Como eu fiquei atolada, pra variar, as postagens aqui no blog entraram atrasadas e a maioria delas com data retroativa pra ficarem distribuídas ao longo do mês. Ainda tenho uma pequena pilha de livros pendentes, mas pelo menos faltam pouquíssimos pra ler, e como não quero ficar mais afogada do que já estou, acabei nem pedindo nenhum livro pra resenhar pra não acumular mais, e esses que recebi foram pedidos de setembro que chegaram no início de outubro.
Também estou toda serelepe com os pops que recebi. São os pops da segunda wave de Friends com os personagens caracterizados, e alguns da coleção sem fim de Harry Potter. Claro que eu estou morrendo de amores por todos eles. *-*
Bora dar uma conferida no que chegou:
Novidades de Outubro - Arqueiro
30 de outubro de 2018
Vox - Christina Dalcher
O governo decreta que as mulheres só podem falar 100 palavras por dia. A Dra. Jean McClellan está em negação. Ela não acredita que isso esteja acontecendo de verdade.
Esse é só o começo...
Em pouco tempo, as mulheres também são impedidas de trabalhar e os professores não ensinam mais as meninas a ler e escrever. Antes, cada pessoa falava em média 16 mil palavras por dia, mas agora as mulheres só têm 100 palavras para se fazer ouvir.
...mas não é o fim.
Lutando por si mesma, sua filha e todas as mulheres silenciadas, Jean vai reivindicar sua voz.
Princesa das Cinzas - Princesa das Cinzas #1 - Laura Sebastian
A jovem Theodosia tem seu destino alterado para sempre depois que seu país é invadido e sua mãe, a Rainha do Fogo, assassinada. Aos 6 anos, a princesa de Astrea perde tudo, inclusive o próprio nome, e passa a ser conhecida como Princesa das Cinzas.
A coroa de cinzas que o kaiser que governa seu povo a obriga a usar torna-se um cruel lembrete de que seu reino será sempre uma sombra daquilo que foi um dia. Para sobreviver a essa nova realidade, sua única opção é enterrar fundo sua antiga identidade e seus sentimentos.
Agora, aos 16 anos, Theo vive como prisioneira, sofrendo abusos e humilhações. Até que um dia é forçada pelo kaiser a fazer o impensável. Com sangue nas mãos, sem pátria e sem ter a quem recorrer, ela percebe que apenas sobreviver não é mais suficiente.
Mas a princesa tem uma arma: sua mente é mais afiada que qualquer espada. E o poder nem sempre é conquistado no campo de batalha.
A Torre do Amor - Fairy Tales #3 - Eloisa James
Quando Gowan, o magnífico duque de Kinross, decide se casar, seu plano é escolher uma jovem adequada e negociar o noivado com o pai dela. Ao conhecer Edie no baile de apresentação dela à sociedade, ele acredita que, além de linda, ela também seja a dama serena que ele procura e imediatamente pede sua mão.
Na verdade, o temperamento de Edie é o oposto da serenidade. No baile, ela estava com uma febre tão alta que mal falou e não conseguiu prestar atenção em nada, nem mesmo no famoso duque de Kinross. Ao saber que seu pai aceitou o pedido do duque, ela entra em pânico. E quando a noite de núpcias não é tudo o que podia ser...
Mas a incapacidade de Edie de continuar escondendo seus sentimentos faz com que o casamento deles se desintegre e com que ela se recolha à torre do castelo, trancando Gowan do lado de fora.
Agora o poderoso duque está diante do maior desafio de sua vida. Nem a ordem nem a razão funcionam com sua geniosa esposa. Como ele conseguirá convencê-la a lhe entregar as chaves não só da torre, mas também do próprio coração?
A Cruz de Fogo - Outlander #5 - Diana Gabaldon
O ano é 1771. Na Carolina do Norte, conserva-se a duras penas um frágil equilíbrio entre a aristocracia colonial e os esforçados pioneiros. E entre esses dois lados prestes a entrar em conflito está Jamie Fraser, um homem de honra exilado de sua amada Escócia. Convocado a liderar uma milícia para conter as insurgências, ele sabe que quebrar o juramento que fez à Coroa inglesa o tornará um traidor, mas mantê-lo será a certeza de sua ruína.
A guerra se aproxima, garantiu-lhe sua esposa, Claire Randall. E, mesmo não querendo acreditar nesse triste futuro, Jamie Fraser está ciente de que não pode ignorar o conhecimento que só uma viajante do tempo poderia ter. Afinal, a visão única de Claire já os colocou em risco, mas também lhes trouxe salvação.
A cruz de fogo é uma envolvente história sobre o empenho de Jamie em proteger sua família, construir uma comunidade e manter suas terras às vésperas de um conflito histórico. Nesses esforços, ele é ajudado por sua mulher, sua filha Brianna e seu genro Roger MacKenzie, que nasceram no século XX e agora tentam se adaptar à tortuosa vida do século XVIII.
A Grande Solidão - Kristin Hannah
Alasca, 1974.
Imprevisível. Implacável. Indomável.
Para uma família em crise, o último teste de sobrevivência.
Atormentado desde que voltou da Guerra do Vietnã, Ernt Allbright decide se mudar com a família para um local isolado no Alasca.
Sua esposa, Cora, é capaz de fazer qualquer coisa pelo homem que ama, inclusive segui-lo até o desconhecido. A filha de 13 anos, Leni, também quer acreditar que a nova terra trará um futuro melhor.
Num primeiro momento, o Alasca parece ser a resposta para tudo. Ali, os longos dias ensolarados e a generosidade dos habitantes locais compensam o despreparo dos Allbrights e os recursos cada vez mais escassos.
Porém, o Alasca não transforma as pessoas, ele apenas revela sua essência. E Ernt precisa enfrentar a escuridão de sua alma, ainda mais sombria que o inverno rigoroso. Em sua pequena cabana coberta de neve, com noites que duram 18 horas, Leni e a mãe percebem a terrível verdade: as ameaças do lado de fora são muito menos assustadoras que o perigo dentro de casa.
A grande solidão é um retrato da fragilidade e da resistência humana. Uma bela e tocante história sobre amor e perda, sobre o instinto de sobrevivência e o aspecto selvagem que habita tanto o homem quanto a natureza.
Almas Gêmeas - Nicholas Sparks
Hope Anderson está numa encruzilhada. Aos 36 anos, ela namora o mesmo homem há seis, sem perspectiva de casamento. Quando seu pai é diagnosticado com ELA, Hope resolve passar uma semana na casa de praia da família, na Carolina do Norte, para pensar nas difíceis decisões que precisa tomar em relação ao próprio futuro.
Tru Walls nasceu numa família rica no Zimbábue. Nunca esteve nos Estados Unidos, até receber uma carta de um homem que diz ser seu pai biológico, convidando-o a encontrá-lo numa casa de praia na Carolina do Norte. Intrigado ele aceita e faz a viagem.
Quando os dois estranhos se cruzam na praia, nasce entre eles uma ligação eletrizante e imediata. Nos dias que se seguem, os sentimentos que desenvolvem um pelo outro os obrigam a fazer escolhas que colocam à prova suas lealdades e reais chances de felicidade.
O novo romance de Nicholas Sparks, na tradição de Diário de uma Paixão e Noites de Tormenta, aborda as muitas facetas do amor, os arrependimentos e a esperança que nunca morre, trazendo à tona a pergunta: por quanto tempo um sonho consegue sobreviver?
Wishlist #56 - Funko Pop - Peanuts
25 de outubro de 2018
Peanuts é um clássico que começou lá nos anos 50 em forma de tirinhas publicadas por Charles Schulz em jornais dos EUA que marcou toda uma geração. Os personagens são adoráveis e as historinhas eram tão bacanas que logo tiveram sua versão em animação na TV. O desenho serviu de inspiração pra várias outras animações, até hoje é símbolo de nostalgia e ainda conquista novos fãs. Como não se admirar Charlie Brown, o garotinho azarado dono do cachorro mais inteligente que já se viu? Snoopy é uma graça! Todos os personagens são, e nem preciso dizer que quero todos eles na minha coleção de Pops! É uma pena que não existam todos os personagens, e alguns deles são versões exclusivas do Snoopy e do Charlie Brown que não me interessaram tanto, mas os que faço questão são esses aqui:
A Invasão de Tearling - Erika Johansen
20 de outubro de 2018
Título: A Invasão de Tearling - A Rainha de Tearling #2
Autora: Erika Johansen
Editora: Suma de Letras
Gênero: Fantasia/Distopia/Jovem Adulto
Ano: 2017
Páginas: 400
Nota:★★★★★♥
Resenha: Depois de ter perdido a mãe e vivido por dezenove anos escondida sob os cuidados de seus tutores, a princesa Kelsea precisou retornar ao reino de Tearling para assumir seu lugar no trono como rainha. Não seria uma tarefa fácil, visto que o atual regente, seu tio, não estava disposto a abrir mão do poder a ponto de contratar mercenários para "cuidar" da garota. Mas, mesmo se sentindo despreparada, Kelsea não iria desistir do seu destino, e se tornar uma rainha determinada, corajosa e justa com o povo não seria uma opção. Assim, quando ela começa a tomar algumas decisões em prol do reino e rompe um acordo com o reino vizinho, a temida e poderosa Rainha Vermelha fica enfurecida e prestes a invadir Tearling com seu exército imbatível sem que haja chances de se defenderem. Agora, resta a Kelsea buscar informações e respostas sobre as origens de seu reino, pois ela acaba se dando conta de que para mudar o futuro, deve conhecer um passado de séculos atrás, do período anterior à Travessia (a viagem a navio que foi feita quando o continente foi deixado pra trás em busca de um mundo melhor), pois isso pode ser a chave para a sobrevivência de todos.
Diferente do primeiro livro que serviu para introduzir o leitor ao universo criado pela autora, talvez por já estarmos situados ao cenário, este já traz uma narrativa com um tom diferente, com uma trama ainda mais complexa e cheia de camadas. Elas vão formando ligações fantásticas e amarrando várias pontas no desenrolar da história fazendo as coisas se encaixarem de forma surpreendente. Umas das questões que ficou em aberto no primeiro livro sobre o motivo da sociedade viver numa era medieval em pleno futuro é trabalhada, e eu adorei as explicações dadas. Até então, o leitor só sabia que o mundo anterior era como o nosso, mas alguma coisa aconteceu e as pessoas começaram a deixar tudo pra trás, embarcando em navios e levando toda a tecnologia que pudessem rumo a algum lugar. Porém, durante essa Travessia, houveram naufrágios e tudo se perdeu, o que levou as pessoas a regredirem, viverem sem tecnologia e maiores recursos e retornarem a monarquia na tentativa de manter a ordem. Não vou me estender sobre essa questão pois a graça é descobrir o que a autora reservou pra gente, mas posso afirmar que partindo de como esse passado é abordado e exposto, nossa visão acerca desse universo começa a se moldar de acordo com o avanço das explicações, e começamos a encarar a história de uma forma muito mais positiva e interessante, principalmente quando percebemos que a quantidade de caminhos que podem ser seguidos, a partir dessas informações sobre o passado, aumenta bastante.
Embora a história seja interessante, super envolvente e ganhe um ritmo frenético com passagens que se alternam entre passado e presente e sob os pontos de vistas de Kelsea e Lily, a forma como a diagramação do livro foi feita acaba tornando a leitura um pouco cansativa. Os capítulos são muito longos, dispostos em blocos de textos maciços e não possuem um espaçamento legal entre parágrafos que permita com que o leitor dê uma respirada.
Vamos acompanhando o passado sofrido da misteriosa Lily, uma mulher que aparece nas visões de Kelsea e a afeta diretamente, assim como o momento presente que está ameaçado pela Rainha Vermelha.
Inicialmente é incômodo acompanhar os acontecimentos vividos por Lily e a sensação é de estar num looping. Ela viveu numa época em que as mulheres eram oprimidas e foi revoltante acompanhar tantas agressões que ela sofria nas mãos daquele marido odioso. Num primeiro momento isso não parece ter a ver com a história, mas, com o desenrolar dos fatos, as coisas começam a se encaixar e entendemos o motivo dessa parte tão comovente quanto assustadora da vida dela ser abordada.
Kelsea também agrada bastante como protagonista, tanto por, inicialmente, não ter a aparência estereotipada de alguém da realeza, o que traz um diferencial à trama, quanto por suas atitudes nada convencionais de se resolver as coisas. Pode ser contraditório, mas ela faz o que acredita ser o certo, mesmo que, às vezes, não esteja certa. O fato de sua aparência ter começado a mudar para que ela, aos poucos, fosse ficando mais bonita e esbelta, quando ela não era assim, foi bem desnecessário e isso não me agradou muito. Talvez isso tenha um propósito no futuro, então nessa parte vou dar um voto de confiança pela autora, pois ela merece depois de tudo o que ela criou. Mas fora isso, é bem bacana acompanhar sua evolução como rainha, a forma como ela vai amadurecendo e adquirindo mais sabedoria para resolver e lidar com as questões do reino, mas é ainda mais gratificante acompanhar a descoberta da mulher que ela está se tornando. Ela é uma das heroínas imperfeitas mais perfeitas que tive o prazer de acompanhar.
Enfim, este livro ficou livre da "maldição do segundo volume" e é uma sequência criativa, empolgante e que supera o anterior, e pra quem gosta de histórias com cenários bem diferentes dos habituais, que envolvem conquistas e batalhas em busca do poder, e ainda traz personagens empoderadas e únicas, é leitura obrigatória.
Autora: Erika Johansen
Editora: Suma de Letras
Gênero: Fantasia/Distopia/Jovem Adulto
Ano: 2017
Páginas: 400
Nota:★★★★★♥
Sinopse: Kelsea Glynn é a rainha de Tearling. Apesar de ter apenas dezenove anos e nenhuma experiência no trono, Kelsea ficou rapidamente conhecida como uma monarca justa e corajosa. No entanto, o poder é uma faca de dois gumes. Ao interromper o comércio de escravos com o reino vizinho e tentar conseguir justiça para seu povo, ela enfurece a Rainha Vermelha, uma feiticeira poderosa com um exército imbatível. Agora, à beira de ver o Tearling invadido pelas tropas inimigas, Kelsea precisa recorrer ao passado, aos tempos de antes da Travessia, para encontrar respostas que podem dar ao seu povo uma chance de sobrevivência. Mas seu tempo está acabando...
Resenha: Depois de ter perdido a mãe e vivido por dezenove anos escondida sob os cuidados de seus tutores, a princesa Kelsea precisou retornar ao reino de Tearling para assumir seu lugar no trono como rainha. Não seria uma tarefa fácil, visto que o atual regente, seu tio, não estava disposto a abrir mão do poder a ponto de contratar mercenários para "cuidar" da garota. Mas, mesmo se sentindo despreparada, Kelsea não iria desistir do seu destino, e se tornar uma rainha determinada, corajosa e justa com o povo não seria uma opção. Assim, quando ela começa a tomar algumas decisões em prol do reino e rompe um acordo com o reino vizinho, a temida e poderosa Rainha Vermelha fica enfurecida e prestes a invadir Tearling com seu exército imbatível sem que haja chances de se defenderem. Agora, resta a Kelsea buscar informações e respostas sobre as origens de seu reino, pois ela acaba se dando conta de que para mudar o futuro, deve conhecer um passado de séculos atrás, do período anterior à Travessia (a viagem a navio que foi feita quando o continente foi deixado pra trás em busca de um mundo melhor), pois isso pode ser a chave para a sobrevivência de todos.
Diferente do primeiro livro que serviu para introduzir o leitor ao universo criado pela autora, talvez por já estarmos situados ao cenário, este já traz uma narrativa com um tom diferente, com uma trama ainda mais complexa e cheia de camadas. Elas vão formando ligações fantásticas e amarrando várias pontas no desenrolar da história fazendo as coisas se encaixarem de forma surpreendente. Umas das questões que ficou em aberto no primeiro livro sobre o motivo da sociedade viver numa era medieval em pleno futuro é trabalhada, e eu adorei as explicações dadas. Até então, o leitor só sabia que o mundo anterior era como o nosso, mas alguma coisa aconteceu e as pessoas começaram a deixar tudo pra trás, embarcando em navios e levando toda a tecnologia que pudessem rumo a algum lugar. Porém, durante essa Travessia, houveram naufrágios e tudo se perdeu, o que levou as pessoas a regredirem, viverem sem tecnologia e maiores recursos e retornarem a monarquia na tentativa de manter a ordem. Não vou me estender sobre essa questão pois a graça é descobrir o que a autora reservou pra gente, mas posso afirmar que partindo de como esse passado é abordado e exposto, nossa visão acerca desse universo começa a se moldar de acordo com o avanço das explicações, e começamos a encarar a história de uma forma muito mais positiva e interessante, principalmente quando percebemos que a quantidade de caminhos que podem ser seguidos, a partir dessas informações sobre o passado, aumenta bastante.
Embora a história seja interessante, super envolvente e ganhe um ritmo frenético com passagens que se alternam entre passado e presente e sob os pontos de vistas de Kelsea e Lily, a forma como a diagramação do livro foi feita acaba tornando a leitura um pouco cansativa. Os capítulos são muito longos, dispostos em blocos de textos maciços e não possuem um espaçamento legal entre parágrafos que permita com que o leitor dê uma respirada.
Vamos acompanhando o passado sofrido da misteriosa Lily, uma mulher que aparece nas visões de Kelsea e a afeta diretamente, assim como o momento presente que está ameaçado pela Rainha Vermelha.
Inicialmente é incômodo acompanhar os acontecimentos vividos por Lily e a sensação é de estar num looping. Ela viveu numa época em que as mulheres eram oprimidas e foi revoltante acompanhar tantas agressões que ela sofria nas mãos daquele marido odioso. Num primeiro momento isso não parece ter a ver com a história, mas, com o desenrolar dos fatos, as coisas começam a se encaixar e entendemos o motivo dessa parte tão comovente quanto assustadora da vida dela ser abordada.
Kelsea também agrada bastante como protagonista, tanto por, inicialmente, não ter a aparência estereotipada de alguém da realeza, o que traz um diferencial à trama, quanto por suas atitudes nada convencionais de se resolver as coisas. Pode ser contraditório, mas ela faz o que acredita ser o certo, mesmo que, às vezes, não esteja certa. O fato de sua aparência ter começado a mudar para que ela, aos poucos, fosse ficando mais bonita e esbelta, quando ela não era assim, foi bem desnecessário e isso não me agradou muito. Talvez isso tenha um propósito no futuro, então nessa parte vou dar um voto de confiança pela autora, pois ela merece depois de tudo o que ela criou. Mas fora isso, é bem bacana acompanhar sua evolução como rainha, a forma como ela vai amadurecendo e adquirindo mais sabedoria para resolver e lidar com as questões do reino, mas é ainda mais gratificante acompanhar a descoberta da mulher que ela está se tornando. Ela é uma das heroínas imperfeitas mais perfeitas que tive o prazer de acompanhar.
Enfim, este livro ficou livre da "maldição do segundo volume" e é uma sequência criativa, empolgante e que supera o anterior, e pra quem gosta de histórias com cenários bem diferentes dos habituais, que envolvem conquistas e batalhas em busca do poder, e ainda traz personagens empoderadas e únicas, é leitura obrigatória.
A Caçadora de Dragões - Kristen Ciccarelli
18 de outubro de 2018
Título: A Caçadora de Dragões - Iskari #1
Autora: Kristen Ciccarelli
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Jovem Adulto
Ano: 2018
Páginas: 386
Nota:★★★★★
Resenha: Num mundo dividido entre homens e dragões, onde o simples ato de contar histórias pode ser fatal. Quando pequena, Asha sofria com pesadelos terríveis e sua mãe lhe contava histórias antigas que, apesar de acalmar a menina, atraíam dragões para o reino e desencadeava um grande caos. Asha só descobriu o quanto essas histórias eram perigosas quando sua mãe morreu por causa delas, e quando contou, sem saber das consequências, essas histórias para o povo, onde despertou e atraiu o mais terrível dos dragões: Kozu. Ele matou milhares de pessoas, destruiu metade da cidade de Firgaard e marcou a garota pra sempre. As histórias, desde então, foram proibidas. Agora, aos dezessete anos, a jovem princesa é a caçadora de dragões oficial do reino. Ela tomou como missão de sua vida matar todos os dragões que puder encontrar como forma de se redimir. E para reparar o estrago feito na cidade e na vida de muitas pessoas por algo que ela acredita ser sua culpa, ela precisa acabar com Kozu, mas não antes de embarcar numa jornada onde vai descobrir a verdade sobre tudo o que aprendeu e sobre si mesma...
Narrada em terceira pessoa, a história requer um tempinho para que possamos nos adaptar às nomenclaturas diferentes e a estrutura social super complexa de Firgaard, mas logo fisga o leitor com a excelente escrita da autora e com o seu desenvolvimento. Os capítulos se intercalam com trechos das histórias proibidas, as mesmas que atraem dragões e matam as pessoas quando são contadas, e elas expandem nossa visão desse mundo deixando a trama muito mais rica e interessante.
Inicialmente não tive muito simpatia por Asha pois, embora seja forte, leal e feroz, ela é imatura e toma atitudes um tanto questionáveis, principalmente antes de ir atrás de Kozu. Assim, sua jornada não é só para caçar, matar o dragão e trazer a cabeça dele para seu pai, mas também para que ela passe por várias coisas que serão responsáveis pelo seu amadurecimento como pessoa, para torná-la mais humana, mais sensível e menos alheia aos problemas do reino.
Assim, os personagens secundários acabam tendo um papel muito importante não só no desenrolar da trama, mas também no desenvolvimento e amadurecimento da própria protagonista.
Como um bom livro jovem adulto, não poderia faltar o elemento romance, e fiquei super satisfeita com a ideia de que o relacionamento é algo que não desvia o leitor do foco principal, se desenvolve sem pressa, de forma sutil e que aos poucos vai amolecendo o coração de Asha.
Assim, nos deparamos com uma história rica em sua construção e em sua mitologia, e através de sua protagonista podemos perceber que, embora o passado tenha deixado nela várias cicatrizes e a obrigado a seguir por um caminho que ela não pôde escolher, a liberdade é algo que sempre vai falar mais alto.
Eu gostei bastante da diagramação em geral e da capa que a Editora Seguinte escolheu para publicar a obra aqui no Brasil. É simples mas super bonita e condizente com a história. Acho que nem teria como aproveitar a capa original já que a bendita é a mesma usada por J.A. Redmerski em O Retorno de Izabel (e a capa gringa também é igual).
Enfim, A Caçadora de Dragões é o início de uma trilogia fantástica que superou as minhas expectativas, principalmente por ser livro de estreia da autora, e agora só me resta aguardar ansiosa pela continuação. Pra quem é fã de fantasia e adora histórias com dragões, é leitura mais do que recomendada!
Autora: Kristen Ciccarelli
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Jovem Adulto
Ano: 2018
Páginas: 386
Nota:★★★★★
Sinopse: Quando era criança, Asha, a filha do rei de Firgaard, era atormentada por sucessivos pesadelos. Para ajudá-la, a única solução que sua mãe encontrou foi lhe contar histórias antigas, que muitos temiam ser capazes de atrair dragões, os maiores inimigos do reino. Envolvida pelos contos, a pequena Asha acabou despertando Kozu, o mais feroz de todos os dragões, que queimou a cidade e matou milhares de pessoas — um peso que a garota ainda carrega nas costas. Agora, aos dezessete anos, ela se tornou uma caçadora de dragões temida por todos. Quando recebe de seu pai a missão de matar Kozu, Asha vê uma oportunidade de se redimir frente a seu povo. Mas a garota não vai conseguir concluir a tarefa sem antes descobrir a verdade sobre si mesma — e perceber que mesmo as pessoas destinadas à maldade podem mudar o próprio destino.
Resenha: Num mundo dividido entre homens e dragões, onde o simples ato de contar histórias pode ser fatal. Quando pequena, Asha sofria com pesadelos terríveis e sua mãe lhe contava histórias antigas que, apesar de acalmar a menina, atraíam dragões para o reino e desencadeava um grande caos. Asha só descobriu o quanto essas histórias eram perigosas quando sua mãe morreu por causa delas, e quando contou, sem saber das consequências, essas histórias para o povo, onde despertou e atraiu o mais terrível dos dragões: Kozu. Ele matou milhares de pessoas, destruiu metade da cidade de Firgaard e marcou a garota pra sempre. As histórias, desde então, foram proibidas. Agora, aos dezessete anos, a jovem princesa é a caçadora de dragões oficial do reino. Ela tomou como missão de sua vida matar todos os dragões que puder encontrar como forma de se redimir. E para reparar o estrago feito na cidade e na vida de muitas pessoas por algo que ela acredita ser sua culpa, ela precisa acabar com Kozu, mas não antes de embarcar numa jornada onde vai descobrir a verdade sobre tudo o que aprendeu e sobre si mesma...
Narrada em terceira pessoa, a história requer um tempinho para que possamos nos adaptar às nomenclaturas diferentes e a estrutura social super complexa de Firgaard, mas logo fisga o leitor com a excelente escrita da autora e com o seu desenvolvimento. Os capítulos se intercalam com trechos das histórias proibidas, as mesmas que atraem dragões e matam as pessoas quando são contadas, e elas expandem nossa visão desse mundo deixando a trama muito mais rica e interessante.
Inicialmente não tive muito simpatia por Asha pois, embora seja forte, leal e feroz, ela é imatura e toma atitudes um tanto questionáveis, principalmente antes de ir atrás de Kozu. Assim, sua jornada não é só para caçar, matar o dragão e trazer a cabeça dele para seu pai, mas também para que ela passe por várias coisas que serão responsáveis pelo seu amadurecimento como pessoa, para torná-la mais humana, mais sensível e menos alheia aos problemas do reino.
Assim, os personagens secundários acabam tendo um papel muito importante não só no desenrolar da trama, mas também no desenvolvimento e amadurecimento da própria protagonista.
Como um bom livro jovem adulto, não poderia faltar o elemento romance, e fiquei super satisfeita com a ideia de que o relacionamento é algo que não desvia o leitor do foco principal, se desenvolve sem pressa, de forma sutil e que aos poucos vai amolecendo o coração de Asha.
Assim, nos deparamos com uma história rica em sua construção e em sua mitologia, e através de sua protagonista podemos perceber que, embora o passado tenha deixado nela várias cicatrizes e a obrigado a seguir por um caminho que ela não pôde escolher, a liberdade é algo que sempre vai falar mais alto.
Eu gostei bastante da diagramação em geral e da capa que a Editora Seguinte escolheu para publicar a obra aqui no Brasil. É simples mas super bonita e condizente com a história. Acho que nem teria como aproveitar a capa original já que a bendita é a mesma usada por J.A. Redmerski em O Retorno de Izabel (e a capa gringa também é igual).
Enfim, A Caçadora de Dragões é o início de uma trilogia fantástica que superou as minhas expectativas, principalmente por ser livro de estreia da autora, e agora só me resta aguardar ansiosa pela continuação. Pra quem é fã de fantasia e adora histórias com dragões, é leitura mais do que recomendada!
O Dueto Sombrio - Victoria Schwab
17 de outubro de 2018
Título: O Dueto Sombrio - Monstros da Violência #2
Autora: Victoria Schwab
Editora: Seguinte
Gênero: Urban Fantasy/Jovem Adulto
Ano: 2018
Páginas: 448
Nota:★★★★☆
Resenha: Seis meses depois do que aconteceu no livro anterior, Kate está em Prosperidade trabalhando como assassina de monstros, enquanto August está em Veracidade liderando um grupo que visa eliminar quantos monstros puderem. A trégua não existe mais e a guerra entre humanos e monstros parece muito longe de chegar ao fim. Tudo piora ainda mais quando Kate descobre a existência de um monstro com poderes bem diferentes daqueles que já existem: ele força as pessoas a matarem outras, e o caos que esses atos de violência extrema desencadeia, é o que o alimenta. Assim, com receio do que pode acontecer, ela decide voltar para veracidade a fim de combater essa terrível ameaça.
Mantendo o padrão do primeiro volume, o livro é narrado em terceira pessoa trazendo o ponto de vista de Kate e August, com capítulos curtos, e continua tão envolvente e fluído quanto. A diferença é que este apresenta uma sequência muita mais sombria, com mais perigos e outras questões pessoais enfrentadas pelos personagens, que acabam os transformando com relação ao seus desenvolvimentos. É praticamente impossível viver num lugar quando o medo toma conta, não se tem comida, não se pode dormir, e nunca se sabe quando um mostro pode atacar.
August e Kate possuem uma química muito boa. No primeiro volume torcíamos para que eles ficassem juntos, mesmo que fosse algo impossível em meio a todo aquele caos plantado no mundo, e agora torcemos por um reencontro e ficamos felizes por eles se entenderem e fazerem bem um pro outro de uma forma bem natural.
August já está numa posição um pouco mais delicada e ele é um personagem bastante complexo. Se antes, como monstro, ele queria se comportar como um humano sendo gentil e doce, agora, como líder de um grupo de caçadores, não teve outra escolha a não ser abraçar a escuridão, e isso o atormenta muito. A humanidade que ele tanto buscou ainda não foi perdida, porém está escondida, sem que ele saiba quando poderá retornar.
Kate não tem medo do escuro. Ela é corajosa, luta pelo que é certo, fala o que lhe vem a cabeça e é bastante impulsiva. Seu retorno acaba fazendo com que August deixe sua humanidade vir à tona.
Embora eu tenha achado que alguns elementos tenham sido jogados de forma bem aleatória na trama e sem maiores explicações ou continuidade, eu gostei do desfecho, mesmo tendo esperado um pouco mais. Foi trágico/triste, mas ao meu ver, necessário e de acordo com o contexto.
Mesmo que eu tenha aproveitado a leitura, não pude deixar de pensar que toda a metáfora relacionada à violência parece não ter ganhado a devida importância. Aquela vontade dos protagonistas de mudar o mundo para que todos possam viver felizes e longe de tanto caos, parece ter se perdido em algum ponto da história.
A duologia Monstros da Violência não tem nada de feliz e, através de uma crítica sutil acerca do que gera a violência e quais as consequências para isso, acaba sendo um belo de um tapa na nossa cara por ser tão semelhante à nossa própria realidade, principalmente nesses tempo sombrios onde vemos tanta violência partindo de pessoas ignorantes e que usam outras pessoas como desculpa para promoverem ódio e cometerem atrocidades por aí...
Autora: Victoria Schwab
Editora: Seguinte
Gênero: Urban Fantasy/Jovem Adulto
Ano: 2018
Páginas: 448
Nota:★★★★☆
Sinopse: Na sequência final de A Melodia Feroz, Kate Harker precisa voltar para Veracidade e se unir ao sunai August Flynn para enfrentar um ser que se alimenta do caos.
Kate Harker não tem medo do escuro. Ela é uma caçadora de monstros - e muito boa nisso. August Flynn é um monstro que tinha medo de nunca se tornar humano, mas agora sabe que não pode escapar do seu destino. Como um sunai, ele tem uma missão - e vai cumprir seu papel, não importam as consequências.
Quase seis meses depois de Kate e August se conhecerem, a guerra entre monstros e humanos continua - e os monstros estão ganhando. Em Veracidade, August transformou-se no líder que nunca quis ser; em Prosperidade, Kate se tornou uma assassina de monstros implacável. Quando uma nova criatura surge - uma que força suas vítimas a cometer atos violentos -, Kate precisa voltar para sua antiga casa, e lá encontra um cenário pior do que esperava. Agora, ela vai ter de encarar um monstro que acreditava estar morto, um garoto que costumava conhecer muito bem, e o demônio que vive dentro de si mesma.
Resenha: Seis meses depois do que aconteceu no livro anterior, Kate está em Prosperidade trabalhando como assassina de monstros, enquanto August está em Veracidade liderando um grupo que visa eliminar quantos monstros puderem. A trégua não existe mais e a guerra entre humanos e monstros parece muito longe de chegar ao fim. Tudo piora ainda mais quando Kate descobre a existência de um monstro com poderes bem diferentes daqueles que já existem: ele força as pessoas a matarem outras, e o caos que esses atos de violência extrema desencadeia, é o que o alimenta. Assim, com receio do que pode acontecer, ela decide voltar para veracidade a fim de combater essa terrível ameaça.
Mantendo o padrão do primeiro volume, o livro é narrado em terceira pessoa trazendo o ponto de vista de Kate e August, com capítulos curtos, e continua tão envolvente e fluído quanto. A diferença é que este apresenta uma sequência muita mais sombria, com mais perigos e outras questões pessoais enfrentadas pelos personagens, que acabam os transformando com relação ao seus desenvolvimentos. É praticamente impossível viver num lugar quando o medo toma conta, não se tem comida, não se pode dormir, e nunca se sabe quando um mostro pode atacar.
August e Kate possuem uma química muito boa. No primeiro volume torcíamos para que eles ficassem juntos, mesmo que fosse algo impossível em meio a todo aquele caos plantado no mundo, e agora torcemos por um reencontro e ficamos felizes por eles se entenderem e fazerem bem um pro outro de uma forma bem natural.
August já está numa posição um pouco mais delicada e ele é um personagem bastante complexo. Se antes, como monstro, ele queria se comportar como um humano sendo gentil e doce, agora, como líder de um grupo de caçadores, não teve outra escolha a não ser abraçar a escuridão, e isso o atormenta muito. A humanidade que ele tanto buscou ainda não foi perdida, porém está escondida, sem que ele saiba quando poderá retornar.
Kate não tem medo do escuro. Ela é corajosa, luta pelo que é certo, fala o que lhe vem a cabeça e é bastante impulsiva. Seu retorno acaba fazendo com que August deixe sua humanidade vir à tona.
Embora eu tenha achado que alguns elementos tenham sido jogados de forma bem aleatória na trama e sem maiores explicações ou continuidade, eu gostei do desfecho, mesmo tendo esperado um pouco mais. Foi trágico/triste, mas ao meu ver, necessário e de acordo com o contexto.
Mesmo que eu tenha aproveitado a leitura, não pude deixar de pensar que toda a metáfora relacionada à violência parece não ter ganhado a devida importância. Aquela vontade dos protagonistas de mudar o mundo para que todos possam viver felizes e longe de tanto caos, parece ter se perdido em algum ponto da história.
A duologia Monstros da Violência não tem nada de feliz e, através de uma crítica sutil acerca do que gera a violência e quais as consequências para isso, acaba sendo um belo de um tapa na nossa cara por ser tão semelhante à nossa própria realidade, principalmente nesses tempo sombrios onde vemos tanta violência partindo de pessoas ignorantes e que usam outras pessoas como desculpa para promoverem ódio e cometerem atrocidades por aí...
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Distopia,
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Resenha,
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Victoria Schwab,
YA
Tempestade de Guerra - Victoria Aveyard
15 de outubro de 2018
Título: Tempestade de Guerra - A Rainha Vermelha #4
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Fantasia
Ano: 2018
Páginas: 702
Nota:★★★★☆
Seguindo o mesmo estilo dos livros anteriores, este realmente cumpre o que promete no quesito batalhas, guerra e sangue. Por um lado isso foi muito bom, principalmente por descrever uma batalha da forma terrível e real como ela é, mas, por outro lado, quebrou boa parte do ritmo com acontecimentos que se arrastaram mais do que deveriam se unindo a intermináveis jogos políticos que variavam de acordo com a conveniência. As situações, assim como as alianças, mudavam a cada instante, e as traições e os inimigos não ficavam de fora, mesmo que se reduzissem com o passar do tempo. Então, por mais que eu tenha ficado envolvida e gostado bastante, foi uma leitura que demorei muito pra finalizar. O livro é longo, ponto. Não acho que seria realmente necessário que algumas partes fossem enxugadas a fim de economizar páginas, pois entendo que numa guerra as coisas não se resolvem de forma instantânea e muita coisa precisa acontecer para ser convincente até que tudo se resolva, se é que vai mesmo se resolver. Eu só precisei de mais tempo pra poder absorver a complexidade da história e as incontáveis reviravoltas da trama. Então fico agradecida pela autora ter uma escrita fluída e ter criado um universo interessante o bastante para nos manter interessados no que está acontecendo, e, claro, curiosos pelo que está por vir. Mas confesso ter sido uma pena que ela não deu respostas pra todas as perguntas que fez surgir.
No meio de toda a confusão não poderia faltar os elementos relacionados aos personagens que, obviamente, faziam com que suas decisões ganhassem um peso extra, de tão grandiosas: Honra, obrigações, deveres, e o trágico - porém necessário - sacrifício. São fatores que fazem parte do processo e que são utilizados de forma inteligente para sustentar o enredo e seu desenvolvimento.
É impossível não nos impressionarmos com a construção de mundo e com a forma como a autora detalha os acontecimentos e os cenários ao mesmo tempo que insere tensão e emoção. A narrativa intercalada entre os personagens também foi necessária para acompanharmos e entendermos o desenvolvimento da história de forma mais ampla
Sobre os personagens, é incrível como cada um deles causa um sentimento diferente na gente.
Eu gostei demais da forma como Mare foi retratada (e não só ela, mas as outras personagens femininas também), pois soa como alguém muito real e humana, digna de admiração. Ela coloca seus princípios acima dela mesma, e dá valor ao que acredita, sempre com muita força e coragem, e ao mesmo tempo em que se mostra uma pessoa bem resolvida e decidida, ela também se mostra vulnerável em algumas situações e apenas seguia o coração.
E por falar em coração, assim como os livros anteriores, lá estava o triângulo amoroso entre Cal, Mare e Maven. No final das contas nem consigo considerar que seja mesmo um triângulo pois a coisa pende mais pro lado psicológico do que o físico. Maven, de forma bem direta, só serve para assombrar a relação de Cal e Mare (não que essa relação seja o principal fator da história, afinal, há uma guerra terrível rolando lá fora pra se preocupar), mas não consigo sequer culpá-lo pois qualquer um em seu lugar já teria cedido e perdido o que restou de sua sanidade e instabilidade mental, mesmo que ele ainda tenha sido capaz de manter a ambição.
Também gostei do desenvolvimento de Evangeline e, devido a todas as experiências que teve, seja sobre as escolhas que precisou tomar, ou o que precisou enfrentar com relação aos seus deveres, família e amor, acho que ela foi a personagem que mais se destacou. Ela começa como uma rival ardilosa de Mare, mas acaba se transformando totalmente quando se liberta do que lhe foi imposto pelos seus pais, dessa forma ela pôde ir em busca do que queria: ficar ao lado de Elane. No final, fica bem evidente que a maior batalha de Evangeline era por ela mesma, e embora o seu final tenha sido de acordo com sua jornada, eu gostei do que aconteceu de forma geral.
Não vou me aprofundar em todos os personagens, caso contrário a resenha vai ficar mais extensa do que já está, mas posso dizer que eles tem suas virtudes, mas também tem seus defeitos, alguns aprendem com os erros, outros não, e todos trazem essas características de maneiras diferentes e únicas.
Enfim, ainda não consigo acreditar que Tempestade de Guerra é o último volume da série. A autora nos deu um desfecho que ainda fica aberto à imaginação e à várias interpretações, mas, mesmo não sendo perfeito, o que acredito ter sido a intenção dela, não deixa de ser sólido e satisfatório. Muitas pontas soltas foram amarradas e a trama principal foi resolvida. E talvez a ideia seja mesmo deixar o resto com a gente.
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Fantasia
Ano: 2018
Páginas: 702
Nota:★★★★☆
Sinopse: Mare Barrow aprendeu rápido que, para vencer, é preciso pagar um preço muito alto. Depois da traição de Cal, ela se esforça para proteger seu coração e continuar a lutar junto aos rebeldes pela liberdade de todos os vermelhos e sanguenovos de Norta. A jovem fará de tudo para derrubar o governo de uma vez por todas — começando pela coroa de Maven.Resenha: Depois de ter sido traída por Cal, Mare quer continuar sua luta junto aos rebeldes em busca da tão sonhada liberdade para os vermelhos e os sanguenovos de Morta. Ao mesmo tempo em que tenta endurecer emocionalmente a fim de resguardar seu coração partido, ela não hesitará para derrubar o governo dos prateados. O problema é que é impossível vencer uma guerra sozinha, assim, Mare não vê outra alternativa a não ser, junto com a Guarda Escarlate, se unir novamente a Cal e seus aliados. Mas, como nem tudo são flores, Maven, como um bom e velho e doentio vilão, não abriria mão de sua obsessão por Mare e passaria por cima de tudo e de todos para tê-la por perto.
Mas nenhuma guerra pode ser vencida sem ajuda, e logo Mare se vê obrigada a se unir ao garoto que partiu seu coração para derrotar aquele que quase a destruiu. Cal tem aliados prateados poderosos que, somados à Guarda Escarlate, se tornam uma força imbatível. Por outro lado, Maven é guiado por uma obsessão profunda e fará qualquer coisa para ter Mare de volta, nem que tenha que passar por cima de tudo — e todos — no caminho.
Seguindo o mesmo estilo dos livros anteriores, este realmente cumpre o que promete no quesito batalhas, guerra e sangue. Por um lado isso foi muito bom, principalmente por descrever uma batalha da forma terrível e real como ela é, mas, por outro lado, quebrou boa parte do ritmo com acontecimentos que se arrastaram mais do que deveriam se unindo a intermináveis jogos políticos que variavam de acordo com a conveniência. As situações, assim como as alianças, mudavam a cada instante, e as traições e os inimigos não ficavam de fora, mesmo que se reduzissem com o passar do tempo. Então, por mais que eu tenha ficado envolvida e gostado bastante, foi uma leitura que demorei muito pra finalizar. O livro é longo, ponto. Não acho que seria realmente necessário que algumas partes fossem enxugadas a fim de economizar páginas, pois entendo que numa guerra as coisas não se resolvem de forma instantânea e muita coisa precisa acontecer para ser convincente até que tudo se resolva, se é que vai mesmo se resolver. Eu só precisei de mais tempo pra poder absorver a complexidade da história e as incontáveis reviravoltas da trama. Então fico agradecida pela autora ter uma escrita fluída e ter criado um universo interessante o bastante para nos manter interessados no que está acontecendo, e, claro, curiosos pelo que está por vir. Mas confesso ter sido uma pena que ela não deu respostas pra todas as perguntas que fez surgir.
No meio de toda a confusão não poderia faltar os elementos relacionados aos personagens que, obviamente, faziam com que suas decisões ganhassem um peso extra, de tão grandiosas: Honra, obrigações, deveres, e o trágico - porém necessário - sacrifício. São fatores que fazem parte do processo e que são utilizados de forma inteligente para sustentar o enredo e seu desenvolvimento.
É impossível não nos impressionarmos com a construção de mundo e com a forma como a autora detalha os acontecimentos e os cenários ao mesmo tempo que insere tensão e emoção. A narrativa intercalada entre os personagens também foi necessária para acompanharmos e entendermos o desenvolvimento da história de forma mais ampla
Sobre os personagens, é incrível como cada um deles causa um sentimento diferente na gente.
Eu gostei demais da forma como Mare foi retratada (e não só ela, mas as outras personagens femininas também), pois soa como alguém muito real e humana, digna de admiração. Ela coloca seus princípios acima dela mesma, e dá valor ao que acredita, sempre com muita força e coragem, e ao mesmo tempo em que se mostra uma pessoa bem resolvida e decidida, ela também se mostra vulnerável em algumas situações e apenas seguia o coração.
E por falar em coração, assim como os livros anteriores, lá estava o triângulo amoroso entre Cal, Mare e Maven. No final das contas nem consigo considerar que seja mesmo um triângulo pois a coisa pende mais pro lado psicológico do que o físico. Maven, de forma bem direta, só serve para assombrar a relação de Cal e Mare (não que essa relação seja o principal fator da história, afinal, há uma guerra terrível rolando lá fora pra se preocupar), mas não consigo sequer culpá-lo pois qualquer um em seu lugar já teria cedido e perdido o que restou de sua sanidade e instabilidade mental, mesmo que ele ainda tenha sido capaz de manter a ambição.
Também gostei do desenvolvimento de Evangeline e, devido a todas as experiências que teve, seja sobre as escolhas que precisou tomar, ou o que precisou enfrentar com relação aos seus deveres, família e amor, acho que ela foi a personagem que mais se destacou. Ela começa como uma rival ardilosa de Mare, mas acaba se transformando totalmente quando se liberta do que lhe foi imposto pelos seus pais, dessa forma ela pôde ir em busca do que queria: ficar ao lado de Elane. No final, fica bem evidente que a maior batalha de Evangeline era por ela mesma, e embora o seu final tenha sido de acordo com sua jornada, eu gostei do que aconteceu de forma geral.
Não vou me aprofundar em todos os personagens, caso contrário a resenha vai ficar mais extensa do que já está, mas posso dizer que eles tem suas virtudes, mas também tem seus defeitos, alguns aprendem com os erros, outros não, e todos trazem essas características de maneiras diferentes e únicas.
Enfim, ainda não consigo acreditar que Tempestade de Guerra é o último volume da série. A autora nos deu um desfecho que ainda fica aberto à imaginação e à várias interpretações, mas, mesmo não sendo perfeito, o que acredito ter sido a intenção dela, não deixa de ser sólido e satisfatório. Muitas pontas soltas foram amarradas e a trama principal foi resolvida. E talvez a ideia seja mesmo deixar o resto com a gente.
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O Resgate no Mar - Diana Gabaldon
12 de outubro de 2018
Título: O Resgate no Mar - Outlander #3
Autora: Diana Gabaldon
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance histórico/Fantasia
Ano: 2018
Páginas: 992
Nota:★★★★★♥
Resenha: A pedido dos fãs, a Editora Arqueiro decidiu lançar os livros da série Outlander em volumes únicos, e mesmo não sendo fã de livros com capas de filme/série (eu queria muito que mantivessem o padrão das primeiras capas), essa decisão foi uma benção, pois eu já tinha os dois primeiros volumes sem essa divisão de partes e estava relutante em adquirir os demais livros separados, até agora.
Não sei se seria um spoiler começar a resenha com o alerta de que Jamie não morreu na batalha de Culloden, mas como a série é enorme e ainda tem muita coisa pra acontecer, já era de se esperar que o homem estivesse vivo e inteiro. A surpresa fica para Claire que, no presente, acreditava ter perdido o grande amor de sua vida, até descobrir que estava enganada...
Mas vinte anos se passaram. Ela reconstruiu e se readaptou a uma nova vida, tinha uma carreira bem sucedida como médica cirurgiã, e também teve Brianna, a filha que carregava quando viajou no tempo de volta para o presente, e que Frank assumira como sua.
Assim, quando Claire descobre que seu amado está vivo, a única coisa que ela quer - e precisa - é voltar para reencontrá-lo, mesmo que não soubesse como, exatamente, faria isso, e o que poderia encontrar.
E enquanto Claire se prepara sem deixar de pensar que sua vida poderia ter sido muito diferente se não tivesse ido embora, acompanhamos a jornada de sobrevivência de Jamie, que não foi nada fácil e lhe serviu de experiência para suas próximas decisões, inclusive profissionais. Porém, depois de vinte anos (e metade do livro também), o tempo se encarregou de deixar feridas, e nenhum dos dois continuou sendo quem costumavam ser. Mas será que o tempo também foi responsável por mudar o amor que havia entre eles?
É difícil fazer uma resenha digna dos livros de Diana Gabaldon, não só pela quantidade de páginas, mas pela complexidade da história. É impossível resumir em poucas palavras o turbilhão de acontecimentos que de desenrolam, as incontáveis reviravoltas, os toques de bom humor, as confusões que o casal se mete, e o misto de emoções que a história nos causa. É preciso ler (vale assistir a série também) pra entender pelo menos um pouco dessa sensação, que diga-se de passagem, é tão agoniante quanto maravilhosa. A narrativa é recheada de detalhes e se desenrola com muito dinamismo e fluidez, e vários acontecimentos que parecem não ter muita importância, acabam sendo peças chave na resolução de um problema lá na frente.
Mas, como estamos falando de Diana Gabaldon e o quanto essa abençoada autora não perde a oportunidade de arrasar os corações alheios, mesmo com o tão esperado reencontro as coisas não seriam tão fáceis assim. Novamente o destino - e um sequestro - separa os dois, e eles farão de tudo para ficarem juntos outra vez, nem que pra isso precisem enfrentar muitos perigos.
O que importa é que, através de Claire e de Jamie, o significado de um amor que quebra todas as barreiras e sobrevive a qualquer coisa é compreendido. Percebemos o imenso vazio dentro deles por estarem incompletos, e como eles levaram a vida, infelizes, por estarem tão longe um do outro, logo é impossível não se emocionar.
Jamie não é mais aquele rapaz inocente e deslumbrado com a mulher. Ele agora é cheio de determinação. E Claire, muito mais madura, sempre age com a razão. E mesmo que eles tenham mudado de várias formas, a essência permaneceu. Eles se amam, se respeitam, compreendem um ao outro, combinam entre si, e a química, emocional e sexual, está mais forte do que nunca. Mas, eles guardam segredos acerca do que viveram sozinhos, com intenção de não ferir os sentimentos do outro, mas talvez esses segredos podem interferir de forma negativa nesse relacionamento. Assim, além das várias reviravoltas, perigos, encontros e reencontros, o amor que sentem um pelo outro é posto à prova o tempo todo. As quase mil páginas desse volume passam mais rápido do que esperávamos e ao final só queremos mais. E tudo isso com um pano de fundo histórico maravilhoso e cheio de detalhes de tirar o fôlego.
Enfim, Outlander é leitura obrigatória para fãs de romances arrebatadores, emocionantes e viciantes.
Autora: Diana Gabaldon
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance histórico/Fantasia
Ano: 2018
Páginas: 992
Nota:★★★★★♥
Sinopse: Há vinte anos Claire Randall voltou no tempo e encontrou o amor de sua vida – Jamie Fraser, um escocês do século XVIII. Mas, desde que retornou à sua própria época, ela sempre pensou que ele tinha sido morto na Batalha de Culloden.
Agora, em 1968, Claire descobre, com a ajuda de Roger Wakefield, evidências de que seu amado pode estar vivo. A lembrança do guerreiro escocês não a abandona… seu corpo e sua alma clamam por ele em seus sonhos. Claire terá que fazer uma escolha: voltar para Jamie ou ficar com Brianna, a filha dos dois.
Jamie, por sua vez, está perdido. Os ingleses se recusaram a matá-lo depois de sufocarem a revolta de que ele fazia parte. Longe de sua amada e em meio a um país devastado pela guerra e pela fome, o rapaz precisa retomar sua vida.
As intrigas ficam cada vez mais perigosas e, à medida que tempo e espaço se misturam, Claire e Jamie têm que encontrar a força e a coragem necessárias para enfrentar o desconhecido. Nesta viagem audaciosa, será que eles vão conseguir se reencontrar?
Resenha: A pedido dos fãs, a Editora Arqueiro decidiu lançar os livros da série Outlander em volumes únicos, e mesmo não sendo fã de livros com capas de filme/série (eu queria muito que mantivessem o padrão das primeiras capas), essa decisão foi uma benção, pois eu já tinha os dois primeiros volumes sem essa divisão de partes e estava relutante em adquirir os demais livros separados, até agora.
Não sei se seria um spoiler começar a resenha com o alerta de que Jamie não morreu na batalha de Culloden, mas como a série é enorme e ainda tem muita coisa pra acontecer, já era de se esperar que o homem estivesse vivo e inteiro. A surpresa fica para Claire que, no presente, acreditava ter perdido o grande amor de sua vida, até descobrir que estava enganada...
Mas vinte anos se passaram. Ela reconstruiu e se readaptou a uma nova vida, tinha uma carreira bem sucedida como médica cirurgiã, e também teve Brianna, a filha que carregava quando viajou no tempo de volta para o presente, e que Frank assumira como sua.
Assim, quando Claire descobre que seu amado está vivo, a única coisa que ela quer - e precisa - é voltar para reencontrá-lo, mesmo que não soubesse como, exatamente, faria isso, e o que poderia encontrar.
E enquanto Claire se prepara sem deixar de pensar que sua vida poderia ter sido muito diferente se não tivesse ido embora, acompanhamos a jornada de sobrevivência de Jamie, que não foi nada fácil e lhe serviu de experiência para suas próximas decisões, inclusive profissionais. Porém, depois de vinte anos (e metade do livro também), o tempo se encarregou de deixar feridas, e nenhum dos dois continuou sendo quem costumavam ser. Mas será que o tempo também foi responsável por mudar o amor que havia entre eles?
É difícil fazer uma resenha digna dos livros de Diana Gabaldon, não só pela quantidade de páginas, mas pela complexidade da história. É impossível resumir em poucas palavras o turbilhão de acontecimentos que de desenrolam, as incontáveis reviravoltas, os toques de bom humor, as confusões que o casal se mete, e o misto de emoções que a história nos causa. É preciso ler (vale assistir a série também) pra entender pelo menos um pouco dessa sensação, que diga-se de passagem, é tão agoniante quanto maravilhosa. A narrativa é recheada de detalhes e se desenrola com muito dinamismo e fluidez, e vários acontecimentos que parecem não ter muita importância, acabam sendo peças chave na resolução de um problema lá na frente.
Mas, como estamos falando de Diana Gabaldon e o quanto essa abençoada autora não perde a oportunidade de arrasar os corações alheios, mesmo com o tão esperado reencontro as coisas não seriam tão fáceis assim. Novamente o destino - e um sequestro - separa os dois, e eles farão de tudo para ficarem juntos outra vez, nem que pra isso precisem enfrentar muitos perigos.
O que importa é que, através de Claire e de Jamie, o significado de um amor que quebra todas as barreiras e sobrevive a qualquer coisa é compreendido. Percebemos o imenso vazio dentro deles por estarem incompletos, e como eles levaram a vida, infelizes, por estarem tão longe um do outro, logo é impossível não se emocionar.
Jamie não é mais aquele rapaz inocente e deslumbrado com a mulher. Ele agora é cheio de determinação. E Claire, muito mais madura, sempre age com a razão. E mesmo que eles tenham mudado de várias formas, a essência permaneceu. Eles se amam, se respeitam, compreendem um ao outro, combinam entre si, e a química, emocional e sexual, está mais forte do que nunca. Mas, eles guardam segredos acerca do que viveram sozinhos, com intenção de não ferir os sentimentos do outro, mas talvez esses segredos podem interferir de forma negativa nesse relacionamento. Assim, além das várias reviravoltas, perigos, encontros e reencontros, o amor que sentem um pelo outro é posto à prova o tempo todo. As quase mil páginas desse volume passam mais rápido do que esperávamos e ao final só queremos mais. E tudo isso com um pano de fundo histórico maravilhoso e cheio de detalhes de tirar o fôlego.
Enfim, Outlander é leitura obrigatória para fãs de romances arrebatadores, emocionantes e viciantes.
Wishlist #55 - Funko Pop - Coraline
11 de outubro de 2018
Quem é fã de Neil Gaiman com certeza conhece um dos seus livros mais famosos: Coraline. O livro também ganhou uma adaptação cinematográfica da menininha que está infeliz com seus pais, já que eles nunca tem tempo pra ela, e vive entediada. Assim, ao passar por uma portinha mágica que descobre na nova casa pra onde se mudou, ela acaba se deparando com um universo paralelo que é exatamente igual ao original com versões diferentes de sua família e conhecidos, exceto pelo fato de que todos têm botões no lugar dos olhos. Esse mundo alternativo um lugar onde ela é feliz e seus sonhos se realizam, e seu outro pai e sua outra mãe são atenciosos, carinhosos e fazem de tudo por ela. Mas as coisas não são bem o que parecem, e ela acaba vivendo uma aventura sombria, cheia de mistérios e muitos perigos.
Sou fã do desenho, do livro, e nem preciso dizer que quando a Funko anunciou o lançamento dessas belezuras, já entraram pra wishlist na mesma hora.
Sou fã do desenho, do livro, e nem preciso dizer que quando a Funko anunciou o lançamento dessas belezuras, já entraram pra wishlist na mesma hora.
Pacote Completo - Lauren Blakely
10 de outubro de 2018
Título: Pacote Completo - Big Rock #4
Autora: Lauren Blakely
Editora: Faro Editorial
Gênero: Romance
Ano: 2018
Páginas: 240
Nota:★★★★★
Resenha: Chase Summer é um médico gatíssimo que trabalha no pronto socorro de um hospital em Nova York, e claro, chama atenção de toda a mulherada. A forma como ele atende os pacientes é hilária, principalmente quando ele precisa lidar com os "problemas" que eles arrumam. Mas o que anda preocupando Chase é que morar em Nova York não é nada barato, e seu contrato de aluguel está prestes a vencer...
De outro lado, Josie Hammer é uma confeiteira de sucesso, reconhecida mundialmente pelos seus doces criativos e deliciosos. Ela também mora em Nova York e está a procura de um apartamento e de um colega de quarto para dividirem o aluguel.
Josie é irmã do melhor amigo de Chase, Wyatt (sim, o mesmo de Bem Safado!) e eles cresceram juntos. Assim, aproveitando da sólida amizade e unindo o útil ao agradável, a convite de Josie, os dois decidem dividir um apartamento. Porém, Chase precisa se segurar para que a amiga não perceba que ele é a fim dela há anos, assim não passaria por um completo imbecil e nem correria o risco de arruinar essa amizade. Para Chase, nada poderia ultrapassar o limite dessa friend zone... Mas, dividir um apartamento com uma mulher tão linda e sexy quanto Josie, não seria uma tarefa tão fácil quando Chase não consegue controlar o próprio tesão...
Narrado em primeira pessoa, a história vai se desenvolvendo com muita fluidez e é super gostosa de se acompanhar. As cenas engraçadas também são um prato cheio para o envolvimento e o livro acaba sendo lido super rápido. É incrível como a autora consegue por em palavras de uma forma tão fácil as coisas que se passam na cabeça dos homens, como eles agem, falam e tudo mais.
Chase é aquele tipo de personagem que, mesmo tendo um certo estereótipo, é irresistível e encantador. O homem é lindo, engraçado e um verdadeiro gentleman.
Josie, claro, não fica atrás. Ela também é bonita, sexy, altruísta e cheia de talento.
O x da questão aqui é que, em nome da amizade, eles não querem perder um ao outro estragando a relação se envolvendo intimamente, assim por mais que eles estejam super apaixonados um pelo outro, e o tesão esteja escorrendo pelos seus corpos quase fazendo com que entrem em combustão, Chase fica evitando avançar o sinal. Assim a história vai se desenrolando enquanto ficamos loucas pra eles se acertarem logo e pararem de serem tão teimosos.
Uma das coisas que achei mais legal em meio a história, foi me deparar com algumas das receitas (e os nomes malucos delas) retiradas do livro de Josie. É cada coisa maravilhosa que, só de imaginar, meu vício por açúcar e outras gordices já começa a ficar descontrolado. Me acuda, Deus.
O modo de preparo dessas receitas também é algo que dá um toque super especial a elas, pois além de ensinar como são feitas, Josie também faz comentários sobre os próprio sentimentos e dá dicas minuciosas de como fisgar o crush pelo estômago com a receita em questão. Dessa forma também temos acesso a um pouco do que se passa com ela também.
Pacote Completo é um livro cujo nome não poderia ser mais adequado. Um casal com a química a mil, um homem lindo e muito generoso, várias confusões, cenas eróticas e fumegantes, muito bom humor e fome! Esse é um livro que deixa a gente com fome, minha gente! Nos dois sentidos da coisa, cá entre nós...
Autora: Lauren Blakely
Editora: Faro Editorial
Gênero: Romance
Ano: 2018
Páginas: 240
Nota:★★★★★
Sinopse: Chase levava uma vida tranquila como médico na movimentada Nova York. Sucesso entre as mulheres, parecia que não faltava nada... até que descobre que seu contrato de aluguel está para vencer e se vê entre duas opções: morar na rua e dividir apartamento com a deslumbrante irmã do seu melhor amigo. O problema é que conseguir um bom apartamento em Nova York é mais difícil do que encontrar o amor verdadeiro.
Mas como um homem comum pode resistir a uma situação como essa? O difícil vai ser segurar a tentação diante da tensão sexual que desperta toda vez que os dois dividem bons momentos. Entre conversas, pizzas e risadas, o clima esquenta e Chase percebe que aquela que em pouco tempo já se tornou uma amiga, pode ser algo mais... talvez um pacote completo.
Resenha: Chase Summer é um médico gatíssimo que trabalha no pronto socorro de um hospital em Nova York, e claro, chama atenção de toda a mulherada. A forma como ele atende os pacientes é hilária, principalmente quando ele precisa lidar com os "problemas" que eles arrumam. Mas o que anda preocupando Chase é que morar em Nova York não é nada barato, e seu contrato de aluguel está prestes a vencer...
De outro lado, Josie Hammer é uma confeiteira de sucesso, reconhecida mundialmente pelos seus doces criativos e deliciosos. Ela também mora em Nova York e está a procura de um apartamento e de um colega de quarto para dividirem o aluguel.
Josie é irmã do melhor amigo de Chase, Wyatt (sim, o mesmo de Bem Safado!) e eles cresceram juntos. Assim, aproveitando da sólida amizade e unindo o útil ao agradável, a convite de Josie, os dois decidem dividir um apartamento. Porém, Chase precisa se segurar para que a amiga não perceba que ele é a fim dela há anos, assim não passaria por um completo imbecil e nem correria o risco de arruinar essa amizade. Para Chase, nada poderia ultrapassar o limite dessa friend zone... Mas, dividir um apartamento com uma mulher tão linda e sexy quanto Josie, não seria uma tarefa tão fácil quando Chase não consegue controlar o próprio tesão...
Narrado em primeira pessoa, a história vai se desenvolvendo com muita fluidez e é super gostosa de se acompanhar. As cenas engraçadas também são um prato cheio para o envolvimento e o livro acaba sendo lido super rápido. É incrível como a autora consegue por em palavras de uma forma tão fácil as coisas que se passam na cabeça dos homens, como eles agem, falam e tudo mais.
Chase é aquele tipo de personagem que, mesmo tendo um certo estereótipo, é irresistível e encantador. O homem é lindo, engraçado e um verdadeiro gentleman.
Josie, claro, não fica atrás. Ela também é bonita, sexy, altruísta e cheia de talento.
O x da questão aqui é que, em nome da amizade, eles não querem perder um ao outro estragando a relação se envolvendo intimamente, assim por mais que eles estejam super apaixonados um pelo outro, e o tesão esteja escorrendo pelos seus corpos quase fazendo com que entrem em combustão, Chase fica evitando avançar o sinal. Assim a história vai se desenrolando enquanto ficamos loucas pra eles se acertarem logo e pararem de serem tão teimosos.
Uma das coisas que achei mais legal em meio a história, foi me deparar com algumas das receitas (e os nomes malucos delas) retiradas do livro de Josie. É cada coisa maravilhosa que, só de imaginar, meu vício por açúcar e outras gordices já começa a ficar descontrolado. Me acuda, Deus.
O modo de preparo dessas receitas também é algo que dá um toque super especial a elas, pois além de ensinar como são feitas, Josie também faz comentários sobre os próprio sentimentos e dá dicas minuciosas de como fisgar o crush pelo estômago com a receita em questão. Dessa forma também temos acesso a um pouco do que se passa com ela também.
Pacote Completo é um livro cujo nome não poderia ser mais adequado. Um casal com a química a mil, um homem lindo e muito generoso, várias confusões, cenas eróticas e fumegantes, muito bom humor e fome! Esse é um livro que deixa a gente com fome, minha gente! Nos dois sentidos da coisa, cá entre nós...
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Big Rock,
Faro Editorial,
Lauren Blakely,
Resenha,
Romance
Bem Safado - Lauren Blakely
9 de outubro de 2018
Título: Bem Safado - Big Rock #3
Autora: Lauren Blakely
Editora: Faro Editorial
Gênero: Romance/New Adult
Ano: 2018
Páginas: 240
Nota:★★★★★
Resenha: Wyatt Hammer é um empreiteiro não apenas bem-sucedido em Nova York, ele também é bem humorado, muito inteligente e super gato. Embora ele sempre seja requisitado por clientes endinheirados por ser um profissional muito eficiente e dedicado, ele peca pela sua total falta de organização. Assim, para poder expandir seu negócio, ele contrata uma assistente para ajudá-lo com a parte burocrática da coisa.
Natalie é organizada, esperta e super eficiente, e, mesmo que eles tentem manter as coisas no lado profissional, principalmente por que Wyatt já teve outras experiências e sabe que nunca se deve misturar negócios com prazer, a atração sexual entre os dois é inevitável.
Quando surge uma oportunidade de um grande projeto em Las Vegas, eles viajam juntos mas, chegando lá, acabam recebendo uma notícia péssima. Sem ter muito o que fazer, eles decidem aproveitar a viagem e afogar as mágoas curtindo tudo que a cidade das luzes e da diversão pode oferecer, mas entre cassinos, montanhas-russas e capelas para casamentos rápidos, aquele ditado que diz que "o que acontece em Vegas, fica em Vegas", não poderia estar mais errado...
O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Wyatt, e assim como nos livros anteriores que seguem esse mesmo padrão, é muito interessante acompanhar a história pelo ponto de vista masculino. Há trechos onde aparecem mensagens trocadas pelos personagens, e quando Natalie conversa com a irmã, podemos ter acesso ao ponto de vista dela também, o que acaba expandindo o horizonte do leitor sobre ela. A fluidez da leitura e a forma como a história é envolvente, mesmo tendo seus clichês, fazem do livro um dos melhores do gênero.
Os personagens também são interessantes, e mesmo que possuam algumas características batidas, as situações que eles enfrentam e as decisões que tomam, fazem com que a história tenhas suas surpresas. Um ponto bacana é que embora a tensão sexual seja muita, ainda há o fator da amizade entre os personagens. Há uma cumplicidade que é construída e não se perde com o início de um relacionamento.
Mesmo que o livro traga personagens diferentes, vez ou outra os personagens dos outros livros dão as caras, logo é possível pegar alguns spoilers de leve se eles não forem lidos em sequência.
A autora também consegue trabalhar bem temas relacionados à traumas sofridos e suas consequências, e o quanto é importante manter amigos e família por perto pra se ter apoio, dessa forma a história não fica focada apenas num casal vivendo loucamente suas experiências sexuais, mas também ganha mais profundidade ao trabalhar camadas, personalidades e os sentimentos mais íntimos de cada um deles.
Autora: Lauren Blakely
Editora: Faro Editorial
Gênero: Romance/New Adult
Ano: 2018
Páginas: 240
Nota:★★★★★
Sinopse: O empreiteiro Wyatt é bem-sucedido, inteligente, engraçado, bem... servido, mas nada organizado! Para lidar com a burocracia do negócio e ajudar na expansão de sua empresa, ele contrata a super eficiente Natalie.
Os dois tem uma forte atração sexual, mas mantêm a relação apenas no âmbito profissional.... Isso até eles se verem num bar de Las Vegas e receberem uma notícia desastrosa. Para salvar a noite eles resolvem curtir tudo que a cidade do pecado tem a oferecer... desde uma certa montanha-russa até uma capela para casamentos rápidos. E o problema é que o que aconteceu em Vegas, não ficou em Vegas...
Resenha: Wyatt Hammer é um empreiteiro não apenas bem-sucedido em Nova York, ele também é bem humorado, muito inteligente e super gato. Embora ele sempre seja requisitado por clientes endinheirados por ser um profissional muito eficiente e dedicado, ele peca pela sua total falta de organização. Assim, para poder expandir seu negócio, ele contrata uma assistente para ajudá-lo com a parte burocrática da coisa.
Natalie é organizada, esperta e super eficiente, e, mesmo que eles tentem manter as coisas no lado profissional, principalmente por que Wyatt já teve outras experiências e sabe que nunca se deve misturar negócios com prazer, a atração sexual entre os dois é inevitável.
Quando surge uma oportunidade de um grande projeto em Las Vegas, eles viajam juntos mas, chegando lá, acabam recebendo uma notícia péssima. Sem ter muito o que fazer, eles decidem aproveitar a viagem e afogar as mágoas curtindo tudo que a cidade das luzes e da diversão pode oferecer, mas entre cassinos, montanhas-russas e capelas para casamentos rápidos, aquele ditado que diz que "o que acontece em Vegas, fica em Vegas", não poderia estar mais errado...
O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Wyatt, e assim como nos livros anteriores que seguem esse mesmo padrão, é muito interessante acompanhar a história pelo ponto de vista masculino. Há trechos onde aparecem mensagens trocadas pelos personagens, e quando Natalie conversa com a irmã, podemos ter acesso ao ponto de vista dela também, o que acaba expandindo o horizonte do leitor sobre ela. A fluidez da leitura e a forma como a história é envolvente, mesmo tendo seus clichês, fazem do livro um dos melhores do gênero.
Os personagens também são interessantes, e mesmo que possuam algumas características batidas, as situações que eles enfrentam e as decisões que tomam, fazem com que a história tenhas suas surpresas. Um ponto bacana é que embora a tensão sexual seja muita, ainda há o fator da amizade entre os personagens. Há uma cumplicidade que é construída e não se perde com o início de um relacionamento.
Mesmo que o livro traga personagens diferentes, vez ou outra os personagens dos outros livros dão as caras, logo é possível pegar alguns spoilers de leve se eles não forem lidos em sequência.
A autora também consegue trabalhar bem temas relacionados à traumas sofridos e suas consequências, e o quanto é importante manter amigos e família por perto pra se ter apoio, dessa forma a história não fica focada apenas num casal vivendo loucamente suas experiências sexuais, mas também ganha mais profundidade ao trabalhar camadas, personalidades e os sentimentos mais íntimos de cada um deles.
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Na Telinha - BoJack Horseman (1ª Temporada)
8 de outubro de 2018
Título: Bojack Horseman
Temporada: 1 | Episódios: 12
Elenco: Will Arnett, Alison Brie, Amy Sedaris, Paul F. Tompkins, Aaron Paul
Gênero: Animação/Comédia/Drama/Fantasia
Ano: 2014
Duração: 25min
Classificação: +16
Nota: ★★★★★
BoJack Horseman é uma sitcom que se passa numa Las Vegas onde humanos e animais antropomórficos coexistem em sociedade de forma bastante natural e pacífica. BoJack é um "cavalo-homem" que estrelou um show de comédia familiar nos anos 90 chamado Horsin' Around, onde ele era o protagonista que fazia o papel de uma figura paterna para três crianças humanas e órfãs. Com o posterior fracasso e fim do seriado, BoJack caiu no esquecimento. Vinte anos depois, ele vive a base de bebidas, sexo e drogas em sua mansão, mas agora pretende voltar aos tempos de glória. Para isso, ele vai contar com a ajuda (ou com as trapalhadas) de Todd, seu amigo humano, de sua agente e ex-namorada, a gata Princess Carolyn, e de sua nova ghost writer, a humana Diane Nguyen, que foi indicada pelo seu editor para escrever a biografia de BoJack numa tentativa de voltar a ter alguma relevância como ator em Hollywood, ou, como fica conhecida posteriormente, Hollywoo.
Então, é iniciada a trajetória de BoJack em busca de reconquistar sua fama, e nesse caminho cheio de altos e baixos (e com muitos mais baixos do que altos, diga-se de passagem), vamos conhecendo quem ele é, de verdade.
Embora a primeira temporada foque bastante num BoJack relutante em dar informações sobre sua vida a Diane para que ela escreva sua biografia, suas atitudes deixam bem claro que, embora seja obcecado em ser o melhor, no fundo ele é bastante fechado com relação ao que sente, tem suas inseguranças e não sabe bem como lidar com tudo o que acontece, principalmente com o tédio da própria vida. Obviamente isso não passa despercebido por Diane, que é muito realista e sempre está a postos tomando nota de tudo para que a obra fique fiel a imagem dele, tanto exterior, quanto interior.
Talvez umas das dificuldades de BoJack em se abrir com Diane seja pelo fato dela ser a namorada de Mr. Peanutbutter, um golden retriever super animado e cheio de disposição, que também é ator e estrelou uma série bastante parecida com a série que BoJack fez no passado. Como ele enxerga Mr. Peanutbutter como um tipo de rival, mesmo que isso não seja recíproco por parte do cachorro, ele demora a se sentir confortável para começar a falar de si com alguém que ele acredita não poder confiar plenamente até que se prove o contrário.
Ele é inteligente, às vezes se aproveita de algumas situações acreditando que está se dando bem, mas mesmo que o que ele faz possa prejudicar algumas pessoas, ele, no fundo, não quer o mal para ninguém.
Todd vem dormindo no sofá de BoJack há cinco anos. Desde que frequentou uma festa na casa dele, nunca mais foi embora. Ele é desleixado e não tem muito senso de realidade, e acaba sofrendo alguns abusos por estar nessa posição. Ele é quase como o Alan sendo humilhado por Charlie em Two and a Half Men.
Princess Carolyn é uma workaholic que não perde nenhuma oportunidade quando o assunto é dinheiro, e fica tentando conseguir qualquer trabalho na TV para BoJack, porém, com a reputação dele, a tarefa não é nada fácil.
Assim, cada personagem tem um arco próprio, com personalidades distintas e objetivos diferentes, e, aos poucos, vamos conhecendo mais de cada um deles e vendo como suas vidas, por mais glamourosas que possam parecer quando vistas de fora, na verdade são tristes, depressivas e muito solitárias, pois eles não conseguem chegar lá e sempre tem algo que os puxa pra baixo.
A própria abertura da série já evidencia o quando BoJack é infeliz e solitário, mesmo que viva promovendo festas de arromba e esteja rodeado de pessoas, que ele sequer conhece.
Através dessa tentativa de BoJack em resgatar sua fama, vemos o quanto o mundo do show business não é sempre flores, e que por trás das cortinas - e das aparências - há muito mais sujeira e podridão do que se pode imaginar. A série mostra tudo isso com bastante realidade, usando de sarcasmo e humor negro para expor situações delicadas e chocantes que envolvem depressão, drogas, álcool, sexo, misoginia, machismo, chantagens, abusos, e afins, e que causam impacto o suficiente para colocar o expectador para refletir, seja pelos diálogos super inteligentes ou pelos acontecimentos que vão se desenrolando ao longo da temporada.
Um ponto que achei bem bacana é que, por mais que os animais convivam em sociedade e mantenham relações de todos os tipos com os humanos ou com outros animais, sejam da mesma espécie ou não, eles não perderam seus hábitos biológicos, logo somos agraciados com várias cenas hilárias nesse sentido. Não sei se foi intenção, mas eu inclusive cheguei a pensar que essa mistura foi uma forma do criador da série mostrar que é possível sim, conviver em harmonia e respeitar todas as diferenças de quem quer que seja, por mais esquisitas e peculiares que sejam.
Enfim, embora seja recheada de drama pelos temas pesados que trata, BoJack Horseman é uma série com vários toques de bom humor ao mesmo tempo que é sombria, reflexiva e brilhantemente incômoda.
Temporada: 1 | Episódios: 12
Elenco: Will Arnett, Alison Brie, Amy Sedaris, Paul F. Tompkins, Aaron Paul
Gênero: Animação/Comédia/Drama/Fantasia
Ano: 2014
Duração: 25min
Classificação: +16
Nota: ★★★★★
Sinopse: BoJack é um decadente cavalo que trabalha na TV. Uma estrela já esquecida de um seriado da década de 1990 chamado Horsin' Around, ele disfarça sua baixa auto-estima com uísque e relações fracassadas. Com a ajuda de Todd, seu parceiro humano, e a ex-amante Princess Carolyne, ele quer deixar novamente a sua marca no mundo do entretenimento.
BoJack Horseman é uma sitcom que se passa numa Las Vegas onde humanos e animais antropomórficos coexistem em sociedade de forma bastante natural e pacífica. BoJack é um "cavalo-homem" que estrelou um show de comédia familiar nos anos 90 chamado Horsin' Around, onde ele era o protagonista que fazia o papel de uma figura paterna para três crianças humanas e órfãs. Com o posterior fracasso e fim do seriado, BoJack caiu no esquecimento. Vinte anos depois, ele vive a base de bebidas, sexo e drogas em sua mansão, mas agora pretende voltar aos tempos de glória. Para isso, ele vai contar com a ajuda (ou com as trapalhadas) de Todd, seu amigo humano, de sua agente e ex-namorada, a gata Princess Carolyn, e de sua nova ghost writer, a humana Diane Nguyen, que foi indicada pelo seu editor para escrever a biografia de BoJack numa tentativa de voltar a ter alguma relevância como ator em Hollywood, ou, como fica conhecida posteriormente, Hollywoo.
Então, é iniciada a trajetória de BoJack em busca de reconquistar sua fama, e nesse caminho cheio de altos e baixos (e com muitos mais baixos do que altos, diga-se de passagem), vamos conhecendo quem ele é, de verdade.
Embora a primeira temporada foque bastante num BoJack relutante em dar informações sobre sua vida a Diane para que ela escreva sua biografia, suas atitudes deixam bem claro que, embora seja obcecado em ser o melhor, no fundo ele é bastante fechado com relação ao que sente, tem suas inseguranças e não sabe bem como lidar com tudo o que acontece, principalmente com o tédio da própria vida. Obviamente isso não passa despercebido por Diane, que é muito realista e sempre está a postos tomando nota de tudo para que a obra fique fiel a imagem dele, tanto exterior, quanto interior.
Talvez umas das dificuldades de BoJack em se abrir com Diane seja pelo fato dela ser a namorada de Mr. Peanutbutter, um golden retriever super animado e cheio de disposição, que também é ator e estrelou uma série bastante parecida com a série que BoJack fez no passado. Como ele enxerga Mr. Peanutbutter como um tipo de rival, mesmo que isso não seja recíproco por parte do cachorro, ele demora a se sentir confortável para começar a falar de si com alguém que ele acredita não poder confiar plenamente até que se prove o contrário.
Ele é inteligente, às vezes se aproveita de algumas situações acreditando que está se dando bem, mas mesmo que o que ele faz possa prejudicar algumas pessoas, ele, no fundo, não quer o mal para ninguém.
Todd vem dormindo no sofá de BoJack há cinco anos. Desde que frequentou uma festa na casa dele, nunca mais foi embora. Ele é desleixado e não tem muito senso de realidade, e acaba sofrendo alguns abusos por estar nessa posição. Ele é quase como o Alan sendo humilhado por Charlie em Two and a Half Men.
Princess Carolyn é uma workaholic que não perde nenhuma oportunidade quando o assunto é dinheiro, e fica tentando conseguir qualquer trabalho na TV para BoJack, porém, com a reputação dele, a tarefa não é nada fácil.
Assim, cada personagem tem um arco próprio, com personalidades distintas e objetivos diferentes, e, aos poucos, vamos conhecendo mais de cada um deles e vendo como suas vidas, por mais glamourosas que possam parecer quando vistas de fora, na verdade são tristes, depressivas e muito solitárias, pois eles não conseguem chegar lá e sempre tem algo que os puxa pra baixo.
A própria abertura da série já evidencia o quando BoJack é infeliz e solitário, mesmo que viva promovendo festas de arromba e esteja rodeado de pessoas, que ele sequer conhece.
Através dessa tentativa de BoJack em resgatar sua fama, vemos o quanto o mundo do show business não é sempre flores, e que por trás das cortinas - e das aparências - há muito mais sujeira e podridão do que se pode imaginar. A série mostra tudo isso com bastante realidade, usando de sarcasmo e humor negro para expor situações delicadas e chocantes que envolvem depressão, drogas, álcool, sexo, misoginia, machismo, chantagens, abusos, e afins, e que causam impacto o suficiente para colocar o expectador para refletir, seja pelos diálogos super inteligentes ou pelos acontecimentos que vão se desenrolando ao longo da temporada.
Um ponto que achei bem bacana é que, por mais que os animais convivam em sociedade e mantenham relações de todos os tipos com os humanos ou com outros animais, sejam da mesma espécie ou não, eles não perderam seus hábitos biológicos, logo somos agraciados com várias cenas hilárias nesse sentido. Não sei se foi intenção, mas eu inclusive cheguei a pensar que essa mistura foi uma forma do criador da série mostrar que é possível sim, conviver em harmonia e respeitar todas as diferenças de quem quer que seja, por mais esquisitas e peculiares que sejam.
Enfim, embora seja recheada de drama pelos temas pesados que trata, BoJack Horseman é uma série com vários toques de bom humor ao mesmo tempo que é sombria, reflexiva e brilhantemente incômoda.
Wishlist #54 - Funko Pop - Tangled (atualizado em dez/20)
5 de outubro de 2018
Já deu pra perceber que um dos meus focos no universo dos colecionáveis, além de Harry Potter, são os popineos da Disney, mais especificamente das princesas. Claro que Rapunzel não poderia ficar de fora da lista, assim como Maximus, o cavalo da guarda que se torna seu fiel guardião. Minha única ressalva é a falta de personagens como Mamãe Gothel e Flynn Rider pra compôr esse mini set tão lindo! ♥
Resumo do mês - Setembro
1 de outubro de 2018
Nem acredito que comecei bem o mês, mas acabei desandando total com os problemas do dia-a-dia e todas as minhas preocupações da vida adulta. É stresse que não acaba mais, é a vontade de desistir de tudo batendo na porta outra vez, e aquela sensação de que quanto mais a gente peleja, mais errado as coisas saem. Mas, vamo levando que a esperança é a última que morre, e no final das contas tudo vai dar certo.
Aqui o que teve no bloguito esse mês:
♥ Resenhas
- A Duquesa Feia - Eloisa James
- A Origem do Mundo - Liv Strömquist
- O Impostor - Tarryn Fisher
- A Ameaça Sombria - Melissa Grey
- A Nuvem - Neal Shusterman
♥ Na Telinha
- (Des)encanto (1ª temporada)
♥ Tag
- Spring Flowers Book Tag
♥ Wishlist
- Funkos de The Princess and The Frog
- Funkos de Dragon Ball
- Funkos de BoJack Horseman
- Funkos de Fantastic Beasts and Where to Find Them
♥ Caixa de Correio de Setembro
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