, sem jamais poder acompanhá-la. Quando um misterioso imortal e uma assassina de aluguel aparecem dizendo que ela é a última descendente viva de uma poderosa linhagem – e a única pessoa capaz de salvar o mundo de um perigo iminente –, ela aproveita a chance para ir em busca de sua própria aventura. O problema é que o perigo é muito maior do que ela imaginava: um homem sedento por poder, determinado a reabrir os portais que, no passado, levavam para outros mundos, povoados por criaturas sinistras. Com a ajuda de um grupo de bandidos e maltrapilhos, Corayne terá de provar que o heroísmo pode surgir até nos lugares mais inesperados.
Não Existe Amanhã - Killing Eve #2 - Luke Jennings
Em um quarto de hotel em Veneza, onde acabou de concluir um assassinato de rotina, Villanelle recebe um telefonema tarde da noite.
Eve Polastri, a funcionária do governo inglês que está em seu encalço há meses, conseguiu rastrear um oficial do MI5 a serviço dos Doze e está prestes a levá-lo a interrogatório. Enquanto Eve se prepara para procurar respostas, tentando desesperadamente encaixar as peças de um terrível quebra-cabeça, Villanelle avança para o abate.
O duelo entre as duas mulheres se intensifica, assim como sua obsessão mútua, com a ação passando dos altos picos do Tirol até o coração da Rússia. Eve enfim começa a desvendar o enigma da identidade de sua adversária, e Villanelle se pega correndo riscos cada vez maiores para se aproximar da mulher que pode ser sua ruína.
Um thriller cheio de descrições chocantes e também sensuais, Não existe amanhã é brilhante ao narrar a mente psicótica de uma assassina e a caçada apaixonada de sua nêmesis, aproximando duas rivais a ponto de não saberem mais se estão uma contra a outra... ou mais unidas do que nunca.
Sinopse: Desi Lee acredita que tudo é possível, basta ter um plano. Foi assim, com método e disciplina, que se tornou a aluna mais brilhante do colégio e uma atleta talentosa. É apenas no amor que Desi nunca se dá bem, colecionando uma sucessão de desastres quando se trata de garotos. Depois de protagonizar mais um desastre na frente de Luca, um jovem recém-chegado à cidade que logo atrai seu interesse, a garota passa um fim de semana assistindo a k-dramas, certa de que os finais felizes só existem nas novelas coreanas que seu pai tanto ama. É aí que ela se dá conta de que naquelas histórias também existe uma fórmula, um passo a passo que ela poderia seguir – e conquistar Luca. Em pouco tempo, sua vida se transforma em um enredo digno de um dorama. Mas ao contrário do que acontece na TV, isso pode não ser o suficiente para ela alcançar seu final feliz...
Resenha: Desi Lee está no ensino médio e é a aluna exemplar. Desde que perdeu a mãe na infância, todos os passos da sua vida passaram a ser calculados pra nada sair errado, então Desi sempre tem um plano. E como resultado disso, além do sucesso nos estudos, ela é uma atleta excelente e falta pouco pra alcançar seu objetivo de entrar na faculdade de medicina. Mas, mesmo que o pai de Desi seja admirável, afinal, foram só os dois cuidando um do outro desde a morte da mãe, e suas amizades sejam ótimas, não se pode dizer o mesmo quando o assunto é amor... Nessa área Desi é um desastre completo.
Então, depois de mais um desastre, dessa vez na frente de Luca Drakos, um jovem artista recém chegado a escola que logo lhe chamou a atenção, ela decide maratonar K-dramas num final de semana, afinal, somente num seriado dramático coreano parece ser possível se ter um final feliz nessa vida. Mas, ao identificar um padrão nos K-dramas, onde parece existir uma "fórmula" seguida pela mocinha até que ela caia nos braços do seu amado, Desi, enfim, encontra a solução pro seu problema: Basta seguir uma lista de coisas a se fazer, que conquistar o crush vai ser batata. Mas, quando esse passo-a-passo realmente deixa de ser um joguinho a se transforma em sentimentos, ela percebe que o amor vai muito além do que ela assistiu nas séries de TV.
A escrita da autora é leve, fluída e descontraída, e a ideia de acompanharmos a protagonista em capítulos curtos numa tentativa desastrada de conquistar o garoto dos seus sonhos seguindo técnicas de K-drama é muito engraçada, mas, seguiu por um caminho diferente do que eu esperava e eu fiquei só o meme da Nazaré Tedesco.
Durante boa parte da trama acompanhamos Desi tentando colocar em prática um plano que a gente sabe que nunca ia dar certo, e sua obsessão em conquistar Luca, mesmo que sua intenção seja "nobre", chega a ser preocupante e assustadora. Ela exagera em alguns momentos se colocando em risco, passa cada vergonha que só Deus pra ter misericórdia, age de forma infantil (mesmo que lá no começo tenha passado a impressão de ser super madura e inteligente), e ainda abre mão de coisas super importantes pra vida dela, incluindo o próprio bom senso, em nome de um namoro com um menino que apareceu há poucos dias e ela nem conhece direito. E vamos de terapia, porque Desi fica completamente maluca e até o próprio Luca conseguiu chegar facilmente nessa conclusão. Coitado do menino. Se eu pudesse dar um único conselho pra ele seria FUJA!
Luca é um fofo em todos os sentidos, bonito, educado, realista, desenha muito bem, mas é um pouco traumatizado com esse lances sentimentais (e com razão), o que acaba dificultando o plano mirabolante de Desi de conquistá-lo. Não vou negar que a conexão que eles desenvolvem com o tempo vai ganhando mais consistência, mas é aquela história né? Adolescentes, trama clichê baseada nos k-dramas exagerados e surreais, situações inacreditáveis, o ditado sobre a mentira ter pernas curtas... É aquele tipo de livro que deve ser lido fantasiando os fatos, sem levar realmente a sério, senão a experiência só faz a gente passar ódio com tantos absurdos, porque a vontade é de pegar a Desi pelo braço e sair arrastando ela direto pro hospício. E ao final, eu fiquei esperando que houvesse algum tipo de lição onde os personagens realmente aprendessem com seus erros depois de se meter em tantas situações malucas e até perigosas, mas não rolou e fiquei com cara de tacho.
Posso dizer que adorei o pai de Desi e o relacionamento super bacana que ela tem com ele, assim como seus amigos, Wes e Fiona, que estão junto com ela pro que der e vier. A construção e a diversidade que a autora deu pra esses personagens e seus relacionamentos (com exceção da loucura com Luca) é super legal. Apesar de não ser fã de k-dramas e cultura coreana em geral, eu achei muito legal a forma como a autora inseriu esses elementos na história, desde os próprios k-dramas até a culinária oriental (o que dá fome só de pensar), então pra quem não conhece muito desse universo, a história já desperta essa curiosidade, e a lista de k-dramas ao final já é um primeiro passo.
Apesar de não ser exatamente o que eu esperava, o livro me rendeu alguns momentos de diversão e descontração (assim como de raiva e desespero), então, caso você aí tenha ficado curioso, leia sem criar muitas expectativas e ciente de que Isso que a Gente Chama de Amor é a "ficção da ficção", e que tudo aqui é de mentirinha.
Sinopse: Marco do feminismo libertário americano, Loira suicida é uma espécie de diário no qual a jovem Jesse registra sua incursão pelos domínios mais baixos da San Francisco dos anos 1990. Filha de um ministro da igreja luterana, a protagonista do romance abre mão dos valores de classe média para seguir, ao lado do namorado gay, uma peregrinação por um submundo feito de drogas, bebida e sexo. Influenciada por todo um cânone de escritores marginais (Georges Bataille, Jean Genet, Alexander Trocchi, William S. Burroughs etc.) e dialogando com a literatura queer e noir dos anos 1980 e 1990 ― e com autores como Virginie Despentes, Eileen Myles, Jean Rhys, Marguerite Duras, entre outros ―, Darcey Steinke arma uma história a um só tempo melodramática e mordaz, honesta e intensa, em que os labirintos do desejo se chocam à euforia de uma época que parecia começar a girar irremediavelmente em falso. Um romance vigoroso sobre uma mulher e os descaminhos de uma furiosa busca por encontrar o seu lugar no mundo.
Resenha:Loira Suicida, escrito pela autora americana Darcey Stenke, é considerado um clássico por ter se tornado um marco do feminismo. O livro foi publicado pela primeira vez em 1992, e agora, em 2021, foi publicado no Brasil pela Companhia das Letras.
A história se passa na San Francisco dos anos 90 e retrata Jesse, uma mulher de 29 anos, filha de um ministro da igreja luterana e da mulher submissa a ele, que larga a vida tradicional pra adentrar o submundo das drogas, das bebidas e do sexo depois de perceber que Bell, com quem ela divide o apartamento, está totalmente apático e alheio ao "relacionamento". E a partir daí começa a sua "peregrinação" pelo submundo da cultura queer em meio aos seus próprios conflitos internos.
A história é narrada em primeira pessoa, a escrita é poética e possui descrições um tanto reveladoras - e até perturbadoras - sobre a natureza humana, na maioria das vezes em meio a cenas deprimentes.
Jesse está claramente deslocada nesse universo de ruas desertas e pessoas arruinadas que estão "longe da salvação". Os personagens que estão ao redor de Jesse (e a própria) são quebrados, com questões mal resolvidas, alguns tentando se encontrar, outros fingindo terem se encontrado, e outros tentando se autodestruir. Não nego que esses personagens são bem estereotipados, mas ao mesmo tempo que eles causam fascínio, também causam uma certa repulsa por serem tão bizarros, detestáveis e hedonistas, e achoa que todo mundo conhece alguém do tipo. A história traz a ideia de que esses personagens jamais irão encontrar a redenção que, porventura, estejam buscando em suas jornadas.
Jesse é obcecada por Bell e acredita que ele é o amor de sua vida. O problema é que Bell, sendo bissexual, está arrasado por Kevin, seu primeiro amor, estar prestes a se casar com a noiva, e Jesse no momento é a última preocupação que ele tem interesse em lidar.
Logo surge Pig, uma mulher reclusa, excêntrica, obesa e milionária que pede ajuda de Jesse para encontrar a jovem Madison. Madison, cujo passado está entrelaçado com o de Pig, é uma stripper que convida Jesse para um cenário sádico, violento e de autodestruição. E tentando lidar com sua frustração de perder o namorado (?), ela resolve que deve "punir" Bell, adentrando esse mundo e se tornando uma "garota má" pra mostrar o que ele está perdendo. E talvez a ideia da autora seja fazer com que o leitor sinta pena de Jesse por se rebaixar dessa forma, mas só senti o contrário e não me comovi, e nem todos os pensamentos super atuais sobre amor, vida e morte que foram inseridos dentro desse contexto me fizeram ter empatia por ela. Jesse foi a única responsável pelos seus problemas, afinal, foi ela que escolheu seguir esse caminho. Ela tenta ser aquela mulher feminista forte e moderna, mas se perde em sua apatia e nos próprios fracassos. É triste se prender a alguém que não tem nada a oferecer.
Como a história é narrada pelo ponto de vista de Jesse, acabamos limitados à sua percepção das coisas, mas Madison acabou sendo uma personagem muito mais interessante do que a própria protagonista e foi impossível não querer saber mais sobre ela.
A capa do livro traz a foto de Candy Darling (Candy Darling on her deathbed), a musa de Lou Reed e atriz trans que trabalhou ao lado de Andy Wahrol, em Hollywood, e viveu numa época marcada por preconceitos da sociedade. Darling morreu de câncer aos 29 anos, e a foto tirada por Peter Hujar, nos anos 70, foi tirada poucos dias antes de sua morte.
O livro não tem nem 200 páginas, mas demorei por volta de um mês pra terminar de ler. Talvez não seja o tipo de leitura que vá agradar a todos devido a escrita mais rebuscada, e por mais suave e interessante que seja a ideia da autora em levar o leitor a uma Califórnia tão moderna quanto decadente para acompanhar as perturbações de Jesse, não é uma leitura que flui muito facilmente, mas ainda sim é válida pelas mensagens que passa. O problema é que, pra mim, a história fica tentando chegar num lugar e nunca chega, e quando termina, parece que ainda falta algo mais.
Em suma, Loira Suicida traz uma história melancólica sobre a tentativa de se manter o coração puro quando o amor e todo o resto são contaminados por perdas e sonhos destruídos. É praticamente um hino à solidão.
Sinopse: We Become What We Behold (Nós nos Tornamos o que Vemos) é um jogo de 5 minutos que analisa como a mídia social amplia pequenas diferenças em monstruosidades grosseiras. É um jogo apartidário sobre política, examinando o horror da natureza viral da divisão e do tribalismo. Um jogo sobre ciclos novos, ciclos viciosos e ciclos infinitos...
"Nós nos Tornamos o que Vemos."
Nós moldamos nossas ferramentas e então nossas ferramentas nos moldam.
Marshall McLuhan
(erroneamente atribuído)
Aviso: o jogo contém cenas de esnobismo, grosseria e assassinato em massa.
Recentemente descobri a existência desse mini game enquanto procurava um joguinho novo na Steam, e logo já chamou minha atenção. O título é curioso, a arte e a animação são bem simples mas super bonitinhas, ele só dura 5 minutos pra ser finalizado, e ainda é de graça. E como se isso já não fosse bom demais, ainda deixa uma reflexão importantíssima e super necessária sobre a loucura da sociedade.
Basicamente, o jogo é um tipo de experimento social onde existe uma TV no meio de um determinado espaço, e sempre que vemos alguém com um comportamento diferente, tiramos uma foto. Essa captura aparece nessa TV como forma de "notícia", as pessoas que estão passando por ali observam, e acabam sendo influenciadas pelo que estão vendo.
Pelo formato da cabeça, esses bonequinhos são divididos entre os redondos e os quadrados, demonstrando, talvez, a diferença de raça, gênero, ideologia, ou qualquer outra coisa do tipo que torna as pessoas diferentes umas das outras.
Sendo assim, quando um carinha aparece usando um chapéu, algumas pessoas são influenciadas a entrar nessa "moda", e logo começam a usar o tal chapéu. Em seguida, aparece um casal apaixonado, mas a demonstração de afeto em público causa repulsa, e logo eles são escorraçados dali.
É onde começa a intolerância...
Não demora a aparecer um maluco surtado no meio do povo, brigando e gritando com todo mundo, e ele é um quadrado. O redondo, muito assustado, começa a ficar com medo de qualquer quadrado que apareça, o que faz com que os quadrados fiquem desconfiados e insatisfeitos com essa "generalização", afinal, foi um caso isolado de surto, os outros quadrados não tem nada a ver com isso... Mas a sementinha da discórdia foi plantada, e a cada novo clique que vai pra bendita TV, a situação piora e ninguém mais quer saber de nada a não ser briga, nem quando há uma tentativa de se fazer paz, afinal, a violência é muito mais "interessante".
Mesmo que tenha sido criado há 5 anos atrás, eu fiquei abismada em como um joguinho tão curto e simples consegue demonstrar a realidade da sociedade atual de uma forma tão verdadeira e inteligente.
Não vou me estender ou dar mais detalhes sobre cada "notícia" que aparece pra não dar spoilers e nem estragar a experiência de ninguém, mas We Become What We Behold é um joguinho extremamente realista, que traz uma crítica e uma representação cirúrgica acerca da influência da mídia, que faz com que pequenas diferenças sociais se tornem bizarrices, e de como a sociedade se comporta a partir daí. O final é chocante e, ao que tudo indica, é pra onde a humanidade está caminhando...
Sério, tirem 5 minutinhos do seu tempo e experimentem um pouquinho desse choque de realidade clicando aqui.
Lá vem eu com mais pops pra essa wishlist que não tem fim, né? Nem a crise segura a Funko e tá difícil de acompanhar um lançamento a cada 5 minutos. Maaaaasss, falou em princesas da Disney, já fico de olho, já coloco na lista, e depois eu que lute com o cartão de crédito. Ee cá entre nós, essa coleção Ultimate tá a coisa marlinda que há (apesar do material delas ser bem inferior ao de costume). E em minha defesa, como não morrer de amores por essas lindineas?
Sinopse: Bruxas Literárias: Alquimia das Palavras é uma homenagem às mulheres que transformaram a história da literatura com talento e coragem. Ao recriar escritoras imortais como feiticeiras das palavras, este livro permeado de magia celebra o poder das mulheres através dos tempos. A obra reúne trinta autoras de todos os cantos do mundo e nos convida a conhecer mulheres ousadas e autênticas. Cada perfil é apresentado com um texto lírico sobre as escritoras e suas obras, uma breve biografia e sugestões de leitura, para que possamos seguir a trilha encantada de seus passos literários. Para a edição brasileira, conjuramos três bruxas literárias nacionais: Carolina Maria de Jesus, Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles.
Resenha:Bruxas Literárias: Alquimia das Palavras é um dos livros que faz parte da coleção Magicae, da Darkside Books. Nessa coleção há livros dedicados aos mistérios mágicos dos poderes ancestrais, assim como aqueles que cultuam as leis e os poderes da natureza. Tudo a ver com minha pessoa. O livro foi escrito pela autora Taisia Kitaiskaia e ricamente ilustrado por Katy Horan.
Bruxas Literárias tem uma proposta muito bacana, pois faz um apanhado e apresenta os nomes de trinta escritoras estrangeiras que fizeram história com suas histórias, desde Emily Brontë, Sylvia Plath, Mary Shelley até Agatha Christie. Ao final, a editora ainda incluiu um material extra e exclusivo, ilustrado por Gabee Brandão e escrito por Marcia Heloisa e Nilsen Silva, sobre três grandes escritoras brasileiras: Carolina Maria de Jesus, Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles.
Todas essas escritoras foram recriadas em três pequenos textos de uma forma mágica e criativa, cuja intenção é criar um retrato dramático com poder de resgatá-las e mantê-las vivas, sendo descritas de maneira poética e mostrando o quanto elas foram habilidosas com o dom que tinham. Em seguida, há uma pequena biografia, assim como sugestões de obras escritas por elas que, sem dúvidas, transformam e inspiram.
O livro já me ganhou pelas ilustrações, pelo acabamento, e pelo capricho da edição que, além da capa dura, é todo colorido. A diagramação permite que o livro possa ser aberto e lido numa página aleatória, não é necessário ler em sequência, assim, em cada página, vamos nos deparar com uma escritora diferente, que traz uma mensagem diferente através das instâncias imaginativas e inspiradoras que foram escritas para cada uma delas, e o resultado sempre será uma grata surpresa.
Mesmo que o livro não seja exatamente uma biografia, indico pra quem aprecia, resgata e celebra as mulheres em suas verdadeiras essências, ou quem tem interesse em saber um pouco mais da vida dessas escritoras que marcaram época, sobre quem foram e o que escreveram.
E pra quem gosta de esoterismo, existe o oráculo The Literary Witches Oracle (em inglês) baseado nas ilustrações da obra e é a coisa mais linda. O livro das Bruxas Literárias em si não é um complemento do oráculo, e nem serve de guia. O próprio oráculo já vem com um livrinho pra explicar os significados das cartas. Já está na minha wishlist esotérica, porque sim. Ele é vendido na Amazon, mas por ser compra internacional, demora uns meses pra chegar, e, dependendo do vendedor/loja, pode ser taxado quando chegar por aqui, então, é bom dar uma conferida.
Sinopse: Em um país dividido pela Dobra das Sombras – uma faixa de terra povoada por monstros sombrios – e no qual a corte real está repleta de pessoas com poderes mágicos, Alina Starkov pode se considerar uma garota comum. Seus dias consistem em trabalhar como cartógrafa no Exército e em tentar esconder de seu melhor amigo, Maly, o que sente por ele. Quando Maly é gravemente ferido por um dos monstros que vivem na Dobra, Alina, desesperada, descobre que é muito mais forte do que pensava: ela é consegue invocar o poder da luz, a única coisa capaz de acabar com a Dobra das Sombras e reunificar Ravka de uma vez por todas. Por conta disso, Alina é enviada ao Palácio para ser treinada como parte de um grupo de guerreiros com habilidades extraordinárias, os Grishas. Sob os cuidados do Darkling, o Grisha mais poderoso de todos, Alina terá que aprender a lidar com seus novos poderes, navegar pelas perigosas intrigas da corte e sobreviver a ameaças vindas de todos os lados.
Resenha: Escrita pela autora israelita Leigh Bardugo, a Trilogia Grisha foi publicada em 2013 aqui no Brasil pela Editora Gutemberg. Agora, a trilogia está sendo relançada pelo selo Minotauro da Editora Planeta, que adquiriu os direitos de publicação e está lançando a trilogia sob novo - e mais bonito - projeto gráfico, e com nome de "Grishaverso" (achei feio, viu).
Num universo onde os humanos convivem com os Grishas, pessoas dotadas de poderes muito especiais chamados de "pequena ciência" e que fazem com que eles sejam capazes de controlar energia e elementos ao seu redor, Alina Starkov é uma jovem órfã e comum que serve o primeiro exército do rei de Ravka. Ela faz parte da equipe de Cartógrafos da linha de frente, responsáveis por desenhar mapas a fim de guiar os soldados. Alina cresceu num orfanato junto com seu melhor e inseparável amigo Malyen Oretsev, ou Maly, e ele serve o mesmo exército na função de Rastreador, seguindo pistas para definir o melhor caminho a ser seguido, além de ter muita facilidade para caçar e encontrar pessoas.
Ravka é uma monarquia, e mesmo que o rei tenha dois exércitos para protegê-lo, o primeiro formado por humanos na linha de frente, e o segundo exército por Grishas como soldados de elite liderados pelo Conjurador das Sombras, ou Darkling, desde que o país foi dividido por um mar de trevas, tudo se tornou um grande problema...
Conta a velha lenda que, há centenas de anos, um Grisha dotado de poderes incomparáveis e sombrio, conhecido como Herege Negro, conjurou uma densa e gigantesca onda feita de escuridão que dividiu o país, mais especificamente a cidade de Kribirsk. A faixa negra passou a ser chamada de Dobra das Sombras, ou Não-Mar, e é habitada pelos Volcras, monstros alados e terríveis que atacam e destroçam tudo o que adentra a escuridão. Era praticamente impossível que alguém conseguisse atravessar e sobrevivesse pra contar a história. Com o passar dos anos, a Dobra continuava sendo o pior e mais perigoso problema que Ravka precisava enfrentar, pois com a rota principal bloqueada, o país ficou estagnado, não se comunicava como deveria, e costumava ser alvo de ataques vindos dos países vizinhos. E nem o próprio Darkling, o único em Ravka com o poder de controlar as trevas, era capaz de destruir o Não-Mar. Devido aos inúmeros conflitos, também não era possível simplesmente contornar a Dobra pois era tão arriscado quanto atravessá-la. Enquanto Shu Han, ao sul, capturava Grishas para fazer experimentos a fim de tentar descobrir a fonte desse poder, Fjerda, ao norte, os caçava feito animais acreditando que se tratavam de bruxos perigosos e nada confiáveis. Logo, fora de Ravka, os Grishas além de não estarem seguros, eram tratados com muito preconceito, como se fossem a escória da humanidade. A esperança de todos era que um dia um Conjurador do Sol aparecesse e usasse seus poderes de luz para destruir de uma vez por todas a Dobra, mas ninguém nunca havia visto um...
Partindo dessa premissa, tudo começa quando um grupo de soldados dos dois exércitos, incluindo Alina e Maly, precisam atravessar a dobra numa missão, mas tudo dá errado. Maly é atacado por um Volcra, e numa tentativa desesperada de salvar o amigo, Alina acaba revelando um poder que, até então, ela desconhecia ter, e não só salvou Maly, como destruiu os Volcras que atacavam o esquife.
Alina, então, foi reconhecida como uma Grisha, mas não uma Grisha qualquer, pelo poder que ela havia manifestado durante a travessia na Dobra, tudo indicava que era a Grisha lendária, a tão esperada Conjuradora do Sol, aquela que seria capaz de destruir a Dobra de uma vez por todas. Mas será esse um fardo que Alina pode carregar?
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista da própria Alina, a escrita da autora é muito fluída e os detalhes da construção de mundo tornam a leitura um tanto empolgante. Vamos acompanhando a jornada de Alina se descobrindo como Grisha, aprendendo a controlar seus poderes com a ajuda, proteção - e proximidade - do Darkling, lidando com a ideia de ser um tipo de santa que veio pra salvar o mundo das trevas, mas vista por outros como uma abominação que merece a morte. E por essa parte da fé que as pessoas de Ravka depositam em Alina, é possível perceber que a autora consegue fazer uma crítica nada sutil sobre o poder da fé e como ela afeta as pessoas, seja pelo lado positivo de acreditar que as coisas vão melhorar desde que se tenha esperanças, como pelo lado negativo incluindo o fato de como é possível manipular os outros através dessa fé, assim como os absurdos do fanatismo e da ignorância (que nem sempre é uma benção). E ainda tem aqueles que só acreditam se puderem ver com os próprios olhos, e quando vêem, não acreditam.
Alina é uma personagem em processo de amadurecimento, auto aceitação e autodescoberta. Apesar dela ficar deslumbrada por sair do lixo e ir viver no luxo do palácio, ela precisa lidar com o fato de que muitas pessoas acreditam que ela é uma fraude total que deve ser impedida, e ela precisa provar pros outros e pra si mesma que ela tem sim os tais poderes de luz, fazendo demonstrações a todo momento para o rei enquanto é humilhada por humanos intolerantes e também por Grishas invejosos que se aproveitam por ela ainda não saber controlar muito bem seus poderes durante os treinamentos.
Diante dessa situação, ela acaba se apegando muito ao Darkling, pois desde que ela descobriu suas habilidades, ele tem sido o único que entende a real grandeza do seu poder, faz qualquer coisa pra mantê-la em segurança, e sabe usar as palavras pra confortá-la - e despertar seu interesse - como ninguém. Mas, ela também sente a falta de Maly, afinal, antes disso tudo acontecer e sua vida ter virado de cabeça pra baixo, era ele o seu porto seguro, a única pessoa que ela tinha, e não ter noticias dele desde que foi para Os Alta se apresentar pro rei a deixa angustiada. O problema é que entre Alina e Maly não existe química, talvez porque a amizade se evidencie mais que qualquer outro interesse, mas com o Darkling a coisa pega fogo, meudeus (mesmo que eu tenha achado isso meio forçado). Talvez a ideia de unir esses dois seja aquela história dos opostos se atraírem, mas por mais que ela tivesse o apoio dele desde o início, eu ainda ficava desconfiada de que tinha alguma coisa de errado e que boa coisa essa história não ia dar.
Sabe aquele meme "O INÍCIO DE UM SONHO/DEU TUDO ERRADO"? Pois ele resume bem a situação de Alina do início ao fim, coitada.
Como a construção desse universo tem muitos detalhes, confesso que demorei quase metade do livro pra entender todas as classificações dos Grishas e pronunciar os nomes esquisitos dos personagens, mas depois as coisas ficaram mais fáceis.
Sendo assim, vou colocar aqui o resumão que me ajudou a entender a divisão das Ordens e classificação dos poderes dos Grishas, é só clicar no botão abaixo e o texto vai ser expandido. Não deixei aberto pra resenha não ficar gigantesca e maior do que já está, e pra dar opção pra quem não quiser ler não precisar ficar procurando o trecho onde acabam as explicações. Talvez possa facilitar pra quem teve um pouco de dificuldade para acompanhar a construção de mundo enorme e cheia de detalhes da autora, mas caso já saiba ou não queira ler sobre isso agora, ignore o botão.
Os Grishas são divididos em três Ordens, os Corporalki, os Etherealki, e os Materialki, e elas são divididas em subcategorias que definem o que exatamente eles manipulam/controlam. Além disso, cada Ordem é representada por uma cor, que é usada nas vestes oficiais dos Grishas, chamadas de keftas. Além da cor básica da ordem, cada kefta traz ornamentos e detalhes bordados com uma segunda cor que representa a subcategoria da tal Ordem.
Os Corporalki são a Ordem dos Vivos e dos Mortos, e eles são capazes de manipular o corpo humano. Dentro dos Corporalki, existem duas subcategorias principais: os Sangradores, que basicamente controlam o corpo afim de causar alguma mudança em seu funcionamento ou algum tipo de dano (letal ou não), e isso faz com que sejam muito temidos em confrontos já que conseguem causar danos e até matar oponentes a distância; e os Curandeiros, que curam feridas, doenças, salvam enfermos, e etc. Ainda dentro dos Corporalki existe a subcategoria dos Artesãos, que têm o dom de mudar a aparência dos outros e de si mesmos temporariamente. Artesãos, embora raros, são considerados inferiores e não tem uma cor definida em suas keftas. Os Grishas da ordem dos Corporalki vestem keftas vermelhas. As keftas dos Sangradores tem detalhes bordados em preto, e a dos Curandeiros tem detalhes cinza.
Os Etherealki são a Ordem dos Conjuradores, e eles são capazes de conjurar e manipular elementos. Dentro dos Etherealkis, existem três subcategorias principais, e duas especiais que são extremamente raras. Os Aeros controlam o ar, formando rajadas de vento, aumentando ou diminuindo a velocidade do ar; Os Hidros, que controlam a água; e os Infernais, que manipulam o fogo
A kefta que os Etherealki vestem é azul. Os detalhes da kefta dos Aeros é cinza, dos Infernais é vermelho, e dos Hidros é azul claro.
As subcategorias especiais dos Etherealki são de conjuradores únicos e ainda mais raros: o Conjurador das Sombras, que sempre se veste todo de preto, o temido Darkling; e o lendário - e jamais visto - Conjurador do Sol. O Darkling tem o poder de detectar e invocar os poderes dos outros Grishas, assim como amplificar seus poderes, mas o poder principal dele é controlar as sombras e as trevas, trazendo a escuridão absoluta, e ainda sendo capaz de transformar a sombra em matéria para atacar - e fatiar em pedaços - os inimigos. O Conjurador do Sol é o completo oposto do Conjurador das Sombras, pois ele é capaz de conjurar e emitir grandes feiches de luz, assim como invocar o calor do sol iluminando e aquecendo tudo a sua volta.
Os Materialki são a Ordem dos Fabricantes, que conseguem detectar e controlar materiais compostos para fabricarem itens úteis aos Grishas. As subcategorias dos Materialki são os Durastes, que trabalham com materiais sólidos como metais, aços, vidros e etc (inclusive são eles que fabricam as keftas fazendo com que sejam blindadas a fim de proteger os Grishas de ataques com armas e flechas); e os Alquimistas, que lidam com compostos químicos líquidos, podendo fabricar poções, venenos e etc. Eles vestes keftas roxas. As keftas dos Durastes tem detalhes cinza, e a dos Alquimistas tem detalhes vermelho. Os Materialki não são muito úteis para lutar em batalhas, mas são úteis para fabricar itens que podem ser usados nelas, principalmente artefatos que amplificam o poder dos Grishas.
Como acontece com a maioria dos primeiros volumes de trilogias ou séries, Sombra e Ossos não fugiu muito dessa "regra", e funciona mais como uma introdução a esse universo fantástico. Sabemos sobre a origem da Dobra, sabemos como é a vida dos Grishas dentro e fora de Ravka, mas algumas partes são meio repetitivas (principalmente no que diz respeito a Alina e sua teimosia, ou quando está no modo iludida), assim como a falta de maiores detalhes da história de alguns personagens que tem uma certa relevância na trama. Outra coisa que não me agradou muito foi o fato de várias situações serem descobertas com suposições feitas por qualquer um, o que tornou algumas situações tensas ou perigosas um tanto convenientes. A impressão que tive é que ninguém pode tentar passar despercebido em paz, porque surge alguém do além dotado de inteligência afiada pra desmascarar quem vem lá com essas suposições e atrapalhar tudo. No final das contas, eu gostei muito da história, principalmente pela construção de mundo com relação aos países e às características das pessoas de cada um deles, quanto pelo universo dos Grishas. Achei bem original. Mas não posso dizer o mesmo com relação aos personagens, pois além de ter sentido falta de mais informações sobre alguns deles, principalmente de Genya (a Artesã da corte que serve a rainha pra mantê-la sempre bonita) houve sim vários clichês que acabaram empobrecendo a experiência com a leitura. Não tenho muita paciência com possíveis preocupações românticas no meio do apocalipse, muito menos quando há qualquer possibilidade pra um triângulo amoroso onde a protagonista fica dividida entre dois amores e/ou não é capaz de enxergar a cilada que está se metendo. Pra quem procura por uma história envolvente e muito bem construída, cheia de intrigas, perigos, traições e esperança, Sombra e Ossos é livro mais do que recomendado.
PS.: E se você pretende assistir a série na Netflix, recomendo muito que o livro seja lido primeiro pra experiência ser ainda melhor. Se eu não tivesse lido, não teria entendido nada e não teria passado do primeiro episódio até hoje.
Ok. Abril já acabou e eu cheguei nos 3.7. Pensar que tô mais perto dos 40 anos do que dos 30 é meio assustador. Meudeusdocéu, são quase 4 décadas.
Se vcs derem uma espiada nos resumos do mês de abril do blog, vão ver que esse é um dos "piores" meses pra mim, porque não é nem pelo meu aniversário (que já nem comemoro mais e é um dia como qualquer outro), mas é aniversário da Marina (que já 19 anos, meupai) e do Theo (que fez 7), e agora em Maio, ainda tem o do Ian (que vai fazer 4). Sei que estamos em isolamento e fazer festa pra juntar o povão em plena pandemia é a última coisa que eu faria, mas, mesmo que seja uma coisinha bem simples e só pra gente aqui de casa, não posso deixar o aniversário deles passar em branco. Então fico naquele desespero pra fazer um bolo (às vezes compro pronto mesmo, azar), uns docinhos, enfeites, e essas coisas que toda mãe faz pra comemorar o aniversário dos filhos.
E como se isso já não tomasse um tempo considerável, ainda fiz minha matrícula num curso de tarô que queria fazer há muito tempo (até que enfim) e tô levando os estudos super a sério. Acho que eu precisava me dedicar a alguma coisa, aprender uma coisa nova que, além de ser do meu interesse, me trouxesse alguma coisa de diferente, algum benefício, alguma coisa que eu possa tirar proveito, e o tarô pra mim tem sido uma terapia maravilhosa. Quem sabe um dia, quando eu tiver bem confiante e craque nas leituras, eu tome coragem, perca a vergonha e abra as cartas pra ajudar alguém... já quero fazer um blog sobre tarô
Sendo assim, mesmo que eu tenha lido 3 livros e assistido duas séries em abril, só consegui fazer uma resenha (que inclusive já devia ter feito desde quando criei o blog, que foi a época que li esse livro foda), e por ter reassistido o filme Feitiço do Tempo depois de anos, tive que fazer a wishlist com o popinho do Phil. Vou deixar pra escrever as resenhas dos livros lidos agora em Maio mesmo. Tinha começado a assistir Sombra e Ossos na Netflix e não tava entendendo bulhufas, toda vez que tentava assistir eu ficava com sono e dormia, e nunca passava no segundo episódio sem ter entendido o primeiro, aí fui obrigada a ir direto na fonte: recorri ao bendito livro pra entender, e depois poder assistir a série em paz. Terminei ontem essa bendita e achei bem legal (já quero popinhos kkkk). Vou fazer resenha do livro, da série já não garanto.
Enfim, foi uma miséria, eu admito, mas foi o que dei conta de fazer: