O Clube dos Oito - Daniel Handler

9 de julho de 2018

Título: O Clube dos Oito
Autor: Daniel Handler
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Suspense
Ano: 2018
Páginas: 400
Nota:★★★★★
Sinopse: Como um grupo de jovens estudantes bem-educados acabou se envolvendo num escândalo que chocou um país? Por que tantos especialistas em comportamento juvenil têm algo a dizer quando o assunto é o Clube dos Oito? Até quando inúmeras manchetes de jornal e programas de TV sensacionalistas vão explorar o caso nos mínimos detalhes? Para fazer com que a verdade venha à tona, Flannery Culp, a dita líder do Clube, decide tornar público o diário que manteve ao longo do seu desastroso último ano de ensino médio. Agora que está presa por cometer um assassinato, a garota tem tempo de editar o que escreveu e revisitar a rotina que levava ao lado de seus sete melhores amigos. A narrativa de Flan, permeada de professores da pior índole, um amor não correspondido, aulas complicadas e jantares pomposos, comprova que ela pode até ser uma adolescente criminosa — mas, pelo menos, é uma adolescente criminosa muito inteligente.

Resenha: Flannery Culp é uma adolescente do ensino médio que lidera o "Clube dos Oito", seu grupo de amigos. Tudo parecia muito normal entre esses adolescentes inteligentes e de personalidade forte, até Flannery ser presa acusada de assassinato e todos do grupo foram envolvidos nesse escândalo. Com tantas informações absurdas se espalhando pela mídia, Flannery decide divulgar um de seus bens mais preciosos: seu diário. Ela escrevia diariamente e as informações sobre seu último ano no ensino médio, o que aconteceu estaria registrado lá. Passado e presente se cruzam enquanto o diário está sendo lido, mas, editar alguns trechos antes de entregá-lo à mídia lhe parecia algo bastante conveniente...

A narrativa é feita em primeira pessoa, e desde o começo a protagonista conta que esta é uma versão editada de seu diário onde ela dá detalhes sobre como ela se tornou uma assassina. Durante a leitura, fica bem evidente que Flannery é uma garota muito inteligente e esperta, e a medida que ela dá detalhes sobre o que aconteceu no último ano, sempre ficava me perguntando se aquilo era verdade ou não, já que ela diz claramente que aquilo pode ter sido editado, na maior naturalidade.

As descrições são bem detalhadas, e é bem fácil perceber o personagem que está sendo mencionado. Todos são inteligentes e intelectuais (e bem estereotipados também), e também tem suas diferenças que facilitam na identificação de cada um, mas senti que em alguns pontos a história estava meio confusa, talvez porque a intenção da protagonista fosse nos confundir ou até mesmo pelo toque surreal do enredo.

Em meio a tudo isso, temas como abuso de bebidas alcoólicas, violência sexual e assédio também são abordados, porém de uma forma que não se encaixa muito bem nos dias de hoje. São temas delicados mas sem o devido aprofundamento, e encarados pelos personagens de uma forma nada séria. Dei uma pesquisada e descobri que este foi um dos primeiros livros do autor, e que para a época já foi considerado bem avançado por causa do tema abordado. É claro que há mais de vinte anos atrás as coisas eram encaradas de outra forma, mas acredito que os leitores sejam capazes de entender isso sem condenar o autor por criar personagens com comportamentos questionáveis. Então nem acho justo considerar esses pontos algo negativo na história. Uma coisa legal é que há toda aquela pegada dos anos 90, desde a tecnologia limitada até o convívio social, está presente de um jeito bem forte.

O Clube dos Oito é um suspense para o público mais jovem (mas nada impede que leitores mais velhos leia e gostem também), e eu, particularmente, achei o livro muito inteligente. O suspense, o mistério, e o tom sombrio aumentam a tensão durante a leitura e as reviravoltas são de tirar o fôlego, principalmente porque fazem com que o leitor reflita sobre comportamento, estilo de vida e até a decadência pessoal por causa de escolhas erradas e infelizes.

Aos Dezessete Anos - Ava Dellaira

7 de julho de 2018

Título: Aos Dezessete Anos
Autora: Ava Dellaira
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Romance
Ano: 2018
Páginas: 448
Nota:★★★★★
Sinopse: Quando tinha dezessete anos, Marilyn viveu um amor intenso, mas acabou seguindo seu próprio caminho e criando uma filha sozinha. Angie, por sua vez, é mestiça e sempre quis saber mais sobre a família do pai e sua ascendência negra, mas tudo o que sua mãe contou foi que ele morreu num acidente de carro antes de ela nascer.
Quando Angie descobre indícios de que seu pai pode estar vivo, ela viaja para Los Angeles atrás de seu paradeiro, acompanhada de seu ex-namorado, Sam. Em sua busca, Angie vai descobrir mais sobre sua mãe, sobre o que aconteceu com seu pai e, principalmente, sobre si mesma.

Resenha: Aos Dezessete Anos foi um livro que, num primeiro momento, me chamou atenção pelo nome. Gosto de leituras sobre a adolescência (até mesmo por eu estar nessa fase) e que retratam relações entre os familiares e todas as suas formas.
O livro conta a história de Marylin, a mãe, e Angie, a filha, e os momentos marcantes que elas passaram até chegar onde estão agora, tanto da mãe quando tinha seus dezessete anos, no passado, quanto da filha que atingiu essa idade agora.
Marylin viveu um grande amor no passado mas o destino fez com que ela seguisse sozinha, criando a filha sem a presença do pai que, segundo ela, havia morrido num acidente antes dela nascer. Angie, que é mestiça, sempre quis saber mais sobre suas origens pelo lado paterno que ela nunca conheceu, e de sua ascendência negra também, e, quando ela tem indícios de que ele pode estar vivo, ela parte atrás do pai junto com Sam, seu ex-namorado. E, nessa jornada, a garota vai descobrir sobre sua família, o que aconteceu com o pai e, acima de tudo, mais sobre si mesma.

O livro é narrado em terceira pessoa e a forma como foi escrito é a coisa mais linda. Não acho que eu deva dar mais detalhes sobre a história para não estragar a experiência de ninguém, mas posso dizer que Aos Dezessete Anos é uma história tão triste quanto profunda e bonita, com um toque de esperança que vai aquecer nossos corações.

A autora mostra que as escolhas de Marilyn no passado, mesmo que ela tenha feito de propósito ou não, afetaram diretamente na vida da filha, e como é viver essa idade através de duas personagens únicas, com personalidades marcantes, sonhos e até mesmo os dramas dessa fase, e por alguns momentos eu consegui me ver na pele de cada uma delas, seja me fazendo lembrar de algumas situações que passei, ou torcendo por elas para que tudo ficasse bem. Não posso dizer que sei exatamente como é crescer sem a presença de uma figura paterna, mas tenho uma boa noção de como isso pode ser frustrante, principalmente quando não se sabe nada de alguém que, de certa forma, foi responsável pela minha existência. E a autora consegue explorar esse tema de uma forma muito satisfatória, convincente e realista.

No final das contas senti que a história é uma mistura de sentimentos e emoções, que fala de amadurecimento, autodescoberta, sobre sonhos e desejos, sobre nossos medos e até sobre as escolhas erradas que tomamos na vida e suas consequências que acabam servindo de exemplo e aprendizado, e que embora nada seja fácil, devemos continuar levando a vida sem desistir.


Rio Vermelho - Amy Lloyd

6 de julho de 2018

Título: Rio Vermelho
Autora: Amy Lloyd
Editora: Faro Editorial
Gênero: Thriller/Suspense
Ano: 2018
Páginas: 276
Nota:★★★★☆
Sinopse: Você acredita nele... então porque está com tanto medo?
Como confrontar quem você ama quando você não tem certeza se quer saber a verdade?
Há vinte anos, Dennis Danson foi preso pelo assassinato brutal de uma jovem no condado de Red River, na Flórida. Agora ele é o assunto de um documentário sobre crimes reais que está lançando um frenesi online para descobrir a verdade e libertar um homem que foi condenado erroneamente. A mil milhas de distância na Inglaterra, Samantha está obcecado com o caso de Dennis. Ela troca cartas com ele e é rapidamente conquistada por seu aparente charme e bondade para ela. Logo ela deixou sua velha vida para se casar com ele e fazer campanha para sua libertação. Mas quando a campanha é bem sucedida e Dennis é libertado, Sam começa a descobrir novos detalhes que sugerem que ele pode não ser tão inocente...

Resenha: Há vinte anos, Dennis Danson foi acusado e condenado a dezoito anos de prisão pelo assassinato de Holly Michaels no condado de Red River, na Flórida. A morte da jovem provocou uma investigação a nível nacional sobre as mortes de várias outras mulheres, o que gerou um impacto enorme na mídia. O caso ficou muito famoso e rendeu um documentário, e Dennis passou a atrair a atenção de políticos, celebridades, influenciadores e de diversas outras pessoas, incluindo Samantha.
Samantha é uma professora britânica que teve contato com o caso de Dennis através de Mark, seu ex namorado, e, desde então, ela ficou obcecada pelo rapaz. Ela não concorda com a condenação dele por não haver provas concretas do crime, passa horas na internet em busca de informações e teorias sobre o rapaz, e sua indignação com tamanha injustiça fez com que ela se tornasse um membro ativo dos seguidores dos fóruns que apoiam e fazem protestos pela liberdade de Dennis. No meio de tudo isso, um novo documentário sobre o caso de Dennis seria feito por Carrie, e novas investigações a fim de reunir mais informações sobre o rapaz seriam necessárias.
Quando Sam decide escrever para Dennis para demonstrar apoio, ela se surpreende por ele responder e parecer ser um cara tão simpático e amável. Pouco tempo depois o relacionamento se intensifica, Sam está cada vez mais apaixonada e acaba largando tudo na Inglaterra para ir pros EUA para continuar apoiando e lutando pela liberdade dele. Quando novas evidências sugerem que Dennis era mesmo inocente, não demora para que os dois se casem, e Samantha não vê a hora de recomeçar sua vida ao lado se seu marido. A ideia de viver um conto de fadas com seu verdadeiro amor era algo irresistível pra ela. Porém, com o passar do tempo, Sam percebe que as coisas não são o que parecem, as novas descobertas sobre o caso começam a vir à tona, e talvez Dennis, cujo comportamento mudou drasticamente, possa ser tudo, menos inocente...

A escrita, de forma geral, é excelente. As descrições acerca de personagens e cenários foram feitas na dose certa. A autora também aproveita pra inserir críticas sociais e trazer discussões relevantes à tona de uma forma inteligente e que se encaixa perfeitamente com questões da atualidade, como por exemplo, alguém ser preso apenas por "parecer suspeito".

Os personagens foram muito bem construídos e são muito próximos da realidade. Por mais absurda que possa parecer a ideia de uma mulher interessada em um cara condenado por assassinato, um suposto maníaco perigoso, isso é algo que realmente existe, e ter acesso ao ponto de vista de uma dessas mulheres que largam suas vidas em nome desse "amor", foi algo tão incômodo quanto interessante, pois praticamente nenhum dos nossos questionamentos, desde os menores pensamentos até a própria sanidade mental, passam despercebidos.

O diferencial aqui é que a história não gira em torno do mistério dos assassinatos, mas sim de um relacionamento - que, veja bem, não significa ser um romance! - incomum e que vai se moldando a partir das descobertas sobre o passado dele, e a partir da reação de Sam ao comportamento do marido. Segredos e desconfianças passam a ser o centro desse casamento, e resta saber se Dennis é ou não inocente. Outro elemento utilizado pela autora que funciona como crítica aos moldes da sociedade é sobre o uso desenfreado das redes sociais e da internet pelas pessoas para espalharem suas convicções, julgando (mitas vezes sem saber), tirando conclusões do além, condenando ou inocentando os outros, muitas vezes sem informações reais e concretas, mas que ainda assim desencadeiam grandes comoções e atingem milhões de pessoas, que passam a seguir ou não aquilo.

Samantha é uma personagem complicada, no mínimo perturbada. Sua insegurança e suas experiências passadas são um prato cheio para alguém manipulador que só está esperando uma oportunidade de se dar bem. O que parece é que ela vive em busca de algo para preencher seu vazio, ou de alguém que não a faça se sentir descartável, mas faz isso de forma insana. Ela não parece bater muito bem da cabeça e suas atitudes são questionáveis. E sabendo que Sam precisava de tão pouco, Dennis, que também passou por maus bocados no passado com a família, logo percebeu o que precisava fazer ou falar para controlar esse relacionamento da forma que lhe fosse conveniente. Ele é bastante complexo. Em frente das câmeras ele se comporta como um bom moço, mas na companhia da esposa ele é misterioso e parece esconder coisas, no mínimo, sombrias. Sendo assim, não espere por exemplos de integridade nesses personagens. Eles tem defeitos, alguns são insuportáveis, outros completos malucos, e com certeza algumas de suas escolhas e atitudes vão deixar os leitores agoniados e aflitos.

A diagramação, como sempre, é muito caprichada. O livro apresenta transcrições de depoimentos fictícios do caso, que colaboram bastante para que o leitor fique imerso e realmente acredite nessa história.
Em certos pontos achei que o ritmo da leitura não se manteve. Há várias reviravoltas e caminhos inesperados que a autora deu aos personagens, mas muito da intriga se diminuía frente a elementos não tão interessantes ao meu ver, e isso acabou não me deixando tão surpreendida quanto eu gostaria, mesmo que eu tenha me envolvido o bastante para não largar o livro enquanto não chegou ao final.
Rio Vermelho é aquele tipo de livro que vai deixar os leitores reflexivos acerca de toda a situação doentia criada pela autora, assim como servirá para avaliarmos a ideia de que nem sempre o que acreditamos como sendo a verdade absoluta, por obsessão ou coisa do tipo, corresponde à realidade...

A Rainha de Tearling - Erika Johansen

4 de julho de 2018

Título: A Rainha de Tearling - A Rainha de Tearling #1
Autora: Erika Johansen
Editora: Suma de Letras
Gênero: Fantasia/Distopia/Jovem Adulto
Ano: 2018
Páginas: 352
Nota:★★★★★
Sinopse: Quando a rainha Elyssa morre, a princesa Kelsea é levada para um esconderijo, onde é criada em uma cabana isolada, longe das confusões políticas e da história infeliz de Tearling, o reino que está destinada a governar. Dezenove anos depois, os membros remanescentes da Guarda da Rainha aparecem para levar a princesa de volta ao trono – mas o que Kelsea descobre ao chegar é que a fortaleza real está cercada de inimigos e nobres corruptos que adorariam vê-la morta. Mesmo sendo a rainha de direito e estando de posse da safira Tear – uma joia de imenso poder –, Kelsea nunca se sentiu mais insegura e despreparada para governar. Em seu desespero para conseguir justiça para um povo oprimido há décadas, ela desperta a fúria da Rainha Vermelha, uma poderosa feiticeira que comanda o reino vizinho, Mortmesne. Mas Kelsea é determinada e se torna cada dia mais experiente em navegar as políticas perigosas da corte. Sua jornada para salvar o reino e se tornar a rainha que deseja ser está apenas começando. Muitos mistérios, intrigas e batalhas virão antes que seu governo se torne uma lenda... ou uma tragédia.

Resenha: A Rainha de Tearling é uma fantasia Medieval, escrita por Erika Johansen e publicada pela Suma de Letras. A história traz um diferencial pois se passa num futuro distópico onde, ao que tudo indica, a humanidade regrediu e o conhecimento ficou para trás. Tecnologia não existe mais, poucos livros ainda são encontrados e a medicina é precária.
Kelsea é uma princesa, ela não sabe porquê, mas foi enviada para longe de sua mãe, pela própria, quando ainda era um bebê. Foi então criada por Barty, um pai adotivo amoroso, e Carlin que, embora distante, ensinava tudo o que a menina precisava saber para, um dia, assumir o trono, mas era fria com a garota e o próprio marido, ela tinha pilhas de livros, eles eram sua paixão e isso fez com que Kelsea desenvolvesse um grande amor pela literatura.
A verdadeira princesa deveria ter uma marca no braço (feita quando bebê) e um colar, e ela os tinha. E assim quando a guarda da Rainha (que já havia morrido há muitos anos) foi buscar a menina, provar sua identidade não foi problema. Então, ela seguiu viagem com vários desconhecidos, deixando seus pais adotivos para trás, o que não deveria ser um problema, afinal ela foi criada sabendo que aos dezenove anos isso iria acontecer. Ela precisava assumir o Trono.
Foi uma viagem difícil, seu tio não queria deixar que ela assumisse a coroa e seu intuito era mesmo matar a garota antes que ela conseguisse chegar ao castelo. Então, viajar se escondendo não foi o melhor dos começos para a nossa princesa.
Ela precisou ser separada dos guardas, seguindo viagem apenas com Lázarus, também conhecido como Clava, por causa da arma que carregava. Então ela conhece um homem misterioso, que penso, ainda vai ter uma grande importância lá na frente!
Enfim, ela chega ao castelo, para assumir o Trono, só que seu tio não vai facilitar e os problemas de Kelsea estão só começado. Ele quer o Trono para si, Kelsea está no caminho, então, deverá ser tirada do caminho, simples assim.
A garota imaginava sua mãe, perfeita, mas vai descobrir que a coisa não é bem assim, afinal, uma mãe perfeita não abre mão da filha em prol de um trono não é??? Agora ela vai ter que decidir se vai seguir o caminho fraco e acomodado de sua mãe ou traçar seu próprio caminho.
Anos atrás a mãe da menina havia assinado um acordo com a Rainha Vermelha, uma bruxa má, "dona" de quase tudo e esse acordo acaba por despertar em Kelsea enfim, o desejo de assumir seu Trono por direito e consertar as coisas, só que isso não e fácil e ela vai descobrir isso da pior maneira possível. A guarda da Rainha, sob o comando de Clava, havia permanecido fiel à mãe e agora jura lealdade a menina, só que também não vai ser fácil conseguir tal lealdade e, lembra a joia que falei lá em cima? pois ela é bem mais do que uma joia e vai sim ajudar a então nova Rainha, mas não sem antes a meter em algumas confusões....

Se vocês pensam que contei muito da história, tudo isso se passa ainda no começo do livro, logo fica bem claro o quanto a história é fluída e dinâmica com relação aos acontecimentos.
Estava com uma expectativa enorme em torno deste livro e devo confessar que superou todas as minhas expectativas. A narrativa dinâmica da obra é surpreendente! Sério, não há momentos calmos ou parados e a ação está ali sempre, com mais ou menos ênfase, mas está sempre lá.
Se eu for contar tudo o que julgo importante fico escrevendo eternamente e ainda assim não terei contado tudo, e isso ainda sem spoiler, o livro é recheadinho de ação e acontecimentos reveladores.

Eu simplesmente amei esse livro. Não sei se vocês perceberam, mas eu não falei nada sobre um casal, é por que não há! Penso que isso vai mudar nos próximos livros e eu até tenho um candidato em mente, ou dois... Mas aqui não teve nada disso e não fez falta, porque acontece tanta coisa e tão rápido que não fez falta um par romântico.
Não confundam esse dinamismo a que eu me referi com uma coisa atropelada, pois não é, a narrativa é ótima, flui perfeitamente bem e gente não consegue parar de ler enquanto não chega a última página.
Há mistérios não solucionados, por exemplo, o pai da Kelsea não foi revelado (ah...eu também tenho um candidato, espero estar certa!), mas isso não impediu que o livro ganhasse um final, ficaram pontas soltas que mais podemos chamar de ganchos e foi isso que me deixou ansiosa pela sequência dessa história incrível.

O livro é denso, tem capítulos bem longos e há muitas descrições, e embora algumas coisas tenham ficado sem explicação, o que é de se esperar considerando que este volume é o primeiro e é mais introdutório, é super interessante e gostoso de se acompanhar. Superou minhas expectativas e vou continuar acompanhando os próximos livros. Para quem gosta de fantasias que se passam na época medieval com aquela pegada distópica, é livro mais do que recomendado!