Sociedade da Rosa - Marie Lu

17 de novembro de 2016

Título: Sociedade da Rosa - Jovens de Elite #2
Autora: Marie Lu
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Tradutora: Rachel Agavino
Gênero: YA/Fantasia
Ano: 2016
Páginas: 336
Nota: ★★★★★
Onde comprar: Saraiva | SubmarinoAmericanas
Sinopse: Depois de ser renegada pela família, ela é traída por aqueles em quem confiou, e parte em busca de outros malfettos — sobreviventes da febre do sangue que, como ela, possuem dons fantásticos —, para formar um exército próprio e combater a Inquisição do Eixo. Mas o ódio e o medo que a alimentam podem levá-la por caminhos perigosos, e uma oferta tentadora vai testar a verdadeira natureza dos seus poderes e de sua personalidade. Uma sequência de tirar o fôlego para uma saga épica.

Resenha: Sociedade da Rosa é o segundo volume da trilogia Jovens de Elite, fantasia medieval escrita pela autora Marie Lu e dá sequência à história de Adelina Amouteru do ponto onde parou no primeiro volume.

Atenção, esta resenha tem spoilers do livro anterior!

Depois da traição que sofreu, Adelina foge de Kenettra e jura vingança aos inquisidores (aqueles que perseguem e matam os malfettos), aos Punhais, que a expulsaram, e a Teren, que foi responsável pela morte de Enzo. Mas, para isso, ela precisa formar um novo grupo para unir forças e conseguir cumprir com seu objetivo. Ela, então, se junta à sua irmã, Violetta.
Enquanto isso, a rainha de Beldain, com a ajuda dos Punhais, planeja tomar Kenettra, mas Adelina não vai permitir tal posse e os caminhos das duas vão se cruzar numa batalha épica pelo trono.
Mas em meio a tudo isso, será que Adelina vai conseguir controlar seus poderes e chegar aos seus objetivos mais sombrios?

Adelina é a protagonista, mas isso não quer dizer que ela seja a heroína, muito pelo contrário. Assim como apontei na resenha do livro anterior, Adelina é uma vilã, e neste volume a confusão de sentimentos que ela vem nutrindo, assim como a escuridão que avança sobre si cada vez mais rápido, faz com que ela não tenha piedade, destrua o que ou quem estiver em seu caminho, e na falta de controle prejudica a si mesma. Dito isso, se você é do tipo de torce por mocinhos e sente repulsa por vilões, talvez não vá querer amar alguém feito pra se odiar... Adelina é movida por todas as tragédias do seu passado e se alimenta do ódio que guarda dentro de si, e a autora não dá uma pista sequer que de ela se arrepende do que fez, que pensa duas vezes no que pretende fazer, ou que tem intenções de se transformar em boa moça. E pensando nessa situação, que tipo de final trágico ou mirabolante essa trilogia nos reserva já que vilões não tem finais felizes? Sinceramente, com todo o ódio que Adelina sente, só vejo ruínas e caos no futuro dela.

Tudo o que acontece é consequência do que foi feito, e cada estratégia bolada e executada faz com que o leitor pense que alguma coisa lá na frente vai acontecer em decorrência disso. E quando o assunto é Adelina, devido as atitudes e escolhas que ela faz, só resta que ela assuma a responsabilidade pelo que fez, ou que fará.

Sociedade da Rosa tem a mesma estrutura que Jovens de Elite, com a maioria dos capítulos destinados à Adelina e outros que se alternam entre Teren, Raffaele e Maeve. Mais uma vez esse tipo de narrativa favoreceu a trama (e os leitores) já que traz pontos de vista diferentes e acrescentam mais informações relevantes à história, principalmente pelo ritmo dos acontecimentos ser muito mais frenético. O foco maior, claro, fica em Adelina, e seu desenvolvimento ganha muito mais profundidade mostrando seu lado de vilã de uma forma mais intensa e profunda sendo possível, inclusive, levá-la muito mais a sério e até temê-la!

Enquanto o primeiro livro parece ter maiores intenções em definir fundamentos da história de Adelina, este traz uma história de ambição e vingança pura. Basicamente o enredo se concentra na tomada de poder, na ascensão, e não importa se para chegar lá as pessoas morram, se o caminho será cheio de dor e se os sentimentos que virão à tona serão indescritíveis e obscuros.

Os personagens estão mais consistentes, principlmente agora que não há mais necessidade de entrar em detalhes acerca da ambientação, e embora a trama seja simples, a complexidade dos personagens e suas motivações são os fatores que movem a história. Todos eles se encontram em situações que são verdadeiros jogos psicológicos, há várias reviravoltas, mortes inesperadas e gratuitas (ou será que não?), renascimentos milagrosos (???) e as pontas bem amarradas não deixam espaço para questionamentos ou furos, e o melhor de tudo é que é um volume que realmente faz a diferença na história, os acontecimentos são de extrema importância e é impossível não se envolver ou não ansiar pelo próximo.

Jovens de Elite já é uma das minhas trilogias favoritas, não só por se passar na era medieval com toques de fantasia e trazer uma protagonista única e original, tomada pelo rancor e que sai por aí levando caos e morte por onde passa, mas porque Marie Lu escreve maravilhosamente bem e é impossível não se viciar em suas histórias. Teminei o livro esbaforida, sem fôlego, ansiosa pelo que vem a seguir e, embora anti heróico, fiquei satisfeita com o rumo da história que, com certeza, surpreendeu e superou todas as expectativas.


Juntando os Pedaços - Jennifer Niven

16 de novembro de 2016

Título: Juntando os Pedaços
Autora: Jennifer Niven
Editora: Seguinte
Gênero: Romance/YA
Ano: 2016
Páginas: 392
Nota: ★★★★☆
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Jack tem prosopagnosia, uma doença que o impede de reconhecer o rosto das pessoas. Quando ele olha para alguém, vê os olhos, o nariz, a boca… mas não consegue juntar todas as peças do quebra-cabeça para gravar na memória. Então ele usa marcas identificadoras, como o cabelo, a cor da pele, o jeito de andar e de se vestir, para tentar distinguir seus amigos e familiares. Mas ninguém sabe disso — até o dia em que ele encontra a Libby. Libby é nova na escola. Ela passou os últimos anos em casa, juntando os pedaços do seu coração depois da morte de sua mãe. A garota finalmente se sente pronta para voltar à vida normal, mas logo nos primeiros dias de aula é alvo de uma brincadeira cruel por causa de seu peso e vai parar na diretoria. Junto com Jack. Aos poucos essa dupla improvável se aproxima e, juntos, eles aprendem a enxergar um ao outro como ninguém antes tinha feito.

Resenha: Juntando os Pedaços é o mais recente livro jovem adulto da autora Jennifer Niven publicado no Brasil pelo selo Seguinte, da Companhia das Letras.

Jack Masselin é um garoto popular da escola e sempre chama atenção por onde passa. Bonito, estiloso, descolado, em companhia de sua linda, porém esnobe e fútil, namorada, Caroline, ou cercado por seus amigos, ele desfila pela escola cheio de admiradores. O que ninguém sabe, já que ele faz questão de esconder a sete chaves, é que Jack sofre de prosopagnosia, uma doença neurológica que impede que ele reconheça as pessoas, por mais próximas que elas sejam. Ele é cercado por várias pessoas, mas não tem a menor ideia de quem são. Então, ele tenta memorizar algumas caracteristicas físicas, marcas, sinais, ou gestos particulares e individuais que o ajudem a identificar cada uma das pessoas que está a sua volta. O que importa é que Jack deve fingir, sempre, devido a depedência dos tais amigos, então por mais que tenha que suportar brincadeiras idiotas, o melhor é ignorar e ser a pessoa que os outros esperam que ele seja.

Libby Strout não teve uma vida muito fácil também... Aos onze anos ela perdeu a mãe e o trauma a afetou de uma forma bastante negativa. Ansiosa e inconsolável, Libby encontrou consolo na comida e chegou a pesar quase 300kg, deixou de sair de casa por não conseguir levantar da própria cama e ficou conhecida como a garota mais gorda dos EUA chegando inclusive a aparecer na mídia. Agora, aos dezesseis anos, Libby está mais de 130kg mais magra e está disposta a recuperar o tempo perdido. Ela decidiu voltar pra escola e só precisa lidar com seus problemas com ansiedade a fim de evitar ataques de pânico e tentar levar a vida da forma mais normal possível.
Porém, logo no primeiro dia de aula, Libby se torna vítima de uma "brincadeira" terrível e preconceituosa e vai parar na diretoria junto com Jack. A partir daí, uma amizade extremamente improvável vai nascer.

Narrado em primeira pessoa de forma muito fácil e fluída, e com os pontos de vista de Jack e Libby se alternando, acompanhamos uma história crua que retrata problemas muito delicados, como os protagonistas levam suas vidas ao lidar com eles e como eles aprendem a se enxergar por trás do que demonstram ser para os outros.
Jack tem aquela pose de fodão mas além de fingir ser quem não é, é muito inseguro e instável. E enquanto Libby quer mostrar que é inabalável, mesmo que esteja acima do peso, por dentro ela está desmoronando.

Por um lado eu gostei de ver esses temas sendo abordados numa história pois, de certa forma, foi interessante aprender mais sobre a prosopagnosia e as limitações que ela dá ao indivíduo, assim sobre como as pessoas podem ser intolerantes e cruéis com quem está acima do peso (mesmo que isso tenha vindo de um trauma extremamente doloroso e ninguém dê a mínima). O bullying ainda é um tema delicado e que gera grandes polêmicas, e se não fosse pela enorme dificuldade e mente fechada dos outros em aceitar e respeitar as diferenças, haveria mais respeito e empatia com o próximo e as coisas não seriam tão ruins. Mas, por outro lado, fiquei me questionando sobre o quê, de fato, o livro trata. Seria as consequências dos efeitos trágicos do bullying e da gordofobia e sobre como levar a vida com uma doença neurológica que causa uma desordem cognitiva, ou sobre o amor adolescente tão necessário - ou quase obrigatório - para um tipo de autoaceitação para algumas condições socialmente nada favoráveis ou pouco aceitas por estar fora dos padrões? É como se Libby só pudesse chegar ao fim de sua jornada rumo ao amor próprio e solucionar seus problemas se no meio do caminho encontrar alguém que goste dela, e mesmo sem química nenhuma, eis que surge Jack.
Ele se encontra numa prisão interna, com receios e incertezas sobre a própria vida e sua capacidade de ser aceito como alguém normal está sendo prejudicada, como se ele estivesse perdendo a própria identidade e deixando de viver, mas ainda assim ele consegue enxergar por trás da fortaleza que Libby construiu em volta de si mesma e, dessa forma, eles vão juntando os pedaços, se reerguendo, se completando e buscando conquistar não só espaço, mas amor próprio.

A autora nos presenteia com um enredo sensível, original e cheio de ousadia, que fará o leitor refletir e se emocionar, e, quem sabe, crescer junto com os personagens, tentando enxergar sempre o interior das pessoas já que a aparência ou certos tipos de limitações não necessariamente definem quem alguém é.

Na Telinha - A Viagem de Chihiro

15 de novembro de 2016

Título: A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no Kamikakushi)
Produção: Studio Ghibli
Elenco: Rumi Hiiragi, Miyu Irino, Mari Natsuki
Gênero: Animação/Fantasia/Aventura
Ano: 2003
Duração: 2h 02min
Classificação: Livre
Nota:★★★★★
Sinopse: Chihiro é uma garota de 10 anos que acredita que todo o universo deve atender aos seus caprichos. Ao descobrir que vai se mudar, ela fica furiosa. Na viagem, Chihiro percebe que seu pai se perdeu no caminho para a nova cidade, indo parar defronte um túnel aparentemente sem fim, guardado por uma estranha estátua. Curiosos, os pais de Chihiro decidem entrar no túnel e Chihiro vai com eles. Chegam numa cidade sem nenhum habitante e os pais de Chihiro decidem comer a comida de uma das casas, enquanto a menina passeia. Ela encontra com Haku, garoto que lhe diz para ir embora o mais rápido possível e ao reencontrar seus pais, Chihiro fica surpresa ao ver que eles se transformaram em gigantescos porcos. É o início da jornada de Chihiro por um mundo fantasma, povoado por seres fantásticos, no qual humanos não são bem-vindos.

Chihiro Ogino é uma garotinha mimada de dez anos que está odiando a ideia de se mudar de casa. Durante a mudança, seu pai toma um atalho para economizar tempo mas faz com que fiquem perdidos. Ao se depararem com um túnel misterioso, os pais de Chihiro decidem atravessá-lo para saber o que há além, mesmo que a menina resista e não queira ir, e acabam num vilarejo aparentemente abandonada mas com restaurantes cheios de muita comida. Com fome, eles decidem comer e Chihiro, que não estava gostando nada do que estava acontecendo, rejeita a comida e vai explorar o lugar. Ela conhece o jovem Mestre Hako, que a alerta sobre os perigos do vilarejo e que ela deveria ir embora antes que anoitecesse. Então, ela descobre que o povoado da cidade é composto por vários espíritos quando, no escuro, o lugar parece ganhar vida, e muito assustada, a garota volta para procurar os pais para irem embora, mas descobre que os dois se transformaram em porcos enormes e irracionais. Chihiro foge para procurar ajuda mas não esperava que para romper o feitiço e libertar os pais, ela teria que trabalhar para uma bruxa ambiciosa, dona de uma casa de banhos, num mundo povoado por criaturas e fantasmas que não possuem a menor simpatia por humanos.


A Viagem de Chihiro, a primeira vista, pode parecer um desenho infantil mas a riqueza dos detalhes, da trilha sonora e do próprio conteúdo mostra que o que pode ser absorvido vai depender da idade de quem assiste. Enquanto as crianças irão se deparar com uma aventura incrível por um mundo sobrenatural cheio de ação e muitos perigos, os adultos acompanharão uma parábola sobre a transição entre a infância e a idade adulta na busca por seus ideais, assim como o amadurecimento de uma garotinha, antes intragável, para alguém que enxerga a vida com outros olhos, aprendendo que só através do trabalho duro é possível conquistar o que desejamos, e só com atitudes e escolhas sensatas podemos conquistar o respeito alheio e atingir nossos objetivos.


No decorrer da animação podemos perceber que todas as situações que ela se depara são responsáveis por seu crescimento e por sua evolução como pessoa. Com o passar do tempo e de acordo com o que aprende com as experiências que tem, Chihiro passa a deixar o orgulho de lado para praticar a humildade, prova sua coragem por várias vezes, demonstra sabedoria nas mais diversas e perigosas situações, se responsabiliza pelas escolhas que faz, aprende a não fazer julgamentos baseada nas aparências, e consegue resistir a momentos de muita tensão e pressão praticamente sozinha em meio ao desconhecido, mostrando que mesmo num ambiente hostil onde a maioria das pessoas são gananciosas, arrogantes, interesseiras e perversas, é possível ignorar tudo o que pode corromper a alma, desenvolvendo, assim, um caráter admirável, tornando-se um símbolo de dignidade e bondade.


Acredito que o único porém é que devido a inspiração na cultura e em outros elementos orientais dos quais não tenho tanto conhecimento quanto gostaria, fiquei com aquela sensação de que há muito mais pra ser entendido e várias mensagens ou referências que não foram totalmente absorvidas.

Diferente de um conto de fadas, Chihiro não é o tipo de garotinha que precisa ser salva por um príncipe encantado enquanto sofre nas mãos de uma madrasta má e canta músicas felizes... Esqueça a maioria das princesas da Disney que mofam esperando o amor com suas lamúrias e infortúnios eternos.


Em suma, posso finalizar dizendo que A Viagem de Chihiro é o tipo de animação que traz muitas reflexões sobre a natureza humana através de metaforas simples sob um enredo rico, mágico e complexo que vai encantar qualquer um, independente da idade.

As Aventuras de Wonder Woman na Super Hero High - Lisa Yee

14 de novembro de 2016

Título: As Aventuras de Wonder Woman na Super Hero High - DC Super Hero Girls #1
Autora: Lisa Yee
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Tradutora: Raquel Zampil
Gênero: Infanto juvenil/Aventura
Ano: 2016
Páginas: 256
Nota: ★★★★☆
Onde comprar: Saraiva | Americanas
Sinopse: Wonder Woman quer ser uma super-heroína. Para isso, ela vai estudar na Super Hero High, especializada em desenvolver os poderes de seus alunos. Lá, ela terá que enfrentar seus maiores desafios: além dos exaustivos treinamentos e dos estudantes vilões, a jovem vai lidar com novas amizades e dividir o quarto com alguém que adora compartilhar fofocas nas redes sociais. Isso sem contar que Wonder Woman cresceu em uma ilha só de mulheres... E nunca estudou com garotos até entrar para o ensino  médio!

Resenha: As Aventuras de Wonder Woman na Super Hero High é o primeiro livro da série DC Super Hero Girls da autora Lisa Yee que concentra super heroínas - e vilãs - da DC Comics no período da adolescência no colegial. O livro foi publicado pelo selo Jovens Leitores da Editora Rocco.
Super Hero High é um lugar especializado não só em desenvolver os poderes de seus alunos que se tornarão futuros Super Heróis, ou Super Vilões, mas também mostrá-los seu papel na sociedade, seja combatendo o crime, ou causando o caos por onde passam...
Wonder Woman é uma adolescente que deixou a ilha onde morava para aprender a usar seus poderes e se tornar uma grande super heroína no mundo real. Ela é a mais nova aluna da Super Hero High e, mesmo podendo salvar o dia facilmente, ela terá que passar por desafios e sobreviver no dia a dia enfrentando treinamentos exaustivos, meninas malucas que adoram fofocar e navegar pelas redes sociais, garotos lindos, pessoas em perigo e se preocupar com a roupa em que veste ou com alguém tentando fazer com que ela saia da escola!

Ágil, recheado de humor, ação e até com toques relevantes sobre empoderamento feminino abordado de uma forma leve e pra todas as idades, o livro é bastante divertido do começo ao fim e os leitores mais jovens, até mesmo aqueles que não tem muito contato com o universo dos quadrinhos, vão curtir bastante os dilemas dos heróis, principalmente da jovem Mulher Maravilha, aprendendo a usar seus super poderes.

Embora alguns personagens masculinos marquem presença na história, o foco fica sobre as meninas, mostrando que mesmo adolescentes e com muito o que aprender, elas se mostram fortes, capazes e com histórias que lhes dão um outro tipo de perspectiva, tudo isso sem diminuí-las só por serem jovens.
Os personagens tem personalidades distintas e são bastante autênticos, mas bastante inocentes e até mesmo infantis. Devido ao público para o qual a obra se destina, fica perceptível que a autora procurou dar sutileza às situações de forma que não houvesse violência e talvez com intenção de que os leitores se acostumem ao ambiente, o livro é bastante introdutório e cheio de referências a outros personagens que acabam deixando o livro mais complexo do que deveria, mas nem por isso deixa de ser divertido.

O trabalho tráfico do livro é a coisa mais fofa. Além da capa ser uma graça com detalhes metalizados no título e nos cabelos, e retratando uma Wonder Woman adolescente sem perder traços que lembrem uma HQ, a diagramação é super caprichada com detalhes em azul, como a letra capitular e os detalhes de raios, bolinhas e estrelas tanto no topo dos capítulos quanto no rodapé e nas laterais das páginas.

O livro ainda deixa um gancho pro segundo volume quando outra jovem super heroína é apresentada, logo já estou curiosa pelas aventuras que o próximo livro nos reserva.
Pra quem gosta de ação, aventuras envolventes e personagens divertidos vai encontrar nesta história elementos encantadores inspirados em personagens clássicos do universo DC.