Novidade de Agosto - Geração Editorial

25 de agosto de 2016


A Guerra da Água - Harald Welzer
Este livro impressionante e devastador nos informa que neste século XXI os homens não vão mais entrar em guerra, matar e morrer só por causa da economia, da religião e dos conflitos racionais, mas também em conseqüência das mudanças climáticas que podem tornar imensas áreas no planeta inúteis para a sobrevivência. Os espaços vitais disponíveis encolherão e provocarão conflitos armados permanentes. As guerras civis, os poderosos fluxos de refugiados e as injustiças atuais se aprofundarão. Ondas de refugiados climáticos e fugitivos do terrorismo vagarão às cegas pelo planeta. Harald Welzer nos aponta um cenário apocalíptico e adverte: o que estamos fazendo para conter o terror que se avizinha?

Lembrança - Meg Cabot

Título: Lembrança - A Mediadora #7
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: YA/Sobrenatural
Ano: 2016
Páginas: 422
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Meg Cabot retorna com uma divertida e sexy continuação da saga de Suzannah Simon, a menina que via fantasmas... e os ajudava a passar para a luz Agora, mais velha e experiente, tudo que Suze quer é causar uma boa impressão no primeiro emprego desde sua formatura — e desde o noivado com o Dr. Jesse de Silva, ex-espírito e sua alma gêmea. Como não bastasse, um fantasma de seu passado resolve aparecer. E esse não é um espectro que ela possa mediar. Afinal, Paul Slater está bem vivo, milionário e, ainda por cima, é o novo proprietário da antiga casa de Suzannah. Aquela na qual conheceu Jesse. Isso não seria um problema se ela não tivesse acabado de descobrir que uma antiga maldição poderá transformar seu amado num demônio, caso seu antigo local de descanso seja demolido, como Paul pretende. Agora ela precisa dar um jeito em Paul, que a está chantageando sexualmente — isso mesmo... ou ela dorme com ele, ou perde Jesse —, enquanto tenta ajudar uma caloura assombrada por uma menininha muito poderosa... 
Resenha: Quinze anos após o início de A Mediadora, Meg Cabot traz de volta Suzannah Simon, a garota que vê fantasmas e os ajuda passarem para a luz (mesmo que seja com sua marca registrada: a boa e velha surra), em Lembrança, o sétimo volume desta série sobrenatural, hilária e muito fofa.

Vale ressaltar que a história não se passa imediatamente após os acontecimentos de Crepúsculo, sexto volume, em que Jesse deixa de ser um fantasma e volta à vida. Seis anos já se passaram desde então, Meg Cabot inclusive escreveu O Pedido, um conto extra que antecede o sétimo volume e, embora a leitura não seja necessariamente obrigatória, serve como introdução para que os leitores saibam como está o casal e como Jesse propôs casamento à Suze.

Enfim, Jesse e Suze estão noivos. Enquanto ele, já formado, está trabalhando como pediatra residente num hospital em São Francisco, Suzannah está fazendo um estágio (não remunerado) como conselheira juvenil na Academia Missão Junipero Serra, a antiga escola que estudou quando adolescente. Para não perder os velhos hábitos, Suze continua arrumando várias confusões com os PMNO (Pessoa Morta Não Obediente) e a história já começa com ela participando de um leilão online de uma bota para que ela possa chutar as bundas desses espíritos teimosos com muito estilo.
Tudo estava indo muito bem, obrigada, até ela receber um email de Paul Slater, que se tornou um empresário muito rico. Ele agora é proprietário do antigo casarão onde Jesse havia morrido e Suze foi morar 150 anos depois, e sua intenção é demolí-lo, mas não antes de chantageá-la da forma mais indecente possível com uma maldição terrível que iria interferir na existência do próprio Jesse. E como se isso não fosse um problema suficiente, ela ainda se depara com Lúcia, uma criança morta que anda assombrando Becca, umas das calouras da Academia. Este será um caso bastante difícil para nossa querida mediadora resolver... Lidar com um fantasma furioso que quer matá-la e com um completo idiota querendo destruir seu noivado não era algo que estava nos planos de Suzannah...

Faz alguns anos que devorei a série A Mediadora e precisei dar uma folheada nos livros para poder me lembrar de alguns detalhes e me situar melhor para iniciar este volume. Lembro que estava gostando demais da série até que Crepúsculo trouxe um final extremamente previsível - e impossível - e justamente por isso eu torcia para que fosse diferente. O final feliz e absurdo não me fez desgostar da série mas, por ser fechado e encerrá-la de forma satisfatória, confesso que, até então, não esperava que uma continuação ainda pudesse ser escrita. Talvez meu receio maior fosse o mesmo que muitos fãs tiveram: Ver como Suze e Jesse estariam no futuro, já adultos, enquanto precisaríamos lidar com a ideia de que o ambiente juvenil e os dilemas da garota badass não fizessem mais parte do pano de fundo da história. Felizmente, trata-se de Meg Cabot. E é difícil essa autora nos decepcionar...

O livro é narrado em primeira pessoa e é impossível não morrer de rir do temperamento de Suze ou de seus diálogos hilários com os demais personagens. A leitura é divertida, flui maravilhosamente bem e, embora tenha descrições em excesso, é praticamente impossível perder a empolgação ou largar. Nele podemos encontrar as famosas aventuras de Suze, mas Meg Cabot também inseriu alguns temas bastante delicados e dignos de reflexão, mas abordados de forma bastante sutil e sem maiores aprofundamentos.

Para quem não se lembra, Paul Slater é irmão mais velho de Jack, o garotinho mediador que aparece no quarto volume da série, A Hora Mais Sombria, de quem Suze foi babá. Paul vivia dando em cima da garota mas, por causa dos sentimentos por Jesse, ela ficava em cima do muro, até ele também se revelar um mediador poderoso no decorrer da série e tentar exorcizar o fantasma de Jesse de sua vida. Mas quando ele tentou assediá-la que a coisa ficou feia e Suze não queria vê-lo nem pintado de ouro. Nem preciso dizer que Paul é impossível e não encarou a rejeição muito bem. Ele seria capaz de dos truques mais sórdidos para por as mãos em Suze mas, no final das contas, pude chegar a conclusão de que ele é um cara mimado e cheio de problemas que distorceram seu senso de realidade, fazendo com que ele se comporte feito um imbecil. Através dele a autora evidencia a ideia de como um homem jamais deve ser.
"Existe uma explicação racional e científica para tudo. Até o 'dom' de ver fantasmas parece ter um componente genético. Provavelmente também existe uma explicação científica para o que aconteceu com Jesse.
Uma coisa que não tem explicação - pelo menos não uma que eu tenha encontrado até hoje - é Paul."
- Pág. 22
Suzannah continua impagável e ela não perdeu nenhuma das suas características que a tornaram tão cativante. Ela é única, engraçada, desbocada, irônica e não perde tempo com o que não importa, mas quando o assunto é Jesse e seu relacionamento com ele, ela dá tudo de si e enfrenta qualquer um. Eu adoro essa protagonista e me identifico com ela em vários pontos. Mesmo que ela agora seja adulta e tenha outros objetivos em vista, ela permanece com a personalidade intacta e este foi um ponto bem positivo pra mim.
"- Nunca falei que não creio em nada. Eu creio em fatos. E o fato é que quero ficar com Jesse porque ele me faz sentir uma pessoa melhor do que acho que sou na verdade."
- Pág. 29
Jesse é um noivo superprotetor. Ele se preocupa muito com o futuro, quer ter sucesso na carreira para poder dar uma vida boa e confortável à sua futura esposa. Como ele veio do século XIX, ele é um verdadeiro cavalheiro, sempre muito conservador e até antiquado, mas muito, muito fofo.
Os personagens secundários não foram esquecidos, e achei o máximo poder revê-los mesmo que alguns tenham participações menores do que outros. Os meio-irmãos de Suze dão o ar da graça, assim como Gina e Cee Cee, as melhores amigas de Suze, e sem esquecer do Padre Dominic, que é o maior mentor dela.


Apesar de ter o fundo branco em referência ao casamento, a capa é uma graça e combina com as dos volumes anteriores mantendo o mesmo estilo de fonte, lombada e diagramação. A única diferença está no tamanho da fonte e espaçamento, que são menores.
Uma das pequenas ressalvas que tenho é com relação a tradução. Lembrança (assim como O Pedido) não teve o mesmo tradutor que os seis volumes anteriores e alguns termos dos quais os fãs já estavam familiarizados foram alterados. Por exemplo, "Mi hermosa" virou "mi amada" e morri de desgosto pelo "dialeto carinhoso" e típico de Jesse ter se perdido dessa forma. Acho que quando se trata de uma série deve-se manter não só as capas, mas as características da narrativa dentro de um mesmo padrão de estilo.

Em suma, Lembrança é um livro divertidíssimo que deixa aquele gostinho agridoce na gente e que, enfim, dá um desfecho mais do que satisfatório à esta série tão amada.

Novidades de Agosto - Novo Conceito

24 de agosto de 2016

Sete Minutos Depois da Meia-Noite - Patrick Ness
Conor é um garoto de 13 anos e está com muitos problemas na vida.
A mãe dele está muito doente, passando por tratamentos rigorosos. Os colegas da escola agem como se ele fosse invisível, exceto por Harry e seus amigos que o provocam diariamente. A avó de Conor, que não é como as outras avós, está chegando para uma longa estadia. E, além do pesadelo terrível que o faz acordar em desespero todas as noites, às 00h07 ele recebe a visita de um monstro que conta histórias sem sentido.
O monstro vive na Terra há muito tempo, é grandioso e selvagem, mas Conor não teme a aparência dele. Na verdade, ele teme o que o monstro quer, uma coisa muito frágil e perigosa. O monstro quer a verdade.
Baseado na ideia de Siobhan Dowd, Sete minutos depois da meia-noite é um livro em que fantasia e realidade se misturam. Ele nos fala dos sentimentos de perda, medo e solidão e também da coragem e da compaixão necessárias para ultrapassá-los.

Três Vezes Nós - Laura Barnett
Uma jovem mulher com uma bicicleta quebrada após desviar de um cão. Um homem que ela poderia facilmente ter deixado passar, sem parar, levando consigo uma vida inteira, uma vida que poderia nunca ter sido dela.
Eva Edelstein está no segundo ano do curso de Inglês na Universidade de Cambridge. Ela namora David Katz, estudante e aspirante a ator. A vida de Eva parece bem encaminhada, quando, no campus da universidade, ela conhece acidentalmente Jim Taylor, estudante frustrado de direito.
Há três versões, três realidades diferentes para o futuro de Eva e Jim, dos anos 1950 até os dias atuais.
Se o nosso futuro é uma encruzilhada, gostaríamos de saber qual caminho seguir? E depois, ficaríamos felizes com a nossa escolha?
Três vidas. Três histórias. Três destinos... permeados com traições e ambições, mas também com amor e arte.
Três vezes nós explora a ideia de que há momentos em nossas vidas que poderiam ter sido diferentes e como pequenos fatos ou decisões que tomamos podem determinar o rumo da nossa vida para sempre.


Novidades de Agosto - Darkside Books

Labirinto - Jim Henson
Trinta anos sem perder a magia. Tudo começou em um pequeno “labirinto” real na cabeça de James Maury, mais conhecido pelo nome de Jim Henson. O cartunista, músico, roteirista, designer e diretor sabia acessar como ninguém o coração das pessoas e o seu maior dom foi dar vida a seres inanimados. A nova geração pode não lembrar do seu nome, mas com certeza tem seus personagens gravados na memória: Os Muppets, Vila Sésamo, Muppets Babies e até a inesquecível Família Dinossauro. Além deste, Henson também criou fábulas como “Labirinto”, em parceria com George Lucas, filme que encantou toda uma geração quando foi lançado, há 30 anos, com David Bowie como Jareth, o Rei dos Duendes, e também responsável pela trilha sonora, e uma jovem Jennifer Connelly no papel de Sarah, a protagonista que deseja que os duendes levem Toby, seu meio irmão e – para seu espanto – é atendida. Arrependida, ela é desafiada pelo Rei dos Duendes a atravessar o sombrio Labirinto, repleto de perigos e seres mágicos.
A novelização de Labirinto finalmente é publicada em português, em uma edição à altura do mestre. Escrita por A.C.H. Smith em parceria com Henson, a edição apresenta pela primeira vez as ilustrações dos duendes feitas por Brian Froud, que trabalhou no filme, além de trechos inéditos e nunca vistos com 50 páginas do seu diário, detalhando a concepção inicial de suas ideias para Labirinto, comemorando os 30 anos do filme em grande estilo.

Fábrica de Vespas - Iain M. Banks
Frank – um garoto de 16 anos bastante incomum – vive com seu pai em um vilarejo afastado, em uma ilha escocesa. A vida deles, para dizer o mínimo, não é nada convencional. A mãe de Frank os abandonou anos atrás; Eric, seu irmão mais velho, está confinado em um hospital psiquiátrico; e seu pai é um excêntrico sem tamanho. Para aliviar suas angústias e frustrações, Frank começa a praticar estranhos atos de violência, criando bizarros rituais diários onde encontra algum alívio e consolo. Suas únicas tentativas de contato com o mundo exterior são Jamie, seu amigo anão, com quem bebe no pub local, e os animais que persegue ao redor da ilha.
Abandonado à própria sorte para observar a natureza e inventar sua própria teologia – a maneira do Robinson Crusoé de Daniel Defoe –, Frank desconhece a escola e o serviço social, já que seu pai acredita na educação “natural”, recomendada pelo filósofo do século XVIII Jean-Jacques Rousseau e apresentada em seu romance Emílio, ou Da Educação (1762), que sugere que as crianças devem crescer entre as belezas da natureza, permitindo que elas se deleitem com a flora e a fauna. A natureza humana seria boa a princípio, mas corrompida pela civilização. Quando descobre que Eric fugiu do hospital, Frank tem que preparar o terreno para o inevitável retorno de seu irmão – um acontecimento que implode os mistérios do passado e vai mudar a vida de Frank por completo.