Geek Love: O Manual do Amor Nerd - Eric Smith

17 de junho de 2014

Lido em: Junho de 2014
Título: Geek Love: O Manual do Amor Nerd
Autor: Eric Smith
Editora: Gente
Gênero: Autoajuda/Humor
Ano: 2014
Páginas: 208
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Eric Smith sabe mais do que ninguém que existem prazeres imensos na vida geek. Amigos incríveis, conversas até de madrugada sobre realidades alternativas ou até mesmo o simples prazer de ler aquele lançamento de quadrinhos. No entanto, chega um momento na vida de todo nerd em que o amor bate à porta e daí vem a hora de jogar o xadrez tridimensional que é o mundo dos solteiros. Não se desespere, jovem Padawan! Deixe Smith guiá-lo por esse caminho e descubra que amar é muito mais do que flores e bombons. Afinal, nada é normal na vida do nerd, e o amor não é senão o mais extraordinário dos fenômenos humanos.

Resenha: Geek Love: O Manual do Amor Nerd não se trata de um livro de autoajuda qualquer. Escrito pelo nerd mais do que assumido e co-fundador do site Geekadelphia (um site gringo com todas as novidades/curiosidades nerds e geeks ever), Eric Smith criou um guia bastante bem humorado e com muitas referências ao mundo geek, cheio de dicas "infalíveis" a fim de ajudar o garoto nerd encalhado (Player 1) ou que simplesmente não tem sorte com as garotas (Player 2). Resumindo a história: Os nerds solteirões não devem desistir, jamais! O amor pode ser como a justiça: "tarda mas não falha". Se a hora dele ainda não chegou, talvez seja porque não esteja seguindo as regras básicas, e este manual vem como uma luz, algo que pode abrir os olhos daqueles que não sabem o que estão fazendo de errado para que avalie o que pode estar atrapalhando um possível relacionamento que poderia vir a surgir.

O guia é engraçado, tem dicas úteis para todos os solteiros nerds e desesperados, ou para aqueles que só querem dar uma espiada a título de curiosidade ou diversão (e diversão não falta). Porém, não consigo imaginar um garoto recorrendo a um livro desse tipo. Isso porque nunca na minha vida inteira conheci ou soube de um cara que procurasse um livro de autoajuda em busca de socorro na questão dos relacionamentos amorosos, a menos que o tal livro servisse para ajudar a nivelar aquele sofá que perdeu um dos pés.
A primeira vista, é "coisa de mulherzinha". O livro parece uma revista pois além das páginas grossas e brilhantes, é todo colorido, ilustrado com imagens em 8-bits pixelizadas, e fofo, mas ao ler fica claro que é um livro destinado ao público masculino, mesmo que existam toques que também servem para a mulherada. Cada capítulo do livro é destinado a um passo por vez, orientando e mostrando ao leitor que tudo deve começar do início, do nível mais fácil até o mais difícil.

Acredito que somente nerds level very hard irão reconhecer todos as referências a personagens, filmes, games, livros e etc que o autor utiliza como exemplo nas situações que cria e nas soluções que dá ao leitor, mas até mesmos os mais n00bs serão capazes de tirar algum proveito de todas as lições.
O que mais achei válido no livro foi a crítica implícita do autor aos relacionamentos de hoje em dia, baseados na tecnologia, em que namoros, conversas e demonstrações de amor são feitas através de mensagens no celular ou pelas redes sociais da vida que parecem servir como base e serem vitais para a existência de qualquer relacionamento que venha a surgir em vez de serem usadas como um artifício ou ferramenta de auxílio.

Dicas valiosas e super importantes sobre levar indiscrições, lamentações ridículas e até a famosa "lavação de roupa suja" ao público também são dadas usando de toques e elementos geeks. Que atire a primeira pedra aquele que não conhece alguém que vive em função de um reles status de relacionamento, ou que faz questão de fazer do Facebook um muro de lamentações quando briga ou leva um chute nos fundilhos daquele que deveria ser o merecedor do seu amor eterno... #quedó #sqn
Parece que aquele namoro clássico com jantares a luz de velas e coisas consideradas "cafonas" é algo que beira a extinção, entre nerds ou não, se é que não desapareceu de vez já que presença física e calor humano cederam lugar a auto-isolação, emoticons e aos diálogos infinitos por inbox ou whatsapp... 

Enfim... é uma leitura válida pela diversão, pela nostalgia e pela crítica aos relacionamentos que só funcionam a base de internet. É possível tirar algum proveito desde que o leitor, seja ele homem ou mulher, tenha uma mente aberta para entender que é impossível seguir regras para conseguir e manter relacionamentos, afinal, cada um tem sua própria individualidade e forma de encarar a vida, mas antes de sair por aí procurando alguém, é preciso ter senso, se conhecer bem e se gostar antes de tudo. O que vier em seguida é pra completar e ser eterno enquanto durar...


Chá da Tarde Rocco

15 de junho de 2014

Oi, pessoas! Pra quem não me conhece, sou a Giulia, do blog Prazer, me chamo Livro.

A Flá recebeu um convite da Editora Rocco para participar de um chá da tarde na editora, mas ela mora em Belo Horizonte e a Rocco fica no Rio. Como não poderia comparecer, ela me convidou para ir representando o Livros e Chocolate. E eu fui!

O evento foi um encontro com alguns blogueiros para apresentar o 4º livro da autora Kate Morton publicado pela Rocco. Isso mesmo, já tem 3 romances dela por aí e vocês e eu e todo mundo nunca ouviram falar dela. Acalme o seu coração que irei resolver este problema já!
Kate Mor­ton, a mais velha de três irmãs, cres­ceu nas mon­ta­nhas do Sudo­este de Que­ens­land, na Aus­trá­lia. Depois de con­cluir o ensino secun­dá­rio licenciou-​se em Artes Dra­má­ti­cas em Lon­dres, no Reino Unido. Se até então achava que o seu futuro seria no tea­tro, rapi­da­mente des­co­briu que a sua pai­xão eram as pala­vras. Mais recen­te­mente licenciou-​se em Lite­ra­tura Inglesa. Kate vive actu­al­mente com o marido, Davin, e os seus dois filhos em Bris­baine, num pala­cete do século deze­nove repleto de mis­té­rios.

Agora, devidamente apresentados à autora, precisamos conhecer um pouco melhor o seu trabalho. Para isso, vou usar alguns trechos do material que recebemos.

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Kate Morton escreve um estilo neogótico, caracterizado po elementos aparentemente "banais" e muito mais enraizados na literatura de consumo de nosso tempo. Ela detalha um pouco deles na "Nota da Autora" que compôs para o romance de estreia, A Casa das Lembranças Perdidas.

O passado assombrando o presente; a insistência em segredos de família; a volta do que foi reprimido; a centralidade da herança (material, psicológica e física); casas mal-assombradas (especialmente assombrações metafóricas); desconfiança em relação a novas tecnologias e a novos métodos; mulheres aprisionadas (seja física ou socialmente) e a claustrofobia decorrente; duplicação de personagens; a inconfiabilidade da memória e a natureza parcial da história; mistérios e o desconhecido; narrativa confecional; e textos a serem lidos nas entrelinhas.

O resultado de seu trabalho impecável são livros que brincam com as categorias nos quais se inscrevem, que enfiam os pés no lodaçal de gêneros e subgêneros sem medo. Ela admite e incorpora, na integralidade, a fórmula, diverte-se com ela, trabalha e retrabalha parâmetros em amorosa investigação, e, volta e meia, sai do papel de escritora e se coloca no papel de leitora. Não à toa, suas personagens femininas, numerosas, giram sempre em torno de três: duas que sofrem as marchas e contramarchas de suas vidas e uma que é a observadora, a que lê, a que junta as pontas soltas.

Nos livros de Morton, são perfeitamente discerníveis as muitas camadas de leitura por ela propostas. Na primeira camada, está a trama bem-urdida, em que é exposto um mistério que só se resolverá ao final do romance. Na segunda camada, transparece a pesquisa da autora, nada servil. Na terceira, o uso de textos em que "fala o coração": cartas, diários, anotações, dedicatórias, lugares onde, reconhecem as pesquisadoras de hoje, pulsaram formas ainda brutas de autobiografia feminina. A narrativa produzida pela aposição das três camadas satisfaz a leitora plenamente. A percepção de uma, apenas, é suficiente para seduzi-la a avançar pela trama, onde há mais de uma reviravolta e mais de um lance espetacular.

Kate Morton se inscreve na nova tradição gótica. Consciente de que é uma autora de literatura de massa, que busca a maior plateia possível, ela utiliza os elementos consagrados secularmente com inteligência, partindo da premissa de que será inteligente, também, sua apreensão pela leitora. E é essa generosidade atenta, sem dúvida, seu maior diferencial.

A Casa das Lembranças Perdidas
O romance de estréia da australiana Kate Morton surpreendeu o mundo ao se tornar o título mais bem-sucedido na Inglaterra desde O código da Vinci. Com direitos de tradução vendidos para 29 países, o livro revela os segredos de uma família aristocrata inglesa que tenta sobreviver às fortes transformações do início do século XX. Assassinatos, triângulos amorosos e intrigas familiares dão a tônica desse romance, que vendeu mais de 600 mil exemplares só na Inglaterra, e tornou-se best-seller imediato também nos Estados Unidos, Alemanha, França, Itália e Austrália.





O Jardim Secreto de Eliza
Em 1913, um navio chega à Austrália direto de Londres, trazendo com ele uma menina de quatro anos, absolutamente sozinha, sem um acompanhante adulto sequer. Com ela, apenas uma pequena mala com um livro de contos de fadas. O mistério de quem era a bela garota, que dizia não lembrar seu nome, e de como chegou ao porto, jamais foi desvendado. Em suas memórias ela trazia apenas a imagem de uma mulher que ela chamava de a dama ou a Autora e que dizia que viria buscá-la. Muitos anos depois, em 2005, na cidade australiana de Brisbane, a doce e reservada Cassandra herda de sua avó Nell uma casa na Inglaterra. Surpresa, ela descobre que a casa esconde as origens de sua avó, que foi uma vez a bela menina sem nome perdida no porto.
O jardim secreto de Eliza, da escritora australiana Kate Morton, foi um sucesso em seu lançamento, fazendo parte da concorrida lista de livros mais vendidos do The New York Times. A autora, que estreou na literatura com o best-seller A casa das lembranças perdidas, também publicado no Brasil pela Rocco, conta uma saga que se desenrola por diferentes gerações de mulheres, cada uma guardando segredos, sentimentos e memórias reprimidas.
Enquanto acompanha a viagem de Cassandra para a Inglaterra em busca de suas origens, a autora revela uma trama paralela que se desenrola muitos anos antes do nascimento da menina, quando Nell vê seu mundo cair depois que seu pai revela, às vésperas de seu noivado, que ela não é sua filha verdadeira. A notícia a transforma numa mulher estranha, colecionadora de artigos antigos e raros e que vive numa casa em uma região afastada da Austrália. Seu exílio auto imposto, no entanto, é quebrado quando sua filha deixa a pequena Cassandra a seus cuidados. Revoltada com a filha por ter abandonado a menina, assim como aconteceu com ela quando criança, Nell acaba estreitando laços com a neta.
Um dia, porém, nos idos dos anos 1970, Nell, resolve finalmente reconstituir o caminho de volta a terra de onde veio: Londres. Lá, descobre muitas coisas sobre seu passado, incluindo as lembranças da moça que chamava de A Autora: Eliza Makepeace, uma travessa menina contadora de histórias que tinha sua própria cota de tragédias para viver na Inglaterra da virada do século XIX para o XX. Seria Eliza mãe de Nell? E por que ela a abandonou? Agora, é a vez de Cassandra revirar a pequena mala de segredos da avó e saber o que Nell conseguiu descobrir, se é que ela obteve sucesso em sua busca.

As Horas Distantes
Tão logo começou a ler a carta, Meredith Baker soltou um horrível grito sufocado, que foi seguido rapidamente por uma série de soluços ásperos. Edie Burchill parou o que estava fazendo, mas, ao se aproximar da mãe, esta ficou rígida e agiu como se nada de importante houvesse acabado de acontecer. A carta havia chegado momentos antes. Descobriria mais tarde que se tratava de uma missiva perdida há mais de 50 anos, que finalmente chegava ao destino. No verso, a assinatura de Juniper Blythe e um endereço pomposo: Castelo Milderhurst, Kent.
Depois de se recuperar do susto e de minimizar a importância da carta, Meredith começou a contar a Edie que havia conhecido Juniper Blythe durante a Segunda Guerra, quando foi obrigada a abandonar a família. Naquele dia, ela e os irmãos foram reunidos na escola, conduzidos à estação ferroviária e colocados em vagões de trens. Ao chegarem a Cranbrook, foram separados em grupos e conduzidos a um salão, onde mulheres aguardavam a sua chegada com um sorriso fixo no rosto. As crianças eram escolhidas por essas mulheres. Meredith fora escolhida por uma jovem de 17 anos, que ao entrar no salão pareceu ter mexido com a atmosfera do lugar. A jovem chamava-se Juniper Blythe, era a caçula de três irmãs, filha de Raymond Blythe, um autor renomado, que ficou famoso especialmente após escrever a história do Homem Lama. As irmãs mais velhas de Juniper eram as gêmeas Saffy e Percy.
Mais que isso, Edie não conseguiu arrancar da mãe. Movida por enorme curiosidade, ela passa então a procurar respostas para os enigmas que envolveram a juventude da mãe, especialmente a parte vivida junto das irmãs Blythe, mais especificamente de Juniper, a autora da carta.
A escritora Kate Morton, que costuma dizer ter sido absorvida pela história enquanto a estava criando, utiliza-se de diferentes narradores para revelar os diferentes mistérios que tiveram o castelo Milderhurst como cenário. A história intercala incursões de Edie ao passado da mãe com relatos sobre a relação das excêntricas irmãs Blythe, antes e depois da passagem de Meredith pelo lugar. Percy, Saffy e Juniper continuaram a viver no castelo, isoladas do mundo, sofrendo as conseqüências dos acontecimentos ocorridos naquelas horas distantes que modificaram seu destino para sempre.

Esses três livros já foram lançados, e em breve virá A Guardiã dos Segredos do Amor.
*foto e sinopse retiradas diretamente do livro


A Guardiã dos Segredos do Amor
1961: Em um escaldante dia de verão, enquanto sua família faz um piquenique à beira do rio em sua fazenda de Suffolk, Laurel, dezesseis anos, esconde-se na casa da árvore de sua infância sonhando com um rapaz chamado Billy, uma mudança para Londres e o brilhante futuro que ela mal pode esperar para abraçar. Porém, antes que a idílica tarde termine, Laurel terá testemunhado um crime chocante que muda tudo.
2011: Atriz prestigiada, Laurel se vê dominada por sombras do passado. Assombrada pelas lembranças e pelo mistério do que viu naquele dia, ela retorna à casa de sua afamília e começa a montar as peças de uma história secreta. A história de três estranhos de mundos muito diferentes - Dorothy, Vivien e Jimmy - que são reunidos por acaso na Londres da Segunda Guerra Mundial e cujas vidas se tonam intensa e dramaticamente entrelaçadas.
Alternando entre a década de 1930, a de 60 e o presene, A Guardiã dos segredos do amor é uma história fascinante de mistérios, assassinato e amor eterno.

Aguardem!


Novidades de Junho - Gente e Única

12 de junho de 2014

Única

Conquista - Devoção - Livro 02 - J. C. Reed
Encontrar Jett foi um verdadeiro azar. Perigoso, imprevisível. Um cara que era melhor evitar. Nesse jogo, porém, as apostas são altas. Vale a pena o risco?
A continuação da história de Brooke e Jet mergulha de vez nas armadilhas do amor e da sensualidade.
Brooke Stweart sempre achou que esquecer é algo muito difícil. Entretanto, perdoar é impossível. Quando o homem em que ela confiava a traiu, a única opção que ela tinha era seguir em frente. Brooke está determinada a começar uma nova vida, até que reencontra Jett: aqueles olhos verdes, sexy como o pecado. O homem que ela desejava. O homem que jogava sujo. O homem que a enganou.
Lindo e arrogante, Jett Mayfield sabe que cometeu erros. Ele poderia ter qualquer outra mulher que desejasse, mas era Brooke que ele queria. Quando uma segunda chance colide com os segredos da alma e Brooke precisa confrontar seu passado, ele se vê determinado a protegê-la. Ela aceita sua ajuda não só porque precisa dele, mas também porque não resiste a seus encantos. Desta vez, porém, o jogo será do jeito que ela quiser.

Gente

Manual da Gravidez - Sarah Jordan e Dr. David Ufberg
Estar grávida é um momento único, cheio de emoção, mas também de dúvidas e incertezas. O mistério da vida é tão complicado que mesmo as mães que já passaram por uma gravidez ainda têm questões. E não param de surgir especialistas e novas teorias sobre como os pais devem se comportar durante esse período. Fica difícil filtrar e escolher o melhor caminho. Beber durante a gravidez: pode? Fazer exercício? O que acontece depois do terceiro mês? Como se preparar para o temido e antecipado parto? O cérebro da mãe muda durante a gravidez? Como assim?
Um livro direto, simples e prático para todas as mamães e todos os papais viverem esse momento de maneira descomplicada e divertida. Um livro que já vendeu mais de 350 mil cópias nos Estados Unidos e ajudou milhares de futuras mães e futuros pais.

Um país chamado Favela - A maior pesquisa já feita sobre a favela brasileira - Renato Meirelles e Celso Athayde
Se as favelas fossem um estado, seriam o quinto mais populoso da federação, capaz de movimentar 63 bilhões de reais a cada ano.
A pesquisa Radiografia das Favelas Brasileiras reuniu números surpreendentes e reveladores sobre este território, muitas vezes estigmatizado pelo senso comum. Da pesquisa surge este livro, que mostra que é difícil entender o Brasil sem entender as favelas, unindo o rigor científico das pesquisas de opinião com o conhecimento prático dos moradores de favela.
O universo da favela real parece ainda invisível à grande mídia, aos intelectuais e a boa parte dos planejadores de negócios, que ignoram e desprezam seu poder transformador. Estamos diante de um novo cenário nas favelas do Brasil. Então, quais são os perfis que se revelam e as perspectivas que trazem à nossa sociedade?
Os autores desmistificam a favela de hoje apoiando-se em informações inéditas, mostrando que esse é um território não apenas importante e em desenvolvimento, mas também uma área de grandes e compartilhadas oportunidades – o coração vibrante do Brasil.

Mad Men e a Filosofia - James B. South e Rod Carveth
Mad Men se tornou uma verdadeira mania mundial, entre um roteiro instigante, um elenco incrível e a produção que leva os espectadores diretamente para os anos 1960, a série se tornou irresistível e ganhou públicos de todas as idades.
Muito mais do que entretenimento, Mad Men nos fez olhar para nossas vidas e escolhas. A partir dos casos ambientados na Sterling Cooper, conseguimos questionar nossos desejos, nossos amores e nossas motivações. As coisas nas quais acreditamos são mesmo o que parecem?
Don Draper é um homem bom? E o que Joan pode nos ensinar sobre escolhas difíceis? Existe ética na propaganda? Podemos chamar Roger Sterling de herói existencial?
Entre os sedutores almoços regados a martínis, saias lápis elegantíssimas e muito laquê, Mad Men se torna ainda mais viciante quanto mais profundamente é analisada. Descubra de um jeito divertido e fácil como os assuntos que a série traz fazem referência aos grandes pensadores da filosofia universal.
Nada é o que parece, desvende Mad Men.


Um Caso Perdido - Colleen Hoover

10 de junho de 2014

Lido em: Junho de 2014
Título: Um Caso Perdido - Hopeless #1
Autora: Colleen Hoover
Editora: Galera
Gênero: NA/Drama
Ano: 2014
Páginas: 384
Nota: ★★★★★
Sinopse: Às vezes, descobrir a verdade pode te deixar com menos esperança do que acreditar em mentiras...
Em seu último ano de escola, Sky conhece Dean Holder, um rapaz com uma reputação capaz de rivalizar com a dela. Em um único encontro, ele conseguiu amedrontá-la e cativá-la. E algo nele faz com que memórias de seu passado conturbado comecem a voltar, mesmo depois de todo o trabalho que teve para enterrá-las. Mas o misterioso Holder também tem sua parcela de segredos e quando eles são revelados, a vida de Sky muda drasticamente.

Resenha: Um Caso Perdido é o primeiro livro da trilogia Hopeless escrita pela autora Colleen Hoover e lançada no Brasil pela Galera Record. Nele conhecemos Sky Davis, uma garota de 17 anos que mora com Karen, sua mãe adotiva, sempre estudou em casa e nunca teve contato com praticamente nada ligado a tecnologia. Televisão, celular, computador e afins são itens que ela desconhece completamente devido a filosofia de sua mãe e os livros são seu refúgio. Assim como Six, sua melhor amiga, Sky "coleciona" relacionamentos, e todos sempre superficiais, e mesmo que nunca tenha chegado nos finalmentes com nenhum deles, ela nunca se deixa envolver emocionalmente, nunca sentiu que aquele cara da vez é O cara e tudo não passa de uma grande diversão. Prestes a fazer 18 anos, Sky convence a mãe a ir terminar os estudos num colégio, mesmo que ela tenha fama de "puta" por todas as pegações que já teve, como se ela se importasse com isso...
Até que ela conhece Dean Holder, um cara lindo, com covinhas, forte, cheio de personalidade, estilo bad boy e que tem uma tatuagem escrito "Hopelles", e ele sim irá abalar suas estruturas e fazer com que ela saia de sua zona de conforto. Dean é um "caso perdido", e, assim como Sky, também tem uma má fama.

A medida que o tempo passa, Sky e Dean vão se envolvendo e construindo um relacionamento intenso, a química dos dois é simplesmente perfeita e eles se entendem como ninguém. Porém, como nem tudo são flores, Holder acaba causando sensações em Sky que acabam desencadeando lembranças terríveis vindas um passado trágico há muito tempo reprimido, e quando os segredos que ele guardava são revelados, a vida de Sky vira e desvira de cabeça para baixo de forma bombástica.

Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Sky, Um Caso Perdido é aquele tipo de história que começa num ritmo empolgante fisgando o leitor de tal maneira que é impossível parar.
A trama se passa nos tempos atuais e algumas lembranças de 13 anos atrás, quando Sky ainda era uma garotinha, vêm à tona. Essas lembranças que estavam enterradas há muito tempo são as responsáveis por todo o drama que ela enfrenta em sua vida (e por matar o pobre coitado do leitor de desespero também).

O relacionamento de Sky e Holder é algo que começa aos poucos, e a medida que eles se conhecem melhor, percebem que a má fama que possuem não é nada se comparado ao sentimento intenso e a admiração que eles passam a sentir um pelo outro e posteriormente se torna algo descartável e inútil. O sentimento entre eles é algo tão forte que parece vir de outras vidas.
Onde estão os Holders desse Brasil, pelamorrrrdedeusss!!? Por mais Holders e por menos trastes, obrigada! 

Enfim, a única questão que não engoli muito bem foi o título que podia ter sido mantido no original pelo significado que possui e a maturidade dos personagens. Mesmo que todos eles tenham sido muito bem construídos com todas as suas particularidades, defeitos, qualidades e tudo mais, a forma como encaram e levam a vida foi um pouco exagerada devido aos diálogos que, por mais maravilhosos e profundos que sejam, são complexos e reflexivos demais, principalmente se levarmos em consideração a pouca idade que eles têm/tinham. Tanto que preferi encarar todos eles como se fossem mais velhos. Mas ainda assim foi uma das melhores leituras que já tive, tanto na questão da trama, quanto no envolvimento com a história.

É difícil acompanharmos uma história em que consequências para determinadas atitudes são minuciosamente trabalhadas para se adequar a cada escolha feita, a tempo e a hora, sejam elas certas ou erradas de acordo com a concepção de cada um, e posso dizer que esta foi escrita levando todos os mínimos detalhes (no que diz respeito aos sentimentos) de forma impecável. Tirando a questão da idade x maturidade, tudo está conectado, tudo faz sentido, tudo pode acontecer na vida real, mesmo que seja tão inaceitável e difícil de acreditar...

E vou ter que confessar: este foi um livro que mexeu comigo como nenhum outro fazia há muito, muito tempo... Terminei de ler incrédula e pensando como seria difícil escrever essa resenha pra tentar passar pelo menos uma parcela do que senti e acho que nunca vou conseguir.
Foi impossível não me emocionar, não me revoltar, não sentir vontade de quebrar um filho da puta sacana no meio, e, acima de tudo, foi impossível não sentir falta de um amor que me fizesse sentir segurança, confiança e me desse certeza que estaria ali pra mim e por mim sempre que precisasse, apesar de qualquer obstáculo ou infortúnio que a vida me impusesse, sempre... E eu chorei... chorei... E quando me recompunha, me emocionava com a cena seguinte e chorava outra vez...

Um Caso Perdido, pra mim, é aquele tipo de livro que balança as estruturas, que traz uma história forte, intensa e sombria, porém doce, bonita e delicada o suficiente para torná-la emocionante, perfeita, inesquecível e tão marcante como nenhuma outra foi capaz. A vida segue e, às vezes, só conseguimos nos encontrar quando acreditamos que tudo está perdido...