Eu, Você e a Garota que Vai Morrer - Jesse Andrews

17 de junho de 2015

Lido em: Junho de 2015
Título: Eu, Você e a Garota que Vai Morrer
Autor: Jesse Andrews
Editora: Fábrica 231/Rocco
Tradutora: Ana Resende
Gênero: YA/Drama/Humor
Ano: 2015
Páginas: 288
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Greg Gaines é socialmente invisível, Earl Jackson vem de um lar desajustado e Rachel Kushner tem câncer, mas Eu, você e a garota que vai morrer está longe de ser mais um dramalhão lacrimoso. Subvertendo clichês, o autor Jesse Andrews oferece um romance de formação que, com um estilo pop e original, consegue juntar irreverência e sensibilidade ao tratar dessa coisa maluca chamada morte. 

Resenha: Eu, Você e a garota que Vai Morrer é um livro "escrito" pelo seu protagonista, Greg Gaines. Greg é um garoto de dezessete anos que está no último ano do ensino médio e na época era aspirante a cineasta, mas como ele deixou essa ideia de lado por só fazer filmes terríveis, ele decidiu escrever um livro, mesmo que não tenha ideia do que estivesse fazendo, mas, ainda assim, ele quer contar sua história. Por achar o colegial uma droga, Greg tentava a todo custo passar por ele sem maiores problemas, e por isso resolveu que deveria se manter alheio não fazendo partes de "tribos" e grupos específicos para manter uma amizade com todos - mas acabou não tendo amizade com ninguém - assim ele não seria "rotulado" e nem prejudicado ao manter sua estratégia de sobrevivência. Seu único amigo era Earl, um garoto desprovido de altura, com personalidade ácida, opinião própria - direta, crua, grotesca e quase sempre ofensiva - que passava o tempo sendo zoado pelos irmãos e que vivia puto da vida. Mas eles eram amigos da maneira deles, estavam acostumados com todas aquelas besteiras e, ainda assim, a amizade permaneceu sólida, mesmo que "pontual", tosca, esquisita e sem fazer o menor sentido. Por que pontual? A amizade deles funcionava mais como um "trabalho em equipe" pois o único interesse que eles descobriram ter em comum era um filme que eles adoraram desde a primeira vez que assistiram quando eram crianças: Aguire, a cólera dos deuses, e foi por causa desse filme que eles começaram a fazer seus próprios filmes caseiros e super amadores dos quais Greg tem vergonha e gostaria de manter em segredo eternamente.
Até que tudo muda quando no primeiro dia de aula, após chegar em casa, lá estava Greg tranquilo da vida lendo um conto para a escola - vendo foto de peitos -, e tendo a concentração interrompida pelo próprio pau duro sem explicação, a mãe dele aparece choramingando com a triste notícia de que Rachel, uma namorada de infância que Greg teve há seis anos atrás, foi diagnosticada com leucemia e o garoto deveria voltar a falar com ela para ajudá-la a passar por essa barra. Na verdade, ele é intimado pela mãe a voltar a ser amigo de Rachel pois quanto mais tempo ele passasse com ela, maior seria a diferença no que lhe restava de vida. Greg nem sabia o que era leucemia e não fazia ideia de como se aproximar de Rachel, mas um telefonema acaba mudando tudo...
" - Oi.
- Ei.
- ...
- Eu telefonei para o médico, e ele disse que você precisava de uma receita de Greg-acil.
- E isso é o quê?
- Sou eu.
- Pág. 48
O livro possui uma narrativa em primeira pessoa pelo ponto de vista de Greg e além de ser bastante descontraída e direcionada ao leitor já que se trata de seu livro, consegue ser muito real e atingir uma sinceridade ímpar. O protagonista não mede as palavras e sempre tem pensamentos sinceros sobre a situação em que se encontra por mais que soe ofensivo ou inadequado. Alguns trechos são em forma de roteiro e em terceira pessoa, e por isso a diagramação é diferente nessas partes. E confesso ter achado genial essa ideia de mesclar a escrita com roteiros pois é algo que faz parte da história e da vida de Greg e de Earl. Ele também faz listas pra enumerar as coisas que quer explicar e é bem engraçado. Como a história é escrita por Greg, ele sempre se refere ao livro como "essa bosta de livro", "esse livro desgraçado" e por aí vai.

Os diálogos são naturais, muitas vezes são cheios de palavrões e o autor não poupa o leitor de detalhes ou manias de linguagem que os personagens tem. Em momentos de hesitação, ou de certa dificuldade em falar algo que possa ser considerado constrangedor, Greg sempre enrola com "huumm's" até concluir o que quer dizer. Por um lado achei original por demonstrar o personagem como alguém normal, comum e até indiferente, mas na narrativa, mesmo que não interferisse no meu envolvimento com a história, achei que foi uma característica que impediu a fluidez da leitura nos trechos em que aparece.

Greg é um personagem muito sozinho e não tem o menor espírito de liderança. Ele vive a sombra de Earl mas consegue se dar bem nessa condição porque faz o tipo "caguei e andei". Ele surta mas logo se finge de morto e assim resolve seus problemas. Ele é sarcástico, não liga pra ninguém além dele mesmo, não se importa com o que os outros pensam e azar de quem esteja sofrendo. Ele simplesmente não se importa com nada e fim. Mas o que esse pobre coitado tem de insuportável e chato, ele tem de engraçado. Os foras que ele dá ou os pensamentos impossíveis e impagáveis que se passam em sua cabeça são os responsáveis pelo grande toque de humor da história e por deixá-la tão diferente e original. E claro, através de erros e perdas que enfrenta ele amadurece e acaba enxergando que as coisas não são como ele pensa.

A família de Greg é hilária. Eles não aparecem muito na história, mas adorei a apresentação de cada membro dela, desde a mãe ex-hippie e super sentimental, o pai esquisito, as irmãs mais novas inúteis e até mesmo Cat Stevens, o gato da família que é tratado como uma pessoa.
Talvez o que tenha faltado nesse livro pra eu considerá-lo realmente perfeito nem tenha sido um romance ou um triângulo amoroso na pior das hipóteses, mas, sim, um aprofundamento maior na questão de Rachel estar a beira da morte e a visão dela para o seu lado da história já que ela tem bastante destaque no título. Há explicações e cenas sobre a doença para situar o leitor do que se trata e o que a pessoa enfrenta, fisicamente falando, mas Rachel fica totalmente em segundo plano, como uma figurante mesmo, e o leitor não sabe como ela se sente e nem pelo que ela, de fato, passa emocionalmente, então, pra quem espera por um sick-lit como A Culpa é das Estrelas, que emociona, arranca lágrimas e retrata a superação de alguém com uma doença terrível, triste e incurável, que sofre mas ainda assim encontra o amor, vai quebrar a cara. Leia sim, mas ciente de que esse não é o foco de Eu, Você e a Garota que Vai Morrer. O leitor já sabe pelo título que a garota vai morrer, mas a ideia que prevalece durante todo o desenrolar da história é a que Greg deixou clara lá no início do livro, se trata da história dele e de como ele - sendo o adolescente que é, e com a mentalidade de um - tentou levar um pouco de alegria pra Rachel enquanto segue com a própria vida e descobre um pouco mais de si quando, com a ajuda de Earl, tenta fazer um filme para fazer uma homenagem a ela, mas nada sai como planejado...

A capa colorida tem tudo a ver com a história e é muito bonita. Ela representa os cenários improvisados que os garotos montam na criação de seus filmes malucos. Encontrei um único erro de revisão e gostei da adaptação de alguns termos traduzidos para se adequarem ao português. O título no original é "Me and Earl and the Dying Girl", mas achei bacana a editora adaptar para que houvesse uma "rima" entre "você" e "morrer", como há em "Earl" e "Girl" no inglês.

É um livro que foge completamente de clichês e apresenta um protagonista esquisito e diferente de tudo o que já vi, mas justamente por isso consegue ser incrível, cativante, engraçado e único. Mesmo que eu tenha imaginado uma coisa e ter me deparado com outra, neste caso em particular, curti muito, me surpreendi e o livro superou minhas expectativas.

O livro deu origem ao filme cujos direitos foram adquiridos pela Fox e foi vencedor do Festival Sundance 2015, nas categorias Público e Crítica, espiem o trailer:
Fin.

Vivian Contra o Apocalipse - Katie Coyle

16 de junho de 2015

Lido em: Junho de 2015
Título: Vivian Contra o Apocalipse - Vivian Apple #1
Autora: Katie Coyle
Editora: Agir Now
Gênero: YA
Ano: 2015
Páginas: 240
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Vivian Apple tem 17 anos e mal pode esperar pelo fatídico “Arrebatamento” — ou melhor, mal pode esperar para que ele não aconteça. Seus devotos pais foram escravizados pela Igreja há tempo demais, e ela está ansiosa para que tudo volte ao normal. O problema é que, ao chegar em casa no dia seguinte ao suposto evento, seus pais sumiram e tudo o que restou foram  dois buracos no teto…
Ela está determinada a seguir vivendo normalmente, mas, quando começa a suspeitar que eles ainda podem estar vivos, Vivian percebe que precisa descobrir a verdade. Junto com Harp, sua melhor amiga, Peter, um garoto misterioso que tem os olhos mais azuis do mundo e informações sobre um possível paradeiro dos seguidores da Igreja (ao menos é o que ele diz), e Edie, uma Crente que foi “deixada para trás”, os quatro embarcam em uma road trip pelos Estados Unidos em pleno pré-apocalipse. Mas, depois de atravessar quilômetros enfrentando eventos climáticos bizarros, gangues de fanáticos  religiosos vingativos e um estranho grupo de adolescentes autointitulado “Novos Órfãos”, Vivian logo vai entender que o Arrebatamento foi só o começo. 

Resenha: Vivian e o Apocalipse apresenta uma história com uma versão dos Estados Unidos onde o povo americano parece ter se esquecido de Deus, deram as costas à igreja e à religião e se tornaram arrogantes. Logo, para que as pessoas voltassem a ouvi-Lo, Ele precisaria de um profeta. Alguém rico e cheio de posses para quem Deus pudesse mandar seus anjos para instruí-lo e orientá-lo. Assim, Beaton Frick foi o escolhido pra construir uma igreja em seu nome, a Igreja Americana. Por mais que ele tenha ido às ruas espalhar a notícia de que Deus receberia os Crentes no Reino dos Céus quando a hora chegasse, as pessoas continuaram ignorando e vivendo no pecado. Então, o próprio Deus apareceu para Frick, alegando ter desistido dos americanos e que somente os Abençoados seriam recebidos, e o resto seria Deixado para trás a fim de presenciar o fim do mundo e sofrer as consequências por ter dado as costas a Ele. Frick avisou, mas ninguém quis ouvir nem levar a sério...
Os Estados Unidos sofreram com o calor, com desastres naturais, com ataques terroristas e entraram em guerra e colapso. As pessoas perderam seus empregos, suas casas e se viram vivendo na miséria. Não haveria salvação para a América até que Frick, mais uma vez, pediu que as pessoas que quisessem ser salvas o seguisse, e foi então que, diante de todas aquelas provações das quais ele havia alertado a todos, o povo começou a ouvir, e por medo do Apocalipse, começaram a segui-lo a fim de serem poupados... Todos passaram a viver nesse país dominado por essa religião conservadora e muito poderosa que conseguiu mudar tudo e todos, ou quase todos...

Vivian Apple é uma garota de dezessete anos que não possui crenças religiosas, mas viu o mundo ruir quando seus pais, que até então também não acreditavam em Deus, resolveram entrar para a Igreja Americana se convertendo em Crentes e seguindo o Livro de Frick. E acreditando nos ensinamentos e alertas dele, pensavam que o fim do mundo já tinha dia e hora marcados. Eles tentaram convencer Vivian a se converter, mas falharam miseravelmente pois ela simplesmente não acredita nos ensinamentos da Igreja e nem no que diz o Livro de Frick. Ela estava ansiosa pra chegar o dia do Apocalipse e todos quebrarem a cara com o que não ia acontecer. Até que um dia alguns membros da Igreja desaparecem de forma misteriosa e muitos acreditam se tratar do tão falado Arrebatamento, que é o momento em que Deus resgata os salvos enquanto os que não acreditam ou não O aceitam são Deixados para Trás. Os Crentes que continuam na cidade, que se tornou um verdadeiro caos, esperam ansiosos, mas, outras pessoas desconfiam que se trata de uma grande encenação ou picaretagem para enganar e arrancar dinheiro dos que acreditaram em alguma coisa. Mas independente do que seja, de fato, as pessoas realmente sumiram, e quando Vivian chega em casa depois de uma festa, além de não encontrar os pais, ainda se depara com dois buracos no teto, o que dá a ideia de que seus pais foram mesmo Arrebatados para o Reino do Céu. Vivian ficou para trás e está sozinha no mundo. Mas ela não consegue acreditar no que está acontecendo e esse suposto Arrebatamento é o que faz com que ela surpreenda a si mesma descobrindo um lado que ela não sabia ter. Ela sai junto com seus amigos que estão na mesma situação que ela, e parte numa viagem pelo país em busca de respostas. E ela acaba se surpreendendo com o que encontra pelo caminho...

Vou ser sincera em dizer que não esperava encontrar elementos religiosos nessa história, até mesmo porque minha forma de encarar religião é bem diferente do que considero "tradicional". Pra mim, o livro tratava de outro tipo de fim do mundo e que o Arrebatamento mencionado seria apenas um estopim para o desenrolar das coisas, mas posso afirmar que a mensagem que encontrei aqui foi muito além do que imaginei e no final das contas o livro superou, e muito, as minhas expectativas.
A história é narrada em primeira pessoa pelo ponto de vista de Vivian e é dividida em três partes, que é quando ela fica perdida sem saber o que está acontecendo, quando reúne coragem suficiente e parte em busca de respostas e quando, enfim, descobre o que aconteceu e como lidou com isso, então ficamos limitados à visão e opinião dela acerca do que está acontecendo enquanto tudo está um caos.
Achei interessante que a autora tenha usado algumas palavras com letra maiúscula para evidenciar certos tipos de características ou acontecimentos, como Crentes, Livro, Deixados para Trás, Salvação, Igreja e etc e dessa forma ela não generaliza o assunto nem o leva para além da ficção, por mais que seja possível usar a trama como exemplo vivo do que vivenciamos na vida real. Enxerguei no livro uma crítica ao fanatismo religioso e as consequências terríveis que a lavagem cerebral e a intolerância podem trazer.

Os Crentes, em nome da religião e do que foram levados a acreditar, não medem esforços para afastar ou acabar com tudo o que pode ser considerado impuro ou prejudicial para que a Salvação aconteça, então é comum que, em meio ao caos, Vivian veja ofensas horríveis pintadas em muros e paredes da cidade direcionados a qualquer um que seja "corrompido", assim como perseguições e assassinatos contra gays, ateus e até negros. Soou muito familiar pra mim quando li trechos que mostraram esse tipo de crença que incentiva os ricos a ficarem mais ricos pois "Deus ama o Capitalismo", ou de jovens que engravidaram de alguém da Igreja acreditando estarem mais próximas de Deus ou que seriam salvas assim pra depois ficarem solteiras e sozinhas, que as mulheres devem ser submissas e obedecer aos maridos enquanto ficam em casa cuidando da família, além da combinação de Igreja com Política a fim de facilitar a ingressão de leis que se baseiam em crenças que beneficiem apenas a quem convém.

Parece ser um tema pesado e difícil, mas a autora consegue encaixar esses elementos na trama de uma forma impactante, bastante realista e sem que nada seja ofensivo a alguma religião, além de mesclar com os conflitos dos personagens que mostram seus sentimentos que envolvem amor e amizade de uma forma intensa e verdadeira, e isso é o que move os personagens a seguirem em frente contra todo o absurdo que está acontecendo. A história é contada de uma forma que acredito ser mais reflexiva enquanto Vivian está nessa jornada pela cidade a fim de saber a verdade e o que aconteceu com as pessoas que desapareceram, e cabe ao leitor absorver tudo a sua maneira e, quem sabe, tirar dali algum proveito sobre o assunto.
Vivian é apresentada no início como uma personagem certinha, obediente, estudiosa mas ao longo do livro, diante de tudo o que ela presencia e passa, ela aprende muito sobre esse mundo exterior e amadurece por pensar além e não se deixar influenciar, por se mostrar alguém diferente dos outros e de forma incrível. Ela passa a ter uma outra visão de mundo e a ver as pessoas como elas são na verdade. Ela se torna uma verdadeira heroína no que diz respeito a lutar pelo que acredita ser o certo, principalmente porque sempre está preocupada com quem está a sua volta, sem interferir nas crenças alheias.

Gostei bastante da escrita da autora e da forma como ela aprofundou as relações entre os personagens e os detalhes da história. Todos eles são muito bem construídos, até mesmo aqueles que são os "vilões". A cada parte acontecia alguma reviravolta, algum fato que havia sido mencionado lá no começo vem a tona e alguns segredos são desvendados, e tudo isso colabora para que Vivian tenha as respostas que tanto procurou.
Não vou negar que percebi alguns pequenos furos na história, mas falar sobre eles seriam um spoiler, então, prefiro deixar que quem tiver o prazer de ler chegue a própria conclusão.
É um livro intrigante, chocante e tem seus pontos tristes, mas não deixa de ser bonito e emocionante pois mostra que nem sempre devemos acreditar em tudo que ouvimos, e nem sempre o parece ser realmente é.

Acredito em Deus, sim, mas não sou de rezar nem sigo uma religião, mas sempre acreditei que o respeito é algo que não se pode impor, mas sim algo a ser conquistado. Acho que esse respeito não pode existir quando os outros querem obrigar ou forçar alguém a acreditar no que eles acreditam. As pessoas são diferentes, são livres para escolherem o que acham melhor para suas vidas desde que não prejudiquem ninguém, mas a forma como se comportam com os outros diante de suas crenças é uma das coisas que as definem. Ninguém precisa concordar com as escolhas ou opiniões alheias, basta respeitar para, assim, se dar ao respeito. É uma pena que na prática isso não funcione e em pleno século XXI temos que presenciar situações lamentáveis envolvendo o que algumas pessoas são capazes de fazer, ou de levar outras a fazerem, em nome de Deus.
É um livro que recomendo, tanto pelo entretenimento quanto pela ideia de fazer as pessoas refletirem sobre o tema.

Toda Sua - Sylvia Day

15 de junho de 2015

Lido em: Março de 2015
Título: Toda Sua - Crossfire #1
Autora: Sylvia Day
Editora: Paralela
Gênero: Romance/Erótico
Ano: 2013
Páginas: 274
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Ele era inteligente, bem-sucedido, rico e muito lindo.Fiquei obcecada por ele como nunca tinha ficado por ninguém, por nada. Ansiava por seu toque como uma droga, mesmo sabendo que aquilo me acabaria me destruindo. Eu tinha meus problemas, e ele fez com que viessem à tona muito facilmente. Gideon sabia. Ele também tinha seus problemas. E nós acabaríamos sendo o espelho que refletia os traumas – e os desejos – mais secretos do outro.Seu amor me transformou, e eu rezava para que nosso passado não nos separasse... 

Resenha: Toda Sua é o primeiro livro da série Crossfire da autora Sylvia Day e lançada no Brasil pela editora Paralela. Nesta leitura vamos conhecer os personagens, seus traumas e a turbulenta paixão que os envolve.
Eva Tramell é uma jovem que tem uma situação financeira boa por causa de sua mãe e os casamentos com homens ricos que ela já teve. Ela gosta de sua liberdade e independência, mora com seu melhor amigo, Cary, que conheceu quando ambos procuravam ajuda e, está para iniciar um novo emprego em uma agência publicitária na sede da Crossfire Building.
Através deste novo emprego que ela vai conhecer Gideon Cross, bilionário e dono da empresa. Um encontro inesperado causará neles sentimentos antes desconhecidos, e a entrega mútua da paixão que os consome irá despertar traumas que estavam adormecidos, tornando-os tão reais que a relação poderá ter uma interferência enorme a ponto de os separar ou os unir como um só...

O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Eva. Minha opinião sobre a narração é que seria melhor ter uma visão mais ampla dos acontecimentos, principalmente se tratando do mistério que cerca os personagens e que, aos poucos, vai sendo desvendado.
Os personagens podem ser clichês - homem bilionário que se apaixona pela mocinha - mas há um diferencial que os destaca: Gideon, mesmo sendo rico e desejado por todas, despertará afeição no leitor pois, mesmo parecendo forte e inabalável, possui traumas que o acompanha e o assombra, revelando seu lado fragilizado diante de sua máscara de ferro.
Eva, por outro lado, já instiga qualquer um que esteja começando a ler a dar tapas na cara dela, pois é uma mocinha um tanto irritante. Mas, por ter tido um passado um tanto perturbador e ficar evidente que ela está superando, posso dizer que ela é forte e obstinada.

A autora presenteia seus leitores com um romance cheio de erotismo, sem medir palavras, o que provoca uma viajem certeira e inebriante, mesclando paixão e sexo. Assuntos polêmicos como homosexualidade, estupro e traumas que deixam marcas também acompanham este romance, fazendo com que tudo se torne mais interessante e instigante, principalmente por terem sido tratados com a importância necessária.
É difícil não comparar este romance com o de E. L. James, já que a autora afirmou que Cinquenta Tons de Cinza foi sua inspiração para a sua série Crossfire, porém, a história de Eva e Gideon tem muito mais paixão e fogo.

A diagramação é simples e os diálogos são apresentados em forma de aspas em vez de travessão. Particularmente eu não gosto muito por me confundir um pouco mas os livros lançados pelo selo Paralela procuram manter o estilo original da obra e é comum que os diálogos em livros em inglês sejam assim. A fonte tem um tamanho confortável e as são folhas amarelas. A revisão está impecável e a capa segue o mesmo padrão da original.

A leitura foi bem agradável e prazerosa, com personagens que podem possivelmente irritar o leitor, mas, na minha concepção, os considero realistas. São através dos erros e acertos que ambos os personagens sofrem e através disso somos capazes de aprender e enxergar quem realmente nos ama e valoriza.
Estou bastante curiosa para ler a continuação, já que o final deste foi bem perturbador. Pra quem gosta do gênero erótico, cuja trama é bem desenvolvida e envolvente, recomendo!

1º #MochilãoDaRecord - Belo Horizonte

14 de junho de 2015


Ei, gentem!
Ontem, dia 13/06, rolou o 1º evento literário em BH da Editora Record, o #MochilãodaRecord, com participação da autora nacional Marina Carvalho (que autografou seu livro publicado pela Galera Record, Elena, para os fãs) e, mesmo tendo ido como leitora, não pude deixar de bater umas fotinhas (mesmo que ruins já que sou uma negação pra fotografia e o lugar onde sentei não me favoreceu muito rsrsrs) pra registrar o momento.




Guilherme e Shirley, representantes do marketing, apresentaram o evento falando um pouquinho sobre os livros lançados recentemente e de outras várias novidades que vem por aí que me deixaram super empolgada. Espiem:


Os Lugares Mágicos dos filmes de Harry Potter será lançado esse ano e, assim como o livro anterior, O Livro das Criaturas de Harry Potter, é a coisa mais linda! Ele é cheio de fotografias e ainda tem o mapa do Beco Diagonal! #todospiram


Teve apresentação de Red Hill, leitura de maio do nosso Clube de Leitura, já resenhado no blog.

Depois desse abraço, como não ficar curiosa e louca por Brilhantes (duologia) que pudemos ver em primeira mão? Querooo!



Já entrou pra minha lista de desejados, principalmente quando soube que tem filme saindo em breve estrelado por Ben Affleck e Jared Leto! ♥


A Garota no Trem, que segue o mesmo estilo de Garota Exemplar, também é uma das novidades que me deixaram bem curiosa.

Uma novidade super legal que foi falada no evento é que a Record em parceria com o Submarino lançou um box com a coleção dos seis livros da série Os Instrumentos Mortais e todos os livros possuem aquela capa holográfica, cheia de brilhinhos, que todo mundo quer mas não acha mais!

Só está a venda no site do Submarino. Clique AQUI pra conferir e aproveitem pois o box está em promoção!


Outra coisa que me deixou #loka: Sophie Kinsella e Colleen Hoover estão com as presenças confirmadas para a Bienal do Rio em setembro desse ano (que eu vou)! E em outubro, o Brasil vai contar com uma turnê de ninguém menos que a diva Meg Cabot! #jáestoulá


Todo mundo ganhou brinde pela presença (uma ecobag com marcadores, bloquinho e bottom) e teve sorteio de alguns dos últimos lançamentos dos selos da editora. Pena que eu sou pé frio, nunca tenho sorte em sorteios e não ganhei nada, como sempre, mas não saí de lá sem levar uns livrinhos praticamente de graça (aproveitei meus pontos no Dotz e paguei R$2,00 nos três livros, wheeee!).


Adorei o evento e a forma animada e descontraída como ele foi apresentado. Só tenho que agradecer pela oportunidade e pela iniciativa do Grupo Editorial Record por ter tanto carinho pelos leitores do Brasil e em especial com os de BH. E que venham os próximos! ♥