Os Vivos e os Mortos - Susan Beth Pfeffer

9 de outubro de 2016

Título: Os Vivos e os Mortos - Os Últimos Sobreviventes #2
Autora: Susan Beth Pfeffer
Editora: Bertrand
Gênero: YA/Distopia/Ficção Científica
Ano: 2016
Páginas: 378
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: A humanidade à beira da extinção vista pelos olhos de um adolescente de família humilde numa das cidades mais importantes do mundo. Um meteoro em rota de colisão com a Lua: um evento astronômico previsto com antecedência pelos cientistas. Só que para surpresa de todos, o impacto da colisão é bem maior do que o esperado, e a Lua sai de órbita, aproximando-se da Terra e alterando de modo catastrófico o clima do planeta. À medida que Nova York é devastada e tanto comida quanto ajuda tornam-se escassas, o adolescente porto-riquenho Alex Morales luta para manter suas irmãs, Bri e Julie, de 14 e 12 anos, a salvo. Com os pais desaparecidos, cabe a ele assumir responsabilidades inimagináveis e dar o seu melhor para sobreviver enquanto reza para que o restante de sua família volte com vida para casa.

Resenha: Os Vivos e os Mortos é o segundo volume da série distópica Os ùltimos Sobreviventes, escrita pela autora Susan Beth Pfeffer e publicado no Brasil pela Bertrand.
Embora se trate do segundo volume, os acontecimentos não partem do desfecho do primeiro livro e nem continuam com os mesmos personagens, e este pode, inclusive, ser lido de forma independente do anterior (eu recomendo que o anterior seja lido pois há um aprofundamento maior sobre a colisão do meteoro com a lua).

Desta vez o protagonista é Alex Morales, um garoto de dezessete anos que mora em Nova York com a família. Tudo parecia ir bem, até um meteoro colidir com a lua tirando-a de órbita e a deixando mais próxima da Terra. Como consequência, Nova York, assim como todo o mundo, passa a sofrer com todo tipo de desastre natural e os efeitos catastróficos que vieram com eles. Alex, então, se vê longe dos pais, do irmão mais velho e sendo responsável pelas duas irmãs mais novas, Bri e Julie. Sem telefone, com quedas de energia constantes e esperando por qualquer notícia, resta a eles se unirem a fim de enfrentar esta tragédia e se manterem salvos a qualquer custo.

Deixando diários de lado, o livro é narrado em terceira pessoa e teve uma pegada mais dramática se comparado ao primeiro livro. Há uma abrangência maior no que diz respeito a detalhes de cenário e visão de personagens e a questão da separação familiar e a preocupação com o paradeiro dos que estão desaparecidos. Acompanhamos o desespero de Alex não só em cuidar das irmãs e manter as aparências de que tudo vai ficar bem, mas também em encontrar sua mãe que ele sequer sabe se está viva ou morta. Por várias vezes Alex se depara com situações que o deixam com a sensação de fracasso, afinal, ele é jovem e devido ao ocorrido foi obrigado a amadurecer para ser responsável pelas irmãs, quase se comportando como um pai, mas ele é forte e se agarra a fé que tem para não desmoronar.
Enquanto Alex desperta a simpatia do leitor crescendo e se adaptando às novas condições do mundo, suas irmãs constrastam quando o assunto é a personalidade. Brianna é muito religiosa e isso acaba influenciando o irmão. Ele a admira muito por isso mas não fica muito satisfeito com Julie, a caçula rebelde sem causa. Essa diferença de personalidades gera conflitos e enriquece a trama já que cada um deles enxerga o fim do mundo a própria maneira, mas ao mesmo tempo sabem que precisam estar juntos a fim de vencer tal problema e é muito bonito acompanhar essa união entre irmãos em meio ao caos.

Eu, particularmente, achei esse segundo volume muito melhor do que o primeiro. Confesso que esperava que a história de Miranda (do primeiro livro) tivesse uma sequência e que o leitor pudesse acompanhar não só o desencadear do fim do mundo e a situação presente daqueles que vivem o momento, mas também o mundo pós apocalíptico mostrando o rumo que a tragédia deu aos sobreviventes, mas não posso negar que gostei de saber do ocorrido através de uma perspectiva nova e diferente. Esse modo de contar histórias distintas, utilizando de personagens diferentes com o mesmo pano de fundo é interessante e torna a trama bastante impactante, evidenciando situações de pessoas de lugares diferentes mas que foram afetadas de forma tão trágica quanto as demais. O impacto que o fim do mundo causa em alguém, por mais devastador que seja, não é encarado da mesma forma por ninguém. Cada um tem sua própria experiência de acordo com a forma como foi afetado. E pelos fatos discorrerem no presente, cabe ao leitor imaginar, em meio ao desespero, como a sociedade irá se reerguer...

O que pude perceber é que os livros tratam de forma geral sobre o amadurecimento de pessoas que são obrigadas a enfrentar situações drásticas e por isso tomam medidas extremas para lidar com tudo, e no caso de Os Vivos e os Mortos, o que ganha destaque, além desse amadurecimento, é a fé.

Após a reedição, a capa segue o mesmo padrão da primeira, mostrando uma lua bastante próxima e uma cidade em ruínas. A diagramação é simples, as páginas amarelas, os capítulos são datados para não nos perdemos no tempo em que a história se passa e não percebi erros na revisão.

Pra quem procura por uma distopia que mostra o desenrolar do fim do mundo, cheia de drama e momentos de extrema aflição envolvendo a luta pela sobrevivência, mas ainda com uma mensagem muito bonita sobre o poder da fé, da união e do melhor lado do ser humano, é leitura mais do que recomendada.

As Sete Irmãs - Lucinda Riley

8 de outubro de 2016

Título: As Sete Irmãs - As Sete Irmãs #1
Autora: Lucinda Riley
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance/Ficção
Ano: 2016
Páginas: 480
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: "Meus dedos tocaram a selenita em meu colar. Tudo o que podia imaginar era que ele foi mandando comigo, como uma espécie de recordação, talvez por minha mãe, quando Pa Salt me adotou. Ele dissera, quando me deu o presente, que havia uma história interessante pode trás daquela joia... Ele esperava que eu perguntasse. E eu desejava com todo o coração, naquele momento, ter perguntado." Agora que Maia e suas irmãs perderam o pai, cada uma delas tem em suas mãos a decisão de buscar ou não a verdade sobre sua família biológica. Maia não resiste ao chamado do passado e é atraída até o Rio de Janeiro, onde, auxiliada pelo escritor Floriano, irá mergulhar em uma história quase centenária. Nos anos 20, uma paixão devastadora entre uma aristocrata brasileira e um escultor francês é sufocada pelas convenções sociais. Uma pequena placa de pedra-sabão eternizou o amor de Izabela e Laurent, selando o destino de Maia. A escritora best-seller Lucinda Riley mergulhou na cultura e na história do nosso país para conhecer de perto os mitos e verdades sobre a construção de um dos mais emblemáticos monumentos à nossa fé: o Cristo Redentor. O resultado dessa experiência é uma trama surpreendente e sensual, recheada de elementos exóticos. A partir do momento em que, junto com Maia, aterrissamos no Rio de Janeiro, não vamos nos separar dela enquanto não decifrarmos os segredos de seu passado. E esse é apenas o começo da viagem.

Resenha: Misturando o passado e o presente, a autora Lucinda Riley apresenta no primeiro livro da série As Sete Irmãs o início de uma saga de descobertas de lugares exóticos e encantadores. Maia, a filha mais velha de Pa Salt, é a protagonista que deste primeiro volume. Após a perda do pai e uma carta deixada para ela, assim como para suas irmãs, Maia inicia uma viagem para o Rio de Janeiro para descobrir suas origens, com a ajuda de algumas coordenadas deixadas por Pa Salt. Ela e suas irmãs foram adotadas de diferentes lugares do mundo, e cabe a cada uma agora decidir se quer ou não saber de onde veio. Nesta aventura, Maia descobrirá suas raízes, um grande amor e aprenderá através dos seus antepassados como a vida deve ser vivida com intensidade.

Como característico da autora, a história de As Sete Irmãs se divide em dois tempos: 2007 e 1928. No presente, conhecemos Maia, uma protagonista madura e com um passado conturbado por um segredo. Ela, como mais velha das irmãs, tem um instinto protetor e uma cobrança a si mesma para cuidar de todas. Com a mudança para o Rio, numa breve viagem, Maia começa a se redescobrir. Com a ajuda de Floriano, um escritor brasileiro do qual ela foi responsável por traduzir uma obra, a mulher começa a buscar pistas pelo seu passado. Mas, apesar de o livro levar o subtítulo de a história de Maia, o passado tem mais presença e é onde há um maior desenvolvimento de outra personagem.

A maior parte da história se passa no século XX, no ano de 1928, na cidade do Rio de Janeiro. Nesse período, a protagonista é Izabela, filha de um famoso cafeicultor e pretendida de Gustavo Aires Cabral, membro de uma linhagem de uma família renomada na sociedade no Rio. Mas após uma viagem à Paris, a jovem de 18 anos se apaixona por Laurent, um escultor francês e o coração dela se entrega a essa paixão. Lucinda, como já é conhecido de seus leitores,sempre coloca em suas tramas romances avassaladores. O amor entre Laurent e Bel é bonito, tenro, verdadeiro e é capaz de arrancar pequenos suspiros. Conforme a leitura avança, os encontros e desencontros transformam a aventura de Izabela em pura emoção.

O mais importante num romance histórico é, claro, uma boa pesquisa. A vida de Izabela é muito bem retratada nos costumes da época, que envolvem machismo e uma ânsia de controle nos comportamentos das mulheres. Mas além disso, a sociedade do Rio de Janeiro de 1928 é mostrada de forma belíssima em várias nuances. Os cenários são bem descritos, os costumes da época são bem retratados e a jovem protagonista vive exatamente o que se espera de alguém do sexo feminino naquela época. Há ainda alguma relação com a Crise de 29, que afetou os Estados Unidos e cascateou seus efeitos para os países da américa do sul. No mais, Lucinda sempre é muito minuciosa no que se diz respeito às pesquisas para construir uma obra e o resultado é sempre satisfatório.

O aspecto mais atrativo na história de Maia e Izabela é, sem dúvidas, a origem do Cristo Redentor e tudo que o envolve. A narrativa (em primeira pessoa para Maia e em terceira pessoa para Bel) mostra com maestria uma jornada para a construção de um dos maiores monumentos turísticos do Brasil. Com uma prosa detalhada e rica, Lucinda Riley mostrou como uma ficção pode ser bem desenvolvida utilizando nosso país, que é rico em diversas coisas. Houve muita pesquisa e tempos vividos aqui em terras brasileiras, como a própria autora deixa claro nos agradecimentos.

Numa mistura entre passado e presente, o primeiro volume da série As Sete Irmãs é uma viagem no tempo que retrata um amor atemporal. A jornada de Izabela e Laurent reafirma, como Lucinda sempre frisa em suas tramas, que quando se há amor mais nada importa. Já Maia, que protagoniza um amor nos tempos atuais, deixa exemplificado como sempre é possível recomeçar. Com duas protagonistas fortes e independentes, cada uma na sua época, a leitura desse livro é indispensável àquelas que gostam do gênero e querem descobrir um pouco da história desse Brasil.

Novidades de Outubro - Intrínseca

7 de outubro de 2016

O Martelo de Thor - Magnus Chase e os Deuses de Asgard #2 - Rick Riordan

Em A Espada do Verão, primeiro livro da série, os leitores são apresentados a Magnus Chase, um herói boa-pinta que é a cara do astro de rock Kurt Cobain. Morador de rua, sua vida muda completamente quando ele é morto por um gigante do fogo. Por sorte, na mitologia nórdica os heróis mortos vão parar em Valhala, o paraíso pós-vida dos guerreiros vikings. Lá, Magnus descobre que é filho de Frey, o deus do verão, da fertilidade e da medicina.
Desde então, seis semanas se passaram, e nesse meio-tempo o garoto começou a se acostumar ao dia a dia no Hotel Valhala. Quer dizer, pelo menos o máximo que um ex-morador de rua e ex-mortal poderia se acostumar. Magnus não é tão popular quanto os filhos dos deuses da guerra, como Thor e Tyr, mas fez bons amigos e está treinando para o dia do Juízo Final com os soldados de Odin — tudo segue na mais completa paz sanguinolenta do mundo viking.
Mas Magnus deveria imaginar que não seria assim por muito tempo. O martelo de Thor ainda está desaparecido. E os inimigos do deus do trovão farão de tudo para aproveitar esse momento de fraqueza e invadir o mundo humano.


Deuses Americanos - Neil Gaiman

Obra-prima de Neil Gaiman, Deuses americanos é relançado pela Intrínseca com conteúdo extra, em Edição Preferida do Autor.
Deuses americanos é, acima de tudo, um livro estranho. E foi essa estranheza que tornou o romance de Neil Gaiman, publicado pela primeira vez em 2001, um clássico imediato. Nesta nova edição, preferida do autor, o leitor encontrará capítulos revistos e ampliados, artigos, uma entrevista com Gaiman e um inspirado texto de introdução.
A saga de Deuses americanos é contada ao longo da jornada de Shadow Moon, um ex-presidiário de trinta e poucos anos que acabou de ser libertado e cujo único objetivo é voltar para casa e para a esposa, Laura. Os planos de Shadow se transformam em poeira quando ele descobre que Laura morreu em um acidente de carro. Sem lar, sem emprego e sem rumo, ele conhece Wednesday, um homem de olhar enigmático que está sempre com um sorriso no rosto, embora pareça nunca achar graça de nada.
Depois de apostas, brigas e um pouco de hidromel, Shadow aceita trabalhar para Wednesday e embarca em uma viagem tumultuada e reveladora por cidades inusitadas dos Estados Unidos, um país tão estranho para Shadow quanto para Gaiman. É nesses encontros e desencontros que o protagonista se depara com os deuses — os antigos (que chegaram ao Novo Mundo junto dos imigrantes) e os modernos (o dinheiro, a televisão, a tecnologia, as drogas) —, que estão se preparando para uma guerra que ninguém viu, mas que já começou. O motivo? O poder de não ser esquecido.
O que Gaiman constrói em Deuses americanos é um amálgama de múltiplas referências, uma mistura de road trip, fantasia e mistério — um exemplo máximo da versatilidade e da prosa lúdica e ao mesmo tempo cortante de Neil Gaiman, que, ao falar sobre deuses, fala sobre todos nós.

A Garota com a Tribal nas Costas - Amy Schumer

É como uma longa conversa entre uma mulher e a melhor amiga: ela confessa que é introvertida, embora tenha uma profissão que pareça exigir exatamente o contrário; já saiu com caras que foram um completo desastre, mas também já teve em mãos o equivalente humano de um príncipe da Disney e fez com ele só um sexozinho casual. Precisou de anos de terapia para entender que a mãe não é perfeita, mas que é possível amá-la mesmo assim, e de uma grande dose de coragem para admitir que já esteve num relacionamento abusivo. Mais de uma vez.
Em A garota com a tribal nas costas, a atriz, roteirista, comediante vencedora do Emmy e estrela de um filme indicado ao Globo de Ouro Amy Schumer expõe seu passado em histórias sobre a adolescência, a família, relacionamentos e sexo, e divide as experiências que a tornaram quem ela é — uma mulher com a coragem de desnudar a própria alma e se colocar diante do que acredita, tudo isso enquanto faz as pessoas rirem.
Com a inteligência e o humor ácido que conquistaram o show business norte-americano, Amy Schumer prova, nessa reunião divertida e honesta de crônicas extremamente pessoais, ser uma pessoa destemida, dona de um coração generoso, e uma criativa contadora de histórias que vai levar o leitor a se identificar, rir alto ou chorar copiosamente, mas só porque o livro acabou.

A Filha Perdida - Elena Ferrante

“As coisas mais difíceis de falar são as que nós mesmos não conseguimos entender.” Com essa afirmação ao mesmo tempo simples e desconcertante Elena Ferrante logo alerta os leitores: preparem-se, pois verdades dolorosas estão prestes a ser reveladas.
Lançado originalmente em 2006 e ainda inédito no Brasil, o terceiro romance da autora que se consagrou por sua série napolitana acompanha os sentimentos conflitantes de uma professora universitária de meia-idade, Leda, que, aliviada depois de as filhas já crescidas se mudarem para o Canadá com o pai, decide tirar férias no litoral sul da Itália. Logo nos primeiros dias na praia, ela volta toda a sua atenção para uma ruidosa família de napolitanos, em especial para Nina, a jovem mãe de uma menininha chamada Elena que sempre está acompanhada de sua boneca. Cercada pelos parentes autoritários e imersa nos cuidados com a filha, Nina parece perfeitamente à vontade no papel de mãe e faz Leda se lembrar de si mesma quando jovem e cheia de expectativas. A aproximação das duas, no entanto, desencadeia em Leda uma enxurrada de lembranças da própria vida — e de segredos que ela nunca conseguiu revelar a ninguém.
No estilo inconfundível que a tornou conhecida no mundo todo, Elena Ferrante parte de elementos simples para construir uma narrativa poderosa sobre a maternidade e as consequências que a família pode ter na vida de diferentes gerações de mulheres.

Uma Noite na Praia - Elena Ferrante

O livro de estreia de Elena Ferrante na literatura infantil.
Uma das mais importantes escritoras da atualidade, Elena Ferrante retorna ao universo de A filha perdida, romance que ela considera um divisor de águas em sua carreira, para contar essa fábula sombria, narrada do ponto de vista de Celina, uma boneca que é perdida em uma praia.
Após ganhar um gatinho de presente do pai, Mati — dona de Celina e sua melhor amiga — fica tão fascinada que acaba esquecendo a boneca, que é a sua favorita. Deixada para trás na areia deserta e sem saber como voltar para casa, Celina vai enfrentar uma noite interminável, cheia de sustos e surpresas, além da companhia indesejada de um salva-vidas cruel e seu terrível ancinho. À luz das chamas de uma fogueira, a noite transforma-se numa aventura fantástica e assustadora que só termina ao nascer do sol.
Uma história de impressões e percepções, ao mesmo tempo leve e repleta de tensão, dedicada não só ao público infantil, mas aos fãs da autora de todas as idades.

O Hotel na Place Vendôme - Tilar J. Mazzeo

Inaugurado em 1898, na Place Vendôme, no coração de Paris, o Hôtel Ritz logo se tornou sinônimo de luxo e exclusividade, frequentado por estrelas de cinema e escritores célebres, ricas herdeiras americanas, playboys excêntricos, políticos e príncipes. Na década de 1920, o bar do hotel se tornou o ponto de encontro de F. Scott Fitzgerald e outros autores da Geração Perdida, entre eles Ernest Hemingway. Em 1940, quando a França foi dominada pelos alemães, o Ritz foi o único hotel de alto luxo autorizado pelo Terceiro Reich a continuar funcionando na cidade ocupada.
Em O hotel na Place Vendôme, Tilar Mazzeo investiga a história desse marco cultural desde a sua inauguração na Paris de fin de siècle até a era moderna. E, acima de tudo, faz uma crônica extraordinária da vida no Ritz durante a Segunda Guerra Mundial, quando o hotel serviu, ao mesmo tempo, de quartel-general dos mais graduados oficiais alemães e de lar dos milionários que permaneceram na cidade, entre eles Coco Chanel. Mazzeo nos conduz pelos salões de jantar, suítes, bares e adegas do imponente edifício, revelando um território propício para negócios ilícitos e intrigas mortais, além de extraordinários atos de rebeldia e traição.
Rico em detalhes e repleto de histórias fascinantes, O hotel na Place Vendôme é uma narrativa impressionante sobre glamour, opulência e extravagância, e também sobre conexões perigosas, espionagem e resistência. Uma viagem inesquecível a um período único e intrigante da história, quando a França — e toda a Europa — sofreu transformações que definiriam o mundo como o conhecemos hoje.

O Guia Essencial do Vinho: Wine Folly - Madeline Puckette e Justin Hammack

O site winefolly.com é uma das maiores referências mundiais quando o assunto é vinho. Com gráficos incríveis, foco total no acesso à informação e soluções engenhosas para atrair novos apaixonados, o site de Madeline Puckette e Justin Hammack espanou a poeira que cobria o assunto e abriu as portas para muitos iniciantes: aqueles que queriam conhecer melhor o mundo do vinho, mas se intimidavam com toda a pompa.
Com explicações claras e acessíveis, O guia essencial do vinho: Wine Folly reúne informações imprescindíveis sobre as uvas mais cultivadas do planeta, apresenta as características de cada uma — afinal, qual é a diferença entre Cabernet Sauvignon e Pinot Noir? —, ensina sobre harmonização com alimentos e até mesmo a degustar e a servir a bebida. Tudo isso com um projeto gráfico inteligente e intuitivo que é um verdadeiro convite a uma taça.
Leve e divertido para os novatos e repleto de informações geográficas e históricas para os que já possuem algum conhecimento, este livro é, mais do que tudo, uma homenagem ao vinho e à cultura que o cerca.

Como matar a borboleta-azul - Uma crônica da era Dilma - Monica de Bolle

Conta-se que, na década de 1970, atormentados por uma superpopulação de coelhos, os ingleses adotaram uma política tão bem-intencionada quanto equivocada, que culminou com a extinção da borboleta-azul no sul do país. O triste fim da bela borboleta é a metáfora escolhida pela economista Monica Baumgarten de Bolle para descrever a desconstrução do Brasil durante os anos de Dilma Rousseff (2011-2016). Depois de o Plano Real reduzir a inflação a patamares suportáveis e permitir a implantação de um conjunto de políticas sociais mais inclusivas, a presidente chegou ao poder determinada a reformular tudo. Na prática, sua gestão levou a economia brasileira a uma situação catastrófica cujos efeitos se farão sentir por muito tempo.
Em texto fluente, Monica de Bolle acompanha erros e desacertos da presidente, ano a ano, passo a passo, desvendando cada um de seus desatinos. Porém, no lugar de gráficos e tabelas, o leitor encontra drama, uma história de suspense e terror, com vilãs, vilões e pouquíssimos heróis, narrada com pitadas de surrealismo e saborosas citações a filmes e obras da literatura. A dura realidade ganha contornos humanos e compreensíveis mesmo para quem não tem nenhuma familiaridade com o chamado economês.

Novidades de Outubro - Globo

6 de outubro de 2016

Globo Alt

Sway - Kat Spears

Sway é o apelido de Jesse Alderman, por causa de seu talento para conseguir qualquer coisa para qualquer pessoa, como providenciar trabalhos escolares, fazer com que pessoas sejam expulsas da escola, arrumar cerveja para as festas, entre outras coisas, legais ou ilegais... É sabendo dessa fama que Ken Foster, o capitão do time de futebol da escola, pede a ele um trabalho controverso: Ken quer que Bridget Smalley saia com ele. Com seu humor ácido e seu jeito politicamente incorreto de ver a vida, Sway terá que encarar o trabalho mais difícil que já teve: sufocar todos os sentimentos que Bridget desperta nele, a única menina verdadeiramente boa que ele conheceu em toda a sua vida.


Globo Livros

Mas Você Vai Sozinha? - Histórias de uma mulher viajando o mundo - Gaía Passarelli

Mulheres que viajam sozinhas com certeza já ouviram essa pergunta. Seja em outro continente ou na cidade vizinha, é sempre um ato de coragem decidir conhecer um lugar por conta própria. Neste livro, Gaía Passarelli fala com sinceridade e bom-humor sobre suas aventuras sozinha pelo mundo. Ela não vai te dizer pra largar tudo e sair por aí, nem te dar dicas de como ser cool em Nova York. Estas são histórias sobre ser consolada por um xamã andino, molhar os pés nas águas do mar do extremo sul da Índia e dormir debaixo de uma mesa de bar no Texas. É sobre viajar e voltar pra casa. Acima de tudo, este é um livro que fala sobre ser mulher e, ao mesmo tempo, ser livre pra viajar por aí sem companhia, sem medo e sem preconceito.

O Punhal - Jorge Fernández Díaz

Best-seller absoluto na Argentina, O punhal é um romance que investiga os meandros da polícia e da política como organizações mafiosas, que guardam entre os altos escalões de suas fileiras os verdadeiros senhores do narcotráfico latino-americano. Narrada por um agente da inteligência argentina que se infiltra em uma influente quadrilha criminosa como o guarda-costas da sensual ex-amante de um dos chefões do tráfico internacional, esta é uma trama que mostra que é impossível mudar o mundo sem sujar as mãos e que o desejo – por poder, por dinheiro, por uma mulher -- é a mais destruidora de todas as drogas.

1822 - Edição Juvenil Ilustrada - Laurentino Gomes

Laurentino Gomes apresentou a história do Brasil ao grande público de forma simples e convidativa, despertando um maior interesse nas origens de nosso país. Para estimular os jovens leitores a se aventurarem pelo passado, a Globo Livros lança a nova edição juvenil do segundo volume de sua premiada trilogia.
1822 – Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram dom Pedro a criar o Brasil – um país que tinha tudo para dar errado conduz o leitor por uma jornada pela Independência do Brasil. Na obra, Laurentino compara diferentes relatos sobre o dia 7 de setembro e a proclamação da independência. Mais do que desmistificar o grito às margens do Ipiranga, o escritor analisa como Dom Pedro conseguiu, apesar de todas as dificuldades, fazer do Brasil uma nação na sequência das mudanças provocadas pela fuga da família real portuguesa em 1808.
A edição juvenil une informações e imagens apresentando a história brasileira de forma fluida e simples.